REVISTA PÓS-VENDA 63

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N.º63
DEZEMBRO 2020 - 2€
PERIODICIDADE MENSAL
www.posvenda.pt
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l RevistaPOSVENDA
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Repintura
O setor da repintura automóvel foi aquele que, dentro
do pós-venda, mais se ressentiu com a pandemia
e que enfrenta os maiores desafios para o futuro
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PUBLIREPORTAGEM
SOC. COM.
C. SANTOS
PÁG. 19
JÁ DISPONÍVEL
EDIÇÃO 2020/21
DESTAQUE
A Midas tem agora a
Salvador Caetano como
Master Franchise para
Portugal, num projeto que
será aberto às oficinas
independentes
DOSSIER
Fizemos uma atualização
da informação sobre o que
de mais recente existe ao
nível dos equipamentos de
diagnóstico em Portugal
PERSONALIDADE
Em cinco anos de existência
a Nex Tyres chegou ao topo
dos grossistas de pneus em
Portugal, como nos conta
Aldo Machado
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3
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Telefone: +351 218 068 949
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DIRETOR
Paulo Homem
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REDAÇÃO
Nádia Conceição
nadia.conceicao@posvenda.pt
COLABORADOR TÉCNICO
Jorge Pereira
DIRETORA COMERCIAL
Anabela Machado
anabela.machado@posvenda.pt
ADMINISTRATIVA
Anabela Rodrigues
anabela.rodrigues@posvenda.pt
FOTOGRAFIA
Micaela Neto
PAGINAÇÃO
Ricardo Santos
SEDE DE REDAÇÃO
Estrada de Polima
Centro Industrial da Abóboda nº 1007
2º andar, Escritório I
2785-543 São Domingos de Rana
TIRAGEM
10.000 Exemplares
ISSN
2183-6647
Nº REGISTO ERC
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DEPÓSITO LEGAL
399246/15
PERIODICIDADE
Mensal
IMPRESSÃO
DPS – Digital Printing Solutions MLP, Quinta
do Grajal – Venda Seca, 2739-511 Agualva
Cacém – Tel: 214337000
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ESTATUTO EDITORIAL
Disponível em www.posvenda.pt
Sumário
S
N.º63
DEZEMBRO 2020
www.posvenda.pt
4
EDITORIAL.....................................................................................................................................................P.4
6
DESTAQUE
Midas (Salvador Caetano).....................................................................................................................P.6
10
NOTÍCIAS........................................................................................................................................................P.10
20
ESPECIAL
Repintura automóvel em tempos de Covid-19...........................................................................P.20
28
MERCADO
Mercedes B2B Connect..........................................................................................................................P.28
DGA....................................................................................................................................................................P.34
JCCor..................................................................................................................................................................P.36
38
MERCADO INTERNACIONAL
Motul.................................................................................................................................................................P.38
TTech..................................................................................................................................................................P.40
42
OFICINA DO MÊS
Garagem HM................................................................................................................................................P.42
44
PERSONALIDADE DO MÊS
Aldo Machado, Nex Tyres.....................................................................................................................P.44
50
DOSSIER
Equipamentos de Diagnóstico.............................................................................................................P.50
62
TÉCNICA
Baterias automóvel...................................................................................................................................P.62
66
FORMAÇÃO
Car Academy – Multiplexagem (Cap.04)......................................................................................P.66

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WWW.POSVENDA.PT DEZEMBRO 2020
Editorial
E
PAULO HOMEM
DIRETOR
paulo.homem@posvenda.pt
Obrigado e venha
de lá esse 2021
Queremos dizer
“OBRIGADO” a todos os
nossos parceiros e julgo
que lhes demos provas
mais do que suficientes
para que em 2021 (e no
futuro) se mantenham
connosco
Felizmente que estamos todos a
trabalhar num setor que é, senso
comum, resiliente às crises. A
verdade é que de todos os setores
de atividade que estão ligados
ao pós-venda em Portugal (peças, pneus,
oficinas, tintas, etc.) aos quais temos vindo
a dar voz nas páginas da revista PÓS-
VENDA nos têm vindo a dizer que, afinal,
o ano de 2020 não foi assim tão mau
(comercialmente falando) quanto se poderia
perspetivar desde março deste ano.
Ainda bem que assim é, pois é sinal que
não se baixou os braços e que o negócio
continua o seu crescimento natural.
Nós, aqui da PÓS-VENDA, também
podemos respirar (um pouco) de alívio,
embora continuemos extremamente vigilantes
sobre tudo aquilo que nos rodeia e
nos faz evoluir, mas com muita confiança
para 2021.
2020 foi um ano muito difícil, naturalmente,
cheio de trabalho e de novos desafios
que, de uma forma geral, fomos conseguindo
superar com a ajuda de todos
os nossos anunciantes (não esquecer que
nós vivemos da publicidade) que continuaram,
na sua grande maioria a investir
(e muito bem) nas nossas diversas plataformas
de comunicação.
Aliás, este é um aspeto muito importante
que queria partilhar com todos. Estamos
certos que o investimento que os nossos
parceiros fizeram nas nossas plataformas
(revista, site, newsletter´s e redes sociais)
é o que mais retorno produz (as plataformas
digitais são facilmente mensuráveis)
comparativamente com os meios concorrentes.
Os dados assim o indicam (ver similiarweb.com)
e em 2020 nunca deixámos
de editar em papel as nossas revistas,
por isso chegamos sempre ao mercado de
forma consistente todos os dias, todas as
semanas e todos os meses.
Queremos dizer “OBRIGADO” a todos
os nossos parceiros e julgo que lhes demos
provas mais do que suficientes para que em
2021 (e no futuro) se mantenham connosco,
até porque é com as plataformas
da PÓS-VENDA que conseguem ter a
melhor relação custo / benefício / retorno
dos seus investimentos publicitários.
Temos como objetivo, para o futuro,
continuar a ser líderes em termos de informação
para o pós-venda em Portugal,
não por ser “apenas” líderes a qualquer
custo, mas sim como consequência do
nosso trabalho e da forma séria, credível
e rigorosa como trabalhamos no mercado,
tal como tem acontecido até agora.
Que venha de lá esse 2021 cheio de novas
oportunidades e novos desafios, mas
com a consciência que em 2020 também
houve uma importante curva de aprendizagem
que muitos ensinamentos nos
trouxe para o futuro e que não poderemos
esquecer, provando que existem sempre
novos imponderáveis que nos fazem
crescer e evoluir.
Em nome da equipa da PÓS-VENDA
desejamos a todos Boas Festas e um Feliz
Natal 2020, sempre com pensamento positivo
para 2021.

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as marcas de automóveis
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6
WWW.POSVENDA.PT DEZEMBRO 2020
Destaque
D
REDE OFICINAL
MIDAS / SALVADOR CAETANO
Maior abertura
ao mercado
A rede de oficinas Midas entrou numa fase da sua já longa
história em Portugal. O Grupo Salvador Caetano passou
a ser o Master Franchise da Midas para o nosso país.
Uma das novidades é que haverá oficinas franchisadas
TEXTO PAULO HOMEM
A
Midas Europe and South
America (MESA), empresa
integrada no Grupo Mobivia,
que gere diversos conceitos
oficinais, nomeou o Grupo
Salvador Caetano, através de um contrato
exclusivo, como Master Franchise
da Midas para Portugal.
“Avaliámos o convite que nos foi feito pela
MESA, que nos pareceu muito interessante
e chegamos a uma proposta que foi
valorizada também pela MESA e, dessa
forma, decidimos avançar com a Midas em
Portugal como Master Franchise”, começa
por afirmar Ricardo Simões, COO da
Midas em Portugal, explicando que “este
projeto assume para o Grupo Salvador
Caetano uma grande relevância estratégica,
atendendo que o grupo não tinha
nenhuma solução na área do pós-venda
independente após a oferta que temos ao
nível das oficinas oficiais das marcas que
representamos”.
Acompanhar o cliente o mais tempo possível
dento do seu ciclo de mobilidade acaba
por ser uma das razões fundamentais que
leva o Grupo Salvador Caetano a investir
no negócio Midas, que se enquadra perfeitamente
no universo de soluções que
dispõe (neste caso através da Caetano Go,

7
marca digital que agrega todo o tipo de
serviços de mobilidade ao consumidor
final, como a Caetano Retail, Finlog,
Guerin, Rodinhas, etc).
Por outro lado, face a todas as alterações
que se perspetivam no negócio automóvel
durante a próxima década, o objetivo foi
também juntar a liderança, experiência
e conhecimento que o Grupo Salvador
Caetano e o Grupo Mobivia têm nas suas
áreas de negócio, pois são também “dois
grupos que partilham os mesmos valores,
por exemplo, ao nível da proximidade
ao cliente e na visão de longo prazo que
têm do negócio”, revela Ricardo Simões.
Começando este projeto do zero, o objetivo
do Grupo Salvador Caetano é ter ainda
até final do ano de 2020 algumas oficinas
Midas abertas, mas a aceleração que
o projeto irá conhecer permite a Ricardo
Simões prever que até 2023 “temos como
objetivo chegar aos 50 pontos de assistência
Midas no país, enquanto a longo
prazo iremos ultrapassar as 100 oficinas”.
O conceito de serviços rápidos, original da
Midas, será também para manter o mais
genuíno possível, mas Ricardo Simões
refere que a adaptação de outros serviços
será estudada a seu tempo, também
um pouco em função do que já existe no
Grupo Salvador Caetano. “Achamos que
existe uma componente que queremos reforçar,
que é não só a proximidade física,
Midas Portugal
Ricardo Simões
220 931 932
geral@midas.pt
www.midas.pt
mas também a proximidade emocional,
de transparência, de comunicação e de
relacionamento. Existe espaço para fazer
mais e melhor, alinhando com aquilo que
é feito noutros mercados. Precisamos de
um front-office que consiga dar resposta
a isso, como ao nível do back-office ter
um alinhamento muito forte entre os
grupos Salvador Caetano e o Mobivia”.
OFICINAS FRANCHISADAS
A estratégia de desenvolvimento da rede de
oficinas Midas passa por uma maior capilaridade
e uma maior cobertura nacional,
em relação ao passado, estando também
inerente a essa estratégia um modelo de
negócio que está mais de acordo com a
génese da própria Midas. Por um lado vão
existir algumas oficinas Midas dentro dos
atuais ativos existentes no Grupo Salvador
Caetano, embora “a maioria da rede será
constituída por espaços próprios com um
determinado perfil de localização onde a
proximidade ao cliente assume particular
relevo, como zonas habitacionais, empresariais
e de forte atividade económica”,
refere Ricardo Simões.
Em termos europeus, cerca de 85 a 90%
da rede Midas é franchisada. O responsável
pelo desenvolvimento da rede em
Portugal assume que não existe qualquer
tipo de estratégia para seguir esses números
no nosso país (que variam muito de
país para país onde a Midas está presente),
mas garante que “ter oficinas próprias
é essencial nesta fase para acelerar
a aprendizagem e o processo de crescimento,
mas logo no início de 2021 estaremos
a falar com potenciais candidatos
a franchisados que pretendam integrar
este projeto. Serão fundamentais para a
cobertura e capilaridade da rede Midas
em Portugal e reconhecemos que existirão
localizações onde esses franchisados
poderão conseguir uma exploração mais
saudável e um melhor serviço ao cliente
do que nós faríamos diretamente”.
Nesta fase estão a ser desenvolvidas uma
série de parcerias na área das peças, lubrificantes
e dos pneus, com fornecedores
preferenciais, com “intenção de termos
um processo ágil”, refere Ricardo Simões,
que, neste momento, conta com uma
equipa de seis pessoas, dedicadas a 100%
a este projeto, mas que, obviamente, aproveita
muitas sinergias do Grupo Salvador
Caetano para o seu desenvolvimento.

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WWW.POSVENDA.PT DEZEMBRO 2020
Notícias
18.º ENCONTRO VALORPNEU
Os pneus e a nova
mobilidade
N
Em formato digital, o Encontro Valorpneu permitiu aos participantes
muita interactividade, enquanto ficaram a conhecer os projetos atuais
e futuros da Valorpneu.
TEXTO NÁDIA CONCEIÇÃO
Decorreu no passado mês de
novembro o 18.º Encontro
Valorpneu, desta vez em formato
digital. Com moderação
do jornalista Pedro Pinto, os
trabalhos iniciaram com as boas vindas
por parte do Gerente da Valorpneu e
Secretário Geral da ACAP Hélder Pedro.
“A Valorpneu soube adaptar-se, com a
pandemia, ao serviço à distância. Tivemos
de nos reinventar, os nossos parceiros
colaboraram de uma forma fantástica e
esta é uma experiência que irá ficar para
o futuro. Cumprimos os objetivos definidos
para este ano”. Indicou ainda que a
Valorpneu irá manter o seu apoio ao nível
da investigação e desenvolvimento para se
adaptar às novas realidades de mobilidade.
“Lançámos em setembro um projeto
nacional para motivar start-ups a entrar
na área da reciclagem e reutilização de
pneus. O apoio à recauchutagem, com um
website específico, tem também sido fundamental”.
Em seguida, Climénia Silva,
Diretora-Geral da Valorpneu, apresentou
o relatório da atividade em 2020. “Este
ano foi de grande dificuldade e incerteza.
Tivemos de ajustar a nossa atividade a um
planeamento feito no imediato, numa
gestão realizada dia a dia. Apesar disso,
sentimos muita cooperação e só assim foi
possível chegarmos às 71500 toneladas de
pneus tratados e valorizados” afirmou a
responsável, que indicou ainda algumas
Adaptação a uma
nova realidade. Que
oportunidades para
o setor?
Hélder Pedro, Fernanda Ferreira
Dias, Diretora Geral da DGAE, Ana
Cristina Carola, Vogal do Conselho
Diretivo da APA e José Carvalho,
Director of Business Innovation
da Genan, debateram as novas
realidades do setor dos pneus,
como o impacto da pandemia e
as novas formas de mobilidade.
“A indústria tem evoluído para um
contributo notório na redução das
emissões, tanto nos fabricantes de
veículos como de pneus. O setor
tem também dado um contributo
muito significativo para a economia
circular, a reciclabilidade dos
produtos e, aqui, os pneus tem
tido um papel fundamental, não
só na evolução tecnológica no seu
fabrico, na eficiência ao nível da
sua utilização e na sua reutilização,
aspetos importantes nesta nova
mobilidade”, afirmou Hélder Pedro.
Por sua vez, Fernanda Ferreira Dias
lembrou que “Na descarbonização,
todos os operadores são decisivos,
nomeadamente o setor dos pneus”.

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ASER aumenta investimento em Portugal
das principais atividades desenvolvidas
pela valorpneu durante o ano de 2020:
revisão dos critérios de seleção de centros
de receção; concurso para abertura de novos
CR nas zonas mais carenciadas; seleção de
novos operadores no âmbito do concurso;
término dos contratos de CR e o pedido de
revisão dos requisitos de qualificação dos
operadores de tratamento dos pneus usados.
NOVOS OPERADORES
Durante o evento foram apresentados alguns
dos cinco novos operadores de centros
de receção da Valorpneu: Valorizarpneu
(Condeixa), Reciclomais (Viana do
Castelo), OLSilva (Pedroso), Solerenco
(Maia), Sucatas Pinto (Paredes), Ambigroup
(Faro) e Renascimento (Algoz). O evento
terminou com a apresentação e entrega do
prémio Desempenho do Centro de Receção
2020, com Paulo Jorge Mesquita como vencedor
deste ano, e com alguns momentos
interativos para questões e passatempos.
Durante a convenção digital “ASER
em Directo”, o Grupo ASER anunciou
que pretende aumentar a sua
presença em Portugal, através da dinamização
da rede de oficinas “ASER
Auto”, assim como através da captação
de novos parceiros.
Durante o evento, transmitido em “streaming”
a partir de uma plataforma desenvolvida
pela ASER, José Luís Bravo,
Diretor Geral do Grupo, apresentou
alguns dados indicativos sobre a atitvidade
da ASER em 2020 e apresentou
algumas previsões de mercado para 2021.
A novidade foi o “PLAN 50”, um conjunto
de estratégias que a ASER está a
implementar, com foco na inovação, no
aumento do negócio e na proximidade.
Este plano estratégico inclui um plano
de crescimento e desenvolvimento do
negócio do Grupo também em Portugal,
através do aumento do número de associados
(a ASER conta atualmente com a
Samiparts, a Humberpeças e a N Peças
no nosso país), assim como através da
dinamização da rede oficinal ASER Auto.
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12
WWW.POSVENDA.PT DEZEMBRO 2020
N
NOTÍCIAS
Liqui Moly volta a sortear Hyundai i30N
Pela 10.ª vez consecutiva, a Liqui
Moly foi eleita pelos leitores das
grandes revistas automóveis da
Alemanha como a melhor marca em diversas
categorias. Para o celebrar a Liqui
Moly volta a sortear um Hyundai i30N.
A data final de participação é 31/12/2020
e tudo o que os participantes têm de fazer
é responder à pergunta sobre o óleo de
motor certo para este rápido veículo com
275 CV.
A Liqui Moly disponibiliza o óleo de
Peças e equipamentos VDO passam
a ser Continental
A
Continental anunciou que a marca
de produtos VDO irá passar a
Continental, no mercado de peças
de reposição e equipamentos de diagnóstico
para veículos ligeiros.
A VDO continuará a ser a marca de
transporte em tacógrafos e soluções de
gestão de frotas. A mudança de marca
afetará também a imagem e o conceito
oficinal da marca VDO, os Diesel Repair
Service (DRS), que serão Continental,
bem como as embalagens, os catálogos e
o site, estes últimos já com a marca e de-
motor adequado para todos os veículos
de série atuais, com as aprovações correspondentes
dos fabricantes. É claro que
também tem o óleo certo para o prémio
principal, um Hyundai i30N. O guia de
óleos do fabricante de óleos de motor está
disponível em www.liqui-moly.com, e
pode ser usado para encontrar o óleo certo
para quase todos os veículos disponíveis.
Todas as informações sobre este passatempo
estão disponíveis em: https://
bestbrand.liqui-moly.com.
sign Continental, enquanto a embalagem
será convertida e gradualmente recebida
pelos clientes.
Shell e Glassdrive dinamizam parceria
No dia 2 de novembro teve início
o acordo celebrado entre a Saint-
Gobain Autover Portugal, proprie-
tária da marca Glassdrive, e a Spinerg,
Macro Distribuidora dos Lubrificantes
Shell, que estabelece o fornecimento de
lubrificantes da gama Shell Helix para
os centros da rede Glassdrive.
A parceria estabelecida entre Glassdrive e
a Spinerg é, sem dúvida, muito relevante
e prioritária entre as partes, já que se
traduz numa colaboração de um serviço
complementar com valor acrescentado
para o cliente final e que mantém os
níveis de qualidade e exigência com que
ambas as marcas se identificam.
Novas referências na
gama EURO 6 da
Veneporte
A Veneporte disponibiliza para o
mercado do aftermarket novas
referências com tecnologia
Euro 6. Neste grupo de novas
referências estão incluídos os
novos conversores catalíticos, os
novos filtros de partículas e muito
especialmente os SCR`s (Selective
Catalytic Redution).
No seguimento da sua estratégia,
a Veneporte continua na linha
da frente no desenvolvimento de
soluções tecnologicamente cada
vez mais exigentes para o controlo
de emissões, indo ao encontro das
diretivas/legislação em vigor, mas
também das melhores soluções
técnicas e tecnológicas utilizadas
no sector, no sentido de dar uma
verdadeira resposta às novas
necessidades dos seus clientes.
Seguramente que os próximos
meses serão muito importantes
para o desenvolvimento e
homologação de novas referências,
alargando assim de forma
significativa a gama Euro 6.
Todos os distribuidores da marca
terão acesso a esta nova gama,
podendo desta forma dar resposta
à procura destes produtos e
simultaneamente respeitar as
diretivas comunitárias através
da garantia de homologação dos
mesmos.
Num minuto...
A TAB Spain, especialista em soluções
de baterias, acaba de lançar no
mercado ibérico o seu novo testador de
baterias: o TAB800 5G.
A PMA, Lda, passou a representar
em Portugal os produtos da Vonixx,
empresa que atua no segmento do Car
Detail e Car Care.
A UFI Filters anunciou a nomeação de
Onofrio Defina como responsável do
departamento de Aftermarket para a
Europa e o Médio Oriente.

13
Pastilhas de travão
ABS no portfólio da
Auto Silva Acessórios
As pastilhas de travão da marca
ABS são a mais recente novidade do
portfólio de produtos da Auto Silva
Acessórios. A ABS é uma marca
holandesa de referência em material
de travagem desde 1978. A sua gama
de pastilhas de travão garante a
cobertura de praticamente todos os
modelos automóveis presentes na
Europa. Em conformidade com as
pastilhas de origem, as da marca ABS
vêm equipadas quando necessário
com avisadores de desgaste, clipes e
placas anti-vibração.
A qualidade sempre foi uma exigência
da marca ABS, por isso os seus
produtos sempre cumpriram todos
os regulamentos europeus e detêm o
certificado de qualidade ISO9001 e a
aprovação ECE R90.
Exide EMEA &
Asia-Pacific é agora
uma empresa
independente
A antiga empresa Exide Technologies
EMEA & Ásia-Pacífico, opera desde
o final do mês de outubro como
uma empresa independente com
novos proprietários. O fabricante de
baterias anunciou o ‘encerramento do
negócio’, concluindo com sucesso a
sua separação da Exide Holdings, Inc.,
nos Estados Unidos e a transferência
de todo o seu negócio para um grupo
de accionistas de longo prazo, sob a
batuta da US Energy Technologies
Holdings LLC. Como parte dessa
transação, a empresa recebeu mais
fundos dos novos investidores.
A nova Exide, com sede perto de
Paris, França, é o principal fornecedor
líder de soluções avançadas de
armazenamento de energia para o
mercado automóvel e industrial.
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Atwoo disponibiliza
novo produto de
proteção das caixas
das carrinhas abertas
A
Atwoo apresentou o Kit Guard
Truck Bed Liner, da sua representada
Chamäleon, que se insere
na proteção da carroçaria, na repintura
e reparação automóvel.
Este produto é uma proteção com uma
excelente aderência aos mais variados
materiais: pode ser aplicado em metal,
madeira, plástico, betão, pedra, fibra de
vidro, entre muitos outros.
Desenvolvido para proteção de caixas
de carrinhas abertas, o Kit Guard Truck
Bed Liner irá formar uma superfície
poderosa e resistente a danos, arranhões,
ferrugem, altas temperaturas e outros
danos mecânicos.
Por outro lado, dada sua alta flexibilidade,
estes produtos ainda fornecem um
bom isolamento acústico, o que reduz
vibrações e ruídos.
Kroon Oil lança novo óleo de motor sintético
Especialista em ferramenta
automóvel e equipamentos
para oficina.
Procure um revendedor
perto de si.
A
Kroon Oil acabou de introduzir
um novo óleo de motor Mid SAPS
sintético, o Helar MSP + 5W-40,
desenvolvido para carros desportivos de
alta potência.
O Helar MSP + 5W-40 foi especialmente
desenvolvido para veículos de passageiros
premium com motores desportivos de
alta potência. O produto está em conformidade
com as especificações de óleo
de motor mais recentes, como o Porsche
C40 e VW 511.00, o que significa que
este produto também pode ser usado
nos modelos Porsche e Bentley mais
recentes, bem como no Lamborghini
Urus e nos modelos mais recentes da
BMW e Mercedes.
A RPL Clima acaba de lançar um
novo website, em www.rplclima.com,
com uma apresentação mais moderna
e uma navegação mais intuitiva.

PROBLEMA
Escolher o produto certo para colar plástico não é fácil,
em especial pela necessidade de eficácia e pelo tempo de
secagem.
SOLUÇÃO
A LIQUI MOLY disponibiliza duas opções de cola específica
para plástico, mas também a pistola aplicadora, para
garantir um trabalho rápido, eficaz e sem dificuldade. Uma
solução completa para qualquer trabalho que implique
reparação de peças em plástico. Por exemplo, colar um copo
de filtro, um suporte de farol ou um para-choques, entre
muitos outros.
As colas estruturais
de poliuretano de dois
componentes LIQUIMATE
7700 Mini (Ref. 6162)
e LIQUIMATE 7700 Mini
Rapid (Ref. 6126) são
muito eficazes para a
reparação e colagem de
todas as peças em plástico
normalmente usadas na reparação automóvel, bricolage e
jardinagem. Uma das grandes vantagens é a secagem rápida
à temperatura ambiente, além de garantir um módulo de
elasticidade muito alto. A diferença entre ambas está no
tempo de secagem. Enquanto a LIQUIMATE 7700 Mini seca
em 120 segundos, a LIQUIMOLATE 7700 Mini Rapid seca em
apenas 60 segundos.
Vantagens
>> Pode ser retificada e pintada por cima
>> Alta resistência
>> Elevada eficácia
>> Secagem rápida
>> Cura rápida
>> Fácil aplicação
>> Praticamente sem perda de material
N
NOTÍCIAS
Dica Ambiental by
Eco -Partner
Responsabilidade ambiental
O regime da responsabilidade
ambiental tem como objetivo
assegurar que os danos causados
ao ambiente por um operador são
devidamente reparados, tendo como
base o princípio da responsabilização,
consagrado na Lei da Bases do
Ambiente.
A (quase) totalidade das oficinas
automóveis estão abrangidas uma
vez que, basta que armazenem óleo,
ou outros resíduos considerados
perigosos.
Nesse sentido as entidades que
se encontrem abrangidas, devem
promover a realização de um estudo,
que inclua as seguintes etapas:
1. Efetuar a caracterização da
atividade ocupacional;
2. Identificar o estado inicial;
3. Identificar e analisar os cenários de
risco previsíveis;
4. Avaliar os danos ambientais
associados aos cenários de risco
previsíveis (espécies e habitats
naturais protegidos por lei, água e
solo).
5. Definir as medidas para a prevenção
e a reparação dos danos ambientais;
6. Determinar os custos das medidas
de prevenção e a reparação dos danos
ambientais.
Após determinado o montante
necessário para prevenção e
reparação dos danos ambientais, a
entidade deve subscrever uma apólice
de seguro, constituir garantia bancária,
constituir um fundo próprio ou um
fundo ambiental.
Como racionalizar/reduzir os custos,
cumprindo os requisitos legais? Fruto
da nossa experiência acumulada
nesta área, propomos um conjunto
de medidas que permitem mitigar
risco e dessa forma reduzir os
custos associados às obrigações já
apresentadas.
> Utilize bacias de retenção sempre
que armazenar produtos ou resíduos
passiveis de sofrer derrame
> Substitua depósitos de óleo usado
de parede simples enterrados por
depósitos aéreos
> Efetue cargas, descargas e outras
operações passíveis de causar
derrames em locais pavimentados e
se possível impermeabilizados
> Licencie, caso ainda não o tenha
feito, a sua descarga de águas em
meio natural (se aplicável) ou em
coletor
> Pondere a hipótese de constituir
um fundo próprio (depósito bancário)
como alternativa ao seguro
> Caso tenha optado pelo seguro,
certifique-se os riscos existentes são
abrangidos pela cobertura.
Eco-Partner, SA a Sua parceira no
Ambiente…
Para qualquer uma das colas acima é necessário um
aplicador eficaz e para isso existe a pistola Liquimix Profi
Pistole Mini (Ref. 6244). Trata-se de uma pistola manual
de 2 êmbolos para cartuchos de 50ml que garante uma
aplicação de cola precisa, rápida e eficaz, ajustando-se a
todo o tipo de trabalhos.
RM Oil com novo armazém
A
RM Oil distribuidor dos
lubrificantes Olipes na
região norte de Portugal,
mudou para um novo armazém,
com o qual pretende prestar um
melhor serviço aos seus clientes.
Este novo armazém da RM Oil
(construído de raiz) está locali-
zado na Rua José Quinteira em
Junqueira (Vila do Conde), sendo
um projeto que a empresa já tinha
em mente para o desenvolvimento
da sua atividade no negócio
especializado do retalho de lubrificantes,
através da representação
da marca Olipes.
Vantagens
>> Adaptada para cartuchos de 50ml
>> Adequada para Liquimate 7700 Mini
e Liquimate 7700 Mini Rapid
>> Aplicação fácil e precisa
>> Fácil limpeza
FICHAS TÉCNICAS E MODO DE UTILIZAÇÃO EM
www.liqui-moly.pt
INFORMAÇÕES
comercial.iberia@liqui-moly.com
Num minuto...
A Coperol está a desenvolver uma
campanha de dinamização das
embraiagens da marca Rymec, da qual
é distribuir único em Portugal, através
da sua rede de oito lojas.
Com a nova lanterna LED Shine
Exchange, a Herth+Buss oferece
uma nova solução de iluminação de
trabalho para as oficinas.

A VALORCAR assegura a recolha das baterias dos veículos elétricos e híbridos quando deixam
de servir para este fim. Estas baterias podem ainda ser recondicionadas e usadas para
armazenar energia, nomeadamente de fontes renováveis, ou enviadas para reciclagem em
unidades especializadas.
No processo de reciclagem, baseado em tecnologias metalúrgicas, são separados diversos
metais para serem utilizados no fabrico de novos produtos. www.valorcar.pt

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WWW.POSVENDA.PT DEZEMBRO 2020
N
NOTÍCIAS
Mais produtividade
com Cromax CC6750
O
Verniz CC6750
Ultra Performance
Energy System é a
mais recente adição ao
revolucionário Sistema
Ultra Performance Energy
da Cromax que oferece
aos pintores tempos de
processamento mais rápidos e consumo
de energia reduzido. Este sistema é a
escolha ideal para as oficinas que pretendem
ter um equilíbrio entre rapidez
e consumo de energia, ao mesmo tempo
que garantem resultados excecionais.
Esta última geração revolucionária de
verniz melhorou a tecnologia da resina, é
fácil de usar e oferece uma aplicação flexível
em 1,5 ou 2 demãos para corresponder
aos acabamentos dos OEMs. Além
disso, tem uma excelente estabilidade
vertical e poder de enchimento. Quando
usado como parte do Ultra Performance
Energy System, o Verniz CC6750 Ultra
Performance Energy System entra em
ação e os pintores não necessitam de
ativar a Base Bicamada Cromax Pro, o
que simplifica o processo. O novo verniz
também também pode ser colorido com
os Aditivos para Verniz da Cromax e que
correspondem às cores especiais OEMs .
FUCHS adquire PolySi
O
Grupo FUCHS comprou a PolySi
Technologies Incorporated, uma
empresa líder e inovadora na área
de formulação e produção de lubrificantes
de silicone de alta performance com
sede em Sanford, Carolina do Norte nos
Estados Unidos da América.
Com a aquisição da PolySi, o Grupo
FUCHS amplia o seu portfólio em lubrificantes
especiais, que inclui soluções
personalizadas para diversos mercados,
e cria novas oportunidades para servir
aplicações exigentes.
O Afermarket
Independente tem
de reconhecer
a transformação
do sector
No final do mês de outubro, a
Renault e a PSA vieram a público
noticiar que vão abandonar os
motores a diesel em 2025 (daqui
a 4 anos!!) e, que irão manter
os motores a gasolina com
tecnologia híbrida.
A meio do mês de novembro,
surge a notícia “bomba”. Se
a norma EURO 7 for revista
segundo uma proposta
elaborada pela AVGES – Grupo
de Assessoria sobre Normas
de Emissões de Veículos, na
prática, acabará com os motores
de combustão já em 2025. A
VDA (Associação da Indústria
Automóvel Alemã) já veio alertar
que a mudança a curto prazo para
a eletrificação não é a solução.
A falta de infraestruturas de
carregamento de viaturas, em
toda a Europa, é uma realidade
que dificilmente se conseguirá
resolver em 4 anos.
O representante da VDA, veio
defender que o problema não
está nos motores de combustão,
O
OPINIÃO
mas sim no combustível. Por isso
mesmo sugere investimento nos
combustíveis sintéticos assim
como em células de combustível
(hidrogénio).
Para aqueles que julgavam que
tínhamos décadas até à alteração
da energia motora das viaturas,
ficam aqui as más notícias. Está
muito mais perto… É certo que
o aftermarket trabalha com o
parque automóvel e, este, vai
permitir a dita transformação
mais ou menos suave. Mas, tudo
indica é que esta transformação
vai ser muito mais rápida que
alguma vez pensaríamos.
Se adicionarmos ao anterior os
fundos de apoio à eletrificação
por parte da União Europeia
junto das Entidades Estatais
(que consomem perto de 14%
das viaturas novas vendidas na
Europa) e ainda aos potenciais
incentivos ao abate de motores
a combustão por substituição de
elétricos, então teremos um forte
push para termos um parque
cada vez mais eletrificado nos
próximos anos.
Quem não estiver atento a esta
transformação, dentro de 10 anos,
poderá ser um especialista em
“Clássicos” …
DÁRIO AFONSO
ACM
Num minuto...
A Red Service, rede oficinal
independente, promovida pela
Leirilis, comemorou o seu 4.º ano de
existência.
Depois de mais um título no
Campeonato Mundial de Construtores
de Formula Um da FIA, a Axalta, na
qualidade da parceiro da equipa, veio
felicitar a Mercedes-AMG Petronas
Formula One Team.
A RPA lançou recentemente o seu
website (http://rpa-lda.pt), com
um design arrojado e conteúdo
aprimorado, tendo como objectivo
facilitar a interação com o cliente.

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WWW.POSVENDA.PT DEZEMBRO 2020
N
NOTÍCIAS
Ansell apresenta luvas para mecânicos
A
Ansell está a dinamizar para o
mercado das oficinas a novíssima
HyFlex, umas luvas de trabalho especificamente
desenvolvidas para o serviço
de reparação e manutenção automóvel.
Girling trabalhada
em exclusivo pela
Autozitânia
Tips4y com uma nova
proposta de valor
para o aftermarket
A
Tips4y apresenta-se ao mercado
com uma nova proposta de valor
que vai de encontro aos desafios
Num minuto...
A edição 2020 da Convenção Anual da
ANECRA vai realizar-se nos próximos
dias 9, 10 e 11 de dezembro, mas com
um formato diferente do tradicional.
Para as testar pode pedir um par grátis
em www.ansell.com/pt.
A nossívima HyFlex 11-849 oferece uma
solução duradoura graças à conceção inovadora
do produto e aos materiais avançados
da tecnologia Fortix (um tipo de
revestimento fino em espuma de nitrilo
que proporciona o máximo conforto e
durabilidade prolongada).
Este tipo de luva possui uma conceção
única para fornecer conforto integral e
proteção contra arranhões, fios puxados
e sujidade. A HyFlex 11-849 possui ainda
a tecnologia Ansell Grip, para uma
aderência segura.
De acordo com a política de aumento
e diversificação do seu portfólio,
regista-se a chegada à Autozitânia
do prestigiado fabricante de produtos de
travagem Girling.
Desta forma a Autozitânia disponibiliza
aos seus parceiros e clientes, uma solução
exclusiva e de elevada qualidade em
pastilhas e discos de travão, com uma
cobertura de cerca de 98% do parque automóvel
europeu. Refira-se que a Girling
é uma marca exclusiva Autozitânia.
que o sector auto e em particular o aftermarket
já estão a enfrentar.
Esta nova oferta assenta na conjugação
de três fatores estratégicos, a nova assinatura
institucional – TIPS Automotive
Intelligence, a nova abordagem na
construção da marca – todas as áreas
de negócio têm como como nomenclatura
base “Tips Automotive”; e um
novo novo alinhamento na proposta de
soluções (Data, Digital, Accleration e
Intelligence).
O novo alinhamento estratégico da oferta
da Tips4y já se encontra atualizado no
website institucional da Tips4y e disponível
para consulta.
O Groupe PSA iniciou em Portugal
a atividade da Spoticar, a nova rede,
insígnia multimarca e conceito de
negócio de veículos usados.
O
OPINIÃO
O que diferencia uma
oficina de marca de uma
independente.
Tudo e nada (VII)
Após estes sete artigos sobre este tema
e a título de conclusão, não conseguimos
vislumbrar nenhum impedimento para
que os reparadores independentes não
tenham procedimentos definidos e
controlos dos seus KPI’s. O conhecimento
da produtividade, da taxa de ocupação e
do absentismo, o stock de peças e seus
movimentos mensais são o mínimo que
se pode pedir como gestão oficinal.
A limpeza e a organização são também
fundamentais. O estado de sujidade,
iluminação e desorganização a que
certos reparadores chegam, mesmo os
autorizados, não têm justificação e são a
imagem da qualidade de serviço prestado.
As preocupações ambientais têm de ser
também uma aposta dos RI, no mínimo
com a separação de resíduos, o stock
de peças novas e usadas, os reporting’s
legais, etc…
A comunicação é hoje imperativa, quer
na forma como no seu conteúdo. O seu
registo é, também ele, fundamental, tanto
por questões legais como por questões
de gestão. Hoje existem ferramentas
informáticas de comunicação,
perfeitamente adaptadas, em custo
e em funcionalidades, a reparadores
independentes.
Há coisas simples como a implantação de
procedimentos que uniformizem critérios
entre pares dentro do reparador (por ex.,
entre recepcionistas, produtivos, fiéis
de armazém de peças, contabilidade,
etc…) o que torna mais simples o
funcionamento e a organização, com mais
transparência para os clientes. Existem
empresas de consultoria após venda que
o podem fazer de forma simples e eficaz.
Também os inquéritos de satisfação e
recomendação são simples de implantar
nas redes de reparadores independentes.
Hoje é fundamental numa empresa, não
importa de que ramo, o conhecimento
do grau de satisfação e recomendação
da mesma. Ainda para mais, sendo a
concorrência enorme, é fundamental
fazer a diferença.
PAULO QUARESMA
GTAVA.PT

19
P
PUBLIREPORTAGEM
SOC. COM. C. SANTOS
E SHELL COM PARCERIA
HISTÓRICA NOS
LUBRIFICANTES
Em tempos em que o imediatismo segue cada vez mais no
lugar da frente, a Sociedade Comercial C. Santos continua,
como sempre, a valorizar as relações duradouras. Exemplo
paradigmático disso é a parceria histórica que a empresa tem
com os lubrificantes Shell.
A
parceria da Sociedade
Comercial C. Santos com
a Shell remonta há mais
de 30 anos. “Somos um dos
Distribuidores Premium
dos lubrificantes desta
marca de prestígio a norte
do país, com uma equipa de vendas
dedicada. A parceria é de longa data e é
sólida, como gostamos que sejam todas
as nossas relações, com fornecedores,
parceiros e clientes”, refere o administrador-delegado
da Sociedade Comercial C.
Santos, Pinho da Costa.
Um dos muitos pontos desta relação
de mais de três décadas entre as duas
empresas ocorreu em 2011, quando, no
âmbito dos 100 anos de presença da Shell
em Portugal, a Sociedade Comercial C.
Santos recebeu o prémio Melhor Parceiro
Comercial, galardão que distingue a parceria
de sucesso e de confiança entre
ambas as partes.
No âmbito de um posicionamento de
constante inovação, a Shell tem no seu
portefólio produtos de elevada qualidade,
o que contribui de forma decisiva para que
a relação entre ambas as empresas seja,
além de duradoura, marcada pelo sucesso
de mercado. “Trata-se de uma gama
completa de lubrificantes que abrange as
viaturas de turismo, comerciais ligeiros,
pesados, agrícolas e industriais, o que é,
Alguns membros da equipa de vendas
peças e lubrificantes da Sociedade Comercial
C. Santos
naturalmente, um grande contributo para
que o nosso percurso seja pautado pelo
atingir constante dos nossos objetivos e
os da marca”, afirma o diretor de peças e
lubrificantes da Sociedade Comercial C.
Santos, Manuel Machado Silva.
“A relação dos lubrificantes Shell com a
Sociedade Comercial C. Santos é uma história
de parceria de muitos anos, pautada
por grandes sucessos, que se traduzem
na satisfação e fidelização dos clientes ao
longo do tempo. É um excelente exemplo
daquilo que é o resultado do trabalho em
equipa com a nossa rede de distribuidores
premium”, indica Catarina Bastos, diretora
de marketing e serviço ao cliente
da Spinerg, empresa representante dos
lubrificantes do grupo Royal Dutch Shell
no nosso país.
ENTREGAS PORTA A PORTA
Um dos segredos para o sucesso comercial
da equipa dedicada Sociedade Comercial
C. Santos para a vendas de lubrificantes
é o stock alargado de lubrificantes Shell
na empresa e o facto de esta realizar
entregas porta a porta em vários locais
do norte de Portugal. “Temos um stock
variado de produtos e fazemos, através
de transportadores certificados, entregas
porta à porta no Grande Porto (exceto
Vila Nova de Gaia), no sul do Distrito de
Vila Real e nos concelhos de Vila Nova
de Famalicão, Esposende e Barcelos”, de
acordo com Manuel Machado Silva.

20
WWW.POSVENDA.PT DEZEMBRO 2020
Especial
E
2.ª PARTE
REPINTURA AUTO EM TEMPOS DE COVID-19
O setor que
mais sofreu com
a pandemia
Com menos carros a circular nas estradas, com menos
vendas de automóveis e com o rent-a-car quase parado,
entre outras razões, o setor da repintura automóvel foi
o que mais se ressentiu com a pandemia
TEXTO PAULO HOMEM
A
revista PÓS-VENDA tem
vindo a publicar nas últimas
edições uma caracterização
do atual estado dos diversos
setores da reparação e manutenção
automóvel (oficinas, peças, pneus,
etc). Nesta edição falamos com alguns dos
principais player´s do setor da repintura
automóvel, onde incluímos as marcas de
tintas e os retalhistas de diferentes zonas
de Portugal.
Pelas declarações dos principais responsáveis
destas empresas, fica mais que evidente
que o setor da repintura automóvel

21
foi aquele que mais “abanou”, na generalidade,
com a pandemia que se atravessou
nas nossas vidas.
A caracterização do momento atual,
que é minuciosamente descrito nas excelentes
declarações que recolhemos do
mercado, espelha bem onde o mercado
da repintura mergulhou, mas também
mostra que as empresas rapidamente se
souberam adaptar à realidade, ficando
evidente que os termos “proximidade
ao cliente” e “parceria” nunca foram tão
levados a sério como agora.
É também evidente que o setor da repintura
está já profundamente envolvido na
digitalização (embora alguns ainda não
acordaram para isso) a todos os níveis,
que irá ter um impacto muito grande nas
oficinas e na forma como elas se relacionam
com fornecedores e com clientes.
QUESTÕES
1 - Qual o impacto que esta crise pandémica
teve no setor da repintura automóvel em
Portugal?
2 – Quais são os fatores / indicadores a ter
em atenção na evolução futura do negócio
da repintura automóvel?
3 – Que medidas foram e estão a ser tomadas
para se potenciarem as vendas neste
momento, junto das oficinas de repintura?
4 – A digitalização do negócio assume agora
uma importância maior na relação com os
vossos clientes? De que forma?
MARCAS DE TINTAS
SPIES HECKER
Ricardo Mattos Coelho
1 – Os impactos da pandemia no setor da
repintura auto, como em todas as áreas da
sociedade, são enormes e diversos. Como
esta realidade representa algo que as pessoas
não conhecem na sua plenitude, isso faz
com que alterem de forma significativa as
suas ações e rotinas, o que em termos práticos
representa uma redução de mobilidade,
uma redução de quilómetros percorridos,
menos acidentes e logo menos reparações.
Embora as pessoas estejam mais disponíveis
para a utilização de novas ferramentas e
serviços digitalmente, sentimos que existe
também algum receio na deslocação às
oficinas.
Devido à quase paragem do turismo, sente-se
uma grande quebra nos recondicionamentos
o que afeta bastante as oficinas
que maioritariamente trabalhavam neste
tipo de serviços.
2 – Independentemente da crise pandémica,
já estavam em curso diversos fatores com
reflexos na repintura auto. Esta situação presente,
deverá acelerar alguns desses fatores.
Em termos de gestão, a otimização de
processos e a redução dos tempos de imobilização
das viaturas terá cada vez mais
importância para as diversas entidades
envolvidas e pensamos também que as
redes de reparadores consolidarão as suas
estratégias no mercado.
Outro fator que também vai ser determinante
é a evolução tecnológica dos veículos
com todas as implicações que isso terá, quer
nas oficinas, quer nas reparações.
3 – Num momento tão difícil e delicado
importa perceber as reais necessidades que o
mercado tem, para assim podermos ajustar
as nossas ações. Introdução de novas ferramentas,
agilização de processos de interação
e comunicação e campanhas promocionais
ajustadas, estão entre as ações realizadas.
4 – Esta crise apenas veio acelerar a implementação
de muitas ferramentas que a
Axalta já previamente tinha desenvolvido
e apresentado. Entre as diversas ferramentas
que disponibilizamos, destacamos as
ferramentas de gestão digitais (cor, folhas
de obra, gestão de stocks, encomendas),
a disponibilização de indicadores chave
de desempenho em tempo real, as integrações
BMS/DMS com o programa de
cor, o acesso mais fácil a formação online
e formação remota, a disponibilização de
vídeos com dicas e técnicas de aplicação nos
sites das marcas e nos canais do youtube
das diversas marcas, a consultadoria através
de canais digitais e o Axalta Connected
Services (assistência técnica à distância).

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WWW.POSVENDA.PT DEZEMBRO 2020
E
REPINTURA AUTO EM TEMPOS DE COVID-19
STANDOX
Luís Alves
Standox totalmente em português facilitando
a comunicação com todos os intervenientes
do negócio, bem como um canal
de Youtube Standovision Portugal com uma
ampla variedade de vídeos, agora legendados
em português, sobre novos produtos,
técnicas de aplicação e dicas. Todas estas
ações e ferramentas permitiram reforçar a
o posicionamento premium e a comunicação
digital da marca Robbialac/Standox
garantindo uma relação de proximidade
com o universo Standox, respondendo as
necessidades dos nossos clientes.
em que valorizamos de forma convicta as
nossas parcerias. E claro, acreditamos que
a capacidade de inovação e de flexibilidade
irão assumir, ainda mais, um papel decisivo
na evolução do mercado.
3 – Essa é uma excelente questão, e vai,
precisamente, ao encontro daquilo que
acreditamos, que a inovação, a formação,
a qualidade dos produtos aliadas a uma
enorme flexibilidade irão potenciar, irão
fazer, claramente, a diferença no mercado,
especialmente neste contexto vigente.
1 – A pandemia teve um impacto em
toda a indústria automóvel sem exceção.
Relativamente ao setor da repintura automóvel,
falamos principalmente da redução
da atividade de trabalho, existindo inclusivamente,
em alguns casos o encerramento
temporário parcial ou total de algumas
oficinas, desde pequenas a grandes concessionários.
O confinamento, o aumento
exponencial do teletrabalho reduziu significativamente
a circulação de veículos
afetando toda a indústria automóvel, desde
a produção à repintura.
2 – A evolução futura do negócio da repintura
é algo que temos de ir acompanhando e
avaliando gradualmente. A crise pandémica
tem um impacto económico substancial
no país, criando uma incerteza elevada
sobre a duração, magnitude do impacto e
a velocidade de recuperação.
3 – Mantivemos sempre uma relação de
proximidade com toda a rede distribuição
e com as oficinas, tendo em consideração
as restrições e limitações maioritariamente
à distância através das novas tecnologias,
mas sempre que possível e com as dividas
precauções presencialmente para perceber
e responder as necessidades dos clientes.
Reforçamos o nosso serviço de consultoria,
através da análise dos principais indicadores
de atividade da secção de pintura garantindo
a otimização de processos e uma maior
eficiência de forma aos nossos clientes/
parceiros se manterem competitivos.
4 – Tendo em consideração todas as limitações
e restrições ao contato social, as
novas tecnologias assumiram um papel
preponderante. Inicialmente começamos
por disponibilizar gratuitamente formação
online através do nosso programa de
E-learning. Lançamos também um site
AKZONOBEL
Nuno Andrade Tomé
1 – Esta crise pandémica, indiscutivelmente,
tem impacto em todos os setores
de atividade. E claro, o setor da repintura
automóvel não é exceção. Sendo que, independentemente,
do impacto que é real e
que pode ser constatado em várias variáveis,
pois aquilo que nos parece essencial salientar
é a nossa abordagem em relação a todo este
contexto. Neste tipo de contexto é essencial
uma abordagem que respeite todas as indicações
das entidades competentes ao nível
da higiene e segurança, uma abordagem
em que o nosso respeito e consideração
em relação aos nossos parceiros de negócio
fique, mais uma vez, demonstrado na nossa
conduta diária.
2 – Neste momento, temos um contexto
extremamente desafiante e complexo, com
esta pandemia, podemos constatar diferentes
dinâmicas, diferentes hábitos das pessoas
que necessariamente se estão a adaptar a esta
nova realidade. E claro, nós acreditamos
que neste contexto, é ainda mais essencial
desenvolver e consolidar o nosso caminho,
aquele em que nós acreditamos. Um caminho
que se faz com uma aposta constante
na inovação e na formação. Um caminho
em que a nossa abordagem reflete a nossa
flexibilidade para os diferentes contextos
com os quais nos deparamos. Um caminho
4 – Acreditamos, sem dúvida, na importância
da digitalização. A nossa conduta
e as medidas adotadas nos últimos anos
demonstram, precisamente, isso a vários níveis.
Neste contexto acreditamos ainda mais
no caminho que temos vindo a desenvolver
ao nível da digitalização na AkzoNobel, e estamos,
plenamente convictos que será uma
variável decisiva. E posso dar um exemplo,
ao nível da cor, temos desenvolvido ao longo
dos últimos anos uma clara e consistente
aposta no digital, com o lançamento no
mercado de ferramentas que permitem
aos nossos parceiros trabalharem ao nível
da cor, de uma forma cada vez mais digital.
E isso reflecte, também mais uma vez, a
nossa enormíssima aposta na inovação, na
procura constante de novas ferramentas e
soluções que potencializem ao máximo o
nosso desempenho e o desempenho dos
nossos parceiros.
CROMAX
Francisco Andrade
1 – Há alguma contradição. Por um lado,
pelo receio dos contactos, há menos gente a
circular em transportes públicos e mais em
viatura própria. Por outro lado, há muita
gente em teletrabalho, o que representa
menos viaturas a circular, menos acidentes,
menos negócio. No conjunto, houve um
claro desacelerar de negócios, com perda
acentuada de vendas.

2 – Há fatores sempre presentes, seja no
passado, seja no futuro, desde logo a necessidade
de garantir rentabilidades adequadas, o
que é crescentemente difícil, pelas margens
que diminuem e pela concorrência que
cresce, nomeadamente pela via do negócio
online. As empresas que apostam num serviço
de pré e pós venda completo, investem
forte no mesmo e vêem a sua rentabilidade
usurpada por quem apenas vende o produto,
sem qualquer investimento em serviço.
Há depois fatores tecnológicos que no
futuro terão muito impacto no negócio da
repintura, como são os carros autónomos,
dado que além de diminuírem a tendência
de propriedade do carro por substituição
por transportes coletivos, determinam sobretudo
o fim dos acidentes e necessidade
consequente de reparação.
3 – As vendas decorrem das necessidades
das oficinas, que por sua vez depende da
procura pelos proprietários das viaturas. As
medidas que uma empresa como a nossa
pode tomar é estar presente com uma oferta
completa e profissional, seja em produtos
com uma excelente relação qualidade /
preço, seja num serviço de cor e apoio
técnicos de excelência. É o que sempre
fizemos e sempre faremos.
4 – Sobretudo no acesso a informação de
cor/fichas técnicas e segurança/ produtos
mais simples, mais completa e mais rápida.
PPG, NEXA e MAX MEYER
Paulo Marques
1 – Este período alargado de confinamento
provocou uma clara redução da circulação
automóvel, com impacto no consumo
de combustível e na sinistralidade, com
uma redução próxima de 30% em relação
ao mesmo período homologo de 2019.
Este facto, teve consequência imediata na
atividade das oficinas de colisão, onde a
redução que se registou foi em linha com
a evolução da sinistralidade. Contudo, para

24
WWW.POSVENDA.PT DEZEMBRO 2020
E
REPINTURA AUTO EM TEMPOS DE COVID-19
as oficinas que se posicionaram na área do
recondicionamento de viaturas usadas, o
impacto não foi tão evidente, pelo facto de
ter aumentado a procura de viaturas usadas,
e por consequência a atividade destas
oficinas tenha registado uma redução menos
acentuada, entre os 10-20%.
2 – Está a ser feita uma análise pelas empresas
em geral sobre a implementação
do teletrabalho permanente, para uma
parte dos colaboradores, sem comprometer
a produtividade e a competitividade das
mesmas. Estas medidas têm um impacto
financeiro importante do ponto do vista
interno, e por outro lado vão influenciar a
circulação rodoviária nos grandes centros,
com uma redução que é expectável. Isto irá
significar menor consumo de combustível
e seguramente menor sinistralidade. Por
outro lado, o impacto da pandemia foi
enorme do ponto de vista económico. Com
a redução do poder de compra, poderá vir a
acontecer uma redução da procura de viaturas
usadas, e como consequência, redução da
atividade de repintura automóvel. Há que
considerar também a redução da procura
no sector do turismo (taxa ocupação nos
hotéis caiu entre 60-70%), que afecta o
sector das rent-a-car, que de forma cíclica
sempre alimentou a atividade das oficinas
de repintura.
3 – Implementação de boas práticas no
cumprimento dos processos de repintura
recomendados pela PPG para as marcas
que comercializa (PPG, Nexa Autocolor
e Max Meyer), a par com o
lançamento de novos produtos que permitem
encurtar o tempo da reparação e
diminuir o custo da operação. Aposta nos
serviços de Smart Repair como complemento
à atividade da oficina.
Estas medidas têm obviamente um impacto
reduzido, quando comparado com o efeito
da redução da sinistralidade.
4 – Há que continuar a dar resposta aos
clientes e a manter o contacto com estes.
A digitalização abriu uma janela de oportunidade
não só para manter esse contacto,
como também para aumentar o envolvimento
com estes por via da formação e
informação das equipas, sobre produtos
e processos. Este canal de comunicação
institucional deve no futuro continuar
a ser explorado, pela eficácia das acções
e abrangência das mesmas. Consegue-se
chegar a mais clientes com menos contactos
e com mais conteúdo. A PPG aposta em
módulos digitais para suporte dos seus
clientes, em termos de operação e formação.
Como exemplo temos o módulo Inventory,
ferramenta que permite às oficinas fazer a
gestão dos pedidos e stocks sem contacto
com os comerciais, apenas via web.
IXELL
André Lemos
1 – Todo o mercado automóvel sofreu
muito com a pandemia Covid-19. O sector
da repintura não é exceção. As medidas
sanitárias e o confinamento levaram a uma
redução drástica da circulação automóvel,
da sinistralidade e, consequentemente,
do número de reparações de carroçaria
e pintura.
2 – A evolução da pandemia será decisiva
para o negócio. A quebra de atividade está
a ter um impacto financeiro enorme nos
reparadores. Sobreviver a esta crise é o
desafio das oficinas. Mas, como em todas
as crises, há oportunidades. O mercado
dos veículos usados está a crescer, o que
potencia os recondicionamentos. O adiar
da compra de um veículo provocará um
aumento das pequenas reparações. Por
fim, e muito importante, a otimização
do negócio. As oficinas deverão procurar
melhorar a eficiência das suas intervenções,
reduzindo desperdícios e improdutividades,
gerando desta forma mais rentabilidade.
3 – A marca Ixell caracteriza-se por dois
principais factores: a qualidade e abrangência
da nossa gama de produtos e o acompanhamento
próximo e personalizado dos
nossos clientes. Mantivemos esta presença
das nossas equipas junto dos reparadores
e adaptámos a nossa política comercial à
situação que estamos a viver.
4 – A Ixell, ao longo da sua existência, tem
tido uma grande preocupação em garantir o
fornecimento de produtos e equipamentos
inovadores, que proporcionem aos seus
clientes uma maior qualidade e eficiência no
seu trabalho. A digitalização do negócio está
a ganhar dimensão também na repintura e
vai permitir a simplificação dos processos
e a oferta de novas soluções.
R-M / GLASURIT
Víctor Guerra Videira
1 – Estamos a viver um período anormal
e este sector está, como muitos outros, a
sofrer com a pandemia. O sector repintura
automóvel em Portugal encontra-se em
queda, estando em linha com a tendência
geral do sector automóvel, influenciada
maioritariamente pela quebra de vendas de
veículos novos, redução de frotas e rent-a-
-car, bem como a redução da circulação e o
teletrabalho, que tem tido efeitos negativos
na taxa de sinistralidade, o que afeta diretamente
o sector da reparação e da repintura.
2 – São vários os fatores a ter em atenção,
entre eles, destaco a redução do parque,
menos utilizadores de automóvel, envelhecimento
da frota, novas formas de mobilidade,
consciência ecológica e mudança
cultural, redução nas deslocações devido
ao aumento do teletrabalho e pior situação
económica. Todas estas razões levam
à redução de quilómetros feitos. Do lado
contrário vejo a transferência da utilização
do transporte público a favor do automóvel.
Destaco ainda a questão preço, com o
aumento do custo das matérias primas e
transporte, e o mix de marcas, que leva à
canibalização do premium por VfM.
Outra razões a ter em conta têm a ver com
a economia (IPB, desemprego, consumo
das famílias, recuperação do turismo e
concentração do mercado).
3 – Disponibilizámos aos nossos clientes
uma oferta diferenciada e exclusiva, com
a inclusão de várias gamas de produtos de
proteção, higienização e limpeza. Mas,

25
cremos que o mais importante neste momento,
não é potenciar as vendas, mas
sim ajudar os nossos clientes a ser mais
rentáveis e eficientes, a reforçarem as suas
competências, e a prepararem-se para um
futuro desafiante, mas também cheio de
oportunidades, que se perspetivam neste
sector a médio prazo.
4 – Para a BASF, a digitalização do negócio
era já uma realidade na relação com os seus
clientes. Seja através da nossa plataforma pedidos,
seja através da nossa acessória técnica
remota, ou através do nosso Plano de formação
on-line, o canal digital ganhou peso
para nós e para os nossos clientes, passando
a ser essencial na relação que mantemos.
É por isso, que este facto também foi uma
vantagem para nós e para os nossos clientes
nesta fase, pois o nosso modelo estava já
estava preparado para a digitalização parcial
do mesmo, permitindo-nos manter bastante
proximidade e suporte na relação com os
nossos clientes.
RETALHISTAS DE REPINTURA
GRAVITYPAINT
Mário Rui Ferreira
1 – Com a pandemia veio uma série de
constrangimentos e limitações que afetaram
a circulação automóvel e também o
investimento, não só nos clientes particulares
como nos clientes empresas. E como
consequência houve menos sinistros, menos
vendas, menos recondicionamentos e isso
resume-se em menos volume de trabalho
nas oficinas do sector. No nosso caso,
comparando com igual período de 2019,
a redução de vendas nos nossos clientes de
repintura automóvel é de 10,5%.
2 – A escassez de mão de obra qualificada
e habilitada na repintura automóvel será
um dos principais desafios/fatores a ter em
conta a curto prazo. Ao nível das oficinas,
penso que sentirão necessidade de se equiparem
com produtos e equipamentos de
qualidade, de apostarem na formação e na
modernização do seu modelo de negócio,
para poderem ter rentabilidade e fazer face
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primeiro lugar, inclui excelentes propriedades de
processamento, como a aplicação flexível em 1,5
ou em 2 demãos, boa capacidade de enchimento e
excelente estabilidade vertical, que proporcionam um
acabamento perfeito. Em segundo, mais eficiência,
graças à secagem excecionalmente rápida e ao baixo
consumo de energia a 40 ° C ou 20 ° C, o que pode
reduzir significativamente os custos operacionais. Isto
é realmente um desempenho fora de série.
© 2020 Axalta Coating Systems. All rights reserved.
NOVO

26
WWW.POSVENDA.PT DEZEMBRO 2020
E
REPINTURA AUTO EM TEMPOS DE COVID-19
a tempos exigentes como estes que vivemos
atualmente.
3 – Continuamos a apostar nas nossas
marcas premium, e com o apoio delas, a
realizar campanhas quinzenais; lançámos o
serviço “Festool Renting Plus”, que permite
o cliente adquirir os seus equipamentos
Festool em 36 mensalidades e usufruindo
de outras enormes vantagens para o seu
negócio; iremos em Janeiro abrir a nossa
loja em Torres Vedras, aumentando a
proximidade com os nossos clientes da
Zona Oeste.
4 – Sim, e com esta situação acelerámos
o projeto da nossa loja online e estamos a
contar que esteja concluída já em Janeiro.
Acreditamos que a digitalização terá uma
presença cada vez mais evidente nas nossas
vidas e nas nossas relações pessoais e profissionais.
Com a digitalização do negócio
poderemos também potenciar as vendas
dentro do nosso país e no estrangeiro. E
também através do nosso site, que tem
estado a ser melhorado e modernizado,
podendo assim ser um dos principais meios
de comunicação da GravityPaint.
ACRILAC
Vasco Pereira da Silva
1 – A repintura automóvel é um dos setores
mais afetados. Constata-se uma significativa
diminuição do volume de negócios e
da atividade nas oficinas devido a menor
sinistralidade, redução das vendas de veículos,
reduzida atividade do “rent-a-car”.
A retração na atividade traduz-se também
num incremento da atividade da concorrência,
aumentando a pressão na rentabilidade.
Para além da diminuição do consumo,
temos a questão dos recebimentos. Com
a situação atual o risco de crédito e as dificuldades
nos recebimentos irão aumentar.
Por outro lado, o elevado grau de incerteza
relativamente ao presente e ao futuro traduzem-se
num baixo nível de confiança e
numa menor propensão para consumir/
investir por parte dos clientes.
Muitas empresas do setor automóvel não
conseguirão sobreviver devido a esta crise.
2 – A crise pandémica mudará para sempre
o paradigma nacional até aqui seguido. O
“on line” total e/ ou parcial substituirá o
“presencial” em diversas vertentes. Tendo
em conta esta realidade e esta tendência,
a digitalização cada vez maior do negócio
é vital.
Por isso os fatores determinantes do negócio
são a faturação, o crédito, a rentabilidade, a
qualidade, a consistência e a diversidade de
soluções da oferta, a logística (disponibilização
dos artigos em tempo útil), as parcerias
comerciais com os clientes (continuar a
apostar na fidelização e na relação) e com
os fornecedores e a capacidade de resiliência,
de inovação, de readaptação constante aos
desafios, e das empresas se “reinventarem”.
3 – Para contrariar e para minimizar a
tendência da diminuição da atividade, criámos
diversas iniciativas, como promoções
apelativas diversas, introduzimos novos produtos/
soluções, estamos a efetuar formação
a clientes de sistemas de produtos para a
otimização dos processos e para a máxima
eficiência, aumentando a produtividade, a
rentabilidade, e minimizando tempos de
aplicação e de secagem.
Reforçámos a comunicação com os clientes,
enviando as informações digitalmente, reforçámos
stocks para fazer face à escassez de
produtos, uma vez que na generalidade há
limitações nas produções, que os prazos de
entrega aumentaram, que os consumidores
pedem apenas o que necessitam para o
imediato, e que a procura por determinados
produtos aumentou exponencialmente (por
exemplo equipamento proteção individual
– máscaras de proteção, fatos de proteção,
luvas, fatos, etc).
4 – Tendo em conta a presente realidade e
tendência, a digitalização cada vez maior
do negócio é vital a todos os níveis (da
gestão, do controlo de crédito, da faturação,
dos stocks, da organização, da informação
disponível para as equipas de vendas e
das lojas, das promoções, da comunicação
com o mercado e com os clientes, da
formação, etc).
AUTOFLEX
Manuel Silva
1 - O confinamento geral pelo qual o nosso
país passou durante parte do mês de março
e que se prolongou até maio, teve três
consequências imediatas: a redução drástica
do movimento automóvel nas estradas,
também motivada pela Implementação
crescente do teletrabalho e o aumento do
desemprego. Estes dois fatores afetaram
drasticamente a ocupação oficinal e a rentabilidade
de todas as atividades económicas
direta e indiretamente relacionadas com este
mercado da reparação automóvel.
2 – Os principais fatores a considerar na
evolução futura do negócio da repintura
automóvel passam pela implementação nas
viaturas de novas tecnologias e de novos
e complexos substratos que “obrigam” a
alterações e consequente adaptação a novos
processos de pintura, o aparecimento
de produtos de novas tecnologias, menos
perniciosas para o ambiente e que implicam
novas técnicas de aplicação, a crescente
necessidade de otimizar os departamentos
de colisão oficinal de forma a obter maior
rentabilidade, a formação e apoio técnico,
comercial e logístico que é fundamental
garantir às empresas e aos profissionais
envolvidos nesta atividade.
3 – Face às atuais circunstâncias e para que
possamos também cooperar com os nossos
clientes para utltrapassar esta situação, a
Autoflex tem procurado estar ainda mais
disponível no apoio ao cliente, nomeadamente
mantendo todos os pontos de venda
estrategicamente distribuídos nas nossas
zonas de trabalho, consolidando o apoio
comercial, técnico e de distribuição que é
realizado diretamente nas próprias oficinas
e, sempre que seja necessário e possível,
com ações concretas realizadas no Centro
de Formação Autoflex.

SÍGUENOS
EN
motul.com

28
WWW.POSVENDA.PT DEZEMBRO 2020
E
REPINTURA AUTO EM TEMPOS DE COVID-19
4 – Estas novas tecnologias de informação,
desde que corretamente utilizadas, constituem
um importante meio para a obtenção
de uma maior rapidez e fiabilidade nas várias
operações oficinais. A Autoflex em estreita
cooperação com a equipa Spies Hecker,
tem vindo paulatinamente a implementar
nos seus clientes, este novo processo através
da formação e instalação do sistema
informático de gestão e pesquisa de cores
Phoenix, acompanhado do respetivo espetrofotómetro
e restantes ferramentas de
apoio. Isto levará a que a rentabilidade seja
incrementada nos nossos clientes.
CENTROCOR
Agostinho Matos
1 - A crise pandémica veio afetar a área
da repintura automóvel de várias formas.
A principal é sem dúvidas, a grande
redução do número de veículos que circulam
diariamente nas estradas, o que
leva a uma grande redução do número
de sinistros. Por outro lado, a quebra
acentuadíssima das vendas de veículos
novos e usados faz com que a reparação
de recondicionamento também tenha
diminuído significativamente.
Outro dos fatores inerente a qualquer
tipo de crise é a diminuição do poder
económico. O medo, a incerteza gera
retração na hora de efetuar investimentos.
3 – Desde o início desta situação pandémica
que a Centrocor não deixou de
estar ao lado dos seus clientes, quer seja
remotamente ou fisicamente cumprindo
sempre todas as normas da DGS para salvaguardar
a saúde dos seus colaboradores
e clientes. Atualmente temos trabalhado
sobretudo sobre as necessidades que os
clientes nos têm vindo a reportar dado
o contexto atual, adaptando a nossa
oferta ao momento o mais rapidamente
possível, aquilo que o cliente necessita
no momento e sobretudo aumentar a
nossa velocidade de resposta no que
toca à satisfação das suas necessidades.
4 – Reconhecemos o grande contributo
e potencial da digitalização no setor da
repintura. Atualmente verificamos que
existe um número superior de clientes
a usarem a componente digital, quer na
apresentação e aquisição de produtos ou
até mesmo na obtenção de conhecimentos
através da formação via digital, que
anteriormente não era apreciada pelos
clientes. Isto leva a que as empresas cada
vez mais necessitem de terem um tipo
de atuação mais híbrida junto dos clientes,
isto é, um misto entre uma relação
digital que é rápida, acessível à maioria
das pessoas e praticamente instantânea e
uma relação física próxima com o cliente
conforme existe desde sempre nesta área.
através das ferramentas digitais tem sido
privilegiado quer nas nossas comunicações
internas como com o cliente.
2 – A evolução tecnológica, da inteligência
artificial e da condução inteligente são
fatores que vão influenciar o negócio. A
limitação do número de automóveis nas
cidades pode ser mais um factor determinante
na diminuição da sinistralidade
automóvel e, consequentemente, no número
de viaturas a reparar.
3 – O nosso foco está na colaboração lado
a lado com os profissionais, oferecendo
serviços, produtos e equipamentos de
excelência, de forma a alcançarem resultados
de qualidade e rentáveis. Nunca
esquecemos que são os clientes que nos
permitem ter a porta aberta e nos fazem
continuar sempre, apesar de todas
a adversidades. As nossas filiais Cascais e
Loures representam pontos de contacto
mais direcionados ao público local que
procura uma resposta mais rápida às necessidades
do dia a dia. O projecto ASB
on the road nasceu da necessidade de dar
resposta mais célere e precisa às questões
reais do dia-a-dia no local de trabalho do
nosso cliente, permitindo rentabilizar o
bem mais precioso que temos – o tempo.
4 – A digitalização já é uma preocupação
da ASB há alguns anos, fomos pioneiros na
aposta na instalação de espectrofotómetros
e programa de gestão de cores nos nossos
clientes que permitem analisar a rentabilidade
quer dos operacionais como dos
processos na oficina, por exemplo análises
de KPIs de forma a ajudar os gestores de
oficina a encontrarem melhores formas
de rentabilizar o trabalho diariamente.
2 – Neste momento tudo é uma incógnita.
Enquanto que há pouco tempo
tudo apontava para um aumento cada
vez maior de plataformas de car sharing,
aluguer de curta duração, o mercado
hoje em dia mostra que o consumidor
reverteu em grande parte esta tendência
para a aquisição de viaturas, obrigando
as oficinas a refletir novamente sobre o
desafio estratégico B2B ou B2C.
Outros dos fatores irá ser muito importante
no futuro, será a cada vez maior
digitalização do mercado.
ASB
Álvaro Sousa
1 - A médio prazo vai haver um acentuado
decréscimo no negócio tal como o
conhecemos atualmente. É preciso manter
a mente aberta e inovar através de novas
plataformas de negócio ou negócios alternativos.
Na ASB todos os processos foram reinventados
e adaptados, desde o momento
em que recepcionamos os produtos até
à sua entrega. Todos os nossos serviços
mantêm-se operacionais. O contacto
FILICRIL
Lino Pereira
1 - A Filicril lida diariamente com dezenas
de operadores do setor, um pouco por toda

Lusilectra
Salvador Caetano
a região centro. Sentimos que a crise pandémica
se sentiu um pouco por todo o lado,
nomeadamente por força das restrições
à circulação, que impuseram mudanças
de hábitos de utilização do automóvel.
Verificamos que nos territórios do interior
estes efeitos foram mais acentuados.
2 – O futuro da repintura automóvel
assenta cada vez mais num estreitamento
de relações entre os diversos agentes da
nossa cadeia de valor. Será cada vez mais
importante trabalhar em parceria com
as oficinas e com os nossos fornecedores,
pois sentimos que necessitamos cada vez
mais uns dos outros.
3 – Um pouco por todo o lado estamos
a assistir à escalada da digitalização da
economia. No nosso caso estamos a alterar
alguns procedimentos e a utilizar
mecanismos online para divulgação dos
produtos, através de catálogos digitais,
vídeos exemplificativos, entre outros.
4 – O cliente está cada vez mais digital, e
por isso consideramos que nos próximos
tempos a aposta nos instrumentos online
será determinante para estreitar relações
com os clientes e potenciar a venda. Por
esse motivo, consideramos importante
implementar a curto prazo uma estratégia
de comunicação online, assente nas redes
sociais, nas ferramentas de mensagem
instantânea, website entre outras.
MOTA & PIMENTA
Margarida Mota
1 - O mercado da repintura automóvel
sofreu um decréscimo, fruto desta crise.
Este impacto sentiu-se principalmente,
entre finais de março até início de maio.
Após este decréscimo acentuado, houve
uma melhoria e estabilidade no ramo da
repintura automóvel. Dado os tempos que
estamos a viver receia-se que num futuro
próximo possa haver de nova alguma contração
no sector originando de novo um
impacto negativo.
2 – Termos de ser muito ponderados e assertivos
nas opções. Com menos orçamento
familiar o investimento no carro ficará para
segundo plano. Com este cenário, nós
como empresa que funciona direcionada à
repintura automóvel, termos de criar maior
dinamismo e aprofundar mais outras soluções.
Temos de seguir uma estratégia que
a nossa empresa sempre seguiu tentando
orientar ao máximo as nossas sinergias e
apostas para sectores bem identificados
e que saibamos a partida de necessidade
extrema para o consumidor. No entanto
esta estratégia hoje em dia ainda é mais
crucial pois os lares, as famílias a população
atravessa uma situação em que não se pode
dar ao luxo de despender dinheiro a não
ser em coisas perfeitamente necessárias bem
como que tragam mais valias.
3 – Tanto agora como já antes fazíamos,
uma das formas que trabalhamos com os
nossos clientes é em oferecer os melhores
produtos, as melhores soluções fazendo
com que o cliente tenha o menor custo e
a maior rentabilidade dos produtos, sendo
nisso que vamos continuar a apostar,
continuando a dar o nosso apoio técnico
sempre que necessário.
Seguimos com os elementos chaves que é
dar aos nossos clientes qualidade, preço, e
mais valia, bem como formando os clientes
visando assim a fidelização.
4 – Verificamos que há uma maior pesquisa
on-line de produtos, tanto de oficinas como
de clientes particulares. As ferramentas digitais
são uma forma de conseguirmos estar
junto dos clientes, mesmo que não seja de
forma física. Estamos a trabalhar para que
o nosso site fique disponível até ao final
do ano. Assim, conseguiremos aumentar
o nosso leque de ofertas, informações e os
nossos contactos.
O e-commerce é sem dúvida alguma uma
área em expansão e mais do que nunca pelo
que vivemos hoje em dia a maior parte das
pessoas usa as compras online por contrapartida
das compras presenciais. Por isso
o potenciar do novo site irá levar a uma
venda online e onde iremos apostar como
sendo uma quota de mercado importante
para o nosso negócio.
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30
WWW.POSVENDA.PT DEZEMBRO 2020
Mercado
M
PEÇAS

31
NOVA PLATAFORMA B2B CONNECT DA MERCEDES- BENZ
O B2B Connect
vem preencher
uma necessidade
das oficinas
independentes
GUSTAVO ARROZ
DIRETOR GERAL CUSTOMER SERVICES MBCARS & VANS
A Mercedes lançou recentemente o novo portal B2B
Connect que permite à generalidade das oficinas o acesso a
peças genuínas, mas também a diversos serviços de apoio
Mercedes-Benz
TEXTO PAULO HOMEM
O
B2B Connect, recentemente
apresentado pela Mercedes-
Benz, surge como a porta de
entrada dos clientes profissionais
no universo de soluções
pós-venda que a marca lhes disponibiliza.
Gustavo Arroz, Diretor Geral Customer
Services MBCars & Vans, apresenta aqui
esta plataforma e as suas vantagens para as
oficinas independentes, mas também para
a rede de oficinais da marca.
O que é que este portal B2B Connect
traz de novo?
Até ao lançamento deste novo portal, as
soluções pós-venda disponíveis encontravam-se
dispersas em diferentes portais,
com diferentes users e passwords. Com o
B2B Connect melhoramos a experiência
do cliente e promovemos num único portal
todo o conjunto de soluções que ele já
conhece. Ao mesmo tempo, permite-nos
chegar a um número mais vasto de clientes,
proporcionando-lhes um maior detalhe
da informação sobre os nossos produtos
e soluções.
Que mais valias as oficinas independentes
poderão obter da utilização desta
plataforma (para além da aquisição de
peças), nomeadamente do ponto de vista
técnico?
Tal como dito anteriormente, reunimos no
B2B Connect toda a oferta de aplicações e
soluções pós-venda que os clientes profissionais,
desde há muito, já vêm conhecendo
e usando. O WebParts, o nosso portal de
encomenda de peças online junto da rede
de oficinas autorizadas, é notoriamente o
nosso “best seller”, através do qual centenas
de clientes profissionais submetem diariamente
as suas encomendas de peças junto
da rede de oficinas. Em termos técnicos
disponibilizamos um conjunto de soluções
que vão desde as instruções e informações
técnicas de manutenção e reparação dos
veículos Mercedes-Benz e Smart, para
todas as gamas, identificação de peças e
disponibilidade de stock das mesmas na
nossa rede de oficinas.
Em termos de atualidade da informação
técnica disponível, quanto tempo
demora a informação a ficar disponível
para as oficinas independentes (depois
do lançamento de um novo veículo)?
Uma oficina independente, ao adquirir
uma licença de utilização para a aplicação
de identificação de peças ou, por exemplo,
para a aplicação de instruções técnicas
de manutenção e reparação dos veículos
Mercedes-Benz e Smart, está a valorizar a
qualidade do serviço que presta aos seus
clientes. As aplicações constantes no Portal
B2B Connect, são permanentemente atualizadas
pelo fabricante, e a informação
associada a cada modelo novo lançado
pelo fabricante fica imediatamente disponível,
quer através do WebParts, quer
através de qualquer uma das aplicações
originalmente nativas do anterior Portal
Service & Parts Net.
Até que nível de informação técnica as
oficinas independentes poderão aceder
através desta plataforma?
Desde há alguns anos a esta parte que
vimos apostando na digitalização dos nossos
serviços, interação e experiência dos
clientes com a rede de oficinas autorizadas
Mercedes-Benz. O canal de negócio do
balcão é igualmente parte desta prioridade.
Neste sentido, pretendemos, com o portal
B2B Connect, uniformizar o acesso aos
sistemas de informação do fabricante pelos
nossos clientes oficinas independentes. Ou
seja, preconizamos investir na experiência
dos nossos clientes e no fortalecimento
da relação destes com a rede de oficinas
autorizadas, mantendo na totalidade todas
as funcionalidades das aplicações existentes
no Service & Parts Net, e o nosso canal de
encomenda online WebParts.
Esta plataforma poderá ser um incentivo
às reparações em garantia fora da marca?
Não. As reparações em garantia, pela especificidade
das mesmas, deverão ser realizadas
numa oficina autorizada Mercedes-Benz.
Que tipo de oficinas independentes podem
aceder a esta plataforma?
O B2B Connect é um portal orientado
para as necessidades decorrentes da
atividade pós-venda de todas as oficinas
independentes. Não obstante, posicionamo-nos
também ao lado dos clientes de
veículos comerciais com frotas de veículos
Mercedes-Benz e que dispõem de oficinas
próprias.
Atualmente existem muitas oficinas independentes
especializadas em veículos
Mercedes. Com esta plataforma poder-
-se-á estreitar ainda mais essa ligação da
marca às oficinas independentes?
Como representantes da marca Mercedes-
Benz e Smart em Portugal a nossa prioridade
é, naturalmente, o fortalecimento das
competências técnicas e relacionais de todas
as equipas pós-venda da rede de oficinas
autorizadas, que muito vêm contribuindo
para a satisfação e fidelização dos nossos
clientes. O canal de negócio do balcão de
peças é também foco da nossa atenção e o
Portal B2B Connect vem preencher uma
necessidade das oficinas independentes,
nomeadamente a centralização de todas
as aplicações pós-venda que lhes coloca-

32
WWW.POSVENDA.PT DEZEMBRO 2020
M
PEÇAS
mos ao dispor, o WebParts, as aplicações
do antigo portal Service & Parts Net e a
nossa loja online Xentry Shop, através da
qual os clientes continuarão a adquirir as
licenças de utilização dos nossos produtos.
Para além da possibilidade de adquirir
peças online e de aceder a informação
técnica, existirá a possibilidade de as
oficinas terem acesso a formação técnica
(online ou presencial)?
A Mercedes-Benz Portugal disponibiliza o
acesso a todas as ações de formação técnica
(presencial ou online) às oficinas independentes
de acordo e em concordância
com as condições comerciais vigentes para
a participação nos cursos de formação
técnica da marca.
O objetivo é, no futuro, lançar uma rede
de segundo nível de operadores independentes
certificados pela Mercedes?
A rede de oficinas autorizadas é o nosso
foco e junto destas preconizamos continuamente
proporcionar a melhor experiência
aos nossos clientes, com o produto certo
e atendimento personalizado para cada
cliente, sendo que o lançamento de uma
rede de segundo nível de operadores independentes
não faz parte da estratégia
da marca.
Efetivamente, a melhor experiência dos
nossos clientes é desde sempre a nossa
prioridade, alicerçada na rede de oficinas
autorizadas Mercedes-Benz. O trabalho
conjunto que vimos fazendo com os nossos
parceiros autorizados aposta na fidelização
dos clientes às oficinas da marca, independentemente
do tipo de necessidade que o
veículo venha a necessitar. Neste contexto
pautamos as nossas prioridades por um
conjunto de itens de referência percecionados
e lisonjeados pelos nossos clientes, tais
como, a qualidade do serviço pós-venda,
técnicos certificados pela marca, serviço 24
horas, contratos de serviço, programas de
fidelização, ofertas comerciais exclusivas,
acompanhamento dedicado e digitalização
de processos oficinais na relação com o
cliente, nomeadamente o agendamento
online ou o diagnóstico preditivo, tudo à
distância de um clique.
Salientamos ainda as nossas App’s
Mercedes Me, a Service App e a Mercedes
Store, através das quais promovemos o
Mais serviço
num único portal
Com o lançamento do portal B2B
Connect, a Mercedes-Benz reuniu
numa única plataforma um conjunto
de plataformas que obrigava que as
oficinas independentes tivessem que
usar diferentes users e passwords para
aceder às mesmas.
Este portal, de simples acesso através
de registo numa área digital, permite
às oficinas independentes adquirirem
peças genuínas Mercedes-Benz, obterem
informações de reparação e manutenção
das viaturas, ou soluções de
informação e de apoio no diagnóstico e
localização de avarias.
Refira-se que o WebParts (canal de
e-commerce da Mercedes-Benz para
a venda de peças genuínas Mercedes-
Benz e Smart às oficinas multimarca),
lançado em 2006, passa também a
estar integrado nesta plataforma B2B
Connect, que pode aceder através do
link b2bconnect.mercedes-benz.com.
total conforto e tranquilidade dos nossos
clientes, que tanto nos diferenciam, como
é o caso da aquisição de serviços online
e conetividade.
Temos, naturalmente, em atenção o facto
de as oficinas independentes serem
importantes parceiros de negócio das
oficinas autorizadas, através da aquisição
de peças via balcão de peças. Daí que,
as diferentes equipas de venda de peças
certificadas pela marca estejam totalmente
focadas em proporcionar a estes clientes
um acompanhamento cuidado e personalizado
de modo a fazer face a todas as
suas necessidades.
Esta plataforma, onde está incluída a
WebParts, representa mais um passo na
digitalização dos processos (de encomenda
de peças e acesso à informação)
para as oficinas independentes. Quais
serão os próximos passos?
Somos uma marca virada para o futuro, o
qual nos reserva enormes desafios, sendo
que a digitalização é um dos principais
pilares da estratégia da marca. Atualmente,
distinguimo-nos por uma ampla oferta
digital de serviços que contribuem muito
para a satisfação dos nossos clientes e que
os mantêm conectados à nossa marca. É
por aqui que norteamos a nossa estratégia,
na simplificação e sistematização de processos
que envolvem a relação dos nossos
clientes com as oficinas autorizadas em
benefício de uma experiência diferenciadora
junto da marca Mercedes-Benz.
O B2B Connect representa mais um
passo no estreitamento do grau de relacionamento
comercial da rede de oficinas
autorizadas com as oficinas independentes,
visando também, com o feedback
destas, o constante melhoramento deste
novo sistema de apoio ao canal de negócio
balcão de peças.

ENERGIA. EXCELÊNCIA.
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do programa ZF [pro]Points
com as peças TRW
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A marca TRW da ZF Aftermarket oferece uma
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Trabalhamos continuamente na melhoria e no crescimento da nossa gama, o que nos permite oferecer
tranquilidade no fornecimento e instalação das peças. Com mais de 100 anos de história na produção de
equipamento original, temos a experiência que faz a verdadeira diferença na segurança dos veículos.
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Parte da ZF Aftermarket, cada peça TRW é concebida para superar desafios, tal como os colaboradores
dedicados de todo o mundo que as fazem chegar até si. Apoiados por uma rede global de especialistas
no mercado de pós-venda, os produtos TRW ditam os padrões da segurança e da qualidade.

34
WWW.POSVENDA.PT DEZEMBRO 2020
M
PEÇAS
DGA
Dos Auto-Paraventos
aos componentes
e acessórios
A DGA fabrica desde 1990 Auto-Paraventos que comercializa
não só em Portugal mas também em diversos mercados
internacionais. Para além disso a empresa comercializa
também outros componentes e acessórios para automóveis
TEXTO PAULO HOMEM
Domingos Gouveia Araújo,
profissional ligado há muitos
anos ao setor das peças, fundou
no início da década de 90 a
DGA. A procura que existia no
mercado por Auto-Paraventos (também
conhecido chuventos) levou-o a investir
na produção deste acessório.
Passados todos estes anos a empresa
continua a produzir este acessório em
escala, dispondo de uma oferta de cerca
de 1.400 moldes (quase 1.800 versões),
tendo uma produção de quase 100 novos
moldes por ano (exceto este ano), já que
o ciclo de vida dos automóveis é cada
vez mais curto e existem cada vez mais
novos modelos de automóveis. Por isso,
a amplitude de gama é muito grande nos
Auto-Paraventos, com a DGA a ter uma
oferta disponível para modelos desde os
anos 80 até veículos já lançados em 2020.
Diga-se ainda que esta gama de produtos
não está apenas orientada para veículos
ligeiros, pois existem muitas referências
disponíveis para comerciais, carrinhas
de caixa aberta, carros sem carta e ainda
para camiões.
No início do novo milénio a empresa
decidiu expandir a sua presença comercial
além-fronteiras. A presença em feiras levou
a empresa a prolongar o seu negócio para
diversos mercados internacionais, impondo
a marca DGA, mas também fez com
que a empresa alargasse o seu portfólio
de produtos (a componentes e acessórios
auto) para o mercado português.
Para alguns desses produtos foi criada
uma nova marca, a Car Sense (produtos
para a área elétrica), enquanto em outros
produtos (led´s, lâmpadas, sensores de
estacionamento, escovas limpa-vidros,
faróis, sensores TPMS, alarmes, car video,
chaves & capas, tapetes, etc) a empresa do
Porto passou a representar marcas como a

35
Lampa, Steel Mate, Narva e Rubber Mat.
“Temos diversas gamas de produto que
estão dentro daquilo que o mercado nos
pede, mas procurando dar sempre a melhor
qualidade possível, pois o objetivo
é fidelizar clientes e procurar novos”,
refere Luís Araújo, responsável comercial
da DGA, que diz que “é muito raro que
alguns destes produtos tenham problemas.
A garantia que damos em alguns destes
produtos, que pode ser de dois anos para
o utilizador, revela a confiança que temos
naquilo que propomos ao mercado. Aliás,
todos os produtos são previamente testados
por nós, antes de serem introduzidos
no mercado”.
AUTO-PARAVENTOS DGA
Quase totalmente presente no mercado
B2B, quer em Portugal, quer no estrangeiro,
a DGA possui uma componente
de exportação muito forte, que representa
já entre 50 e 60% das vendas de Auto-
Paraventos que produz. “Temos vindo a
crescer muito a componente da exportação
de ano para ano, embora as vendas em
Portugal também tenham vindo a subir”,
comenta Luís Araújo, que revela que a
empresa vende para Espanha, França,
Reino Unido, Alemanha, Sérvia, entre
outros países.
No entender deste responsável da DGA,
DGA
Luís Araújo
225 088 386
info@dga.pt
www.dga.pt
uma boa parte do sucesso dos Auto-
Paraventos que esta empresa portuense
produz, está não só na qualidade do produto
mas sim na sua fixação nos veículos.
“Não usamos clipes de metal nem de
plástico para fixar o Auto-Paravento, mas
apenas a sua tensão e uma cola dupla que
permite uma fixação perfeita na calha
do vidro. Por outro lado, o acrílico que
usamos é adquirido ao maior fabricante
do mundo, que nos garante o máximo de
qualidade”, explica Luís Araújo.
Sendo a própria DGA a construir e
produzir os moldes existe também uma
grande preocupação com o design dos
Auto-Paraventos, para que os mesmos que
enquadrem de uma forma harmoniosa nos
veículos aos quais se destinam, incluindo
os mais recentes, segundo explica o mesmo
responsável da DGA.
Os Auto-Paraventos é um produto que
apresenta, segundo Luís Araújo, uma série
de vantagens, pois permitem a ventilação
natural no habitáculo e assim evitar o
embaciamento, melhorar o consumo do
veículo ao evitar usar o ar condicionado,
proteger da chuva e que a sua utilização
tem também estas vantagens nos veículos
elétricos.
Como novidades a DGA está para lançar
um site para a marca Car Sense, com
uma plataforma B2C, sendo que o back
office deste site servirá para dinamizar
um B2B dentro do site da DGA, que
estará orientado para os profissionais. “É
uma ferramenta muito importante para
a nossa atividade, até porque o nosso
tipo de produto funciona muito bem
na vertente online”, refere o responsável
dessa empresa.
Com o objetivo de aumentar as vendas
e a penetração dos Auto-Paraventos no
mercado, a empresa pretende expandir
ainda mais a sua presença internacional,
trabalhando com revendedores / distribuidores
locais, enquanto no mercado
nacional quer dinamizar ainda mais os
produtos DGA mas também todas os
novos produtos / marcas que está a trabalhar.
“Não queremos ter uma gama de
produtos demasiado grande, preferimos
continuar a aposta nestes produtos, nos
quais confiamos e que sabemos que o
mercado procura”, conclui Luís Araújo.

36
WWW.POSVENDA.PT DEZEMBRO 2020
M
REPINTURA
JCCOR
Novo
posicionamento
e novos negócios
A JCCOR que representa e distribui em Portugal a marca de
tintas Kapci tem atualmente uma nova estratégia e um novo
posicionamento no mercado. São muitas as novidades que
estão a transformar totalmente o negócio desta empresa
TEXTO PAULO HOMEM
Durante os primeiros anos de
vida da JCCOR a empresa
dedicou-se essencialmente ao
retalho na área das tintas para
automóveis. A diferenciação já
era feita nessa época por trabalhar uma
marca exclusiva, a Kapci, que a empresa
adquiria ao revendedor em Espanha e que
comercializa no nosso país.
O trabalho com a Kapci foi tão bem
sucedido que a JCCOR passou a ser representante
e distribuidor da marca egípcia
para Portugal, apesar dos 8 anos que já
leva de trabalho com esta representada.
Esta alteração levou a JCCOR a ter
um novo posicionamento no mercado,
deixando de lado o retalho para passar
a ser representante da marca no nosso
país. Esta foi uma alteração pensada e
estratégica que mudou completamente
a forma da empresa trabalhar o mercado
português no último ano e meio. “Foi
uma decisão muito importante”, comenta
Jorge Cancela, administrador da JCCOR,
que revela que as compras diretamente à
fabrica da sua empresa, já superam as do
importador em Espanha, o que só por si
demonstra a aposta feita. Por outro lado,
“esta alteração permite uma alteração nos
preços, que já antes considerava competitivos,
mas que se tornam ainda mais em
algumas linhas de produto”, explica Jorge
Cancela, dizendo que “o lançamento de
novos produtos por parte da Kapci, mais
sofisticados e de maior rentabilidade, a
novidade que é a segunda geração de tintas
aquosas e os produtos de secagem ao ar,
foram muito importantes nesta fase de
lançamento da marca a nível nacional”.
Outra grande alteração no negócio da
JCCOR foi ao nível das instalações. Com
o crescimento continuo das vendas, foi
necessário ter um armazém que suportasse
a atividade e que logisticamente
desse outra capacidade à empresa para
fornecer atempadamente e sem roturas
os seus clientes de retalho. “O esforço
financeiro é muito grande, mas o facto
de termos um bom stock é muito importante
para a dinamização do nosso
projeto”, refere Jorge Cancela. O novo
armazém está localizado em Vilar (Vila
do Conde), revelando-se fundamental
no desenvolvimento do negócio, mas

37
também como forma de potenciar outros
projetos da empresa.
Simultaneamente a JCCOR tem vindo
a desenvolver a sua rede nacional de revenda,
passando todos os clientes oficinais
com que trabalhava para esses clientes.
“Neste momento só trabalhamos com
revendedores, estando totalmente focados
na distribuição”, assume o responsável
da JCCOR , que atualmente trabalha
com cerca de 20 revendedores a nível
nacional (incluindo Açores e Madeira),
informando que “fizemos um trabalho
muito grande no último ano, incluindo
9 novos revendedores, com os quais
fizemos um investimento muito grande
na colocação de máquinas nas oficinas,
faltando-nos apenas ter presença na região
de Coimbra”.
Para apoiar o trabalho dos revendedores
junto das oficinas a JCCOR dispõe de
um técnico que acompanha os clientes,
que se torna muito importante nesta fase
em que a Kapci tem vindo a renovar a
sua gama de produtos. “Em termos de
qualidade dos produtos Kapci podemos
rivalizar com qualquer marca de topo que
está no mercado. A exigência técnica do
produto e o investimento que fizemos na
JCCOR
Jorge Cancela
229 600 136
geral@jccor.com.pt
www.jccor.com.pt
revenda, revela também a importância de
termos um técnico para trabalhar com a
revenda e com as oficinas que utilizam os
nossos produtos”, explica Jorge Cancela.
Para além da Kapci, que é a marca principal
da JCCOR, a empresa comercializa
também os produtos Ranal, numa perspetiva
de complemento, Miarco (fitas) e
Smirdex (abrasivos), estando para breve
o lançamento de mais uma novidade,
neste caso na área do detalhe automóvel,
passando a empresa a operar também neste
setor. “Trata-se de um segmento de mercado
que tem vindo a crescer muito em
Portugal e onde queremos também estar
presentes já no início de 2021”, revela o
responsável da empresa de Vilar, que diz
ser “uma área diferente da repintura, já
que os produtos são distintos, embora
alguns dos nossos revendedores também
já comercializem produtos de detalhe
automóvel”.
A estratégia da JCCOR, tal como acontece
atualmente com as marcas da repintura
que representa, é ter numa marca diferenciada
para o detalhe automóvel, que
não seja comercializada por ninguém em
Portugal nem se venda nas plataformas
online, embora tenha, no entender de
Jorge Cancela, “muita qualidade e que
nos permite fazer um bom trabalho com
a revenda, onde teremos um técnico específico
para acompanhar os clientes. Com
esta marca teremos também as máquinas
de polir”.
Num futuro a médio prazo, a JCCOR tem
já em perspetiva a mudança de instalações
que permitam à empresa montar um outro
projeto que passará por ter um centro de
formação próprio, que garanta um ainda
melhor acompanhamento técnico aos
clientes. “É um projeto importante ainda
mais para uma empresa como a nossa que
trabalha uma marca como a Kpaci que não
é europeia”, afirma o gerente da JCCOR.
O crescimento constante nas vendas desde
2016, e o investimento feito este ano nos
novos clientes, Jorge Cancela perspetiva
“que o ano de 2021 seja também ele de
crescimento com os investimentos feitos
recentemente, que nos leva a ter já quase
50 máquinas instaladas no mercado”.

38
WWW.POSVENDA.PT DEZEMBRO 2020
Internacional
I
MOTUL
Gama completa
e tecnológica
Com uma gama de lubrificantes abrangente, a Motul focase
em desenvolver produtos cada vez mais eficientes na
redução de consumos e emissões, adaptados às exigências das
motorizações mais recentes
TEXTO NÁDIA CONCEIÇÃO
Fundada há mais de 165 anos, a
Motul está presente na Península
Ibérica desde 1989, disponibilizando
uma gama de lubrificantes
e produtos para as mais diversas
áreas, de automóveis a motociclos, passando
pelas frotas de veículos pesados,
náutica, agricultura, jardinagem e indústria.
“Graças ao nosso compromisso com
a inovação, conseguimos diferenciar-nos,
tanto na qualidade dos produtos como no
serviço aos nossos clientes. O mercado
entendeu a nossa forma de trabalhar e os
atributos da nossa proposta de valor são
valorizados positivamente pelos diferentes
atores com os quais colaboramos”, conforme
indica a Equipa da Motul Ibérica, que
adianta: “No setor auto, o nosso target é a
oficina, que é, normalmente, quem decide
a marca do lubrificante. Além da qualidade
e da abrangência dos nossos produtos, as
ferramentas e campanhas de marketing e
comunicação que disponibilizamos são um
ponto forte da marca. A Motul Ibérica tem
trabalhado para poder prestar o melhor
serviço a todos os clientes, independentemente
da sua localização. E continuará
a trabalhar para melhorar este serviço”.
NOVIDADES
A Motul tem concentrado os seus esforços
em “oferecer o catálogo de lubrificantes
mais completo do mercado, para
cobrir todas as necessidades estabelecidas
pela ACEA (European Automobile
Manufacturers ‘Association), procurando
reduzir o consumo de combustível e lubrificantes,
bem como cumprir os mais
rigorosos regulamentos anti-poluição. A
empresa trabalha em colaboração com os
construtores para os ajudar a cumprir as
restrições ambientais. “Temos um objetivo
comum: reduzir as emissões, através do
aperfeiçoamento tecnológico. Sabemos
que temos de aumentar o investimento
em I&D e ser cada vez mais exigentes
neste aspeto. Todos os anos, surgem novas
regulamentações, que exigem novas evo-

39
luções tecnológicas. A gama 8100 é um
bom exemplo. Atualizámos e ampliámos
esta gama para cobrir as regulamentações
exigidas pelos fabricantes - Euro 4, Euro 5
e Euro 6-. Reduzimos significativamente
o impacto ambiental, melhorando as propriedades
dos lubrificantes e alcançando
produtos de baixa viscosidade com excelente
eficiência. Esta linha é composta de
lubrificantes como 8100 X-Clean 5W40,
8100 X-Clean + 5W30, 8100 X-Clean
EFE 5W30, 8100 Eco-Clean 0W30, 8100
Eco-Clean + 5W30, 8100 Eco-Lite 0W20
/ 0W30 e o 8100 Eco-Nergy 5W30. A
linha 8100, constantemente atualizada, é
composta por lubrificantes de alto desempenho
desenvolvidos para proporcionar o
máximo desempenho do motor, evitando o
desgaste e o entupimento de determinados
componentes do sistema de combustão e
com alto poder de limpeza para prevenir
a oxidação”, explica a equipa ibérica da
empresa.
FUTURO
A Motul está constantemente a melhorar
os seus serviços. “Uma parte importante é
a logística para os nossos distribuidores, em
que procuramos oferecer um atendimento
rápido, digitalizado e eficiente. Este ano,
demos alguns passos no desenvolvimento
de serviços, com a nova plataforma de
e-commerce, assim como com um tracking
de seguimento das encomendas, e iremos
manter a nossa estratégia, continuando
a oferecer a melhor ação comercial e o
melhor serviço possível, com a ambição de
ir de encontro às necessidades do cliente
em Portugal”. Outro dos nossos objetivos
da Motul é aumentar a visibilidade da
nossa marca no canal B2B, para além do
desenvolvimento de outras categorias de
produto, como aditivos e lubrificantes para
pesados. “A nossa intenção é continuar a
crescer em Portugal. E faremos isso alavancando
a marca Motul e a nossa rede
de clientes. Queremos crescer na diversificação
de categorias e gamas de produtos,
diversificação de canais, abrangendo todo
o país. Em Portugal pretendemos diversificar
o nosso portfólio e continuar a
crescer em quota de mercado”. A equipa
da empresa conclui, indicando que “a
estratégia de marketing e comunicação
que desenvolvemos continua a ser a de
nos posicionarmos como marca líder e
especialista em lubrificantes, em qualquer
um dos mercados onde operamos”.
EQUIPA MOTUL IBÉRICA
Que tipo de apoio disponibilizam aos
distribuidores em Portugal?
O projeto da Motul assenta na
construção da confiança com o
cliente, na proximidade comercial
e em garantir a estabilidade do
mercado. A formação tem sido
sempre um dos grandes pilares do
nosso negócio. Todos os anos temos
o orgulho de poder formar mais de
2500 oficinas. A formação permitenos
estabelecer ligações estreitas
com os profissionais do nosso setor.
Aprendemos com eles e, ao mesmo
tempo, a formação ajuda-nos a
transmitir as vantagens dos nossos
produtos a profissionais que desejam
diferenciar-se pela qualidade e pelo
atendimento premium.
De que forma a Motul ajuda
as oficinas a aumentar a sua
rentabilidade?
A Motul desenvolve produtos e
serviços para oferecer um serviço
premium, e, por isso, a oficina
beneficia, oferecendo qualidade
superior e serviço de excelência
aos seus clientes. Além disso, a
Motul oferece formação, promoções
e serviços, para que as oficinas
transfiram todos esses benefícios
ao consumidor. Um exemplo disso
é a linha de aditivos Motul, para
ajudar as oficinas a oferecer um
serviço premium completo e a
transferir essas vantagens aos seus
clientes. Outro exemplo é o projeto
MotulEvo, em que fornecemos todas
as informações, máquinas e produtos
para a oficina poder realizar a
manutenção das caixas automáticas,
facilitando o processo, através de
ferramentas e ampliando assim a
sua oferta, que, de outra forma, não
poderiam oferecer.
O futuro dos lubrificantes ficará
comprometido com os veículos
elétricos, híbridos e outras energias
alternativas?
Na Motul, somos especialistas em
lubrificantes e desenvolvemos os
produtos mais exigentes, ano após
ano. A Motul é uma das únicas
marcas de lubrificantes que possui
uma linha completa dedicada a
veículos híbridos. Pretendemos
melhorar a situação ambiental do
nosso planeta e apoiaremos qualquer
iniciativa tecnológica nesse sentido.
Há três anos, lançámos na Motul
uma gama específica para veículos
híbridos, o Motul Hybrid, com a qual
satisfazemos todas as necessidades
deste tipo de veículos. Um dos
requisitos que estes veículos exigem
é a baixa viscosidade, falamos de
SAE 0W8, 0W12 e 0W20. A linha
Hybrid oferece quatro óleos de
motor, um líquido de transmissão e
um refrigerante.

I
PEÇAS
40
WWW.POSVENDA.PT DEZEMBRO 2020
RODRIGO CABRAL, CEO DA TECH ONE
Qualidade, solução
e valor
acrescentado
A Tech One é uma marca brasileira de acessórios e
componentes automóveis que tem um forte plano de expansão
para a Europa, que também passa por Portugal. Falamos com
o CEO da Tech One, Rodrigo Cabral
TEXTO PAULO HOMEM
A
Tech One surgiu do sonho de
um jovem brasileiro, de família
portuguesa, fã de Ayrton
Senna e carros, que queria
levar ao mercado brasileiro
produtos de vanguarda em iluminação
automóvel. Pioneiro no Brasil, inseriu no
mercado o produto da marca Tech One: o
Kit Xenon. O produto era vendido numa
pasta, com aspeto luxuoso jamais visto
no Brasil, causando impacto no mercado
automóvel, em meados de 2005, tendo
nascido aí a Tech One. Daí em diante,
entre sucessos, dificuldades e grandes
obstáculos superados, Rodrigo Cabral,
transformou a Tech One, juntamente com
a sua equipa, na maior marca de peças e
acessórios automóveis da América Latina.
O que é a Tech One?
A Tech One é a maior marca de acessórios
para automóvel da América Latina,
foi fundada há 15 anos no Brasil e está
presente em 10 países, incluindo também
Europa. A empresa desenvolve exclusivamente
peças e acessórios para automóveis,
desde o projeto inicial ao produto
final, que chega às mãos do consumidor.
Trabalhamos com mais de 30 fábricas
homologadas na Ásia e temos quatro laboratórios
exclusivos (na América Latina,
América do Norte, Ásia e ainda outro na
Europa). Neste momento o grupo detém
três marcas, a Tech One, com acessórios
numa linha premium de segurança, instalação
auto, conforto e entretenimento,
a Code, com acessórios entrada de gama,
com foco no custo / benefício e, por último,
a Svart, com acessórios voltados para
a instalação de som automóvel, como fitas
isolantes exclusivas, rádios, cabos de cobre
e, em breve, sistemas de MP5.

41
Qual a extensão da gama de produtos
Tech One, Code e Svart?
O portefólio das marcas Tech One, Code
e Svart é extenso. Ele permite melhorias na
segurança de um automóvel e possibilita
a sua personalização, transformando o
veículo num modelo individualizado.
Temos produtos de “Energia”, como cabos
de baterias, transformadores de voltagem e
acumulador de bateria, de “Multimédia”,
nomeadamente monitor encosto de cabeça,
recetor de TV e projetores de ecrã
MirrorLink, a linha de “Iluminação”, que
inclui lâmpadas de halogéneo, xenon,
mini led, entre outras, diversos produtos
de “Sinalização” e de “Segurança”
(sirene Piezo LED, projetor de Painel
HUD, câmaras de marcha atrás, sensor
de estacionamento, etc), “Ferramentas”,
que incluem compressor de ar, aspirador
de pó e macaco hidráulico e as linhas de
“Proteção” e de “Reposição” onde podemos
encontrar a nossa extensa gama de
escovas limpa vidros. Destaque ainda
para a linha “Áudio” com uma gama de
disjuntores para sistema de som com
amplificação, fita isolante: normal e alta
temperatura, auto rádios MP3 com e sem
Bluetooth, cabos de áudio RCA 100%
cobre e botões Tic Tac que funcionam
como interruptores.
Quais são os fatores diferenciadores
dos produtos da Tech One?
A qualidade! Aspeto que vem do resultado
de um longo trabalho de pesquisa e desenvolvimento.
Além disso, os produtos da
Tech One são altamente úteis, contendo
uma solução combinada de melhoria e
modernização do veículo. Por último, há
a referir o valor acrescentado, já que os
produtos da Tech One têm o seu valor
reconhecido pelo alto índice de vendas e
seu altíssimo número de seguidores nas
redes sociais, que ultrapassam grandes
marcas de origem europeia, inclusive. Em
resumo esses são os diferenciais: qualidade,
solução e valor acrescentado.
Como é feito o controlo de qualidade
dos produtos TechOne?
O desenvolvimento inicia-se com uma
peça-piloto, construída pela equipa de
desenvolvimento e pesquisa nos laboratórios
Tech One Brasil. Após a criação, o
produto passa por uma bateria de testes
extremos, para atestar a resistência, vida
útil e identificar/corrigir quaisquer falhas.
Após esta etapa, o produto passa por uma
linha de produção inicial. Esta produção
é novamente submetida a testes no Brasil,
e só em caso de aprovação e cumprimento
de todos os critérios rígidos pré-estabelecidos
na peça-piloto, o produto estará
pronto para seguir para o consumidor.
Além dos testes de produção, a Tech One
monitoriza os índices de garantia, dando
suporte ao cliente e armazenando dados
de performance dos produtos. Para além
disso, a Tech One mantém o termómetro
de qualidade de seus produtos medindo
diretamente a satisfação dos clientes,
atuando fortemente nas redes sociais e em
canais de atendimento oficiais.
Qual é a estratégia da Tech One para
o desenvolvimento do negócio em
Portugal e na Europa através da TTech?
A estratégia é construir uma longa parceria
com a TTech, tendo-a como braço
forte da Tech One no mercado europeu.
Inicialmente, pensamos em entrar
pelo mercado português, difundindo os
produtos Tech One num curto período.
Pretende-se desta forma o retorno positivo
dos consumidores portugueses com o
reconhecimento da qualidade, solução e
valor acrescentado tal como no Brasil. É
também nosso objetivo, estender a marca
para outros países da Europa.
Que objetivos é que a Tech One tem
para o desenvolvimento do negócio
em Portugal? E na Europa?
O nosso objetivo é implantar no mercado
os produtos Tech One num curto
período e obter o mesmo sucesso de liderança
alcançado no Brasil e em países
da América Latina.
Que mais valias a Tech One pode trazer
para os distribuidores que trabalham
com os vossos produtos?
Oferecer a oportunidade de trabalhar
com produtos que em outros mercados
são bem vistos, reconhecidos e desejados.
Têm a garantia de trabalhar com produtos
que passaram por inúmeras baterias
de testes antes de chegarem às mãos do
consumidor. Por outro lado, terem todo
suporte de uma forte estrutura de marketing
para auxiliar em matéria de dados e
informações úteis para facilitar as vendas
e aceitação do mercado.

42
WWW.POSVENDA.PT DEZEMBRO 2020
Oficina
O
GARAGEM HM
Serviço completo
Oficina com longo historial na cidade de Gondomar, a Garagem
HM mudou de instalações recentemente, com o objetivo declarado
de manter a aposta na qualidade de serviço, numa altura em que
comemora 40 anos de atividade
TEXTO PAULO HOMEM
A
Garagem HM está de parabéns
por várias razões. A
primeira delas tem a ver com
a sua história de 40 anos. “O
negócio vem do meu Pai, que
fundou em 1980 a Garagem HM, depois
de alguns anos a trabalhar já no setor
automóvel”, começa por dizer Filipe
Madureira, que representa a segunda
geração de um negócio familiar, sendo
o atual sócio-gerente desta reconhecida
oficina da cidade de Gondomar, que gere
há precisamente 10 anos.
A segunda razão tem a ver com a recente
mudança de instalações, para uma zona
igualmente bem localizada e visível (na
variante entre Gondomar e Ermesinde),
que permite à Garagem HM modernizar
o seu negócio, mas também “ter umas
condições de trabalho muito melhores
para todos os nossos funcionários, como
ainda ter uma área coberta superior em
200m2 face às anteriores instalações, que
no fundo era um pavilhão com 40 anos”,
explica Filipe Madureira.
As instalações atuais da Garagem HM
(que no passado foram utilizadas por
outras oficinas) permitem que a empresa
desenvolva uma abrangente panóplia de
serviços, com destaque para a área da
repintura e chaparia, mas também serviços
de mecânica e de mecânica rápida, pneus
(com alinhamento) e ainda estação de
serviço, tendo a oficina um espaço próprio
para o efeito.
“A Garagem HM é muito forte na área da
repintura, sendo um setor que historicamente
tem mais relevo na nossa atividade”,
explica o sócio-gerente desta oficina, não
deixando de dizer que “isso não significa
que não continuemos a investir na parte
da mecânica e de outros serviços, onde
queremos sempre apostar na qualidade
dos nossos serviços. A nossa ideia é, aliás,
prestar ao cliente um alargado leque de
serviços”.
Do ponto de vista dos clientes, um aspeto
que se destaca na empresa de Gondomar,
é o serviço que desenvolve sobretudo para
clientes empresariais. “Temos uma série

43
de parcerias com empresas que acabam
por nos trazer um volume muito importante
de trabalho como é, por exemplo,
o caso da Salvador Caetano, das Águas
de Gondomar e da Bicafé, entre outras”,
refere Filipe Madureira, dizendo ainda
que “temos ainda uma série de clientes
particulares, muito deles fidelizados à
nossa oficina, para quais o nível de serviço
passa por ir buscar o carro a casa deles,
tal a confiança que eles já têm naquilo
que fazemos. Felizmente temos muitos
clientes nestas condições”.
Ao nível de fornecedores, a Garagem HM
trabalha com produtos Cromax para a
área de repintura (através da JJ Cor, sendo
os consumíveis também fornecidos pela
Dupauto), uma marca “que nos dá um
apoio muito grande ao nível da informação
e da formação”, explica o responsável
da oficina, enquanto ao nível das peças
“damos ao cliente a hipótese de escolher
entre peças originais ou peças de qualidade
equivalente”. Neste capítulo das peças, o
fornecedor preferencial é a Caetano Parts
(para as peças originais), enquanto nas
peças aftermarket recorre à Centrauto
(as entregas rápidas são também um dos
fatores de escolha deste fornecedor), sendo
que para os lubrificantes o fornecedor é
a Fuchs.
Focado na gestão da oficina “embora se
for preciso também faço uma pintura
ou uma manutenção”, Filipe Madureira
está sempre em cima das necessidades da
PUBLICIDADE
GARAGEM HM
Gondomar
Filipe Madureira
224 633 375
geral@garagemhm.pt
www.garagemhm.pt
oficina e a repensar o negócio, procurando
novas oportunidades e novas parcerias
para o desenvolver. Por exemplo, um
novo projeto que está na calha, com uma
marca de automóveis de topo, passa por
proporcionar serviços oficinais (ao nível
da pintura) com garantia vitalícia.
Para terminar, depois de duas experiências
menos positivas com redes oficinais no
passado, Filipe Madureira diz que “de
momento não pretendo qualquer associação
a rede oficinais, embora sei que
os conceitos evoluíram muito. Contudo,
estar independente permite-me fazer coisas
diferentes e é por aí que vou continuar
a apostar”.
Presença
na competição
Para além de empresário do setor
oficinal, Filipe Madureira está desde há
25 anos ligado à competição automóvel,
na sua maioria como piloto (foi
Campeão Nacional de Ralis Promoção
em 1999), mas também como manager
(do Team Beta) e ainda como parceiro
técnico, entre 2010 e 2012, da Ocean
Racing Technology, propriedade do
piloto Tiago Monteiro e do empresário
José Guedes, equipa que corria a nível
internacional no GP2 e GP3. “Foi um
excelente projeto para a Garagem HM,
pois constituiu um enorme desafio
técnico, já que eramos responsáveis
pela pintura da carroçaria deste
monolugares”, conta Filipe Madureira,
dizendo que “este projeto permitiu-nos
uma especialização ainda maior na área
da repintura. Todos os procedimentos
para pintar uma carroçaria de um
fórmula 1 são diferentes do que
estávamos habituados, exigindo muito
conhecimento da nossa parte. Acabou
por ser também uma aprendizagem
enorme e muito importante para os
nossos técnicos”.

44
WWW.POSVENDA.PT DEZEMBRO 2020
Personalidade
P
Somos um player
de proximidade,
com um preço
justo
ALDO MACHADO
COUNTRY MANAGER PORTUGAL, NEX TYRES
A estratégia da Nex Tyres passa pela dinamização de parcerias
consolidadas e com foco nas marcas exclusivas que representa
em Portugal
ENTREVISTA PAULO HOMEM FOTOS MICAELA NETO
Há cinco anos
em Portugal, a
Nex Tyres tem
já uma presença
importante
como
distribuidor
de pneus no
nosso mercado,
disponibilizando
uma oferta para todos os setores auto e
de várias tipologias de preço, das marcas
premium às budget, por forma a ter capacidade
de se adaptar a qualquer necessidade
do cliente. Aldo Machado, Country
Manager Portugal da empresa, explica à
PÓS-VENDA de que forma a Nex Tyres
dinamiza esta estratégia, assente nas marcas
exclusivas e numa grande capacidade
logística e de serviço.
um portfólio vasto, dos ligeiros ao camião,
passando pelo agrícola, industrial
ou motociclos.
Poderia ter havido NEX em Portugal
sem ter havido o projeto em Espanha?
São estruturas indissociáveis?
Na génese do projeto, acabou por estar
o trabalho que a Euromaster e a Rodi
desenvolviam em Espanha, ao trabalharem
a atividade grossista em determinadas
zonas e determinados segmentos de
mercado. Era algo que não fazia sentido,
porque eram empresas de retalho e estavam
a trabalhar no mercado grossista sem
uma estratégia comum. E a necessidade
da criação da Nex surgiu precisamente
por esta situação. Só depois disso se ponderou
o alargamento à Península Ibérica.
Por isso, penso que seria algo improvável
a Nex Tyres surgir apenas em Portugal.
Como define e posiciona a NEX Tyres
no mercado em Portugal?
A NEX Tyres é um dos grandes players
ibéricos, com um amplo portfólio multimarca
e multissegmento, com presença
física em Portugal, com dois armazéns, e
uma equipa totalmente portuguesa. Este
sempre foi o foco da criação da NEX, o
estarmos no mercado português, com
portugueses que conhecessem o mercado,
assim como o disponibilizarmos
Qual têm sido, no seu entender, as razões
do crescimento da Nex Tyres em
Portugal?
A nível de volume de negócios, tanto a
nível ibérico, como nacional, estamos
em terceiro lugar na lista de grossistas.
Para uma empresa com cinco anos em
Portugal e seis em Espanha, é algo meritório.
Sempre acreditei que o sucesso
em Portugal ia passar pela proximidade
ao cliente: a proximidade das rela-

45
ções humanas, do serviço e do stock. E,
por isso, fomos, na altura, o primeiro
operador a ter quatro entregas diárias
na Grande Lisboa e no Grande Porto.
Quando iniciámos em Portugal, abrimos
com um armazém no Porto e outro
em Lisboa, para darmos este tipo de serviço
de proximidade. A proximidade, o
facto de termos pessoas reconhecidas no
mercado e de termos um portfólio muito
grande, permitiu-nos ir ganhando a nossa
quota de mercado e irmos crescendo de
uma forma sustentada, para chegarmos
ao patamar em que estamos hoje. Esta
proximidade, com confiança, é a chave
do nosso sucesso.
Alguma concorrência comentou a vossa
agressividade do ponto de vista comercial,
nos primeiros anos…
Ao entrarmos no mercado, tínhamos de
estar com um posicionamento correto,
com um preço e serviço justos e, acima
de tudo, fazendo notar que a Nex vinha
para o mercado trabalhar e não ser apenas
mais um operador. As margens praticadas
sempre foram de acordo com aquilo
que o setor aplica, portanto, nunca houve
uma agressividade comercial. Neste momento
não somos sequer reconhecidos
por sermos o player com melhores preços.
Somos um player de proximidade,
com um preço justo.
Quais os meios de que da empresa dispõe
hoje em dia em termos humanos
e materiais?
Arrancámos há cinco anos com duas plataformas
subcontratadas, em Lisboa e no
Porto. Neste momento, a do Porto segue
nesse regime, com a Luís Simões, e em
Lisboa já temos um armazém próprio há

46
WWW.POSVENDA.PT DEZEMBRO 2020
P
PERSONALIDADE
três anos. A Nex Tyres nasceu com seis
pessoas em Portugal e neste momento
somos 17. A progressão foi feita de forma
sustentada. Acredito que, se o mercado
permitir, ainda progredirmos mais
em termos de área de stock em Portugal,
para além de todo o apoio que temos por
parte da estrutura em Espanha. Os nossos
clientes, sempre que não haja produto
em Portugal, recorrem aos armazéns de
Espanha. No B2B está disponível toda a
capacidade logística de Espanha, que é
bastante superior à nossa. O serviço que
prestamos via Espanha é um serviço no
qual temos vindo a melhorar muito os
nossos rácios de entrega. Em ligeiros, estamos
com mais de 96% de entregas em 24
horas e em pneus agrícolas e industriais,
estamos com cerca de 99% de entregas
num máximo em 72 horas.
Ainda mantém as quatro entregas diárias
em Lisboa e no Porto?
Não. A CARF retirou esse serviço no
Porto há cerca de três anos, passando a
fazer apenas bi-diário. Devido ao confinamento,
também deixou de o fazer
em Lisboa.
Em 2016 a NEX adquiriu a IHLE. Qual
a importância desse negócio para a
NEX?
Acabou por nos abrir um ramo de negócio
no qual não estávamos presentes,
nomeadamente nos importadores e concessionários
automóvel. Abrimos a nossa
atividade e mantemos até hoje o foco
Temos marcas
exclusivas com
uma boa posição
no mercado
nas empresas que tem capacidade para
mudar pneus, ou seja, os retalhistas de
pneus puros. Nunca fomos muito abertos
a vender para oficinas. E fomos avessos a
atacar os auto centros. Porque, na nossa
metodologia trabalhamos muitas marcas
em exclusivo, e são marcas que protegemos,
por isso gostamos de controlar a
forma como se posicionam no mercado.
Conseguimos fazer isto ao trabalharmos
com os retalhistas de pneus puros, mas
quando saímos desse tipo de operadores
já passa a ser mais complexo. A compra
da IHLE abriu-nos os importadores e
concessionários automóveis, onde a empresa
tinha já alguma presença. E foi algo
que aproveitámos e desenvolvemos. Foi
um ramo de negócio muito interessante
e que também nos permitiu conhecer
uma abordagem a este negócio de forma
distinta, porque os concessionários e importadores
têm uma visão do negócio dos
pneus completamente distinta de um retalhista.
Este intercâmbio de experiências
entre os vários modelos de negócio fez-nos
pensar de que forma o posicionamento
do pneu no negócio de uma oficina de
marca pode ser trabalhado.
Para além das marcas premium, em
que marcas a NEX baseia atualmente
a sua estratégia?
Nunca podemos menosprezar as marcas
premium. Como distribuidores, é importantíssimo.
Neste período pós-pandemia,
foi notório para o mercado que os distribuidores
desempenharam um papel
fundamental no mercado. Sem os distribuidores
não teria havido pneus de fabricantes
premium, devido às dificuldades
nas cadeias de fornecimento. Mas temos
de nos diferenciar pelas nossa marcas, não
só porque são as que nos geram a margem
necessária para sustentar o negócio,
mas também para fidelizar clientes. As
marcas servem para que o cliente associe
a Nex a uma determinada marca e a partir
daí desenvolva o seu negócio. Temos
marcas em regime de exclusividade com
uma boa posição no mercado, a AVON
e a Kleber, em ligeiros. Temos também a
Blacklion, que foi ganhando posição no
mercado e hoje em dia é a marca budget
mais conhecida para pneu de camião e,
por inércia, acabou por obter reconhecimento
em pneus ligeiros. A nossa estratégia
é a de sermos multiproduto e mul-
Perguntas rápidas
Qual foi o seu primeiro carro?
Um Fiat Punto Sport.
Quantos quilómetros faz por ano?
Cerca de 40 mil.
O que mais gosta no setor automóvel?
O facto de ser um mercado extremamente
competitivo, dinâmico e maduro.
Que nos permite trabalhar todos os
dias como se fosse o primeiro.
E o que menos gosta?
A enorme carga fiscal que incide sobre
o setor.
É importante ir ao terreno visitar os
associados?
É fundamental. Embora não o consiga
fazer tanto como gostaria.
O que gosta de fazer nos tempos livres
/ quando não está a falar de
pneus?
Gosto de passar tempo com a família.

47
tissegmento, com soluções premium,
quality e budget para todas as categorias
de produto. Mas onde tiramos a nossa
sustentabilidade é nas nossas marcas.
Além disso, nunca importamos nenhuma
marca com índices de qualidade débil.
As marcas que escolhemos há cinco
anos ainda se mantém, apesar de irmos
acrescentando novas marcas. Muito dificilmente
abandonamos uma marca, porque
é muito difícil transmitir confiança
ao cliente, se estivermos sempre a alterar
o portfolio de marcas.
A NEX está presente atualmente em todos
os segmentos de mercado?
Sim, em todos os segmentos. A NEX só
não tem pneus maciços, para empilhadores,
e pneus de bicicleta. Temos várias
ofertas naquilo que as oficinas necessitam
e temos as soluções para qualquer nível
económico por parte do cliente final, do
premium ao mais acessível.
Quantos pneus tem a NEX atualmente
em stock nos armazéns em Portugal?
Em ligeiros, em Portugal temos cerca de
60 mil pneus. Em pesados temos 6000
pneus, em agricultura 3000 pneus, em
motociclos entre 2500 e 3000 pneus.
Sempre apoiados, também, pelos armazéns
centrais em Espanha.
Afirmam que querem ser um verdadeiro
parceiro de negócio da oficina. Em
que é que isso se traduz?
Na proximidade, na geração de confiança
e em termos de disponibilidade do produto
que a oficina necessita. Podíamos ser
especialistas num determinado segmento,
no entanto, aquilo que fazemos é, para
cada cliente final que entre numa oficina,
termos uma solução dada pela NEX,
com qualidade e preço justo.
As casas de pneus continuam a ser um
alvo preferencial da vossa estratégia?
Não se podem ir buscar clientes à área
oficinal, por exemplo?
Também trabalhamos com oficinas, mas,
quando o fazemos, a oficina tem de ter
um espaço dedicado aos pneus, com maquinaria
para trocar pneus. Muitas vezes
somos solicitados pelas oficinas para podermos
ser fornecedores, mas verificamos
que essa oficina pretende vender pneus,
mas fazer a montagem noutro local por
exemplo. E nesse caso não vendemos.
Queremos ser parceiros de negócio e criar
laços com os nossos clientes e ser associados
a parceiros que realizam um bom
serviço e têm o seu negócio assente em
boas práticas. As casas de pneus usados,
por exemplo, também não fazem parte da
nossa estratégia. Alguns players vendem
usados, mas são casas reconhecidas por
venderem pneus novos. Se for uma casa
apenas de pneus usados, não queremos
lá colocar o nosso produto.
Que efeitos teve a pandemia no setor
dos pneus?
Os grossistas acabaram por ser um parceiro
que conseguiu dar sempre resposta
durante esta fase. Sem uma distribuição
grossista da forma como estava montada
e sem as empresas com boas estruturas
financeiras deste setor que existem em
Portugal o mercado teria tido uma queda
muito grande. Em termos de stock,
tivemos algumas faltas, porque, por um
lado, travámos algumas compras e porque
na altura do confinamento ultrapassamos
todos os limites de capacidade logística.
Algumas fábricas pararam e com
o aumento da procura, tivemos alguns
meses com quebras de produto. Mas,
no meio de tantas dificuldades formos
apresentando soluções aos clientes, algo
que os fabricantes não conseguiram fa-

48
WWW.POSVENDA.PT DEZEMBRO 2020
P
PERSONALIDADE
Perfil
Antes de chegar, há cinco anos, à
Nex Tyres, como Country Manager
Portugal, Aldo Machado esteve ligado
ao setor imobiliário. Esteve depois na
Iberacero, e daí passou para a TIresur
Portugal.
Nunca
importamos
marcas com
qualidade débil
zer. Penso que o mercado total de pneus
de ligeiros irá cair, provavelmente 12% a
15% este ano. A nossa realidade na distribuição
é completamente diferente e a
NEX, este ano, andará nos 5% a 8% de
quebra. Porque temos outros produtos,
como o camião que não quebrou tanto
como o ligeiro, ou o setor agrícola que
até melhorou em relação a outros anos
ou ainda o mercado de motociclos também
foi muito positivo.
Quando é que acha que o setor vai recuperar
os níveis de 2019?
Penso que, se tudo correr bem, em 2021
o mercado poderá aproximar-se de valores
de 2019, apesar de algumas quebras
que se podem registar no consumo das
rent-a-car, carsharing, etc.
A NEX desenvolveu as redes de especialistas
CarExpert (dedicada à marca
AVON) e KSC (esta destinada à marca
Kleber). O que representam estes projetos
para a NEX?
São muito importantes. Em primeiro lugar,
são os defensores das nossas marcas.
Quando temos uma marca, gostamos que
seja melhorada, trabalhada e que permita
ao nosso cliente tirar também proveitos
que muitas vezes advém de parcerias ao
nível de descontos e condições comerciais
ou, no caso da Kleber, descontos, cross-
-selling e outra grande vertente da fidelização,
as viagens Kleber. E isto motiva. A
Kleber é uma marca histórica, que acaba
por ter os embaixadores que a defendem.
São marcas com boa performance, marcas
valorizadas pelo mercado e isso é muito
bom para nós. Permitem-nos dinamizar as
estratégias de fidelização e associar assim a
NEX a marcas de qualidade. É bom para
todos e são projetos que iremos manter,
que vamos remodelando e melhorando.
São cerca de 60 retalhistas em cada projeto,
que já fazem um volume de compras
considerável à NEX. Dentro destas marcas,
os fidelizados correspondem a mais
de 80% das compras. Neste momento
uma parte importante do negócio total
da NEX é feito através destes clientes.
Estão a pensar desenvolver outras redes
especialistas com outras das vossas
representadas exclusivas?
Há coisas em mente, mas não é a altura
ideal para lançar. Não podemos querer
que os parceiros se comprometam num
momento de incerteza como o que vivemos
atualmente.
O que representa a formação da NEX
para os parceiros?
Nos associados, não temos desenvolvido.
Já fizemos alguns eventos em que falamos
de produto, mas não temos desenvolvido
formação. Pela nossa experiência, é um
conceito em que se cruzam duas realidades:
há muitas microempresas e neste setor
de atividade há empresas onde trabalham
2 ou 3 pessoas numa casa de pneus.
Quando tentamos fazer uma formação
de um dia, por exemplo, ninguém está
disponível. Retirar uma pessoa do ativo,
representa tirar 25% ou 30% da força de
trabalho de muitas empresas.
Lançaram recentemente o programa de
formações online denominado Campus
Nex. Em que se traduz esse programa?
Desenvolvemos o Campus Nex porque
havia disponibilidade de tempo por parte
dos clientes para a formação, durante o
confinamento devido à pandemia. Temos
módulos de formação próprios, simples,
de muito fácil acesso, através do nosso
B2B, e fizemo-lo com o intuito de dar ferramentas
de estratégia de vendas, organização
de negócio, organização de tempos,
para que as pessoas pudessem aproveitar
esse maior tempo livre. Os módulos são
curtos, podem ser descarregados, e permitem
ao cliente, em momentos com
menos trabalho, obter algumas noções
que permitam implementar melhorias
nos processos de trabalho e potenciar o
seu negócio. Em janeiro vamos incluir
mais dois módulos, para continuar a dinamizar
o Campus Nex.
Os pneus foram dos primeiros negócios
do pós-venda a digitalizar-se, com as
plataformas B2B. Quais são os novos
caminhos da digitalização deste setor?
Os grossistas de pneus foram um bom
exemplo da boa adequação do modelo digital.
Tem múltiplas funções, que servem
para todas as necessidades do cliente. A
maioria dos grandes players da distribuição
têm excelentes plataformas B2B onde
podem ser dados alguns passos, mas passam
sempre por upgrades das plataformas
atuais. Temos, inclusivamente, um projeto
de melhoria, que passará pela criação
de um novo portal em 2021. O futuro
passará pela mitigação de problemas e de
melhoria da utilização, passando por adequar
e customizar o B2B à realidade de
cada cliente para que cada cliente aceda,
por exemplo, às promoções destinadas ao
seu negócio, de uma forma mais efetiva.

A sua ferramenta de trabalho
Produzido pela revista Pós-Venda
2021/22
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de 2021
NOVA DATA
SETEMBRO
2021
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50
WWW.POSVENDA.PT DEZEMBRO 2020
Dossier
D
EQUIPAMENTOS DE DIAGNÓSTICO
Tecnologia
indispensável
A informação técnica e funções fornecidas pelos
equipamentos de diagnóstico são fundamentais para as
oficinas que pretendam acompanhar a evolução tecnológica
dos veículos e não estagnar o seu negócio
TEXTO NÁDIA CONCEIÇÃO
O
mercado de equipamentosde
diagnóstico está cada vez
mais concorrencial. O número
e a complexidade crescentes
dos sistemas automóveis,
juntamente com a incorporação de
mais eletrónica, faz com que as oficinas
necessitem de ter acesso a uma ampla informação
técnica para resolução dos problemas
em qualquer veículo que possua
unidades de controlo eletrónicas, o que
torna os equipamentos de diagnóstico
indispensáveis nas oficinas. O evoluir da
tecnologia associada ao automóvel obriga,
por isso, à utilização de equipamentos de
diagnóstico cada vez mais sofisticados e
que permitem não só fazer o diagnóstico
de avarias, como aceder a manuais de fabricantes,
esquemas elétricos, não só para
fazer o rastreio de avarias, mas também
para por em funcionamento atuadores,
ler e comparar ondas de sinais com recurso
ao osciloscópio, realizar testes guiados
para despiste de avarias e aceder a bases
de dados de auxílio à reparação que são
acedidas diretamente através do equipamento
de diagnóstico, entre outras funcionalidades.
A economia paralela, com a
disseminação ilegal destes equipamentos
e software, é um dos principais problemas
deste setor. O pós-venda é cada vez
mais peça essencial neste negócio, além
das funcionalidades, versatilidade e apoio
técnico. A capacidade do equipamento,
dependendo das necessidades, é um fator
decisivo, conforme explica Pedro Santos,
da Intermaco: “A escolha de um equipamento
com tecnologia Passthru terá mais
funções disponíveis, mas estará também
mais preparado para o futuro”. O responsável
lembra também a importância
das atualizações: “Os clientes informados
sabem que só um equipamento que receba
atualizações frequentes pode estar preparado
para trabalhar nos veículos mais
exigentes”, acrescenta.

51
QUESTÕES
1 – Qual a mais recente novidade
introduzida no mercado português ao
nível dos equipamentos de diagnóstico
e quais as suas principais características
e funcionalidades?
2 – Para além do equipamento de
diagnóstico, que tipo de apoio técnico
e acompanhamento técnico fornecem
aos clientes?
3 – Para além da marca principal
trabalham com outras marcas de
equipamentos de diagnóstico? Se
sim, quais?
HELLA
Frederico Abecasis
www.hella.pt
1 – Estamos a lançar um novo equipamento,
designado Mega Macs One, e que se
trata de uma ferramenta de diagnóstico
que funciona em base Android, podendo
ser instalada em qualquer tablet ou
smartphone.
2 – A Hella Gutmann oferece aos seus
clientes um pacote de linha de apoio técnico,
assistência técnica e apoio comercial a
todos os clientes que o queiram contratar.
3 – Não, a nossa única marca é a Hella
Gutmann Solutions.
TEXA / BOSCH
Intermaco
Pedro Santos
www.intermaco.pt
1 – O novo equipamento de diagnóstico
Texa Axone Nemo 2, em conjunto com o
módulo de comunicação TXT’s, formam
a dupla perfeita para as oficinas modernas.
Com este equipamento rápido e intuitivo,
são possíveis todas as funções de diagnóstico,
mesmo em veículos de 2020/2021,
equipados com a nova geração de sistemas
de segurança via Gateway, que inibem a
comunicação dos equipamentos de diagnóstico
“comuns” com algumas das funções
vitais do veículo.
2 – A Intermaco tem na sua génese o apoio
ao cliente. Estamos constantemente a renovar
recursos e know-how para fazer sempre
melhor e na hora certa. A nossa equipa
técnica é muito experiente e está disponível
para ajudar o cliente, desde as tarefas mais
simples, como o diagnóstico, até ao auxílio
total, feito remotamente.
3 – A nossa gama tem ainda os equipamentos
da marca Bosch, cujas características
são conhecidas e apreciadas no mercado.
AUTOCOM
Iberequipe
Alberto Rodrigues
www.iberequipe.com
1 – As novidades acontecem constantemente
nos equipamentos de diagnóstico
que a Iberequipe representa. Essa evolução
acompanha o crescimento no mercado de
veículos híbridos e eléctricos e aí as marcas
que representamos estão a desenvolver
constantemente os softwares. Uma novidade,
por exemplo, acontece com o novo
osciloscópio da Pico Technology, o “KIT
EV” virado totalmente para veículos BEV,
MHEV, PHEV, Fuel-cell, mas com os
motores de combustão sempre presentes
também. O kit EV da Pico Technology foi
concebido para abranger todos os tipos de
veículos e motorizações, proporcionando
às oficinas um sistema à prova do futuro
em que manuseia veículos com baterias de
alta tensão e sistemas motorizados.
2 – A principal actividade da Iberequipe
é a comercialização de equipamentos de
diagnóstico e a prestação de um serviço
pós-venda de excelência, que coloca ao
dispor dos clientes um centro de suporte
técnico online e uma linha telefónica e/ou
chat. O nosso departamento técnico conta
com técnicos especializados, capazes de
resolver com a máxima eficiência e rapidez
os problemas apresentados pelos clientes.
3 – A Iberequipe conta no seu portefólio
com diversas marcas de prestígio. Marcas
como a Autocom, Delphi, Opus IVS/
Autologic, Pico Technology, Bartec, Bosch.
LAUNCH
Gonçalteam
Ricardo Sousa
www.gteam.com.pt
1 – Neste momento a nova introdução no
mercado nacional prende-se com a valorização
do já potente diagnóstico Launch
com o acesso aos veículos pesados, sem ter
de obter um segundo equipamento para o
efeito. Para além das 84 marcas disponíveis
nos equipamentos de diagnóstico Launch,
ainda se pode adicionar cerca de mais 50
marcas, entre camião (ex. Mercedes, Iveco,
etc..), máquina industrial (Caterpilar, Volvo
BM,etc…) , e também veículos agrícolas
(John Deere, Case, entre outros). Esta novidade
ainda tem mais relevo, devido ao facto
de o novo software estar constantemente

52
WWW.POSVENDA.PT DEZEMBRO 2020
D
EQUIPAMENTOS DE DIAGNÓSTICO
Um serviço
pós-venda
competente faz
toda a diferença
Pedro Santos, INTERMACO
como ar condicionado, máq. mudança
óleo cx. automática, limpeza de injetores,
etc. O diagnóstico complementa todas as
necessidades, e com produtos/equipamentos
marca Launch.
A contrafação ao
nível do diagnóstico
continua a ser um grave
problema do setor?
em atualização (online), que permite novas
adaptações, atualizações, programações,
etc… de forma célere para poder fornecer
o mercado aftermarket. Dentro de muito
pouco tempo vai haver desenvolvimentos
acerca de novos “testers” de TPMS tornando
o serviço de válvulas mais rápido e intuitivo.
2 – A Gonçalteam oferece um apoio técnico
especializado para o diagnóstico de
duas maneiras. A primeira é a existência de
um call center interno onde atendemos a
chamadas dos nossos clientes. Nesses contactos,
são prestadas soluções ao diagnóstico,
diagnóstico remoto acompanhado, envio
de esquemas técnicos sobre os modelos de
carros a trabalhar, etc. A segunda opção
técnica, é que através da Gonçalteam, o
cliente Launch pode dispor de um call
center técnico ibérico com 15 engenheiros
dedicados ao diagnóstico especializado,
onde atendem cerca de 60 mil chamadas
/ ano, e onde os clientes podem ter acesso
a um centro técnico de qualidade ímpar. A
Gteam está presente em todo o território
nacional e ilhas, e proporciona assistência
técnica no local onde estão situados os
equipamentos Launch.
3 – A Gonçalteam apenas trabalha com
os equipamentos de diagnóstico Launch.
Defendemos a marca Launch, em todas
as suas valências, e áreas de negócio, porque,
sendo a marca mais completa neste
segmento, abrange todos os níveis de
necessidade, e equipamentos acessórios,
MAHLE / MIAC
Diagvolt
Sérgio Brandão
www.diagvolt.wixsite.com
1 – As novidades que temos a nível de
diagnostico nas três marcas de equipamentos
que comercializamos, Mahle TechPro,
Miac-Autocom e Autel passam um pouco
pela mesma fórmula, evolução a nível de
diagnostico de veículos elétricos e híbridos
como os sistemas SGW nas marcas
Renault, Mercedes e grupo FCA.
2 – A DiagVolt tem como prioridade a
formação. Temos todos os meses tido vários
grupos de clientes em formação contínua
de diversos temas. As nossas formações
estão estruturadas de forma a colmatar
os problemas técnicos existentes no dia
a dia do cliente. Temos também a nossa
linha de apoio como também presencial
sempre disponível para os clientes que tem
equipamentos adquiridos a DiagVolt como
a frequentadores das nossas formações sem
qualquer custo.
3 – Apostamos sempres nestas três marcas,
por forma a cobrir o máximo possível as
necessidades dos clientes, sempre equipamentos
legais, do circuito Europeu de
equipamentos para que dessa forma cobram
legalmente o parque automóvel Europeu.
Como tal apostamos nas marcas Autel,
Mahle e MIAC.
Frederico Abecasis
Hella
“Sim, continua a ser um problema,
se bem que está cada vez mais
controlado, porque há hoje muito
mais fiscalizações do que há uns
anos e, por isso, a tendência quer
pela via da fiscalização quer pela via
da sofisticação dos softwares que
estão mais difíceis de copiar, é que
essa contrafação e pirataria venha a
diminuir de ano para ano”.
Pedro Santos
Intermaco
“A contrafação é ainda uma
realidade no mercado, mas vemos
cada vez menos “pirataria” à medida
que as funções das máquinas
de diagnóstico se tornam mais
exigentes e os clientes tomam
consciência de que, com um
“clone” de um equipamento, não
vão conseguir resolver os seus
problemas mais básicos. A evolução
dos sistemas eletrónicos nos
veículos está a encarregar-se de
eliminar muitas dessas fontes, de
forma natural”.
Alberto Rodrigues
Iberequipe
“A contrafacção ainda continua a
existir, mas grandes passos têm sido
dados pelas autoridades. Devido á
complexidade dos equipamentos
de diagnóstico automóvel originais,
quer na sua concepção electrónica
quer no seu software específico,
permite ao seu utilizador ter a total
confiança no mesmo, uma vez que
todos os protocolos de segurança
impostos pelas marcas automóveis
estão contemplados e assegurados,
coisa que não acontece com os
equipamentos contrafeitos e
softwares piratas. Um equipamento
e seu software contrafeito, ao não
contemplarem os protocolos de

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DESTAQUE
A Neovalue é detentora de
uma longa experiência na
área ambiental ligada ao
setor automóvel dispondo
agora de uma oferta total
Grossistas
de pneus
As empresas grossistas de pneus foram das que
melhor resistiram ao impacto do Covid-19, estando
um passo à frente na digitalização do negócio
DOSSIER
Toda a gente vende
baterias no setor do pósvenda
num mercado que
está muito atomizado e
carregado de marcas
PERSONALIDADE
A Indasa tem vindo
a apostar num melhor
acompanhamento dos
clientes da repintura
automóvel, numa estratégia
explicada por Rafael Dias
Lubrificantes
e aditivos
alemães
DESTAQUE
A Carglass lançou o serviço Mobile
Trucks que permite a substituição
do vidro e a calibração ADAS nas
instalações da transportadora
MERCADO
A Auto Sueco apostou num serviço
de limpeza de filtros de partículas que
apresenta diversas vantagens para os
seus clientes
PERSONALIDADE
Apesar de estar há mais anos na
Recambios Barreiro, Paulo Castro fala
dos 20 anos desta empresa de peças
de camiões no nosso país
Travagem
São das peças de maior rotação no setor do pósvenda
ligado aos pesados, com uma oferta para todas
as necessidades e todas as bolsas
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54
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D
EQUIPAMENTOS DE DIAGNÓSTICO
Além da
contrafação,
o que nos
preocupa é a
aquisição de
produtos não
homologados
panhamento, dispomos de um serviço
de call-center e formação em ambiente
de trabalho.
3 – Trabalhamos também com equipamentos
da marca Foxwell.
segurança impostos pelas marcas
de automóveis, põem em causa toda
a segurança rodoviária, para além
de colocarem em questão o bom
nome do fabricante do Equipamento
de Diagnóstico Original”.
Ricardo Sousa, GONÇALTEAM
AUTEL / FOXWELL
JP Tools
Tiago Resende
www.jptools.eu
1 – A mais recente novidade a nível de
diagnóstico no mercado português é o
equipamento da Autel MK908Pro. As
suas principais características são um sistema
de diagnóstico baseado nas marcas
originais que possibilita codificação e
programação avançada, inclusive Pass-
Thru em grupos como BMW, Mercedes-
Benz e VAG. O equipamento destaca-se
pela versatilidade que apresenta em soluções
para mecatrónica.
LAUNCH IBÉRICA
Carlos López
www.launchiberica.com
1 – A última inovação é a estação de
diagnóstico X431 Station. Esta estação
móvel integra diversos acessórios e elementos
que a tornam o mais potente e
eficiente equipamento de diagnóstico
desenvolvido pela Launch. Em suma,
oferece uma solução abrangente para
atender às necessidades diárias das oficinas
mais exigentes. As suas funções mais
importantes são: diagnóstico de ligeiros,
furgões e camiões; diagnóstico ADAS, Pass
Thru (J2534); a melhor cobertura para
Espanha e Portugal; ler / limpar DTCs
com ampla descrição do erro; envio dos
DTCs para o Google para + informações;
ler e registrar valores digitalmente /
graficamente; função de atuadores; informações
UCE, VIN, reparações. Recursos
especiais dos tutoriais guiados; Adaptação,
codificação, configurações básicas; tela
sensível ao toque de 23,6 polegadas, SW
de trabalho especialmente projetado, osciloscópio
opcional, simulador, Tpms,
relatório completo de todos os testes,
webcam integrada.
2 – Atualmente contamos com dois
distribuidores em Lisboa e no Porto,
que prestam apoio técnico e formação
às oficinas que dispõem de equipa de
diagnóstico Launch.
3 – Não.
Ricardo Sousa
Gonçalteam
“Sim, continua devido à ausência
de fiscalização correta e à
complacência/ausência dos
reguladores do mercado. Além da
contrafação, o que nos preocupa
mais é a aquisição de produtos não
homologados para os mercados
de utilização, que têm várias
lacunas no sistema e que não são
atualizáveis no mercado nacional,
e isso condiciona gravemente o
desempenho do equipamento, já
para não falar dos possíveis custos
para o utilizador. Quem muitas
vezes adquire um produto desse
género, acaba por perceber que,
não tendo qualquer apoio, soluções
integradas e/ou formação contínua,
o mesmo se torna uma perda de
dinheiro”.
Sérgio Brandão
Diagvolt
“Sim de certa forma, embora
as coisas tenham evoluído e
a contrafação não consegue
acompanhar a evolução,
principalmente os últimos 8 anos
de mercado proliferado com a
contrafação vem acabar agora pela
criação da barreira dos sistemas
SGW que diversas marcas estão
a colocar nos seus sistemas,
dessa forma vai bloquear mais
um pouco esse mercado por hora.
Lamentavelmente é não existir
regulação e fiscalização do mercado
de forma a combater esse mercado
paralelo”.
2 – A JP Tools conta com técnicos com
know-how e experiência de mais de 20
anos na área da mecatrónica, que instruem
e auxiliam os profissionais nas
dificuldades resultantes das tarefas diárias.
Para possibilitar tal apoio e acom-
Tiago Resende
JP Tools
“Apesar dos esforços das
autoridades resultarem numa
grande diminuição de equipamentos

55
AUTEL
Equiassiste
Vítor Fontes
www.equiassiste.pt
1 – A Autel lançou no mês de novembro,
em exclusivo, para a “Rede Oficial de
Distribuição para Portugal – Equipamentos
MaxiSys MS”, de que a Equiassiste faz
parte há 5 anos, 3 novos equipamentos de
“Nova Geração Avançada”. “Nova Geração
Avançada” significa que, o novo “Software
Guiado” permite ao utilizador analisar,
cirurgicamente, cada uma das UCE do
veículo e diagnosticá-las em pormenor e
isoladamente. Deste modo, cada uma das
UCE que compõem o veículo, podem ser
verificadas pelo “Software Guiado”, detetando
e corrigindo problemas. O utilizador
obtém, através do equipamento, auxílio de
informação técnica capaz de detetar códigos
DTC (códigos de diagnóstico de problemas)
e resolver o seu mau funcionamento.
“Nova Geração Avançada” significa também
que, a nova VCI que o equipamento traz,
vem equipada com os novos protocolos,
“RP1210” + “ISO 22900”, para além
do usual protocolo “J2534”. Uma nova
função, comum a estes 3 modelos, é o
novo “Scanvin” que permite ao utilizador
emparelhar o veículo com o equipamento,
através da matrícula do veículo. Estes novos
protocolos, dispensam cabos de conexão
especiais e obedecem às novas normas de
fabrico incorporadas nos veículos em 2020,
como por exemplo, Ford e General Motors.
a) “MaxiSys MS 909” – Para o utilizador
regular. Principais características: » Novo
modelo, 2020/2021 » Nova “VCI” com novas
normas SAE J2534 + RP1210 + ISO
22900 » Idêntico ao software das marcas »
100% Autodiagnóstico » Programação total
» Programação grátis em Mercedes e BMW
diretamente, da tablet » Software guiado
» Auto-VIN/Auto-Scan/Scanvin » Novo
processador de 8 núcleos » + Memória
(4 GB de RAM e 128 GB de memória
integrada).
b) “MaxiSys MS 919” – Para o utilizador
especializado. Principais características:
» Novo modelo, 2020/2021 » Nova
“VCI” com novas normas SAE J2534 +
RP1210 + ISO 22900 » Idêntico ao software
das marcas » 100% Autodiagnóstico »
Programação total » Programação grátis em
Mercedes e BMW diretamente da tablet »
Software guiado » Auto-VIN/Auto-Sscan/
Sscanvin » Novo processador de 8 núcleos
» + Memória (4 GB de RAM e 128 GB de
memória integrada). » Função multímetro
e osciloscópio de 4 canais.
c) “MaxiSys MS Ultra” – Para o utilizador
especializado e sofisticado. Principais ca-
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56
WWW.POSVENDA.PT DEZEMBRO 2020
D
EQUIPAMENTOS DE DIAGNÓSTICO
racterísticas: » Novo modelo, 2020/2021 »
Nova “Vci” com novas normas SAE j2534
+ RP1210 + ISO 22900 » Idêntico ao software
das marcas » 100% autodiagnóstico
» programação total » Programação grátis
em mercedes e BMW diretamente da tablet
» Software guiado » Auto-vin/Auto-scan/
Scanvin » Novo processador » + + memória
(256 GB) » função multímetro e osciloscópio
de 4 canais » Tablet avançada de 13,9”
» Divisor de ecran e base dados vídeo »
Carregador de suporte vertical.
2 – A Equiassiste disponibiliza todo o apoio
técnico necessário aos seus clientes: telefónico,
remoto e através de manuais específicos
– de que somos autores. Para além do apoio
técnico de esclarecimentos a dúvidas e
questões, disponibilizamos também, apoio
técnico após-venda de Hardware.
3 – Não, só trabalhamos com a Autel - Rede
autorizada para Portugal “MaxiSys MS”.
TEXA
www.texa.com
1 – O Axone Nemo 2 é a nova versão do
monitor de diagnóstico da Texa, com o
sistema operativo Windows 10 Enterprise,
com um processador Intel Pentium Quad
Core N5000, com 8 GB de RAM DDR4 e
um 250 GB SSD PCle de armazenamento.
A conectividade é garantida por um avançado
sistema Wi-Fi de canal duplo e um
módulo de Bluetooth 4.2. Outros recursos
a destacar são a existência de duas câmaras,
de 2 e 13 megapixels. A carcaça exterior
do Axone Nemo 2 é feita de magnésio,
para resistência e leveza, além de garantir
um nível ideal de dissipação de calor. O
padrão militar MIL-STD 810G torna o
instrumento resistente a choques e quedas.
O IDC5, software da Texa, proporciona
uma série de funções e documentação
técnica, como: verificação global das unidades
de controle TGS3s, Fichas Técnicas,
Dados Mecânicos, Dashboard Dinâmicos,
Pass-Thru, Esquemas Elétricos Interativos,
etc. Ao subscrever o novo serviço Texa
Security Access, com o Axone Nemo 2,
é possível realizar operações ilimitadas,
seguras e oficiais em todos os veículos
recentes do Grupo FCA equipados com
SGW. O Axone Nemo 2 pode ser usado
em conjunto com o Navigator Nano S,
o Navigator TXTs e o Navigator TXB
Evolution, e pode funcionar, de acordo
com as reais necessidades operacionais, nos
5 ambientes de diagnóstico: Car, Truck,
Off-Highway, Bike e Marine.
AUTEL
Luz de Airbag
João Silva
www.luzdeairbag.com
1 – A Autel, em 2020, lançou diversas novidades.
A que mais impacto teve no nosso
mercado foi a Autel MaxiIM IM608PRO.
A IM608PRO conta com um poderoso
sistema de diagnóstico com funcionalidades
avançadas de programação, codificação
de módulos e PassThru-J2534. Mas a
IM608PRO não é só isso, o equipamento
traz uma nova realidade para as oficinas.
Programação de chaves – programar uma
nova chave no sistema de imobilizador,
ou até mesmo apagar uma chave que se
tenha perdido. Reparação de sistemas de
Imobilizador – Trancas de direção, canhões
de ignição, Imobilizador. Reparação e clonagem
de unidades: A IM608PRO, vem
com um programador o XP400PRO. O
XP400PRO consegue ler e escrever a grande
maioria de Eeproms e MCU presentes nas
unidades veículos bem como trás esquemas
e pin outs dos procedimentos. A IM608
PRO é verdadeiramente o “canivete Suíço”
das máquinas de diagnóstico.
2 – Pelo terceiro ano consecutivo renovámos
contracto com a Autel Europa. Somos a
única empresa Portuguesa que é distribuidor
direto da Autel Europa. A nossa linha de
apoio serve de formação, uma formação
concreta para problemas reais dos nossos
clientes. Pois a formação de uma máquina de
diagnóstico não se dá num dia, ou em alguns
dias. O nosso apoio técnico conta com 5
especialistas certificados pela Autel, garantindo
um apoio completo aos nossos clientes.
contrafeitos, os mesmos ainda são
uma realidade presente no mercado
português”.
Carlos López
Launch Ibérica
“Portugal continua a ser um dos
países europeus com a maior taxa
de consumo de equipamentos
contrafeitos, embora seja verdade
que nos últimos anos tenha
diminuído, visto que as oficinas
que compram este produto se
aperceberam que não oferece boa
qualidade, além de não ter garantia
ou serviço pós-venda. Estão
também a ser lançadas as bases
para a criação de uma associação
de fabricantes portugueses, para
combater estas atividades ilegais”.
Vítor Fontes
Equiassiste
“Não, e nunca foi. Produtos de
contrafação nunca garantiram
investimentos seguros e muito
menos o retorno financeiro.
Eventualmente, poucos foram
tentados a fazê-lo. O que,
eventualmente, possa ter
acontecido, deveu-se à instabilidade
de mercado (no que diz respeito a
equipamentos de autodiagnóstico)
entre fabricantes e serviços
oficinais de após-venda. Só em
2015 a Comunidade Europeia
se pronunciou, pondo termo ao
diferendo e legislando sobre o
assunto com a diretiva europeia
“J2534”. O perfil típico do gestor
português de oficinas, até mesmo
dos seus colaboradores, é de grande
seriedade e sabedoria”.
João Silva
Luz de Airbag
“Na Autel, o grande problema
são as “empresas” que importam
equipamentos que não são
certificados para a Europa. Bem
como existir esquemas de venda
sem fatura real. É um problema
grave para quem adquire o produto.
Um equipamento não certificado

57
BOSCH
Eduardo Rodríguez Pastora
www.boschaftermarket.com/pt/pt
1 – Introduzimos várias inovações que
procuram facilitar o trabalho das oficinas.
A primeira é a inclusão do diagnóstico
seguro, que permite o acesso aos veículos
protegidos do grupo FCA e Merceces Benz.
Sem esta função, é impossível diagnosticar
completamente estes veículos. Outra
função é a leitura automática da quilometragem
em todas as unidades de controlo
dos veículos, permitindo à oficina o acesso
imediato a esta informação. Finalmente,
acrescentámos a opção de identificar o
veículo por matrícula, tornando muito
mais rápido e fácil o diagnóstico do veículo.
2 – Além de indicar o que está errado com
o veículo, o nosso software guia, passo a
passo, o mecânico através do processo
de reparação, disponibilizando de forma
clara, informação da verificação, localização
dos componentes, valores teóricos, entre
outras. Temos também o EBR (reparação
baseada na experiência), uma informação
única com mais de 1 milhão de avarias
conhecidas, fornecida por peritos da Bosch
e aprovada em tempo real por oficinas
em todo o mundo. No caso disto não ser
suficiente, disponibilizamos também um
programa de formação completo, tanto
presencial como online, através do qual
é possível formar nas tecnologias mais
recentes. Finalmente oferecemos apoio
técnico por telefone para ajudar a oficina
nas avarias mais complicadas.
3 – Não, nenhuma.
MAHLE
Lusilectra
Bruno Fernandes
www.lusilectra.pt
1 – O equipamento de diagnóstico
TechPro da Mahle, comercializado pela
Lusilectra, promete resultados rápidos,
fiáveis e de qualidade. É ideal para qualquer
tipo de oficina automóvel, abrange
mais de 90% das marcas e modelos de
carros europeus e realiza leituras de dados
e erros em apenas sete segundos.
Disponibiliza também soluções para as
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58
WWW.POSVENDA.PT DEZEMBRO 2020
D
EQUIPAMENTOS DE DIAGNÓSTICO
A tipologia
deste negócio,
não se resume
a preço como
factor de decisão
na escolha
de parceiro
por parte dos
clientes
Luis Inglês, WURTH
não conformidades detetadas e realiza a
codificação de componentes. Vantagens:
entre os melhores equipamentos de
diagnóstico do mercado; resultados do
diagnóstico em apenas sete segundos;
marcas e modelos automóvel atualizados;
abrange mais de 90% das marcas
e modelos automóvel europeus; oferece
soluções para as não conformidades
detetadas; software interativo e de fácil
utilização; compatível com Windows,
macOS, Android e iOS. Mais informação
em: https://lusilectra.com/pt/produtos/
equipamentos-oficinais/diagnostico/maquinas-diagnostico/
WURTH
Luis Inglês
https://www.wurth.pt/pt/wuerth_pt/
servicos/wow/wow.php
Esta nova ferramenta da WOW, permite
auxiliar os clientes a identificarem os
parâmetros reais de trabalho dos vários
sensores e actuadores, directamente e exclusivamente
na identificação do erro. A
simplicidade da ferramenta Power Repair
é algo único e diferenciador do que existe
actualmente no mercado, dado que os
clientes não necessitam de utilizar outros
programas ou outras páginas online
para conseguirem visualizar os correctos
parâmetros de trabalho. Ex. Diferencial
da pressão do filtro partículas ao ralenti
ou às 3000 RPM. Abertura percentual
da EGR ao ralenti ou em aceleração,
etc). Com a ferramenta Power repair os
parâmetros são fornecidos directamente
na identificação da avaria, pelo que, são
fornecidos os valores de fábrica de todos
os componentes relacionados directamente
com o sensor avariado.
2 – Desde o início WOW – Wurth
Portugal que o nosso principal objetivo/
desafio, é marcar a diferença na área do
serviço após-venda. A WOW dispõe de
uma linha de apoio técnico que funciona
diariamente e que tem como objetivo
prestar apoio aos clientes do serviço
disponibilizado. Além desta linha de
apoio técnico por telefone, temos ao
longo dos anos apostado cada vez mais
no desenvolvimento da nossa rede de
técnicos comerciais para que possamos
estar cada vez mais próximos dos nossos
clientes. Atualmente na WOW – Wurth
Portugal contamos com técnicos comerciais
distribuídos de Norte a Sul do país
incluindo ilhas.
3 – Não. A WOW – Wurth Portugal
comercializa os seus próprios equipamentos,
Diagnóstico de ligeiros WOW,
Diagnóstico Pesados Wabco Wurth,
Máquinas de Ar Condicionado e Sistema
ADAS Ligeiros e Pesados. No que diz
respeito à assistência técnica dos equipamentos
do Ar Condicionado, conseguimos
assegurar as manutenções de vários
equipamentos, desde que naturalmente
tenham acesso aos diferentes filtros de
manutenção das máquinas de A\C.
para o mercado Europeu, não tem
garantia. Em caso de avaria será
inútil recorrer aos representantes
oficiais ou à Autel Europa. No caso
das faturas fraudulentas, caso haja
uma fiscalização, o equipamento
é apreendido. Ter atenção quando
alegam que já inclui fatura e
transporte”.
Eduardo Rodríguez Pastora
Bosch
“Sim, mas o mercado está cada
vez mais consciente de que este é
um problema que é prejudicial para
todos, tanto para oficinas como para
fabricantes de equipamento”.
Luis Inglês
Wurth
“Desde as ações de fiscalização que
se realizaram há cerca de 2 anos
pelas autoridades competentes, que
o mercado já não está tão recetivo
a equipamentos contrafeitos. O
serviço após venda técnico é o
nosso principal trunfo para combater
a contrafação. Continua a existir
algum software contrafeito nas
plataformas online e nas redes
sociais, mas são versões anteriores
a 2015 com bastantes deficiências,
pois embora informem que são
softwares atualizados, o hardware
por detrás da imagem continua
“preso” às versões de 2015”.
Sérgio Pinto
Mecatronicaonline
“Sim, é claro que sim, pois muita
gente questiona-se do porquê de
existir tanta diferença nas ofertas.
Mas o pior é aquela contrafação
que se faz passar por original com
faturação e tudo muito perfeito que
somente muitas vezes depois é que
se descobre que o equipamento é
contrafeito”.
1 – Em 2020 introduzimos gratuitamente
uma nova e extraordinária ferramenta
de apoio que ajuda na deteção de avarias,
denominada de “Power Repair”.

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FOXWELL / ACTIA
Mecatronicaonline
Sérgio Pinto
www.mecatronicaonline.pt
1 – A nova Foxwell GT 90 e a Foxwell
GT 70 com o seu novo ambiente de
trabalho e muitas novidades de diagnóstico
avançado.
2 – Todos os equipamentos vendidos pela
Mecatronicaonline têm o apoio técnico
do call center técnico Mecatronicaonline
(linha de apoio técnico à reparação automóvel),
além da formação inicial do
equipamento. Na marca Autel o apoio
técnico ao diagnóstico é feito pela
Mecatronicaonline, e quanto ao apoio
técnico “especializado/avançado” de chaves
e imobilizadores é feito pela EAATA. Todos
os apoios são feitos em português ou inglês.
3 – Sim a Autel e a Texa.
O diagnóstico é
um investimento
importante
para a oficina,
uma vez que
tem um custo
significativo e é
uma ferramenta
que utilizará
todos os dias
Eduardo Rodríguez Pastora, BOSCH
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WWW.POSVENDA.PT DEZEMBRO 2020
D
EQUIPAMENTOS DE DIAGNÓSTICO
Quais são os cinco principais fatores a ter em conta, por uma oficina,
na escolha de um equipamento de diagnóstico?
Hella
Intermaco
Gonçalteam
Frederico Abecasis
Pedro Santos
Ricardo Sousa
A versatilidade, cobertura, funcionalidades, apoio técnico e assistência pós-venda.
1. A confiança no fornecedor do equipamento. Esse equipamento tem muito mais exigências para
além da compra inicial.
2. A proveniência do equipamento. Deve ser de proveniência Europeia fidedigna.
3. A capacidade do equipamento, em função das necessidades.
4. A existência de informação técnica.
5. As atualizações. Sem isso, os equipamentos tornam-se obsoletos em pouco tempo.
Qualidade, fiabilidade, compromisso, acompanhamento e desenvolvimento: um produto que
obtenha a maior abrangência nas marcas automóveis e com fiabilidade comprovadas através de
documentos das próprias marcas; apoio técnico ao diagnóstico e de reparação; estar associado
a uma marca que tem vários anos de mercado, com R&D estabelecido e que promova sempre
soluções de vanguarda; Formação contínua e Pós-venda; Contínua evolução e desenvolvimento.
Diagvolt
JP Tools
Launch Ibérica
Equiassiste
Luz de Airbag
Bosch
Wurth
Mecatronicaonline
Iberequipe
Sérgio Brandão
Tiago Resende
Carlos López
Vítor Fontes
João Silva
Eduardo Rodríguez
Pastora
Luis Inglês
Sérgio Pinto
Alberto Rodrigues
Aquilo que o cliente tem depois da compra: apoio técnico, acompanhamento, formas de garantia,
tanto a nível de equipamento como de funcionamento do mesmo, colocar o preço no último
patamar na aquisição do equipamento.
Adquirir um equipamento diferente dos que possui, que se enquadre nos serviços prestados
pela oficina e mais importante: um equipamento que possua assistência técnica e apoio no seu
manuseamento através de uma empresa com técnicos certificados e know-how.
1 - Que possua ampla cobertura de marcas, modelos e sistemas diagnosticáveis.
2 - Que seja continuamente atualizado para funcionar com a tecnologia mais recente.
3 - Compatível com Pass Thru (J2534) e com sistemas de calibração ADAS estáticos e dinâmicos.
4 – Utilização fácil e que inclua informações técnicas.
5 - Que tenha um serviço que dê formação e apoie a oficina na utilização do equipamento.
a) Adquiri-los a empresas certificadas.
b) Adquiri-los a empresas com assistência técnica certificada.
c) Adquiri-los a empresas tecnicamente avançadas.
d) Adquiri-los a “Empresas”, não a “Nick Names”.
e) Adquiri-los comparando-os, tecnicamente, com outros equipamentos de outras marcas.
1 - Comprar a um representante oficial da marca.
2 - Quais os novos serviços que o equipamento poderá trazer.
3 - Se existe uma assistência técnica real.
4 - Garantir que compra um equipamento oficial e certificado para o seu país.
5 - Exigir fatura no momento da compra.
É importante procurar uma empresa fiável e experiente; A cobertura também é importante; é
importante testar um equipamento antes de o comprar; e é importante comprar um equipamento
que esteja preparado para o futuro, com suporte aos protocolos de comunicação mais recentes.
1º - Assistência Pós-venda e linhas de apoio
2º - Características técnicas, evolução e consolidação da marca\produto no mercado europeu
3º - Software Intuitivo e de rápida utilização
4º - Complementos de informação técnica ou bases de dados de apoio
5º - Preço \ Qualidade
A oficina deve fazer uma avaliação para que tipo e finalidade necessita do equipamento, pois não
existe um equipamento que faça a cobertura total de todas as marcas e modelos de automóveis;
Deve ponderar onde comprar o equipamento e saber que o mesmo é “original”; Um bom apoio
técnico e assistência; O preço; Comprar uma marca diferente que têm os colegas mecânicos na
sua área, para mais cobertura automóvel e entreajuda.
Um produto de qualidade, acessível e que dê total segurança na sua utilização; A existência de
um suporte técnico associado à compra.

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WWW.POSVENDA.PT DEZEMBRO 2020
Técnica
T
A Bateria
automóvel
1.ª PARTE
2.ª PARTE
Dispositivo essencial para o arranque e funcionamento
do automóvel, a bateria tem um papel preponderante
no funcionamento, utilização e condução do automóvel
moderno
TEXTO JORGE PEREIRA
A SUA HISTÓRIA
Os primeiros modelos experimentais de
baterias remontam a meados do século
XVIII, mas só em 1859 com a invenção
da bateria de chumbo-ácido por Gaston
Planté (1834 – 1889) é que surge o primeiro
tipo de bateria recarregável a ser
comercializado e possível de ser aplicado
no automóvel que à data dava também os
seus primeiros passos no seu desenvolvimento
técnico.
Bateria de Gaston Planté
Os primeiros carros não tinham baterias,
uma vez que os seus sistemas elétricos
eram limitados. Era utilizada uma campainha
em vez de uma buzina elétrica, os
faróis eram alimentados a gás, e o motor
arrancava por ação de uma manivela.
A buzina elétrica surge em 1911 e o motor
de arranque em 1912, pelo que as baterias
de automóveis se tornaram amplamente
utilizadas por volta de 1920, à medida
que os carros passavam a ser equipados
com motores de arranque elétrico.
A Hudson Motor Car Company foi a
primeira a utilizar uma bateria normalizada,
em 1918, quando começaram
a utilizar baterias do Battery Council
International (BCI).
A BCI é a organização que estabelece os
padrões dimensionais para as baterias.
Os automóveis utilizaram sistemas elétricos
de 6 V e baterias 6v até meados da
década de 1950. A mudança de 6 para 12
V aconteceu quando motores maiores com
taxas de compressão mais elevadas exigiam
mais energia elétrica para arrancar. Os
carros mais pequenos, que exigiam menos
energia para arrancar, permaneceram com

63
sistema 6 V, por exemplo o Volkswagen
Carocha o Citroën 2CV.
A bateria selada, que não necessitava de
reabastecimento, foi inventada em 1971.
A CONSTITUIÇÃO DE UMA BATERIA
DE CHUMBO-ÁCIDO, E SEU FUNCIO-
NAMENTO
Sem a bateria, o veículo não pode arrancar.
Para além do motor de arranque, as velas
de ignição, velas de incandescência, luzes
e aplicações eletrónicas requerem todos
energia elétrica.
Uma bateria de automóvel armazena
APOS_VENDA_200x135_BATERIAS.pdf 1 21/07/2020 12:33
energia sob forma química e converte-a
em energia elétrica. Neste processo eletroquímico,
quatro materiais reagem uns
com os outros:
Hidrogénio (H)
Oxigénio (O2)
Chumbo (Pb)
Enxofre (S)
A ligação de um consumidor externo
inicia a reação química na bateria:
O eletrólito, uma mistura de ácido sulfúrico
(H2SO4) e água destilada decompõe-se
em iões de hidrogénio com carga positiva
(H+) e iões de sulfato com carga negativa
(SO42-).
Ao mesmo tempo, os eletrões (2e-) passam
do elétrodo negativo para o positivo
através do consumidor externo.
Para compensar este fluxo de eletrões,
os iões de sulfato viajam do eletrólito para
o elétrodo negativo, onde reagem com o
chumbo (Pb) para produzir sulfato de
chumbo (PbSO4).
O sulfato de chumbo também é produzido
no elétrodo positivo: A ligação
de oxigénio (O2) no óxido de chumbo
(PbO2) é quebrada pela transferência de
eletrões e o oxigénio passa para o eletrólito.
O chumbo restante (Pb) liga-se ao sulfato
(SO4) a partir do eletrólito.
Aí, o oxigénio liga-se com o hidrogénio
para formar água (H2O). Como o ácido
sulfúrico é consumido pela formação do
sulfato de chumbo, a concentração da
solução eletrolítica reduz-se. Quando a
concentração do ácido sulfúrico desce
abaixo de um certo nível, a bateria tem
de ser recarregada.
Durante a carga, os processos químicos
têm lugar na sequência inversa. No
final, os elementos originais podem ser
encontrados: O elétrodo positivo consiste
em sulfato de chumbo (PbSO4), o
negativo consiste em chumbo puro (Pb)
e o eletrólito consiste em ácido sulfúrico
diluído (H2SO4). Como este processo de
conversão está associado a perdas, uma
bateria só pode resistir a um número
limitado de ciclos de carga. A sua vida
útil é, portanto, limitada.
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WWW.POSVENDA.PT DEZEMBRO 2020
T
BATERIAS
AS ESPECIFICAÇÕES DE UMA BATERIA
Formato físico: As baterias são agrupadas
por tamanho físico, tipo e colocação dos
terminais, e estilo de montagem.
Amperes horas (Ah): Ampere horas (Ah
ou A-h) é uma unidade relacionada com a
capacidade de armazenamento de energia
da bateria. Esta classificação é exigida por
lei na Europa.
Amperes de arranque a frio (CCA): a
quantidade de corrente que uma bateria
pode fornecer a -18 °C. Os automóveis
modernos com motores com injeção de
combustível controlada por computador
não demoram mais de alguns segundos a
arrancar e os números CCA são menos
importantes do que em modelos mais
antigos com outro tipo de carburação.
Amperes de manivela (CA): a quantidade
de corrente que uma bateria pode
fornecer a 0 °C.
Amperes de arranque a quente (HCA): é
a quantidade de corrente que uma bateria
pode fornecer a 27 °C. A classificação é
definida como a corrente que uma bateria
de chumbo-ácido a essa temperatura pode
fornecer durante 30 segundos e manter
pelo menos 1,2 volts por célula (7,2 volts
para uma bateria de 12 volts).
Minutos de capacidade de reserva (RCM):
A capacidade de uma bateria para suportar
uma carga elétrica mínima declarada; é
definida como o tempo (em minutos) que
uma bateria de chumbo-ácido a 27 °C
irá fornecer continuamente 25 amperes
antes da sua voltagem descer abaixo dos
10,5 volts.
PROBLEMAS COM BATERIAS
DE CHUMBO-ÁCIDO
Se uma bateria for carregada com uma
tensão demasiado baixa, ou se funcionar
sempre com uma tensão demasiado baixa,
ocorre uma estratificação. O ácido
no eletrólito estratifica devido a uma
má mistura. Várias densidades causam a
estratificação do ácido sulfúrico na parte
inferior e da água na zona superior da
bateria. Devido a isto, apenas a secção
central do eletrólito, ou seja, apenas um
terço, pode ser utilizada para o processo
de descarga e carga.
Uma possível causa da deposição de ácido
é principalmente viagens curtas com a utilização
simultânea de um grande número
de consumidores elétricos. Neste caso, o
alternador não tem tempo suficiente para
recarregar a bateria.
Uma bateria nunca deve ser sujeita a um
baixo nível de carga durante um longo
período. Para tal, é aconselhável testar
regularmente a bateria e carregá-la completamente,
se necessário.
O CONSUMO ELÉTRICO NUM
AUTOMÓVEL MODERNO
Os condutores de automóveis modernos
estão habituados a um grande número de
funções de conforto e segurança. Vários
tipos de dispositivos e características do
assistente de condução consomem energia
e sobrecarregam a bateria. O uso constante
destes consumidores elétricos a bordo torna
a condução mais económica.
Um consumo de 100 Watt corresponde a
um consumo de combustível de 0,1 l por
100 km. Os condutores podem prescindir
das características de conforto se quiserem
poupar a bateria.
No entanto, os assistentes de segurança e
funções (por exemplo, Lane Assist) devem
permanecer em funcionamento mesmo
com um baixo nível de carga. A redução
da carga na bateria não é de forma alguma
proporcional aos danos resultantes de um
acidente devido à não utilização da máxima
segurança.
Os para-brisas aquecidos e os vidros traseiros
asseguram uma boa visão no Inverno.
O seu consumo de energia é de cerca de
120 watts.
Os limpa para-brisas garantem uma boa visão
do tráfego. Dependendo da velocidade
do limpa para-brisas, os limpa para-brisas
utilizam entre 80 e 150 watts.
As luzes dos veículos são essenciais para a
segurança no escuro e devem ser ligadas
em tempo útil nos meses mais escuros do
Inverno. As luzes de condução modernas
equipadas com LEDs podem funcionar
com apenas 50 watts.
O aquecedor obtém a sua energia do motor
através de um permutador de calor. A
ventilação interior transporta o calor para
os passageiros e consome 170 watts a uma
regulação média.
No Inverno, os aquecedores de assento são
uma função de conforto bem-vinda. Esta
função é puramente elétrica e consome
100-200 watts.
O ar condicionado pode agora ser encontrado
em todos os carros modernos.
No Verão proporciona arrefecimento e
no Inverno impede melhor as janelas fumegantes
do que o ventilador interior. Os
sistemas de ar condicionado obtêm a sua
energia principalmente do motor, mas
também colocam uma carga adicional de
500 watts na bateria.
Os vidros elétricos e os sistemas de fecho
central são controlados por servomotores
que necessitam de 150 watts, bem como
a tomada para carregar smartphones ou
operar outros dispositivos. Contudo, com
um consumo de energia de 50 watts.
O motor de arranque é o consumidor
mais ávido de energia no carro, mas sem
ele nada funciona. Múltiplas tentativas de
arranque drenam a bateria, especialmente
se esta for velha e tiver sido mal mantida.
A ventoinha do radiador arranca quando o
motor fica demasiado quente, por exemplo
nas filas de trânsito no Verão, quando não
há fluxo de ar. A ventoinha retira 800
watts da bateria.
Nos veículos modernos, o controlador do
motor regula e monitoriza importantes funções
do motor. A gestão do motor melhora
a eficiência e a compatibilidade ambiental
de todo o sistema de transmissão - com
um consumo de potência até 200 watts.
Alguns automóveis têm sistemas de limpeza
dos faróis para limpar os faróis. Com
a utilização de luzes convencionais H7,
são necessários mais de 100 watts para a
iluminação de todo o veículo.
CONTINUA NA PRÓXIMA EDIÇÃO

66
WWW.POSVENDA.PT DEZEMBRO 2020
Formação
F
N.º 4
CAN Bus I
Embora não seja, atualmente, o
protocolo de comunicação mais
rápido utilizado nos automóveis,
CAN (Controller Area Network)
é ainda o mais utilizado, e será o
objeto de estudo nos próximos dois artigos
deste nosso curso de multiplexagem.
A International Standard Organization
(ISO) encontra registados dois protocolos
de comunicação CAN para utilização nos
automóveis: CAN 2.0A (ISO 11898) e
CAN 2.0B (ISO 11519). Caso o leitor
já tenha estudado algo sobre redes CAN,
apercebeu-se certamente que existe uma
forma simples de identificar os seus protocolos:
através da velocidade de comunicação,
vulgarmente chamados de CAN
de alta velocidade (CAN HS – CAN
High Speed), e CAN de baixa velocidade
(CAN LS – CAN Low Speed). Importante
não confundir o termo CAN LS (Low
Speed) com CAN L (CAN Low), e CAN
HS (High Speed) com CAN H (CAN
High). Mais à frente analisaremos a que
correspondem CAN H e CAN L.
O protocolo CAN 2.0A normaliza a
comunicação CAN até velocidades de
1Mbit/s, enquanto que CAN 2.0B tem
normalizada a comunicação até 125kbit/s.
Ou seja, alta velocidade e baixa velocidade,
respetivamente. Mas o que significam,
na prática, estes números? Simples. Um
protocolo CAN HS tem a capacidade
para trocar informações entre UCE’s
até um milhão de bits (zeros e uns) por
segundo! Por seu lado, CAN LS permite
“apenas” transferências até 125 mil bits
por segundo, ou seja, oito vezes menos.
No artigo anterior, onde falamos sobre
arquitetura de redes, abordamos o conceito
de distribuição de unidades de comando
por várias redes de comunicação,
de modo a melhorar a performance de
transferência de dados. Esta distribuição
tem essencialmente a ver com a velocidade
a que as diversas UCE’s comunicam, e
com a prioridade dos dados que trocam
entre si. Assim, uma rede de Powertrain
(grupo moto propulsor), que tem uma
grande quantidade de dados para trocar
entre módulos, necessitará de uma rede
CAN HS. Por seu lado, a gestão de carroçaria,
para além de trocar muito menos
informação entre módulos, não necessita
de um protocolo tão rápido, pelo que
poderá ter um protocolo CAN LS. Desta
forma, o fabricante consegue reduzir o
custo de produção, ao mesmo tempo
que otimiza a arquitetura eletrónica dos
seus modelos.
Fisicamente, uma comunicação CAN
necessita dos elementos seguintes:
Controlador – Microprocessador
de um módulo que decide os dados
a enviar e a receber, bem como a
avaliação da prioridade dos mesmos;
Transreceptor – Conhecido por transceiver
CAN, converte os dados enviados
pelo controlador num sinal característico/
impulsos elétricos, que são na prática lidos
nos cabos elétricos, tal como o inverso;
Cabos de dados – São na prática os
canais de transmissão do sistema;
Elementos finais – São resistências que
se responsabilizam por fechar o circuito
entre os dois cabos CAN. Poderão estar
fisicamente isoladas ou integradas nas
unidades de comando.
No próximo artigo veremos quais as
técnicas de diagnóstico a aplicar para
identificar eventuais falhas nas redes de
comunicação CAN.

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