Guia_TáTudoOnline digital (3)
A pendemia causada pelo Coronavirus nos desafiou sob diversos aspectos, entre eles, o uso massivo das plataformas digitais. Essa realidade certamente demonstrou que não há limites para se comunicar. Ouvir e ser ouvido. Ver e ser visto! Mas a ampliação das oportunidades de acesso a informações e conteúdos, que tanto nos ajudaram no isolamento social, apresenta desafios. É esse espírito da reinvenção coletiva que inspirou a construção desse material, a partir de um convite feito pela Coordenação Nacional de Terre Des Hommes Suisse no Brasil, no âmbito das ações do Projeto Diz Aí Juventudes!: sertões, quilombos e periferias contra a Covid-19. Esperamos que esta publicação contribua com dicas práticas para realizar eventos virtuais seguros, mas sobretudo contribui com a realização de processos pedagógicos que permitam muitos aprendizados.
A pendemia causada pelo Coronavirus nos desafiou sob diversos aspectos, entre eles, o uso massivo das plataformas digitais.
Essa realidade certamente demonstrou que não há limites para se comunicar. Ouvir e ser ouvido. Ver e ser visto!
Mas a ampliação das oportunidades de acesso a informações e conteúdos, que tanto nos ajudaram no isolamento social, apresenta desafios. É esse espírito da reinvenção coletiva que inspirou a construção desse material, a partir de um convite feito pela Coordenação Nacional de Terre Des Hommes Suisse no Brasil, no âmbito das ações do Projeto Diz Aí Juventudes!: sertões, quilombos e periferias contra a Covid-19. Esperamos que esta publicação contribua com dicas práticas para realizar eventos virtuais seguros, mas sobretudo contribui com a realização de processos pedagógicos que permitam muitos aprendizados.
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1
#TÁ TUDO ONLINE:
E AGORA
?
Guia com dicas para
realização de eventos virtuais
e uso seguro das redes sociais
2 3
Cada um em seu quadrado! Esta foi a realidade a qual grande
parte da população teve que se adaptar, a partir do momento em
que as atividades presenciais passaram a ser substituídas pelas
plataformas digitais, ou seja, por uma simples tela de celular ou
computador.
#TÁ TUDO ONLINE:
E AGORA
?
Em países como Brasil e em tantos outros no nosso entorno
latino-americano, com altos índices de mortes diárias decorrentes
da pandemia de Covid-19, ficar em casa passou a ser uma atitude
de cuidado e responsabilidade com o coletivo. Com a necessidade
de suspensão de todas as atividades que juntam gente, o Brasil
e o mundo precisaram redescobrir ferramentas digitais e
ressignificar seus usos.
As plataformas virtuais passaram a ser um dos únicos meios
de conexão entre a maioria das pessoas e o mundo exterior.
Passaram a ser ainda mais utilizadas para vários fins: exibição
de espetáculos de teatro, música, atividades físicas, debates
políticos, eventos acadêmicos etc. Muitos profissionais
precisaram adotar o home office para dar continuidade às suas
tarefas. Outros, que se depararam com a perda do emprego,
muitas vezes também precisaram recorrer às redes para tentar
encontrar outras formas de garantir sua renda. Professores e
professoras tiveram que reinventar os conceitos de ensino, se
4 5
desdobrando para realizar aulas através de vídeos. Estudantes
que já enfrentavam dificuldades na sala de aula tiveram que
se adaptar às pequenas telas de celulares e aos desafios da
instabilidade de conexão. Isso no caso dos que tiveram a
possibilidade de acompanhar as aulas virtuais.
Apesar dos desafios – que são muitos – certamente o uso das
plataformas digitais se intensificou e deixará mudanças que vão
se estender no pós-pandemia. Ampliaram-se as oportunidades
de acesso a informações e conteúdos que podem nos ajudar
a reinventar nosso cotidiano durante o período de isolamento
físico e após ele. Sem falar que as ferramentas digitais também
ajudam a diminuir a distância entre as pessoas.
Foi com esse espírito da reinvenção coletiva que nos inspiramos
a construir esse material, a partir de um convite feito pela
Coordenação Nacional de Terre Des Hommes Suisse no Brasil,
no âmbito das ações do Projeto Diz Aí Juventudes!: sertões,
quilombos e periferias contra a Covid-19. Esperamos que esta
publicação contribua para que outros jovens, professores,
educadores populares etc impulsionem reflexões sobre a garantia
dos direitos de adolescentes e jovens no contexto da pandemia e
para além dele e que contribua, também, com dicas práticas para
realizar eventos virtuais seguros. Acreditamos que por detrás do
planejamento de uma simples live, tem
um importante processo pedagógico,
que permite muitos aprendizados
objetivos e subjetivos, para além do
uso adequado das Tecnologias de
Comunicação e Informação (TICs).
#você
sabia?
O Projeto Diz Aí
Juventudes: sertões,
quilombos e periferias
contra a Covid-19
é uma iniciativa
da Coordenação
Nacional da Terres
Des Hommes Suisse
no Brasil, realizado
em parceria com
o Movimento
de Organização
Comunitária (MOC)
e com apoio da
Embaixada da Suíça.
6 7
Como usar o Guia
1ª parte 2ª parte
Na primeira, vamos
Na segunda parte, vamos
falar sobre os diferentes falar de um tema que
tipos de eventos virtuais sempre foi importante
e trazer dicas sobre
– desde a criação da
planejamento, divulgação, Internet – mas, que agora,
realização e avaliação. com o uso intensificado
São informações
das redes sociais se torna
objetivas e acessíveis que ainda mais imprescindível:
podem ajudar a alcançar segurança digital. Afinal,
os resultados esperados nesse mundo online
com a ação.
somos ao mesmo tempo
produtores de conteúdo e
usuários e proteger dados
pessoais é tarefa básica
para quem quer ter uma
vida saudável e segura
nas redes sociais.
Você sabia que a
comunicação é um direito?
Quando falamos em direito, imediatamente
pensamos na garantia à educação, saúde,
segurança, alimentação. Mas, você sabia
que a comunicação também está entre os
direitos previstos na Constituição Federal
Brasileira? Pois é, o Artigo 220 afirma que
a manifestação do pensamento, a criação,
a expressão e a informação são direitos
que devem ser garantidos a todos, sem
distinção. Na Declaração Universal dos
Direitos Humanos também há menção a
este direito: “todo o indivíduo tem direito
à liberdade de opinião e de expressão, o
que implica o direito de não ser inquietado
pelas suas opiniões e o de procurar,
receber e difundir, sem consideração
de fronteiras, informações e ideias por
qualquer meio de expressão” (Art. 19).
#você
sabia?
Nas zonas rurais,
o acesso à internet
ainda é um grande
desafio. Cerca de
30% dos municípios
brasileiros não
contam com uma
rede de transporte
de alta capacidade
para permitir
oferta de qualidade
ao usuário final.
Desses, 53% estão
localizados no Norte
e Nordeste. Outro
desafio é o fato de
que as redes móveis
3G e 4G ainda não
chegam aos distritos
que não são sedes
dos municípios e as
redes de conexão
fixa também não.
Fonte: (https://revistaafirmativa.com.br/pandemia-desigualdades-raciais-e-acesso-a-internet-e-eu-com-isso/).
8 9
A inclusão digital também é direito previsto em lei: o Marco Civil da
Internet, em seu artigo 4º, estabelece que o serviço de conexão à
internet deve estar acessível a todos, ou seja, pressupõe que todas
as brasileiras e os brasileiros tenham direito à inclusão digital.
Infelizmente, sabemos que apesar das garantias legais, essa não
é a realidade de milhares de pessoas, em sua maioria negras e
indígenas. São estes grupos que desde os primórdios do país
sempre tiveram muitos dos seus direitos negados, como o acesso à
saúde de qualidade, ao saneamento básico de suas ruas e bairros,
à educação ou até mesmo à uma moradia digna. Crianças, adultos,
jovens, idosos que lotam as periferias das grandes cidades, as áreas
quilombolas e indígenas, as zonas rurais e estão sempre sendo
privados dos seus direitos e vítimas da desigualdade e violência.
Por isso, no contexto da pandemia, onde a internet se tornou
ainda mais necessária para atividades básicas, como o acesso à
escola, como fazer? Como ficar tudo online se não temos acesso à
internet e políticas públicas que garantam que nossas produções e
narrativas possam ser escutadas? É cada vez mais importante que
haja políticas públicas que garantam o direito à comunicação das
juventudes rurais. Sabemos que esse é um problema que herdamos
desde do período da colonização e que nos mostra o quanto a
desigualdade social ainda é um fator que pesa de uma forma
negativa para a construção de um país mais justo.
E nós, junto a nossas organizações,
o que podemos fazer?
Ao mesmo tempo em que nós, jovens, reivindicamos nossos
direitos, é nosso papel agir e criar estratégias. Com a pandemia
da Covid-19, os coletivos de infância, adolescência e juventudes;
movimentos sociais e Organizações Não Governamentais
reforçaram a sua atuação. Ninguém ficou parado! Ao contrário,
mesmo com todas as dificuldades, usamos nossos quadrados para
fortalecer a luta coletiva. Não está sendo fácil em um período tão
curto de tempo adaptar as rotinas e as atividades para o virtual.
Precisamos nos reinventar para aprender sobre as formas mais
produtivas, seguras e adequadas de utilizar as plataformas
digitais, numa perspectiva de assegurar acesso à informação,
lazer, interação social, reflexão e análise crítica de contextos. Essa
reinvenção passa também por promover iniciativas de incidência
política e ampliar a vez e as vozes de crianças, adolescentes e
jovens para que possam se expressar a partir de suas vivências,
olhares sobre o mundo e seu potencial mobilizador. E esse guia é
uma forma de convidar todos e todas a usar as tecnologias a nosso
favor. Esperamos que o material contribua para inspirar diversas
atividades virtuais por esse Brasil adentro. Vamos juntes?
10 11
Quero realizar
um evento virtual.
Por onde começo
?
Se desejamos fazer um evento virtual estamos partindo
de uma premissa básica: temos algo a dizer ao mundo e
queremos que o máximo de pessoas escutem. A internet
faz nossas vozes chegarem a um alcance maior do que
poderíamos conseguir em atividades presenciais. Mesmo
assim, para que estas vozes sejam sopradas para uma boa
direção, alguns passos podem ajudar. E é deles que vamos
falar agora!
Para começar a planejar um evento virtual é importante
responder algumas perguntas-chave que irão ajudar a tomar
decisões importantes e realizar da melhor forma a atividade
proposta.
• Sobre qual assunto vamos falar?
• Por que é importante falar sobre esse assunto?
• Como as ferramentas digitais podem ajudar a falar
sobre esse assunto?
• O que quero com isso? Qual o meu objetivo?
• Para quem eu quero comunicar? Qual é o meu público?
Depois de responder estas perguntas, vai ficar mais fácil
decidir qual tipo de evento virtual é o mais adequado para a
sua atividade. Vejam alguns tipos:
12 13
Live São eventos abertos, com
transmissão ao vivo. Não tem
inscrição prévia, nem limite de
público. Geralmente acontecem
pelo Facebook, Instagram
ou Youtube. A depender
dos recursos disponíveis,
podem ser transmitidas em
mais de uma rede social
ao mesmo tempo. As lives
também ficam gravadas e
podem ser assistidas depois.
A interação com o público só
pode acontecer via chat e a
plataforma é diferente da que
se usa no webinar.
Webinar São conferências,
palestras ou reuniões fechadas,
com um público limitado. Em
geral, os participantes fazem
uma inscrição prévia para ter
acesso ao link da sala virtual
onde vai acontecer a atividade.
Costumam acontecer em tempo
real. Permite a interação dos
participantes via chat e áudio.
Cursos ou oficinas online
São eventos privados (pagos ou
gratuitos), que exigem inscrição
prévia e têm limite de público.
Existem várias possibilidades de
fazer um curso online: ao vivo
ou com vídeo aulas gravadas,
por exemplo. Também têm
muitas plataformas disponíveis
na internet para hospedar esse
tipo de atividade.
#Dica!
• É de interesse público?
• Toda a população deveria
se informar sobre isso?
• Qualquer pessoa ganha
aprendendo sobre este
conteúdo?
Faça uma live!
• A ideia é capacitar um
grupo pequeno sobre
determinado assunto, de
forma mais prática do
que teórica e gerar algum
produto com a atividade?
Faça um curso
ou oficina online!
Preste atenção no tema!
• É um assunto delicado?
• Envolve exposição de
histórias de vida privada
dos participantes, conteúdos
institucionais reservados?
• Definição de estratégias?
• É direcionado para um público
muito específico ou sobre
um contexto de um ambiente
(território, cidade, comunidade,
organização etc)?
Faça um webinar!
14 15
Passo a passo do planejamento
#Dica!
1. Escolha o tema e o título
que melhor o represente
2. Defina que tipo de evento
vai ser (live, webinar, curso
etc) e se vai ser um evento
aberto ao público ou com
inscrições prévias e limite
de participantes
3. Observe quais os recursos
(humanos, financeiros etc)
estão disponíveis
5. Escolha a plataforma que
vai usar
6. Defina uma equipe de
produção e divida as tarefas
preparatórias e para o
momento (produtos de
comunicação para mobilizar,
contato com convidados,
recursos pedagógicos
necessários etc)
7. Defina quantas e
quem serão as pessoas
8. Planeje a divulgação
do evento
9. Faça alguns testes prévios
para evitar problemas
técnicos na hora do
evento e ambientar os/as
convidados/as à plataforma
10. Realize o seu evento
11. Avalie a atividade com
a equipe que participou da
No momento de escolher
os/as convidados/as para
seu evento, observe se há
um equilíbrio geracional, de
gênero e étnico-racial. Uma
mesa diversa garante um
diálogo mais qualificado!
Se escolher fazer um webinar
ou um curso online em uma
plataforma fechada, tente se
informar com pessoas da área
da tecnologia de informação ou
em sites especializados, sobre
as condições de segurança da
informação da plataforma.
4. Defina uma equipe
convidadas a falar no
produção e, se possível, com
de produção e divida
evento. Limite o tempo de
os/as convidados/as também
as tarefas
Se para você a participação
fala que elas terão
do público for importante,
evite ter muitas pessoas para
falar em um único evento e
combine antes o tempo de
fala de cada um/a, para ter
espaço para a interação dos
internautas e para o debate.
16 17
#você
sabia?
O Teams, Zoom, Jitsi, Streamyard
são alguns exemplos de plataformas para
webinários ou reuniões fechadas. Jitsi, Zoom
e Streamyard são plataformas que podem ser
vinculadas a redes sociais como Youtube e
Facebook e transmitidas ao vivo, sem limite
de público. É importante sempre checar
nas condições de uso da plataforma quais
recursos são gratuitos ou pagos e as questões
ligadas à proteção dos dados trocados.
#Dica!
A live pode
ficar gravada e
disponível na
página da rede
social onde foi
transmitida
(Youtube, Facebook
ou Instagram).
Assim, o link pode
ser amplamente
compartilhado.
Uma boa divulgação
faz toda a diferença!
Cards de divulgação de eventos online realizados por TdH Suisse
A divulgação do evento virtual é tão importante quanto o seu
planejamento. Afinal ninguém quer fazer um super evento e ter
o auditório (mesmo que seja o virtual) vazio, não é? Então, em
paralelo à produção do evento, foque na divulgação. Se for um
evento para um público restrito, a divulgação é mais direcionada,
com envio de e-mails, cards virtuais, mensagens de Whatsapp ou
ligação. Deixar claro que não é aberto ao público e solicitar o não
compartilhamento para outras pessoas é algo importante! Mas,
se for uma live por exemplo, quanto mais gente melhor. Então,
reúna a equipe e defina as melhores estratégias. Cada localidade
e público têm suas especificidades. É preciso saber o que mais
funciona em cada caso. Aqui vão algumas dicas:
18 19
Produza cards
(aqueles folhetos
virtuais com
formato para
Instagram,
Facebook ou
Whatsapp) e vá
publicando ao
longo da semana
que vai acontecer o
evento
Um ou dois
dias antes da
atividade,
partilhe o link
(seja na rede social
que vai usar, ou
seja o link para o
webinar ou curso,
caso seja um
evento fechado)
Use a abuse dos
stories (WhatsApp,
Instagram e
Facebook) para
ir “criando um
clima” e gerando
curiosidade sobre
o evento. Como só
ficam por 24h essa
estratégia funciona
melhor na véspera.
Antes disso, o feed
é o melhor lugar.
As informações
também podem se
repetir
Vá aos poucos
divulgando mais
informações sobre
os/as seus/suas
convidadas/os
para despertar o
interesse do público
Se achar que faz
sentido, escreva
um texto curto
com a descrição
do evento e envie
para os veículos
de comunicação
(comerciais e/
ou comunitários),
para organizações
parceiras e
outros públicos
que possam se
interessar pelo
evento e inclusive
ajudar a divulgar.
Alguns aplicativos são super práticos e dá pra fazer material de
comunicação sem custo, apenas usando a criatividade, dentre eles
se pode contar com:
• Canvas / PhotoGrid /
Snapchat / Snapseed
todos podem ser baixados
gratuitamente, e a versão
gratuita é suficiente .
• Decida se o melhor é
usar imagem, desenho, ou
somente texto. Isso pode
ser pensado considerando
quem é o público que se
quer chamar a atenção
e os recursos materiais
e humanos que se têm
disponível para criar o
material.
• Devem ser materiais com
conteúdo objetivo. Nunca
deixe de informar: Dia (data
e dia da semana); horário
local (e em outros países de
interesse, se for o caso) e qual
a plataforma que acontecerá
a live.
• Caso se trate de um evento
fechado – tipo webinar –,
informar onde é possível
fazer a inscrição prévia e
indicar um endereço de
e-mail/pessoa de contato
para dúvidas.
• Uma opção interessante • SSe há convidados/as, os
também são os microvídeos, nomes devem aparecer nos
com falas dos participantes, textos e/ou material visual de
convidando para compartilhar divulgação (folders digitais,
este momento.
imagem para posts em redes
sociais, cards para chats de
conversa como Whatsapp etc).
20 21
#Dica!
Usando a tecnologia a nosso favor!
Dez dias é o tempo mínimo
ideal de divulgação de uma
live, com pelo menos três
postagens nesse período.
Intercalar card com vídeo
é uma excelente estratégia.
Vídeos sempre chamam mais
atenção. Mas, precisa ser
curto, para prender a atenção
das pessoas nos primeiros
três segundos.
Garanta nos cards as
informações básicas – tema,
data, horários, ambiente
virtual e convidados e
apoiadores (se for o caso).
E no texto que acompanha,
detalhe elementos como:
importância do evento, reforço
ao convite, experiências
dos/as convidados/as
Em eventos virtuais, as questões técnicas são fundamentais para
garantir que tudo transcorra como planejado. Alguns pequenos
ajustes e combinados são importantes para garantir o sucesso do
evento. Mas, claro, dentro do que estiver ao seu alcance. O bom
mesmo é ter leveza, jogo de cintura, espontaneidade e lembrar
sempre que estamos todos e todas aprendendo a usar essas
ferramentas. Confira alguns toques:
• Combine com os/as
convidados e a equipe de
produção do evento para
se encontrarem na sala
virtual pelo menos vinte
minutos antes para fazerem
os testes de vídeo e áudio.
Revise as ferramentas, faça
os acordos de comunicação,
revise os papéis, defina se o
moderador vai ser quem se
atenta às perguntas, ou se os
próprios expositores o farão
• Deixe os materiais que serão
exibidos pelos convidados/
as baixados e prontos para
• Identifique um lugar que
seja o mais iluminado e
livre de ruídos que puder e
mais próximo da conexão de
internet, para diminuir riscos
de oscilação
• Prefira fundos mais neutros
possíveis para que não fique
“brigando” com sua imagem
• Faça tudo para iniciar
pontualmente, se houver
atraso, sinalize no chat
• E o mais importante: seja
sempre você mesma/o!
22 serem projetados
23
#Dica!
Algumas plataformas, como o Jitsi por exemplo, oferecem
um recurso que permite reduzir a qualidade do vídeo. Isso
ajuda quando a internet está instável. Se você tiver na
moderação do evento, solicite às/aos convidados/as que
façam esse ajuste, caso seja necessário.
Sempre que não estiver falando deixe seu microfone
fechado. Cuidado com a sua postura quando não for você
que estiver fazendo a fala. É importante ouvir a fala dos
demais participantes.
Deixe seu celular no modo avião, caso esteja usando
o computador. Se tiver usando o celular, bloqueie as
chamadas.
Quero usar as
redes sociais
com segurança.
O que fazer?
24 25
Já ouviu falar
em segurança digital?
Segurança digital é um conceito muito utilizado na área de
Tecnologia da Informação (TI) para se referir ao bloqueio das
ameaças no mundo virtual. A vida está cada vez mais online
e mediada pelas redes sociais digitais e, por isso, os cuidados
precisam ser redobrados. Nos eventos virtuais, tanto como
realizadores ou consumidores estamos sempre trocando
dados por estas redes. Ao acessar o WhatsApp, Instagram ou
Facebook, por exemplo, as pessoas estão trocando informações,
autorizando conexões e expondo seus dados pessoais. Apesar
das redes sociais desempenharem um importante papel na
vida de muitas pessoas, é importante entender os riscos ao
compartilhar informações pessoais online. Sabe aquela enquete
divertida do Facebook sobre que famoso você seria? Serve para
pegar seus dados.
Pois é, grande parte dos dados somos nós mesmos que
disponibilizamos para as grandes empresas. E aqui não estamos
falando apenas das empresas de tecnologia, mas daquelas que
compram esses dados para nos vender bens e até nos convencer
acerca de uma ideia ou narrativa. Ou você nunca percebeu que
os anúncios e páginas que aparecem para você têm tudo a ver
com uma conversa recente que você teve ou uma pesquisa no
Google? Com apenas alguns cliques, publicações e mensagens,
podemos divulgar dados pessoais que comprometem a
privacidade e segurança sua e de outras pessoas, possibilitando
inclusive roubo de identidade. Por isso, é essencial que
saibamos como nos proteger ao utilizar estas ferramentas.
Outra coisa que temos de ter em mente é que nos ambientes
virtuais – independente da ferramenta (vale até seu e-mail!)
também estamos suscetíveis a sermos vítimas de crimes e a
processos violentos, seja na perspectiva da violência digital
(assédio, pornografia virtual etc.), ou mesmo como um caminho
para a violência física. Por exemplo – você já imaginou que
fotos suas podem ser utilizadas com intenções criminosas? Ou
que estar sempre mencionando os lugares que frequenta ou
quem são suas companhias pode dar pistas que podem facilitar
a violência física ou sexual? Estes também são motivos pelos
quais é importante fazer uso responsável e seguro destes
mecanismos.
26 27
#você
sabia?
No caso de informações
sobre menores de idade, o
cuidado é redobrado. Perfis
em redes sociais precisam
ser monitorados por adultos
responsáveis em seu entorno:
pais, mães, responsáveis
legais, cuidadores, educadores,
que façam parte da rede de
confiança e integração da
criança ou do adolescente.
Se vai usar a imagem de
uma criança ou adolescente,
se assegure que tanto ele/
ela, quanto sua família estão
conscientes e autorizam este
uso. Mesmo a criança ou
adolescente sendo menor
de idade, é importante e
pedagógico, por um exercício
de autonomia, que ela
possa opinar. Legalmente,
é preciso que a família faça
uma autorização formal onde
a responsabilidade legal
esteja comprovada. Pode
ser um documento escrito
ou um vídeo gravado. No
caso eventos virtuais como
lives, por exemplo, ou redes
sociais coletivas (de uma ONG,
escola, etc), as organizações
precisam garantir que todas
as crianças e adolescentes que
participem tenham o termo
de autorização de uso de
imagem assinados por seus
responsáveis legais.
Para reforçar sua segurança,
confira algumas dicas:
• Sempre leia os termos
contratuais da rede social
que vai usar. É muito comum
a gente clicar em “aceito”
sem ler todo o termo. É
importante ler para a gente
conhecer as regras e saber
também como reivindicar
nossos direitos
• Você pode escolher se vai
ou não usar o seu nome
verdadeiro. Por isso, se
achar mais seguro não
colocar – e a rede social
permitir isso, porque algumas
tem a “política do nome
verdadeiro” – não coloque
• Ao se registrar na rede, não
dê mais informações do que
é necessário. Para reforçar
sua proteção, use um
endereço de e-mail diferente
do seu pessoal ou do seu
principal e evite informar
seu número de telefone.
Estas duas informações
podem identificá-lo
individualmente e podem
associá-lo a diversas outras
contas
Saiba mais sobre segurança digital aqui:
https://blog.unyleya.edu.br/bitbyte/seguranca-digital/
28 29
• Tenha cuidado ao escolher uma
foto ou imagem de perfil. Não
parece, mas toda imagem tem
dados associados a ela. Além
dos metadados da imagem, que
podem incluir o local e a hora
em que a foto foi tirada. Antes
de escolher a foto de perfil,
pergunte a si mesmo: foi tirada
na frente de sua casa ou do seu
local de trabalho? Há algum
endereço ou placa de trânsito
visível na imagem que possa
permitir alguma identificação?
• Sabia que todo computador
tem um endereço? É o que
chamamos de endereço de IP.
Confira se ele está logado no
momento que você se registra.
O ideal é desativar para não
gerar esse dado na rede.
• Escolha uma senha forte e, se
possível, ative autenticação de
dois fatores.
#você
sabia?
Metadados ou
metainformação são
dados sobre outros
dados. Os metadados
facilitam o entendimento
das informações
porque as classificam e
organizam.
Endereço de Protocolo
da Internet, do inglês
protocol address é
um número atribuído
à cada dispositivo
conectado a uma rede
de computadores.
• Preste atenção às questões de
segurança para a recuperação
da senha, tais como “Em que
cidade você nasceu?” ou
“Qual o nome do seu animal
de estimação?”, pois destas
respostas podem ser extraídos
detalhes disponibilizados em
seus perfis de redes sociais. É
recomendável dar respostas
falsas a estas questões. Caso você
escolha dar respostas falsas para
ter ainda mais segurança, uma
boa maneira de se lembrar das
respostas é anotar suas respostas
e armazená-las num gerenciador
de senhas.
#você
sabia?
Gerenciador de
senhas é um programa
usado para armazenar
uma grande quantidade
de nomes/senhas. O
banco de dados onde
as informações ficam é
criptografado e é preciso
criar apenas uma senha
para acessar todo o
conteúdo armazenado no
gerenciador.
• Não revele informações pessoais: suspeite de qualquer pessoa
que pede as suas informações pessoais sem justificativa
confiável e nunca partilhe o seu endereço de casa, número
de telefone, número de documentos, como RG, Número de
Segurança Social (NIS), ou outras informações pessoais que o
identifiquem.
30 31
• Tenha cuidado ao clicar em links ou responder a enquetes:
mesmo se o link for enviado por um amigo, a conta dele pode
estar comprometida. Tenha cuidado com ofertas “grátis”,
especialmente se tiver de responder a uma enquete ou
questionário que solicita informações pessoais.
• Tenha cuidado se uma conta estiver associada a outra: por
exemplo, uma fotografia publicada no Instagram pode ser
publicada automaticamente no seu perfil do Facebook se
as contas estiverem associadas. Pode ser um problema se
pretender manter separadas a sua conta pessoal e a sua conta
profissional.
• Tenha cuidado com anúncios e páginas de comércio eletrônico
falsos: como as redes sociais integraram lojas online, as fraudes
de comércio eletrônico aumentaram. Então, fique atento/a
quando concordar em comprar algo de um estranho online.
Estes vendedores não são verificados, por isso, se pagar por
um produto e nunca o receber, não há forma de receber o
seu dinheiro de volta. Em alguns países, como a Nigéria, os
usuários de redes sociais são vítimas de fraudes financeiras e
com criptomoedas, que é um tipo de dinheiro virtual, através
de mensagens diretas no WhatsApp. Saiba que, mesmo que
alguém se apresente como “um amigo de um amigo” com
“uma grande oportunidade”, deve evitar quaisquer transações
financeiras com desconhecidos.
• Seja seletivo/a ao aceitar pedidos de amizade de estranhos: como
sabe que o perfil deles não é falso? Apenas aceite como “amigos”
pessoas que conhece no mundo real.
• Utilize software de segurança e senhas complexas: certifique-se de
que tem um software de segurança abrangente instalado em todos
os seus dispositivos que o pode proteger contra o malware das
redes sociais e de outras ameaças. Mantenha os seus dispositivos
bloqueados com um código PIN para que ninguém possa iniciar
sua sessão.
• Feche contas antigas que já não utiliza: não se arrisque a
deixar dados pessoais numa conta antiga, como uma página do
MySpace que já não utiliza há anos ou um site ou aplicativo de
relacionamentos que já não precisa. Em vez disso, feche as contas
que não utiliza e elimine todas as informações pessoais possíveis.
#você
sabia?
Criptomoedas
são moedas virtuais
que utilizam a
criptografia para
garantir a segurança
de transações feitas
pela Internet.
Malware ou “software malicioso” é um
termo amplo para descrever qualquer
programa ou código que prejudique
os sistemas. Ele invade, danifica ou
desabilita computadores, sistemas
de computador, redes, tablets e
dispositivos móveis.
32 33
As redes sociais devem ser
divertidas, úteis e seguras:
tudo ao mesmo tempo!
O que você achou desse produto?
Envia um direct pra gente no instagram ou
no Messenger, e fala se foi útil para você?
Conta sua experiência de preparação /
realização de uma atividade virtual a partir
da utilização deste guia.
Facebook e Instagram: @tdhsuissenobrasil
34 35
EXPEDIENTE
Essa publicação é fruto de um trabalho coletivo. Todas as etapas
foram feitas de forma dialogada entre as profissionais das
organizações responsáveis pelo projeto Diz Aí Juventudes: sertões,
quilombos e periferias contra a Covid-19 e os/as jovens das
organizações parceiras que participaram diretamente deste processo.
TERRE DES HOMMES SUISSE
NO BRASIL
Coordenação Nacional
Luciana Pinto
Assessoria Administrativa e
Financeira
Maria Caldas
Assessoria de Comunicação
Fernanda Cruz
Consultoria em Participação
e Educomunicação
Bruna Hercog
Assessoria e apoio na concepção
dos eventos virtuais
Carmem Barrantes |
Coordenadora Regional de
Comunicação para a América
Latina de TdH Suisse
GUIA #TÁTUDOONLINE
Pesquisa
Renê Matos da Silva, Eldimar
Souza, Bruna Hercog, Luciana
Pinto
Produção de textos
Michel Pamponet da Silva, Renê
Matos da Silva, Eldimar Souza,
Maria Auriele Silva Araújo,
Givanildo dos Santos Silva,
Rafaela Paes Landim da Cruz,
Bruna Hercog e Luciana Pinto
Revisão
Fernanda Cruz e Bruna Hercog
Edição
Bruna Hercog, Fernanda Cruz e
Luciana Pinto
Acompanhamento Pedagógico
Bruna Hercog
Projeto gráfico e ilustrações
Valentina Garcia
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Terre des Hommes Suisse Brasil