COLETÂNEA ELAS NAS LETRAS
A «ELAS nas Letras» nasce da iniciativa da Pastoral da Mulher Marginalizada de realizar uma incursão na Literatura, para além de sua militância em prol das mulheres em situação de violência, abandono e prostituição. O modelo da coletânea segue o projeto «Antologias Solidárias», comandado pela escritora Sada Ali, cujos primeiros parceiros foram, em 2015, a Academia Barretense de Cultura (ABC) e a Casa Transitória «André Luiz», beneficiária da venda da 1ª edição das Antologias Solidárias, em 2016. As «Antologias» seguintes foram lançadas em Ribeirão Preto, junto à UGT (Memorial da Classe Operária) e em Barretos, junto ao Fundo Social de Solidariedade, além de mais uma obra em parceria com a ABC. Agora é hora das mulheres assumirem, mais uma vez, o protagonismo e, através das letras, deixarem sua mensagem de empoderamento e luta.
A «ELAS nas Letras» nasce da iniciativa da Pastoral da Mulher Marginalizada de realizar uma incursão na Literatura, para além de sua militância em prol das mulheres em situação de violência, abandono e prostituição.
O modelo da coletânea segue o projeto «Antologias Solidárias», comandado pela escritora
Sada Ali, cujos primeiros parceiros foram, em 2015,
a Academia Barretense de Cultura (ABC) e a Casa Transitória «André Luiz»,
beneficiária da venda
da 1ª edição das Antologias Solidárias, em 2016.
As «Antologias» seguintes foram lançadas em Ribeirão Preto, junto à UGT (Memorial da Classe Operária) e em Barretos, junto ao Fundo Social de Solidariedade, além de mais uma obra em parceria com a ABC.
Agora é hora das mulheres assumirem, mais uma vez, o protagonismo e, através das letras, deixarem sua mensagem de empoderamento e luta.
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Lucimara Leite
Christine de Pizan nasceu em Veneza, em 1364. Seu pai, Thomas
de Pizan, era professor da Universidade de Bolonha; sobre sua
mãe, quase nada se sabe. Com 4 anos de idade, a pequena Christine
muda-se com a família para Paris, pois seu pai havia sido convidado
para trabalhar na corte do rei Charles V.
Em Paris, sob a orientação de seu pai, Christine inicia-se no mundo
das Letras. Graças à sua inclinação para o conhecimento e a posição
exercida por seu pai, teve acesso à grande biblioteca do rei, considerada
uma das melhores na época. Quando completou 15 anos, seu pai escolheu
para ela, como marido, Etienne Castel. Seu pai morreu em 1386 e,
três anos depois, seu marido, após dez anos de casamento feliz, como
ela mesma escreveu. A partir desse momento, sua posição muda. De
filha e esposa, agora dela depende o provimento da família: sua mãe e
seus três filhos.
Nesse momento de desamparo, ela encontrou refúgio nos estudos
para suas aflições. O conhecimento tornou-se também o modo de ganhar
o seu sustento e o da família.
A partir da boa recepção de seus textos, Christine começa a escrever
publicamente e adota o nome Pizan, para homenagear seu pai. Escritora
prolífica, em pouco tempo (1399-1405), produz uma obra com aproximadamente
quinze livros: poemas, tratados de Educação, morais e
políticos, entre outros. Destaca-se a temática do feminino, a apresentação
da ideia de que as diferenças entre homens e mulheres são de
origem social.
O interesse pela temática da igualdade da mulher apresentada por
Christine nos textos Cité des dames (1405) e Trois vertus (1406), nos quais
procura traçar o perfil de uma mulher medieval atuante, ativa, companheira
do marido, aconselhando-o e trabalhando a seu lado ou mesmo
na falta deste, quando assume a administração do reino, ou da fazenda,
ou da empresa de manufatura, do grande ou pequeno comércio, con-