COLETÂNEA ELAS NAS LETRAS
A «ELAS nas Letras» nasce da iniciativa da Pastoral da Mulher Marginalizada de realizar uma incursão na Literatura, para além de sua militância em prol das mulheres em situação de violência, abandono e prostituição. O modelo da coletânea segue o projeto «Antologias Solidárias», comandado pela escritora Sada Ali, cujos primeiros parceiros foram, em 2015, a Academia Barretense de Cultura (ABC) e a Casa Transitória «André Luiz», beneficiária da venda da 1ª edição das Antologias Solidárias, em 2016. As «Antologias» seguintes foram lançadas em Ribeirão Preto, junto à UGT (Memorial da Classe Operária) e em Barretos, junto ao Fundo Social de Solidariedade, além de mais uma obra em parceria com a ABC. Agora é hora das mulheres assumirem, mais uma vez, o protagonismo e, através das letras, deixarem sua mensagem de empoderamento e luta.
A «ELAS nas Letras» nasce da iniciativa da Pastoral da Mulher Marginalizada de realizar uma incursão na Literatura, para além de sua militância em prol das mulheres em situação de violência, abandono e prostituição.
O modelo da coletânea segue o projeto «Antologias Solidárias», comandado pela escritora
Sada Ali, cujos primeiros parceiros foram, em 2015,
a Academia Barretense de Cultura (ABC) e a Casa Transitória «André Luiz»,
beneficiária da venda
da 1ª edição das Antologias Solidárias, em 2016.
As «Antologias» seguintes foram lançadas em Ribeirão Preto, junto à UGT (Memorial da Classe Operária) e em Barretos, junto ao Fundo Social de Solidariedade, além de mais uma obra em parceria com a ABC.
Agora é hora das mulheres assumirem, mais uma vez, o protagonismo e, através das letras, deixarem sua mensagem de empoderamento e luta.
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28 Adriana Queiroz
APESAR DE TUDO
Era um vazio...
Que foi preenchido,
E vivido de frente.
E foi amado...
É um passado que retorna
E vem mais forte
E dói mais fundo!
No desespero, a procura inútil.
No embalo do vento,
Perdi meu tempo, distraidamente.
Um coração se desfaz em pedaços mínimos
Que caem ao chão.
Eu choro...
Sim, seu amor renovou-me
Eu, que quase destruí-me.
Meu medo retorna,
Medo de tudo, medo do amor,
Medo da vida, medo do medo
De perder você...
Sacudiram-me, esmurraram-me,
Espancaram-me, e eu não desisti.
Vou sozinha,
Sou sozinha,
De um interior forte
E ego prepotente.
Serei superior,
Brilharei seu lado negro,
Deslizarei pelo seu mundo,
Onde serei fogo de ardentes chamas.
Tenho receio, tenho vergonha,
Escondo-me atrás de máscaras
Transparentes demais...
Aos seus olhos
Um dia eu sofri,
Torturei-me e morri...
Fui ingênua, por isso sofri.
Depois do feito,
Eu fui deixada
E magoada.
Reencontrei-me no meu mundo.
E o grito do medo,
Ecoou no tempo
E não mais amei.
Quero ser livre,
Amada do meu jeito
Ser grande aos meus olhos
Para que possa enfim,
Ser novamente,
Uma nova mulher!