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COLETÂNEA ELAS NAS LETRAS

A «ELAS nas Letras» nasce da iniciativa da Pastoral da Mulher Marginalizada de realizar uma incursão na Literatura, para além de sua militância em prol das mulheres em situação de violência, abandono e prostituição. O modelo da coletânea segue o projeto «Antologias Solidárias», comandado pela escritora Sada Ali, cujos primeiros parceiros foram, em 2015, a Academia Barretense de Cultura (ABC) e a Casa Transitória «André Luiz», beneficiária da venda da 1ª edição das Antologias Solidárias, em 2016. As «Antologias» seguintes foram lançadas em Ribeirão Preto, junto à UGT (Memorial da Classe Operária) e em Barretos, junto ao Fundo Social de Solidariedade, além de mais uma obra em parceria com a ABC. Agora é hora das mulheres assumirem, mais uma vez, o protagonismo e, através das letras, deixarem sua mensagem de empoderamento e luta.

A «ELAS nas Letras» nasce da iniciativa da Pastoral da Mulher Marginalizada de realizar uma incursão na Literatura, para além de sua militância em prol das mulheres em situação de violência, abandono e prostituição.
O modelo da coletânea segue o projeto «Antologias Solidárias», comandado pela escritora
Sada Ali, cujos primeiros parceiros foram, em 2015,
a Academia Barretense de Cultura (ABC) e a Casa Transitória «André Luiz»,
beneficiária da venda
da 1ª edição das Antologias Solidárias, em 2016.
As «Antologias» seguintes foram lançadas em Ribeirão Preto, junto à UGT (Memorial da Classe Operária) e em Barretos, junto ao Fundo Social de Solidariedade, além de mais uma obra em parceria com a ABC.
Agora é hora das mulheres assumirem, mais uma vez, o protagonismo e, através das letras, deixarem sua mensagem de empoderamento e luta.

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Fênix

do, pois a relação sexual ocorreu mediante a permissão de Fênix, que

tinha idade suficiente para distinguir o certo do errado.

Fênix seguiu sua vida, trouxe Clara ao mundo que, por sua vez, deu

luz, força e coragem à jovem mãe.

O tempo passou e Têmis foi surpreendida com uma nova denúncia:

Joao e Maria, filhos de Jair, estavam sendo espancados pelo pai. Imediatamente,

Fênix se prontificou a assumir a guarda dos irmãos. Renasce

mulher, mãe, ser humano — vai ter com Têmis e espera que, desta

feita, suas palavras espantem a sonolência com que conduz os destinos

das pessoas.

Não é fácil. Lenta, vacilante, Têmis se levanta. Parece acordar e, até,

enxergar o que lhe está a meio palmo.

Observa, analisa e pensa e decide: Joao e Maria não ficariam mais

correndo riscos e perdidos na floresta; com urgência, eles deixariam de

morar com o pai e passariam a ficar sob os cuidados de Fênix.

Como se houvesse passado uma vida — uma das muitas que Fênix

precisou viver — saímos todos daquelas salas cinzas e brancas e passamos

a percorrer os corredores do prédio.

Os tons tristes dão lugar ao frescor da brisa, às cores e cheiros do

jardim. Ali está a Natureza, que retribui a resiliência de Fênix lhe entregando

louvores — estes, entregues por Cora, Rosa, Simone, Frida e Nice,

em forma de rosas vermelhas, amarelas, brancas...

MA

RA

VI

LHO

SA

MEN

TE

ROSAS!

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