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Guia da 3ª Idade #52

Como nos vemos. Como nos veem. Como somos Ao não se reconhecer numa foto uma pessoa pode - eventualmente - estar se afastando da realidade, além da imagem fotográfica poder ter sido adulterada de alguma forma. Para melhor ou para pior, as muitas interferências em uma fotografia são tão antigas quanto a arte de fotografar. O mesmo acontece com algumas interpretações sobre o envelhecimento. Viver com vontade, usufruir ao máximo a aventura de viver, é uma atitude que deve nos estimular a abandonar preconceitos e cultivar novos hábitos. Entretanto, o conceito de finitude como incapacidade, que é impossível viver o terceiro ato efetivamente dentro das próprias possibilidades, está presente. “Mudaria o Natal ou mudei eu?” escreveu Machado de Assis, em um belo poema sob os diferentes pontos de vista da verdade. Em “Assim é se lhe parece”, Luigi Pirandello, prêmio Nobel de Literatura, mostra que o que existe não é uma só verdade, mas pontos de vista diversos, muito longe da verdade absoluta. Rever nossas perspectivas, enfrentar o grandioso desafio de se conhecer, mostrar as incoerências com relação à maturidade, um grande desafio a responder.

Como nos vemos. Como nos veem. Como somos
Ao não se reconhecer numa foto uma pessoa pode - eventualmente - estar se afastando da realidade, além da imagem fotográfica poder ter sido adulterada de alguma forma. Para melhor ou para pior, as muitas interferências em uma fotografia são tão antigas quanto a arte de fotografar.
O mesmo acontece com algumas interpretações sobre o envelhecimento.
Viver com vontade, usufruir ao máximo a aventura de viver, é uma atitude que deve nos estimular a abandonar preconceitos e cultivar novos hábitos.
Entretanto, o conceito de finitude como incapacidade, que é impossível viver o terceiro ato efetivamente dentro das próprias possibilidades, está presente.
“Mudaria o Natal ou mudei eu?” escreveu Machado de Assis, em um belo poema sob os diferentes pontos de vista da verdade.
Em “Assim é se lhe parece”, Luigi Pirandello, prêmio Nobel de Literatura, mostra que o que existe não é uma só verdade, mas pontos de vista diversos, muito longe da verdade absoluta.
Rever nossas perspectivas, enfrentar o grandioso desafio de se conhecer, mostrar as incoerências com relação à maturidade, um grande desafio a responder.

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LIVROS | UMA GRANDE AVENTURA

José Lins do Rego nasceu em 3 de junho de 1901,

em Pilar, Paraíba e faleceu em 12 de setembro de 1957,

na cidade do Rio de Janeiro. Publicou em 1932 seu primeiro

livro, Menino de engenho, romance que foi seu

passaporte de entrada para a história do moderno romance

brasileiro. Além de romancista, o escritor paraibano

foi também contista, cronista, tradutor e jornalista,

tendo contribuído ao longo de sua vida para vários

periódicos brasileiros. Teve livros traduzidos para o inglês,

francês, espanhol, alemão, italiano, dentre outras

línguas. Em 1956, ano anterior ao de seu falecimento,

tornou-se membro da Academia Brasileira de Letras.

As mudanças na vida de Carlos acompanham as

mudanças na história do Brasil. Os engenhos estão

sendo trocados por usinas, enquanto há uma

percepção de que a mão de obra na cultura açucareira

é análoga à escravidão. Com introdução da

pesquisadora, crítica literária, autora de literatura

juvenil e professora universitária Marisa Lajolo,

"Doidinho" é a segunda obra do chamado Ciclo da

Cana-de-Açúcar de José Lins do Rego.

O ano de sua publicação coincide com a da obra

“Casa-Grande & Senzala” de Gilberto Freyre, de

quem José Lins do Rego era amigo.

Guia da 3ª Idade | 35

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