COLETÂNEA ELAS NAS LETRAS
A «ELAS nas Letras» nasce da iniciativa da Pastoral da Mulher Marginalizada de realizar uma incursão na Literatura, para além de sua militância em prol das mulheres em situação de violência, abandono e prostituição. O modelo da coletânea segue o projeto «Antologias Solidárias», comandado pela escritora Sada Ali, cujos primeiros parceiros foram, em 2015, a Academia Barretense de Cultura (ABC) e a Casa Transitória «André Luiz», beneficiária da venda da 1ª edição das Antologias Solidárias, em 2016. As «Antologias» seguintes foram lançadas em Ribeirão Preto, junto à UGT (Memorial da Classe Operária) e em Barretos, junto ao Fundo Social de Solidariedade, além de mais uma obra em parceria com a ABC. Agora é hora das mulheres assumirem, mais uma vez, o protagonismo e, através das letras, deixarem sua mensagem de empoderamento e luta.
A «ELAS nas Letras» nasce da iniciativa da Pastoral da Mulher Marginalizada de realizar uma incursão na Literatura, para além de sua militância em prol das mulheres em situação de violência, abandono e prostituição.
O modelo da coletânea segue o projeto «Antologias Solidárias», comandado pela escritora
Sada Ali, cujos primeiros parceiros foram, em 2015,
a Academia Barretense de Cultura (ABC) e a Casa Transitória «André Luiz»,
beneficiária da venda
da 1ª edição das Antologias Solidárias, em 2016.
As «Antologias» seguintes foram lançadas em Ribeirão Preto, junto à UGT (Memorial da Classe Operária) e em Barretos, junto ao Fundo Social de Solidariedade, além de mais uma obra em parceria com a ABC.
Agora é hora das mulheres assumirem, mais uma vez, o protagonismo e, através das letras, deixarem sua mensagem de empoderamento e luta.
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A pianista Haydée Menezes: viagens nas pontas dos dedos 61
Mozart Camargo Guarnieri, Samuel Arcanjo dos Santos e Mário de
Andrade. Este último, célebre literato modernista, era catedrático
de História da Música e foi paraninfo na formatura de Haydée, em 3
de abril de 1934, onde, no Teatro Municipal, junto a 230 formandas,
sendo somente 15 como “pianista concertista”, aos 19 anos de
idade formava-se no grau máximo com “distinção e louvor”. Dali
em diante, a recente “pianista concertista” se apresentaria nos mais
tradicionais teatros do país, incluindo o mesmo Teatro Municipal
de São Paulo 9 , onde se formara.
O olhar atento do público e as expectativas diante das críticas
já faziam parte do universo de Haydée antes mesmo de se formar,
pois a pianista já havia realizado concertos e audições desde 1930
no Grêmio Literário e Recreativo de Barretos e em cidades da
região como Olímpia, Jaboticabal, Jaú e São Paulo 10 . Um destes
concertos ocorreu em 1931, quando, no Teatro Santo Antônio, em
Barretos, Haydée se apresentou no festival de Heitor Villa-Lobos
com a pianista Antonieta Rudge, esboçando seu talento de artista
junto a estes nomes já consagrados nacionalmente 11 . Ainda antes
de sua formatura, Haydée já tinha sido contratada pela Instrução
Artística do Brasil e se esforçava para criar, em Barretos, um
núcleo da IAB. Esta, fundada em 1931 pela concertista Helena
de Magalhães Castro 12 , possuía sede central no edifício Glória, na
capital paulista 13 , e tinha por finalidade básica a criação de uma rede
de apresentações culturais no interior paulista e em outras cidades
por todo o Brasil, permitindo a formação do público brasileiro
através do conhecimento e apreciação da arte erudita e popular,
de modo que esse público tivesse a chance de conhecer os próprios
artistas nacionais, e, estes, formados em instituições de Música e
Arte, tivessem acesso ao emprego e elevação na carreira artística.
Durante sua existência, a IAB manteve núcleos em dezenas de
cidades, contando com subvenções financeiras de prefeituras e
clubes recreativos, além do apoio de hotéis e grandes instituições
artísticas e educativas que patrocinavam os saraus, conferências,
recitais, concertos e audições oferecidos a módicos preços. Para
essa rede funcionar, artistas contratados eram também designados
a atuarem na fundação destas sedes nas cidades, como foi o caso de