COLETÂNEA ELAS NAS LETRAS
A «ELAS nas Letras» nasce da iniciativa da Pastoral da Mulher Marginalizada de realizar uma incursão na Literatura, para além de sua militância em prol das mulheres em situação de violência, abandono e prostituição. O modelo da coletânea segue o projeto «Antologias Solidárias», comandado pela escritora Sada Ali, cujos primeiros parceiros foram, em 2015, a Academia Barretense de Cultura (ABC) e a Casa Transitória «André Luiz», beneficiária da venda da 1ª edição das Antologias Solidárias, em 2016. As «Antologias» seguintes foram lançadas em Ribeirão Preto, junto à UGT (Memorial da Classe Operária) e em Barretos, junto ao Fundo Social de Solidariedade, além de mais uma obra em parceria com a ABC. Agora é hora das mulheres assumirem, mais uma vez, o protagonismo e, através das letras, deixarem sua mensagem de empoderamento e luta.
A «ELAS nas Letras» nasce da iniciativa da Pastoral da Mulher Marginalizada de realizar uma incursão na Literatura, para além de sua militância em prol das mulheres em situação de violência, abandono e prostituição.
O modelo da coletânea segue o projeto «Antologias Solidárias», comandado pela escritora
Sada Ali, cujos primeiros parceiros foram, em 2015,
a Academia Barretense de Cultura (ABC) e a Casa Transitória «André Luiz»,
beneficiária da venda
da 1ª edição das Antologias Solidárias, em 2016.
As «Antologias» seguintes foram lançadas em Ribeirão Preto, junto à UGT (Memorial da Classe Operária) e em Barretos, junto ao Fundo Social de Solidariedade, além de mais uma obra em parceria com a ABC.
Agora é hora das mulheres assumirem, mais uma vez, o protagonismo e, através das letras, deixarem sua mensagem de empoderamento e luta.
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Ana Paula Geraige
Impossível dissociar atrocidades — como exploração sexual infantil
e tráfico humano — de aspectos culturais, históricos e, também, como
doença, em alguns casos.
Não há dúvidas de que o fator preponderante para tantas aberrações
se situa na má distribuição de renda mundo afora e nas decorrentes péssimas
condições de vida dos mais variados povos, cujas famílias, muitas
vezes, se submetem a essas situações pela absoluta falta de alternativas.
É triste ver mães, não raro, submetendo filhas à prostituição e/ou as
vendendo para pessoas mais abastadas, em busca de um pouco mais de
dignidade humana. Faltam recursos financeiros, culturais e, com toda
a certeza, uma boa dose de religião ou amor em Deus.
Por outro lado, há, também, uma boa dose de patologia nisso tudo,
bastando ver que o turismo sexual é algo mais comum do que se imagina.
Quem nunca assistiu a reportagens sobre ricos europeus e americanos
que vêm ao Brasil com essa finalidade? Ou o contrário, brasileiras
que se mudam para o estrangeiro com tal objetivo?
Existe muita naturalidade e muita hipocrisia nisso tudo, mas não é
fácil modificar comportamentos que vêm desde o Mundo Antigo e se
mantêm firmes até os dias atuais, apenas com variações e adaptações
com a modernidade.
A quantidade de pessoas consideradas normais que têm hábitos frequentes
de acessar sites de pornografia infantil é algo assustador. Será
isso uma patologia? Será isso uma herança comportamental do que
essas pessoas viveram em casa? Enfim, esse assunto tem que ser tratado
de forma multiprofissional, com psicólogos, psiquiatras, sociólogos,
historiadores, profissionais do Direito, etc.
Não bastam criações de leis e tratados, nacionais ou internacionais,
pois, sua intenção de coibir tais práticas não é suficiente, já que o problema
é muito mais profundo, muito mais estrutural e a punição não é
capaz de minimizar questões culturais milenares.