Be ART | Outubro 2020

LUPÉRCIO
MANOEL E SOUZA
por OSCAR D'AMBRÓSIO
ARTISTAS
Com trabalhos publicados nas principais revistas e coletâneas
nacionais do setor como: Vogue Nacional, DECOR Year Book, Casa Sul,
Lush, Espaço D, Caras Especial, Top View, Vivre, além de vários
cadernos de arquitetura e decoração de jornais de grande circulação
em todo o país.
Decorador e cenógrafo, atua há mais de 30 anos com projetos
residenciais e comerciais e, há 15 anos empresta seu talento aos mais
importantes eventos corporativos do sul do país. Com formação em
Sociologia, busca inspiração nas cores e no conhecimento adquirido
em constantes viagens ao exterior – visitas a indústrias e escritórios
de design e participação nas principais exposições, feiras de design e
decoração da Europa e Estados Unidos.
Em seus projetos de
decoração de
interiores tem como
premissa básica
atender às
expectativas e estilo
do cliente. “Um bom
projeto tem de
respeitar os anseios
das pessoas e levar
em consideração
seus hábitos e
costumes”.
Na área corporativa,
Lupercio
contextualiza os
cenários em cima da
cultura, da
organização e
conceito da festa. “A
estética sempre
deve estar alinhada
ao posicionamento
estratégico da
empresa ou
identidade do
anfitrião”. Em 2019, depois de 30 anos longe das telas, voltou a se
dedicar ao trabalho de artista plástico e já participou de exposições
individuais no Brasil e na Itália. Em julho de 2019, participou de um
concurso na Itália e foi o vencedor entre artistas do mundo inteiro.
O N Í R I C O S E S P A Ç O S
Paisagens não são iguais para todos. Ao ver um determinado local, cada
pessoa tem uma percepção diferente. Os sentidos apreendem dados
distintos, e essas sensações influenciam a emoção com a qual se fala,
escreve ou se transforma em arte um certo lugar.
As paisagens que Lupercio mostra em seu trabalho visual, porém, são de
outra natureza. Provém de sua. capacidade mental e estilística. de
transformar ideias em
representações visuais.
Vale-se, nesse processo,
de tinta acrílica e areia
sobre tela para construir
seus oníricos espaços.
A principal característica
talvez seja uma mescla
da horizontalidade
tradicional das
paisagens com um
intenso movimento
interno. As imagens que
motivam as nossas
forças interiores
movimentam-se em
busca de respostas
sobre aquilo que se vê.
Alguns vão buscar ali
paradigmas reais de
identificação, como
mares e horizontes.
Porém, o mais
desafiador é se deixar
levar pela intuição. Cada
paisagem imaginária
pode ser vista como forma de penetrar no interior de cada observador.
Assim, o que cada um vê no espaço pictórico é um reflexo de si mesmo. A
obra de Lupercio, dessa maneira, nos conduz, pela sua sensibilidade e
capacidade técnica, ao autoconhecimento.
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