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Alimentação sustentável em sala de aula

A edição 2019 de nosso projeto Olha a Gente Aqui deu frutos! Taí a nossa Cartilha para ajudar professores e estudantes a compartilharem nossas atividades dentro das salas de aula. Acesse, compartilhe e conta aqui o que você achou da iniciativa.

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ALIMENTAÇÃO

SUSTENTÁVEL, SIM!

Uma proposta didática

envolvendo comida,

afetos e tecnologia da

comunicação, que vai

sacudir a monotonia

alimentar da sua turma

Desperdício

de alimentos,

não!

Nem na escola,

nem em lugar nenhum

1


2


Caro(a) Professor(a),

De forma atrativa e facilmente aplicável no

cotidiano escolar, o Projeto trouxe para as

salas de aula…

a urgência do combate ao desperdício de

alimentos nas escolas;

o potencial das hortas escolares

como ferramenta pedagógica e para a

conscientização de nossos alunos;

o senso crítico em relação à formação

de um imaginário estético relacionado à

alimentação, que resulta no descarte de

toneladas de alimentos “feios”;

um alerta à monotonia alimentar que nos

rodeia, em contraste com a rica diversidade

brasileira;

o uso das Panc’s (plantas alimentícias não

convencionais);

reflexões sobre nossos hábitos de consumo,

para um processo de conscientização que

começa com a mudança de atitude de cada

um… e da turma toda.

A foto ao lado foi feita pelo Coletivo de jovens do

Projeto Olha a Gente Aqui, durante os encontros de

Macrofotografia. Acima, oficina de Pancs.

A alimentação envolve muito mais do que a

satisfação de uma necessidade biológica. Ela também

está relacionada a outras dimensões da vida,

como a construção de afetos, de memórias, as relações

sociais estabelecidas em torno de uma mesa,

a cultura gastronômica local, a situação socioeconômica,

o ritmo de vida e tantas outras condições.

Por isso, falar de alimentação, apesar de complexo,

é fundamental para nosso bem-estar.

Com esta proposta, o Projeto Olha a Gente

Aqui implementou, em 2019, uma edição voltada

à alimentação sustentável, com oficinas e atividades

que aconteceram ao longo do ano letivo em seis escolas

de Campinas (SP), em turmas de EFII e EM.

Elas foram criadas para estimular a reflexão

sobre os hábitos alimentares da vida contemporânea,

aproveitando as Tecnologias da Informação e

da Comunicação (TICs), como a fotografia, o vídeo

e as mídias sociais, para se discutir esse tema na

escola, entre os amigos, gestores e familiares.

Afinal, atuar didaticamente com o que comemos

vai muito além das refeições. Por isso produzimos

esse guia, para você levar para

a sala de aula, de forma atrativa e facilmente

aplicável, toda a cultura que cerca

esse ato, novos sabores, estímulos à mudança

de hábitos, questionamentos a padrões de consumo.

Tudo tendo as TICs como grandes aliadas. Enfim, é

tudo aquilo que seus alunos gostam… e merecem.

3


4


Sumário

01. Sensibilização

02. Nossos hábitos,

em fotos e vídeos

06

08

03. A cultura do desperdício

Dados e números

Prontos pro debate

O vídeo na escola

04. Superfoco na comida:

a macrofotografia

12

18

22

05. Comer com os olhos

A construção da imagem

Memes

Um, dois… feijão com

arroz. A comida preferida

dos brasileiros pelas

lentes das turmas do

Olha a Gente Aqui.

06. Outras comidas e o tédio alimentar

As Panc’s

Monotonia alimentar

Monocromia alimentar

26

07. Fatos & fotos: educação midiática

08. Horta escolar:

vale a pena ter uma

34

5

32


6

O que queremos?

Que os estudantes reflitam sobre seus

hábitos alimentares e os afetos envolvidos

no ato de cozinhar e se alimentar.


Sensibilização 1

Objetivo:

Estimular a pesquisa e a curiosidade em relação a

assuntos que tratam da nossa alimentação.

Os alimentos e seus afetos

A etapa de sensibilização para os tema da alimentação

sustentável e do desperdício de alimentos

começa pelos sentidos e envolve os afetos compreendidos

no ato cotidiano de se alimentar.

O primeiro passo é convidar cada jovem a

escrever ou desenhar no papel:

A partir do que for apontado, leve os alunos, por

meio de algumas perguntas provocadoras, a

refletirem sobre construção de hábitos alimentares,

influências socioeconômicas, culturais e midiáticas

sobre nossos hábitos, papéis de gênero relacionados,

o poder da indústria e da mídia, impactos na

saúde e no meio ambiente etc.

Evite colocar juízo de valor em seus comentários,

deixando que cada aluno expresse sua opinião

sem qualquer constrangimento. Essa jornada ajudará

para que muitos revejam hábitos e conceitos.

1. O seu prato predileto.

2. Quem prepara esse prato.

3. Que sentimentos, lembranças,

emoções esse prato lhe traz.

Para ajudar, sugerimos algumas

perguntas para o debate:

Por que vocês gostam desses pratos?

Por que a comida tem esse poder de nos trazer

lembranças e sentimentos?

Em seguida, peça para os estudantes compartilharem

entre si o que colocaram no papel. Forme uma

roda de conversa na qual eles possam, espontaneamente,

comentar sobre o que escreveram ou

desenharam.

Considerando que alimentação é algo tão

importante na nossa vida, vamos pensar um

pouco nos nossos hábitos alimentares. Quais as

influências que vocês sofreram na construção de

seus hábitos alimentares?

Como a mídia influencia nossos hábitos

alimentares? Em geral, essa influência promove

uma dieta mais saudável ou menos saudável?

7


8

O que queremos?

Que a partir das linguagens

audiovisual e fotográfica, os

estudantes reflitam sobre as várias

dimensões da alimentação.


Nossos hábitos, em fotos e vídeos

2

Objetivo:

Articular a temática da alimentação à experimentação

das linguagens multimídia, em especial o vídeo

e a fotografia.

Agora que todos compartilharam seus pratos favoritos,

as pessoas envolvidas, os afetos que aquela

comida despertou, proponha que documentem

em suas casas e na escola, em fotografias

e vídeos curtos de celular, diversos

aspectos que envolvam a ato de se alimentar.

Por meio da Fotografia:

Peça para fotografarem em casa (ou na escola): o

que comem; o que há na geladeira; frutas e legumes

usados no dia a dia; se há horta, vasinho com

ervas, quintal com árvores frutíferas etc.

Cenas cotidianas podem ser exploradas em

fotos e vídeos feitos pelo celular, para os

estudantes começarem a perceber que o

hábito alimentar é antes de tudo cultural e está

relacionado com o ambiente que o cerca.

Incentive os alunos a mostrarem e descreverem o

que fotografaram, conectando as descobertas

à diversidade de hábitos alimentares

entre os estudantes da classe.

Alargue os horizontes, propondo uma pesquisa sobre

hábitos alimentares de outros países e regiões.

Provoque o debate: O que se come nos países com

inverno rigoroso? E nos países quentes? Você come

o mesmo que seus avós comiam? O que mudou?

9


Nossos hábitos, em fotos e vídeos

Por meio do Audiovisual:

Peça para os jovens entrevistarem, em casa ou na

escola, alguns colegas e parentes sobre qual(is)

prato(s) trazem as melhores lembranças

e sentimentos, e por quê. Ele podem

fazer isso usando seus próprios celulares (veja

as dicas na pág. 17).

Passe os filmes em classe e faça uma roda de conversa

para que todos possam comentar o que descobriram

e responde à seguinte pergunta: “Por

que a comida tem esse poder de nos

trazer lembranças e sentimentos?”.

Nas fotos ao lado, vemos que a captação de áudio dos vídeos

do Projeto foi feita com microfone, mas você pode substituílos

por um celular com fone de ouvido – alguns fones têm um

microfone embutido que pode ajudar nas entrevistas.

Para orientá-los, exiba os vídeos

feitos por jovens de duas escolas

participantes do Projeto Olha a Gente Aqui.

Os vídeos estão disponíveis nos links abaixo:

E. E. Benedita Wutke:

https://vimeo.com/354044814

E. E. Jamil Gadia:

https://vimeo.com/376697824

10


Observe que as fotos e os vídeos produzidos pelos

estudantes ilustram várias questões socioculturais

que permeiam o tema da alimentação, permitindo

uma visão bastante abrangente.

São questões geracionais (“nossos avós comiam

melhor do que nós, eles comiam mais verduras

e legumes”); temporais (“hoje minha mãe não

tem tanto tempo para preparar comida”) ou culturais,

como aspectos de uma sociedade patriarcal

que se revelam em comentários como este, por

exemplo: “churrasco é sempre meu pai que faz,

todo o resto na cozinha é minha mãe”.

Essas questões, além de sensibilizar para o tema de

uma alimentação mais consciente, ilustram como o

ato de se alimentar incorpora várias dimensões da

vida, não ligadas só à saúde. Mediados pelas perguntas

e comentários, os estudantes podem evoluir

em seu processo reflexivo, de forma

a construírem uma compreensão mais complexa da

alimentação, questionando os próprios hábitos ou

observando que uma simples frase como “em casa,

a cozinha é de minha mãe e avó” pode ser, na verdade,

ilustrativa de uma sociedade com papéis de

gênero bem definidos – mas que se encontram hoje

sob profundo questionamento.

A partir da análise do que se

come cotidianamente na escola,

podemos fazer um comparativo

com que nós comemos em casa,

ou com o que nossos pais ou

avós comiam.

11


12

O que queremos?

Debater a cultura do

desperdício de alimentos,

a partir de vídeos e da

experimentação audiovisual.


A cultura do desperdício: 4 abordagens 3

Objetivo:

Refletir sobre a cultura do desperdício de alimentos

a partir de várias abordagens: exibição de um filme

seguido de debate e experimentação audiovisual.

O filme Cultura do Desperdício, uma produção

de 2017 do Canal GNT com 52 minutos de duração,

pode ser uma ótima introdução para tratar o

tema do desperdício alimentar e chamar a atenção

dos alunos para esse problema.

Direcione à turma algumas perguntas,

com o objetivo de provocar um debate inicial e sondar

as expectativas em relação ao filme:

Qual é o impacto do cartaz?

O que consideramos por “consciente”?

O que entendemos como “desperdício”?

Quais são os elementos presentes no cartaz?

Destaque para a turma a presença dos resíduos, a

referência à força de trabalho envolvida na sua coleta,

a ideia de que desperdiçamos recursos e que

isso faz parte de uma cultura já introjetada na nossa

prática cotidiana e no modo da sociedade funcionar,

bem como a ideia da necessidade de mudança.

Etapa 1: Antes do filme:

O exercício pode começar até mesmo antes de assistir

ao filme, por meio da análise do cartaz

do filme (imagem acima). Nele observamos um

globo terrestre, formado por uma grande quantidade

de lixo, um coletor com dois sacos nas mãos, o

título “Cultura do desperdício” e a frase “Por uma

sociedade mais consciente”.

Quando o debate chegar a esse ponto, essas perguntas

deixarão a turma pronta para a sessão:

Apenas a consciência basta?

O que é possível fazer para mudar esse panorama?

Outros vídeos sobre o assunto:

• Desperdício de Alimentos - Akatu e

Fundação Cargill:

https://youtu.be/eLq3GzSDnZc

• Desperdício nas Escolas - Olha a Gente Aqui:

https://vimeo.com/385329906/323cceb5ce

13


A cultura do desperdício: dados e números

Etapa 2. Sessão pipoca

Assista ao filme Cultura do Desperdício junto com

os estudantes. Está disponível no link:

https://globosatplay.globo.com/gnt/v/6834139/

Que tal também combinar com a turma do refeitório

e oferecer, de surpresa, um saquinho de pipoca

para cada espectador? Só não se esqueça de disponibilizar

um saco de lixo, para que a lição de casa

comece na própria sala de aula!

Antes de assistir, lance para a turma

alguns dados importantes, tais como:

Mais de 30% de toda a comida produzida

no mundo vai parar no lixo

Esse desperdício ocorre nas várias cadeias envolvidas:

produção, transporte, venda e consumo, em

restaurantes ou residências. Atualmente, isso equivale

a cerca de 1,6 bilhão de toneladas de alimentos

jogados no lixo. Ou, em valor monetário, mais

de US$ 1 trilhão – quase o PIB de toda a Espanha.

Fontes: Manual do Educador #Sem Desperdício, da Embrapa

(disponível no site www.embrapa.br; e Alimentação em Foco

(www.alimentacaoemfoco.org.br).

No mundo, 1,6 bilhão de toneladas de

alimentos são desperdiçados por ano.

Para se ter uma ideia do que representa essa quantidade

de alimentos, essa comida daria para encher

quase 12 milhões de aviões. E metade disso já seria

suficiente pra matar a fome real do mundo.

Segundo a ONU, no mundo cerca de

820 milhões de pessoas passam fome

todos os dias. Dessas, 5,2 milhões vivem

no Brasil.

Lembre-se: reduzir o desperdício de

alimentos é uma das metas dos Objetivos

do Desenvolvimento Sustentável

(ODS), da ONU.

A Organização das Nações Unidas (ONU) prevê,

como meta da Agenda 2030, “reduzir pela metade

o desperdício de alimentos per capita mundial, nos

níveis de varejo e do consumidor, e reduzir as perdas

de alimentos ao longo das cadeias de produção

e abastecimento, incluindo as perdas pós-colheita”.

14


A cultura do desperdício: prontos pro debate

Etapa 3. O debate

Após a exibição, a discussão deve se ampliar, reconhecendo

junto com os alunos as diferentes áreas

que atravessam o tema: economia, trabalho, políticas

públicas, alimentos, ética, história, cultura etc.

Ouça com atenção as impressões e

opiniões dos alunos, identificando as informações

que já possuíam anteriormente e o que foi

novo para eles.

Identifique também se há preocupação com

o combate ao desperdício, na escola ou

em suas casas, e se essa questão acompanha a

rotina alimentar dos jovens e de suas famílias.

Algumas perguntas norteadoras

para o debate:

O que é a “cultura do desperdício” que dá título

ao filme?

O filme defende “uma sociedade mais

consciente”. Quais são os argumentos do filme

neste sentido?

Os realizadores defendem uma visão por meio

da obra? Podemos percebê-la na seleção de

depoimentos, edição, imagens, etc.?

Como o filme constrói sua argumentação?

Que imagens e sons foram mais marcantes?

Como são as leis de doação de alimentos e

como o Estado interfere nessa questão?

Quais caminhos o documentário aponta para

enfrentar o desperdício?

Para as sessões de cine-debate, pode-se

aproveitar os momentos das culminâncias, ou

então dos diferentes eventos organizados pelas

escolas, como as feiras de profissões. Ao unir

um público maior, há mais interesse dos alunos

em compartilhar suas experiências.

15


A cultura do desperdício: o vídeo na escola

Objetivo:

Produção de roteiros e gravação de vídeos curtos

no ambiente escolar sobre desperdício zero.

A partir da discussão do filme, proponha que os

alunos criem uma situação “prática” para articular

a temática do desperdício de alimentos com a

linguagem audiovisual. Mas, antes, assista

com a turma alguns dos vídeos realizados

por alunos de escolas públicas

de Campinas durante as oficinas do Projeto

Olha a Gente Aqui. Eles servirão como inspiração

para seus alunos pensarem suas produções.

Não ao Desperdício (2019), E.E. Eliseu Narciso.

https://vimeo.com/374772250

Rotina Escolar (2019), E.E. Vitor Meireles.

https://vimeo.com/354007525

De frente com Larissa (2019), E.E. Dom João

Nery. https://vimeo.com/365315574

Enriqueça o debate com a exibição do documentário

Desperdício de Alimentos (2016), produzido

pelo Instituto Akatu e pela Fundação Cargill:

https://www.youtube.com/watch?v=eLq3GzSDnZc

Preparação do roteiro

Sugira que, para a aula seguinte, os alunos pesquisem

– em sites oficiais e em fontes confiáveis

– pontos como:

• desperdício de alimentos

• cadeia de produção de alimentos

• distribuição de alimentos

• cultura da fartura

• prato cheio

• comida no lixo

• desperdício em escolas

• alimento vencido

Em sala de aula, separe-os em grupos e proponha

a produção de uma campanha em vídeo

com o tema “Desperdício Zero”.

Cada grupo deverá imaginar que trabalha na Secretaria

de Segurança Alimentar de sua cidade e

que está realizando uma ação de conscientização

para o combate ao desperdício de alimentos

e para a redução de resíduos orgânicos.

Peça que cada grupo crie um roteiro de perguntas

abordando as várias facetas do desperdício

de alimentos. No exercício, os alunos podem

entrevistar funcionários da escola, professores,

nutricionistas, merendeiras e os próprios colegas.

16


Dicas básicas para uso

do vídeo em sala de aula

EQUIPAMENTO: use e abuse dos celulares. Hoje

eles já possuem recursos bem avançados, práticos

e intuitivos. E cada vez mais e mais alunos sabem

como trabalhar bem com eles. Aprenda com eles.

E dê espaço para seus alunos ensinarem.

Gravando!

Para facilitar, sugira aos grupos que façam seus vídeos

realizando os cortes diretamente na câmera;

ou seja, gravando os planos e cenas do vídeo na

ordem em que será exibido. Por isso, é importante

ter planejado o roteiro antecipadamente.

Organize a saída dos grupos para captação de

imagens, combinando um horário para retorno à

sala. Mas antes compartilhe com a turma algumas

dicas básicas de gravação.

>>>

Por fim, providencie a publicação no Blog e nas redes

sociais da escola e incentive a todos postarem

em suas próprias redes sociais.

Compartilhe mais! Você também pode enviar o

vídeo produzido por sua turma para o site do Projeto

Olha a Gente Aqui (www.projetoasas.com.br/

olhaagenteaqui). Será excelente poder mostrar a

experiência da sua turma aos outros estudantes

participantes desse projeto! Para isso, é só enviar

para o e-mail: olhaagenteaqui@gmail.com.

ILUMINAÇÃO: evite gravar em lugares escuros

ou no contraluz. Encontre um lugar iluminado e no

qual o rosto da pessoa entrevistada receba luz,

como a luz proveniente de uma janela.

ESTABILIZAÇÃO: antes de começar a gravar, é

preciso estabilizar a câmera. Se não tiver um tripé

ou um monopé, isso pode ser facilmente feito com

a própria mão, apoiada ou encostada num lugar

fixo.

ÁUDIO: sempre que possível, aproxime-se do

entrevistado. Na falta de um microfone, é possível

usar o fone de ouvido do celular, muitos já vêm

com um microfone embutido.

ANGULAÇÃO: chegue com a câmera perto da

pessoa para gravar e faça testes antes. Evite

ficar dando zoom, o que pode gerar uma imagem

tremida. O importante é a estabilidade da imagem.

POSIÇÃO: Grave na posição horizontal. Essa

questão é importante, não só pela estética, mas

também para padronizar as imagens.

MEMÓRIA: verifique antes a memória disponível

no celular para a gravação de vídeos, que em geral

são mais pesados.

17


O que queremos?

Pensar a alimentação de

uma forma muito divertida:

a partir da Macrofotografia!

Com alguns tubérculos, frutas e legumes

coloridos, tendo a horta da escola (ou outro

espaço escolar) como cenário, sua turma pode

fazer produções fotográficas bem criativas.

18


Superfoco na comida: a macrofotografia

4

Objetivo:

Praticar a técnica de macrofotografia a partir do

conceito de alimentação sustentável.

Um modelo de produção de alimentos sustentável

é fundamental para garantir a segurança

alimentar e nutricional de uma população,

o que pressupõe produzir e consumir alimentos

respeitando o meio ambiente, sem agrotóxicos

que afetem a saúde dos consumidores, sem

práticas nocivas aos trabalhadores do campo e da

indústria e sem maus-tratos aos animais.

DE OLHO NOS CONCEITOS:

ALIMENTAÇÃO SUSTENTÁVEL - composta

por produtos de uma cadeia de valor ético e

responsável, que respeite o meio ambiente, os

recursos naturais e as comunidades.

As fotos desta página foram feitas com câmeras

semiprofissionais, mas você obtém o mesmo

efeito a partir de celulares. Para tanto, basta

chegar perto do objeto a ser fotografado, focar

com cuidado e clicar.

ALIMENTAÇÃO SEGURA - feita com alimentos

produzidos corretamente e que sejam

próprios para o consumo.

ALIMENTAÇÃO ACESSÍVEL - disponível ao

alcance físico e financeiro de todos.

Fonte: https://alimentacaoemfoco.org.br/

19


Superfoco na comida: a macrofotografia

Após os filmes e os debates que certamente enriqueceram

o repertório de toda a turma, como visto

no Capítulo 3, bem como os primeiros vídeos

produzidos pelos alunos sobre hábitos alimentares

e desperdício de alimentos, proponha a seus alunos

experimentarem outra linguagem visual igualmente

impactante: a Macrofotografia.

>>>

Uma ajudazinha dos

aparelhos atuais

Hoje praticamente todas as câmeras de smartphones

e as câmeras compactas digitais conseguem

produzir fotos a partir de uma distância de 2 centímetros

dos objetos fotografados. É a isso que es-

Um conceito

A Macrofotografia é o ramo da fotografia

destinado a fotografar minúsculos detalhes,

muitas vezes invisíveis a olho nu, existentes

em pequenos objetos ou seres vivos.

Esses detalhes podem ser capturados por

meio da fotografia microscópica ou então, de

forma mais simples, fotografando o objeto a

partir de uma distância muito pequena – recurso

que, hoje, as câmeras dos smartphones já

nos permitem experimentar.

tamos chamando de Macrofotografia, uma técnica

fotográfica que nos permite analisar pequenos objetos,

ou então pequenos detalhes de objetos – como

se os observássemos por meio de uma lupa. Assim,

pequenos insetos e plantas, por exemplo, surgem

com características e texturas surpreendentes, que

não poderiam ser percebidas a olho nu.

Os estudantes podem trazer miniaturas para

serem fotografadas e ainda improvisar cenários,

como este criado em pneus que fazia parte da

horta escolar. É soltar a criatividade.

20


Outro recurso interessante da Macrofotografia é a

possibilidade de se criar um estúdio fotográfico em

um pequeno espaço, que pode ser uma folha de

papel sulfite ou até mesmo a folha de uma planta

(como nas fotos aqui em cima). Com isso, torna-se

possível montar cenários usando folhagens, frutas,

insetos e miniaturas humanas – como aquelas miniaturas

utilizadas em maquetes de arquitetura.

Se houver uma horta na

escola, ou qualquer outra

área verde, também pode se

constituir em excelente cenário

para uma foto de impacto.

Finalizadas as fotos, um desdobramento possível é

propor, a partir delas, criar cartazes para uma campanha

de conscientização na escola sobre temas

relacionados à alimentação.

21


22

O que queremos?

Refletir sobre a influência midiática

em nossos hábitos alimentares.


Comer com os olhos: construindo imagens

5

Objetivos:

• Analisar a influência midiática na venda e no consumo

de alimentos;

• Abordar o desperdício motivado pelo descarte de

alimentos considerados “feios”.

Etapa 1. A estética dos alimentos

Exiba fotografias de fast food e de propagandas de

alimentos e estimule um debate a partir de

perguntas como estas:

• Essas fotos nos instigam a comer? Como?

Por quê?

• Pense nos produtos que vemos diariamente.

Essas fotos são iguais?

• Alguém aqui já notou alguma diferença

entre os hambúrgueres reais e os das fotos de

uma rede de fast food?

Relacione essas questões com o desperdício de alimentos.

A ideia é, ao expor as técnicas utilizadas

para as fotos desses produtos/alimentos, refletir sobre

como a propaganda ajuda a vender uma imagem

de alimento perfeito, criando um imaginário a

respeito do que deve ser consumido e do que deve

ser descartado.

Dessa forma, desperdiçamos uma quantidade

enorme de alimentos que estão

fora do padrão estético criado pela propaganda,

mas que se encontram em perfeitas

condições de consumo. Esse descarte é feito tanto

pelos produtores e comerciantes (que selecionam os

mais vendáveis), quanto pelo consumidor (que deixa

de comprar produtos com pequenas imperfeições).

Junto com os alimentos descartados perdem-se os

recursos naturais utilizados na produção, a força de

trabalho, tempo, inteligência etc. A busca por satisfazer

um padrão também faz com que, muitas vezes,

se usem processos antinaturais de produção,

com alto uso de venenos e manipulação genética.

O hambúrguer da foto, na página anterior,

parece apetitoso, não? Na verdade, para

que parecesse mais brilhoso e gostoso, a

turma caprichou nas pinceladas de óleo.

23


Comer com os olhos: a construção da imagem

Etapa 2. Nem tudo é o que parece

Apesar do consumo de um alimento estar basicamente

ligado aos sentidos do paladar e do olfato,

curiosamente o aspecto visual é determinante na

nossa escolha e no julgamento se ele é bom para

ser consumido ou não. Mais do que ser saudável e

apetitoso, um alimento deve parecer que o é. E para

gerar imagens tão apetitosas, a propaganda lança

mão de muitos truques.

Nas oficinas Olha a Gente Aqui foram criadas, em

um pequeno estúdio, as imagens de uma fatia de

bolo e de um hambúrguer. Alguns truques foram

utilizados para obter um melhor padrão estético. O

chantilly era espuma de barbear; o hambúrguer foi

besuntado de óleo para ter brilho...

Que tal propor esse desafio para

a turma: criar imagens falsamente

apetitosas usando esses e outros

truques que podem ser aprendidos a

partir de uma pesquisa na internet?

24

O bolo acima foi produzido a partir de

pedaços de bolo de chocolate comprado

pronto e enfeitados com confeitos e

“chantilly” – na verdade espuma de barbear.


Memes: tire proveito das fotografias produzidas

Etapa 3. Produção de memes

As fotografias feitas nas atividades descritas nos Capítulos

3, 4 e 5 podem certamente servir para produzir

campanhas e peças de conscientização sobre

o combate ao desperdício de alimentos ou sobre a

alimentação no espaço escolar. Essas peças podem

ser divulgadas via redes sociais, e para isso devem

adotar uma linguagem ágil, criativa e bem-humorada.

Para iniciar, analise com os jovens alguns memes

bem populares na internet. Repare como são mensagens

curtas, facilmente memorizáveis, criativas e

atuais. A partir desse referencial, incentive-os a traçar

breves roteiros (em texto ou esboços). Com

o esboço na cabeça, os jovens saem para fotografar.

Depois é só juntar texto e imagem, em qualquer aplicativo

que permita editar imagens, no próprio celular.

O professor pode aproveitar para abordar temas relacionados

a educação midiática, como por

exemplo a confiabilidade das fontes usadas

para a criação dos memes (os dados compartilhados

nos memes originam-se de fontes com credibilidade?),

assim como para problematizar a questão

dos direitos de reprodução na internet

de materiais de terceiros. Apresente aos estudantes

sites como o Creative Commons (https://br.creativecommons.org)

e de banco de imagens com direitos

de uso liberados, como o www.freepik.com.

Um dois, feijão com arroz.

Combinação nutricional perfeita!

Memes são

mensagens virais,

que se propagam

de forma muito

rápida. Os desta

página foram

produzidos nas

oficinas Olha a

Gente Aqui, a partir

de um pequeno

roteiro esboçado

pelos alunos.

25


O que queremos?

Pensar Conhecer juntos as PANC’s por que para a

alimentação poder diversificar deve nossa ser diversa

e alimentação rica, repleta e de reduzir cores o e

sabores. desperdício.

Com PANC’s: alguns organize tubérculos, atividades frutas para e legumes ouvir

coloridos, o que os tendo estudantes a horta conhecem da escola (ou sobre outro

espaço essas escolar) plantas como não cenário, convencionais. sua turma Você pode

fazer pode produções se surpreender. fotográficas bem criativas.

26


Outras comidas e o tédio alimentar

6

Objetivos:

Conceituar e apresentar as PANC’s como uma

das estratégias existentes para ajudar no combate

ao desperdício.

• Conceituar monocromia alimentar e associá-la à

monotonia alimentar.

Etapa 1. O que é PANC?

PANC é o acrônimo para Plantas Alimentícias

Não Convencionais, que são todo tipo

de planta comestível que, por falta de informação e

por hábitos culturais, às vezes não são consumidas

em determinadas regiões, mas podem ser em outras.

Muitas são vistas como mato, mas poderiam

colaborar para tornar nossas refeições mais nutritivas

e variadas.

O vídeo Conheça as Panc, os “matos de comer”

(disponível em https://www.youtube.com/watch?-

v=dkqJ_KeDQs8), da nutricionista Bruna de Oliveira,

pode servir como uma boa introdução ao tema. Talvez

algumas das plantas apresentadas por ela até

sejam conhecidas de alguns alunos da turma. Durante

o Projeto Olha a Gente Aqui, os jovens aprenderam

sobre essas plantas, além de participarem

de oficinas de culinária nas quais diversas PANC’s

foram preparadas em receitas que depois puderam

ser saboreadas em classe.

Saiba mais sobre as PANC’s em:

https://alimentacaoemfoco.org.br/

Três vídeos foram produzidos pelos alunos do

Projeto sobre as PANC’s e podem ser utilizados

em sala de aula para gerar debate:

PANCs na Escola (2019), E.E. Benedita Wutke:

https://vimeo.com/354045112

PANCs (2019), E.E. Vitor Meireles:

https://vimeo.com/354007340

Aula de PANCs (2019). E.E. Dom João Nery:

https://vimeo.com/368389951

27


Outras comidas e o tédio alimentar: o debate

Etapa 2. Debate em sala

Em seguida à exibição dos vídeos, alimente um

debate, levantando alguns questionamentos a

partir das seguintes indagações:

• Quem já tinha conhecimento de alguma

dessas plantas?

• Alguém já as viu plantadas no quintal, em

casa ou na escola?

• Por que as consumimos tão pouco?

• Qual o impacto dessa monotonia alimentar

para nossa saúde e para o meio ambiente?

Durante o debate, pode surgir a oportunidade de

explorar o tema da monotonia alimentar,

ou seja, da pouca diversidade de alimentos em

nossa dieta, e como esta relaciona-se ao enfraque-

cimento da agricultura familiar no país e à perda de

nossa identidade cultural.

Retome as reflexões do Capítulo 4, sobre a construção

das imagens apetitosas, para levar a turma a

pensar sobre todo esse imaginário que se constrói,

com a influência da mídia, sobre o que é alimento.

E de como as PANC’s sofrem com o preconceito,

pois são vistas como mato ou ervas daninhas. No

entanto, muitas delas são nutritivas, como o caso

da beldroega, que possui ômega-3, ou a ora-pronobis,

riquíssima em aminoácidos essenciais.

As PANC’s podem contribuir para uma

alimentação mais equilibrada, com

mais cores e sabores – uma forma estimulante

de quebrar a monotonia alimentar e agregar

outros componentes nutritivos. Elas ainda podem

ajudar no combate à fome e à desnutrição, porque

ocorrem de forma espontânea, em várias regiões do

país e têm grande valor nutricional. Mas é preciso

difundi-las e torná-las populares em nossa alimentação,

sobretudo nos centros urbanos.

Leve algumas PANC’s para os jovens conhecerem: inhame,

abóbora d’água, batata doce, cará moela, ora-pro-nobis,

cúrcuma, cará, vinagreira, bertalha, beldroega, flores de ipê

amarelo, além de talos e folhas de brócolis, rabanetes e

cenouras são opções mais conhecidas.

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Outras comidas e o tédio alimentar: diversidade

Etapa 3. A monotonia alimentar

Uma outra forma de abordar a questão da monotonia

alimentar é incentivar os jovens a falarem

sobre o que comeram no almoço

ou jantar do dia anterior.

Para isso, peça para que, em grupos, todos escrevam

em cartolinas o que comeram no dia anterior.

Há uma grande probabilidade de alguns alimentos

se repetirem várias vezes. Sinalize-os com cores

diferentes e, a partir deles, provoque um debate

sobre monotonia alimentar.

Refletindo, em grupo,

sobre o que a turma

come no almoço e jantar.

Algumas perguntas norteadoras:

● Por que comemos sempre as mesmas coisas?

● Procuramos comer vegetais no dia-a-dia?

● Nossos pais e avós consumiam mais alimentos

naturais que as novas gerações. Por quê?

● Como aprender a experimentar outros alimentos?

● Por que diante de uma variedade tão grande

de alimentos, a gente conhece tão pouca coisa e

come sempre as mesmas coisas?

O objetivo é refletir por que, em geral, comemos

sempre as mesmas coisas e sobre o que nos impede

de experimentar outras opções. Certamente surgirão

reflexões sobre como o ritmo de vida nas cidades

impacta na rotina alimentar das famílias, que

as pessoas hoje têm menos tempo para preparar a

própria comida e por isso os alimentos industrializados

tornam-se, cada vez mais, uma opção.

Com essa mudança comportamental ocorrida nas

últimas décadas, o rito de preparar a própria

comida e comer algo mais natural

nem sempre é valorizado, além da enxurrada

de propagandas de alimentos prontos que prometem

facilitar a vida, entregar sabor e saúde às

famílias, quando muitas vezes são produtos ultraprocessados,

carregados de sódio, açúcares, conservantes

e desconectados de sentidos e afetos.

A turma vai percebendo, assim, que a alimentação

é expressão cultural de um povo. E

que manter a tradição de cozinhar a própria comida,

diminuindo o consumo de industrializados, faz parte

da preservação da cultura e da memória popular.

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Outras comidas e o tédio alimentar: monocromia

Etapa 4. Monocromia alimentar:

fotografando o que comemos

Após conversarem sobre as PANC’s e sobre a pouca

diversidade alimentar de nosso dia a dia, convide

os jovens a fotografarem (com

seus celulares) cenas relacionadas à

alimentação que acontecem dentro da

escola. Vale ir pra cantina, pro refeitório, pra cozinha,

pra sala dos professores, pesquisar o que os

alunos trazem de lanche, os alimentos que são vendidos

ou servidos etc.

É bem provável que o resultado desse trabalho

resulte em um conjunto de imagens nas quais se

sobressaem as cores amarela e branca (veja fotos

na página ao lado), típicas de uma refeição com

muitos carboidratos.

Ou seja, por meio das fotos, ficará evidente

para a turma que a monotonia

alimentar, por sua vez, se reflete em…

monocromia alimentar!

Será hora de destacar a importância de sempre

termos um prato colorido nas refeições, o que significa

uma maior variedade de nutrientes.

Os jovens podem

utilizar seu próprio

celular para fotografar

o que comem na

escola. Esse exercício

prático ajuda a

ilustrar a monotonia

alimentar.

Monotonia:

Qualidade do que é monótono, que significa

falta de variação, de diversidade, de

invariabilidade de tom, sensaboria ou insipidez.

Monocromia:

Qualidade do que tem apenas uma cor. Em

sentido figurado significa algo que possui falta

de variação.

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Uma sessão fotográfica pela cantina e refeitório pode dar

uma ideia do grau de monocromia alimentar da escola.

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O que queremos?

Refletir sobre a educação

midiática ao mesmo tempo

que aprendemos como se faz

uma notícia.


Fatos e fotos: a educação midiática

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Objetivos:

Experimentar, por meio da prática, conceitos jornalísticos

como notícia, apuração, fontes de informação,

diferença entre fato e opinião etc.

Refletir sobre o papel das mídias numa sociedade

democrática e o problema da desinformação.

Etapa 1. Jornalismo e fake news

Para um “esquenta” com os estudantes sobre o assunto,

uma boa opção é começar exibindo o vídeo

do programa de educação midiática da BBC Brasil,

que deixamos o link aqui embaixo:

Workshop BBC Brasil : O que há por trás da

notícias e das fake news:

https://www.youtube.com/watch?v=YufygaaK5sE

Exiba o filme e converse sobre jornalismo,

sobre os veículos jornalísticos que a turma

segue, que tipo de informações eles recebem no

dia a dia, de onde vêm, se há algum hábito de checar

as informações recebidas etc.

Ao trabalhar a produção de notícias, fato e opinião são

conceitos que podem ser trabalhados alguém sobre ele. Um

único fato pode levar a várias opiniões diferentes. O ideal é

que a notícia dê espaço a essas várias interpretações. Na

foto menor (ao lado), notícia publicada no Blog do Projeto

sobre as mangueiras da E.E. Eliseu Narciso.

Em seguida, promova um debate sobre as informações

divulgadas no vídeo. Faça perguntas que motivem

os jovens a participarem da conversa:

● Vocês já receberam notícia falsa (ou que acham

que é falsa) sobre alimentação? Como reagiram?

● As pessoas estão preparadas para separar o que

é verdade e o que é mentira?

● Quais os impactos disso na sociedade?

● Como podemos ajudar a minimizar esse problema?

Etapa 2. Na prática

Divida a turma em grupos e distribua para cada grupo

papel e caneta. Garanta que cada grupo tenha

pelo menos um aluno usando celular. Os jovens

devem conversar entre si e encontrar um assunto

(pauta) sobre alimentação na escola que seja de interesse

dos alunos em geral. A partir daí, peça para

documentarem e entrevistarem pessoas sobre a

pauta definida. Fique atento a:

● Fatos – Ao documentar e entrevistar diretores, professores,

outros alunos etc., os fatos e depoimentos

devem ser preservados sem alterações de sentidos.

● Fontes – Ao pesquisar em jornais, livros, internet,

etc., citar as fontes e garantir que sejam confiáveis.

● Pontos de vista – Quanto mais pontos de vista

diferentes sobre um mesmo fato, melhor.

Ao final, pode-se publicar as matérias (resumidas e

editadas) no Blog da escola.

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O que queremos?

Que cada escola possa ter

uma horta e tirar dela o seu

melhor: em alimentação,

cooperação e em ganhos

pedagógicos.


Horta escolar: vale a pena ter uma

8

Objetivo:

Incentivar e colaborar para o processo de montagem

e manutenção de hortas escolares.

Por que ter uma horta

As hortas escolares têm sido consideradas essenciais

para o desenvolvimento integral dos atores

envolvidos, considerando as dimensões cognitivas

– relativas aos saberes disciplinares, conteúdos teóricos

e conhecimentos acerca do meio ambiente

– e também as dimensões subjetivas e socioemocionais,

que se expressam no estreitamento de vínculos

com a natureza, as pessoas e os alimentos.

Nesse contexto, a horta escolar deve ser

entendida como ferramenta didático-

-pedagógica e relacional, geradora de atividades

práticas e vivências inter e transdiciplinares,

fornecendo bases conceituais e práticas para a educação

ambiental, alimentar e para a sustentabilidade.

Os livros da Fundação

Cargill, com dicas

de como montar e

manter uma horta,

estão disponíveis para

download no site:

alimentacaoemfoco.org.br

Passo a passo (brevíssimo):

1 Planejamento: tenha claro por que organizar a

horta de sua escola.

2 Escolhendo o local: na falta de uma área grande,

pode-se pensar em vasos ou pequenos canteiros.

3 Recolher dicas com quem já fez é precioso.

4 Analise o solo e faça as compensões necessárias.

5 Luminosidade: tem falta ou excesso de sol?

6 Escolha as mudas e sementes de acordo com

seus objetivos e o tipo de solo e iluminação.

7 Água: atenção à quantidade e periodicidade de

regas. Nem muito nem pouco.

8 Considere a horta nos demais projetos pedagógicos

de sua escola. E organize bate-papos sobre a

horta com alunos, professores, etc…

9 Pesquise na comunidade organizações e voluntários

especializados para dar apoio técnico.

10 E mãos à obra…

Você vai precisar de…

● Restos de alimentos crus, para a compostagem

● Composteira

● Terra vegetal

● Pás peneiras, ancinho, rastelo, regador, enxada

e outros utensílios de horticultura

● Mudas e sementes variadas

Mais informações, no vídeo do projeto:

https://vimeo.com/385322384/a357b0eaab

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O Projeto Olha a Gente Aqui – Edição Alimentação Sustentável é realizado

pelo Instituto Asas Comunicação Educativa, com o apoio da Fundação

Cargill. Prevê a organização de oficinas multimídia e sessões de cine-debate

em escolas públicas da cidade de Campinas (SP), para trabalhar as temáticas

da alimentação sustentável e do combate ao desperdício de alimentos.

EXPEDIENTE

Audiovisual

Wilq Vicente

Apoio pedagógico

Maria José Nóbrega

Fotografia

Luísa Riekes e Walter Craveiro

Horticultura

Leandro Machado de Moura e

Sheyla Saori Iyusuka

Articulação

Natália Anselmo Marangão

Produção e assistência

pedagógica

Anna Eunice Mello

Consultoria técnica

• Flávia Zanatta e Lucianne

Marques (Panc’s)

• Bárbara Cordovani e Silvia

Jeha (nutrição)

Coordenação Pedagógica

Ricardo Prado e Lucia Caetano

Coordenação Geral:

Lucia Caetano

Realização

Apoio



www.projetoasas.com.br/olhaagenteaqui

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