Héracles

Do sofrimento à sofrência
A influência do romantismo é gigantesca, podendo até ser identificada no gênero
musical que vem para nos entreter em tempos de crise – referente à pandemia ou ao
coração partido.
Com a contenção e o isolamento social, crescem as ‘lives’ musicais dos cantores
sertanejos. Em meio a tanto desespero e mensagens ao ex, cabe uma reflexão sobre as
origens do sentimento romântico, assim como suas diversas influências na atualidade.
Este texto terá seu foco na 2ª geração do romantismo, ou geração
ultrarromântica. As influências dos outros períodos do movimento também são fortes,
por exemplo a presença da canção do exílio no nosso hino (Primeira Geração), ou as
reflexões sociais que podem ser encontradas no rap e hip-hop cujos temas podem ser
comparados aos da última fase do movimento. Contudo, os conceitos da noção popular
do romântico são resultado primariamente da geração de Byron – o sofrimento, o blasé
e a idealização da mulher como perfeita.
A POESIA
O movimento conseguiu
transformar o seu nome em sinônimo
do amor que transcende a atração física.
A sua poesia deu forma a um
sentimento presente desde o início da
humanidade, e com isso virou
representante dessa emoção, vulgo o
adjetivo “romântico”. São incontáveis as
letras de músicas que abordam os
mesmos temas que o romantismo, e são
inúmeras as que apresentam
características suficientes (como o
sofrimento, o desejo, o amor platônico
ou o coração partido) para serem
classificadas dentro do movimento, caso
fossem publicadas na época. Os
cantores sertanejos, por exemplo, com
certeza eram ávidos membros do
romantismo em uma vida passada.
Uma qualidade que a música
sertaneja não tem em comum com o
movimento, entretanto, é a melancolia.
Essa é absorvida em outros gêneros
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