Guia da 3ª Idade #52
Como nos vemos. Como nos veem. Como somos Ao não se reconhecer numa foto uma pessoa pode - eventualmente - estar se afastando da realidade, além da imagem fotográfica poder ter sido adulterada de alguma forma. Para melhor ou para pior, as muitas interferências em uma fotografia são tão antigas quanto a arte de fotografar. O mesmo acontece com algumas interpretações sobre o envelhecimento. Viver com vontade, usufruir ao máximo a aventura de viver, é uma atitude que deve nos estimular a abandonar preconceitos e cultivar novos hábitos. Entretanto, o conceito de finitude como incapacidade, que é impossível viver o terceiro ato efetivamente dentro das próprias possibilidades, está presente. “Mudaria o Natal ou mudei eu?” escreveu Machado de Assis, em um belo poema sob os diferentes pontos de vista da verdade. Em “Assim é se lhe parece”, Luigi Pirandello, prêmio Nobel de Literatura, mostra que o que existe não é uma só verdade, mas pontos de vista diversos, muito longe da verdade absoluta. Rever nossas perspectivas, enfrentar o grandioso desafio de se conhecer, mostrar as incoerências com relação à maturidade, um grande desafio a responder.
Como nos vemos. Como nos veem. Como somos
Ao não se reconhecer numa foto uma pessoa pode - eventualmente - estar se afastando da realidade, além da imagem fotográfica poder ter sido adulterada de alguma forma. Para melhor ou para pior, as muitas interferências em uma fotografia são tão antigas quanto a arte de fotografar.
O mesmo acontece com algumas interpretações sobre o envelhecimento.
Viver com vontade, usufruir ao máximo a aventura de viver, é uma atitude que deve nos estimular a abandonar preconceitos e cultivar novos hábitos.
Entretanto, o conceito de finitude como incapacidade, que é impossível viver o terceiro ato efetivamente dentro das próprias possibilidades, está presente.
“Mudaria o Natal ou mudei eu?” escreveu Machado de Assis, em um belo poema sob os diferentes pontos de vista da verdade.
Em “Assim é se lhe parece”, Luigi Pirandello, prêmio Nobel de Literatura, mostra que o que existe não é uma só verdade, mas pontos de vista diversos, muito longe da verdade absoluta.
Rever nossas perspectivas, enfrentar o grandioso desafio de se conhecer, mostrar as incoerências com relação à maturidade, um grande desafio a responder.
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LIVROS | UMA GRANDE AVENTURA
Mirian Goldenberg é escritora com
mais de 90 mil exemplares vendidos. É
doutora em Antropologia Social pelo
Museu Nacional da Universidade Federal
do Rio de Janeiro (UFRJ). É Professora
Titular do Departamento de Antropologia
Cultural e do Programa de Pós-graduação
em Sociologia e Antropologia
do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais
(IFCS) da UFRJ. É colunista, desde
2010, da Folha de S.Paulo. Também é
professora convidada da Casa do Saber
do Rio de Janeiro.
cidades. A partir de entrevistas, observações
e pesquisa bibliográfica, o livro identifica sofrimentos
e preconceitos ligados ao envelhecimento
– e, principalmente, apresenta alternativas
individuais e sociais para a construção
de uma bela velhice. Um livro para todos que
sabem que a antiga e rígida associação de “velhice”
com incapacidades, doenças e fragilidades
já não corresponde à experiência de um
número crescente de “velhos” lindos.