Revista Sampa Edição N 32 Novembro
Evandro Melo,o cavaquinista compositorO dom artístico é hereditário na famíliado músico mineiropor: Erick EduardoEvandro Melo é de Belo Horizonte, Minas Gerais e conta queveio de uma família musical. Seu pai era violonista de umconjunto de choro e seus irmãos por sua vez também tocamchoro. Evandro que gosta muito do gênero, que já se aventurouem grupos de choro, fazendo cavaco de centro e se declaraautodidata, nunca estudou musica e tocou “apenas ouvindo”.Ele diz que foi o samba que lhe pegou de fato! Aos 14 anosmontou com alguns de seus amigos, um grupo de samba epagode na comunidade onde nasceu e foi criado, o Morro dasPedras, na zona oeste de Belo Horizonte.Ele também foi convidado para tocar cavaco em outrasbandas, passou por várias formações, compôs com os amigose participou de concurso s e festivais de musica. Algumasde suas canções compostas são cantadas até os dias de hojenas rodas de samba e pagode da capital mineira.Segundo ele, a pandemia atrapalhou demais a vida dos músicosem gerais, ainda mais do pessoal que depende diretamentedo dinheiro dos shows, pois eles estão passando por apertospor lá. Evandro diz que Belo Horizonte não tem muitascasas de show e as poucas que tem, não estão podendofuncionar em sua capacidade máxima. “Enfim, tá complicado”,completa ele.Em relação ao Festival da Rádio Sampa, Evandro confessa quefoi uma grata surpresa quando viu na página Anderson Tobias,seu amigo e parceiro, vários dons inscritos e concorrendo. Eleainda elogiou o trabalho com a canção de Anderson e tambémdisse que a presença especial do Mestre Bocatto no trombone,deu mais vida e “temperou” de forma agradável a canção.Para ele ser sambista hoje no Brasil é algo complicado, aindamais em Belo Horizonte, por questões de visibilidade e venderesse produto para todo o país é algo bem difícil. Por mais quese tenham ótimos compositores, intérpretes, músicos geniais,estúdios de gravação bem montados com profissionais gabaritados,a distribuição do que se produz aqui é o que deixa adesejar.Ele diz que trabalhar com cultura de raiz no Brasil hoje em diaé uma barra e que a galera consome o que é comercial, comoas musicas com refrões fáceis pra curtir nas baladinhas nosfinais de semana e nada de músicas que trazem informação,instrução, reflexão e etc.“Desejo sorte a rádio sampa neste projeto superespecial e quetenham mais canções de Compositores de BH nas paradas(risos).”As experiências e desafios na carreira de Walmir de OliveiraO dom musical despontou com apenas 8 anospor: Victoria ViannaNascido em 11 de maio de 1972, na cidade de Guarulhos, São Paulo, Walmir de Oliveira foi um dos finalistas do 1°FestivalSamba e Pagode, da Rádio Sampa, com a música “Viver em Função de Te Amar”.Aos 8 anos de idade, Walmir já se destacava por sua afinação no coro da escola onde estudava. A carreira como cantorinicia-se em sua adolescência, quando fez parte de um grupo amador, e, ao descobrir seu talento musical, começa a seinteressar e estudar música.Foi então que o cantor começou a trabalhar como vocalista em grupos de samba e pagode. Um dos grupos em queteve passagem foi o Nova Safra, onde, em 2002, através da música “Chega Mais Feijão da Dona Vicentina”, o cantorparticipou do 1°Festival de Novos Talentos, realizado pela Rádio Transcontinental FM. O Pout Pourri alcançou o primeirolugar entre as mais tocadas da emissora por mais de dois meses.Carreira solo e seus desafiosDentro dos 33 anos de experiência, Walmir já trabalhou emdiversas áreas da música, uma delas, foi ser intérprete deescolas de samba do município de Guarulhos. O cantorpassou por diversas agremiações, mas em 2016, representandoa Tok Final Pimentas, foi premiado com o TroféuSururu no Samba como Melhor Intérprete. Além disso,cantou também no Afoxé Kaomy Olhos de Xangô e no BlocoTrês Rosas.Walmir também trabalhou em outros Carnavais. Na cidadede Joaçaba, localizada na região meio oeste de Santa Catarina,foi intérprete da escola de samba Aliança e, em SãoPaulo, atuou na tradicional agremiação Flor de Vila Dalila.O cantor então segue na carreira solo e explora seu ladoromântico com a música “Viver em Função de Te Amar”, umacomposição de Flávio Sampaio com a produção e arranjo deFabio Negrão e Naldo de Souza. Em 2017, participou pelasegunda vez de um evento promovido pela Rádio Transcontinental,no 1° Festival de Samba e Pagode. Walmir concorreucom este samba e foi o único cantor solo entre 13 osfinalistas, percebendo então que deveria continuar nestecaminho.Para o músico, seu maior desafio da carreira é encontraruma parceria, ou seja, empresário, que acredite em seuprojeto e auxilie na divulgação de sua marca. Como conselhopara quem está começando agora na música, Walmir dizque procurar um empresário pode ser um dos objetivos,mesmo sendo uma tarefa difícil. Além disso, o cantor sugestionacomo primeiro passo o autoconhecimento, ou seja,encontrar seus pontos fortes e fraquezas, trabalhando bemessas áreas, porém dando ênfase no lado positivo.Participação no 1°Festival Samba e Pagodeda Rádio Sampa e projetos para 2021Em outubro de 2020, Walmir e mais 3 artistas foram finalistasdo 1°Festival Samba e Pagode, da Rádio Sampa projetocriado com o objetivo de incentivar a cultura musical e divulgarnovos grupos. O cantor afirma que foi muito legal edivertido participar de uma disputa online, pois nunca tinhavisto algo parecido. Para 2021, Walmir tem um projeto emandamento: o lançamento de seu CD e outras novidades,trazendo inovação e criatividade ao seu público.
- Page 1 and 2: Edição nº 32Novembro / 2020SAMPA
- Page 4: SumárioAnderson Tobias,o campeão
- Page 8: Alcançando novos voosO concurso de
- Page 14: Mauro Amorim, o autodidata no viol
- Page 18: Alisson do Banjo, o mineiro sambist
- Page 22: O ritmo é o cotidiano doDJ Bitta,
- Page 26: O Sambista de Cristo, pastor Aguina
- Page 30: O gracioso olhar de palavras expres
Evandro Melo,
o cavaquinista compositor
O dom artístico é hereditário na família
do músico mineiro
por: Erick Eduardo
Evandro Melo é de Belo Horizonte, Minas Gerais e conta que
veio de uma família musical. Seu pai era violonista de um
conjunto de choro e seus irmãos por sua vez também tocam
choro. Evandro que gosta muito do gênero, que já se aventurou
em grupos de choro, fazendo cavaco de centro e se declara
autodidata, nunca estudou musica e tocou “apenas ouvindo”.
Ele diz que foi o samba que lhe pegou de fato! Aos 14 anos
montou com alguns de seus amigos, um grupo de samba e
pagode na comunidade onde nasceu e foi criado, o Morro das
Pedras, na zona oeste de Belo Horizonte.
Ele também foi convidado para tocar cavaco em outras
bandas, passou por várias formações, compôs com os amigos
e participou de concurso s e festivais de musica. Algumas
de suas canções compostas são cantadas até os dias de hoje
nas rodas de samba e pagode da capital mineira.
Segundo ele, a pandemia atrapalhou demais a vida dos músicos
em gerais, ainda mais do pessoal que depende diretamente
do dinheiro dos shows, pois eles estão passando por apertos
por lá. Evandro diz que Belo Horizonte não tem muitas
casas de show e as poucas que tem, não estão podendo
funcionar em sua capacidade máxima. “Enfim, tá complicado”,
completa ele.
Em relação ao Festival da Rádio Sampa, Evandro confessa que
foi uma grata surpresa quando viu na página Anderson Tobias,
seu amigo e parceiro, vários dons inscritos e concorrendo. Ele
ainda elogiou o trabalho com a canção de Anderson e também
disse que a presença especial do Mestre Bocatto no trombone,
deu mais vida e “temperou” de forma agradável a canção.
Para ele ser sambista hoje no Brasil é algo complicado, ainda
mais em Belo Horizonte, por questões de visibilidade e vender
esse produto para todo o país é algo bem difícil. Por mais que
se tenham ótimos compositores, intérpretes, músicos geniais,
estúdios de gravação bem montados com profissionais gabaritados,
a distribuição do que se produz aqui é o que deixa a
desejar.
Ele diz que trabalhar com cultura de raiz no Brasil hoje em dia
é uma barra e que a galera consome o que é comercial, como
as musicas com refrões fáceis pra curtir nas baladinhas nos
finais de semana e nada de músicas que trazem informação,
instrução, reflexão e etc.
“Desejo sorte a rádio sampa neste projeto superespecial e que
tenham mais canções de Compositores de BH nas paradas
(risos).”
As experiências e desafios na carreira de Walmir de Oliveira
O dom musical despontou com apenas 8 anos
por: Victoria Vianna
Nascido em 11 de maio de 1972, na cidade de Guarulhos, São Paulo, Walmir de Oliveira foi um dos finalistas do 1°Festival
Samba e Pagode, da Rádio Sampa, com a música “Viver em Função de Te Amar”.
Aos 8 anos de idade, Walmir já se destacava por sua afinação no coro da escola onde estudava. A carreira como cantor
inicia-se em sua adolescência, quando fez parte de um grupo amador, e, ao descobrir seu talento musical, começa a se
interessar e estudar música.
Foi então que o cantor começou a trabalhar como vocalista em grupos de samba e pagode. Um dos grupos em que
teve passagem foi o Nova Safra, onde, em 2002, através da música “Chega Mais Feijão da Dona Vicentina”, o cantor
participou do 1°Festival de Novos Talentos, realizado pela Rádio Transcontinental FM. O Pout Pourri alcançou o primeiro
lugar entre as mais tocadas da emissora por mais de dois meses.
Carreira solo e seus desafios
Dentro dos 33 anos de experiência, Walmir já trabalhou em
diversas áreas da música, uma delas, foi ser intérprete de
escolas de samba do município de Guarulhos. O cantor
passou por diversas agremiações, mas em 2016, representando
a Tok Final Pimentas, foi premiado com o Troféu
Sururu no Samba como Melhor Intérprete. Além disso,
cantou também no Afoxé Kaomy Olhos de Xangô e no Bloco
Três Rosas.
Walmir também trabalhou em outros Carnavais. Na cidade
de Joaçaba, localizada na região meio oeste de Santa Catarina,
foi intérprete da escola de samba Aliança e, em São
Paulo, atuou na tradicional agremiação Flor de Vila Dalila.
O cantor então segue na carreira solo e explora seu lado
romântico com a música “Viver em Função de Te Amar”, uma
composição de Flávio Sampaio com a produção e arranjo de
Fabio Negrão e Naldo de Souza. Em 2017, participou pela
segunda vez de um evento promovido pela Rádio Transcontinental,
no 1° Festival de Samba e Pagode. Walmir concorreu
com este samba e foi o único cantor solo entre 13 os
finalistas, percebendo então que deveria continuar neste
caminho.
Para o músico, seu maior desafio da carreira é encontrar
uma parceria, ou seja, empresário, que acredite em seu
projeto e auxilie na divulgação de sua marca. Como conselho
para quem está começando agora na música, Walmir diz
que procurar um empresário pode ser um dos objetivos,
mesmo sendo uma tarefa difícil. Além disso, o cantor sugestiona
como primeiro passo o autoconhecimento, ou seja,
encontrar seus pontos fortes e fraquezas, trabalhando bem
essas áreas, porém dando ênfase no lado positivo.
Participação no 1°Festival Samba e Pagode
da Rádio Sampa e projetos para 2021
Em outubro de 2020, Walmir e mais 3 artistas foram finalistas
do 1°Festival Samba e Pagode, da Rádio Sampa projeto
criado com o objetivo de incentivar a cultura musical e divulgar
novos grupos. O cantor afirma que foi muito legal e
divertido participar de uma disputa online, pois nunca tinha
visto algo parecido. Para 2021, Walmir tem um projeto em
andamento: o lançamento de seu CD e outras novidades,
trazendo inovação e criatividade ao seu público.