COLETÂNEA ELAS NAS LETRAS
A «ELAS nas Letras» nasce da iniciativa da Pastoral da Mulher Marginalizada de realizar uma incursão na Literatura, para além de sua militância em prol das mulheres em situação de violência, abandono e prostituição. O modelo da coletânea segue o projeto «Antologias Solidárias», comandado pela escritora Sada Ali, cujos primeiros parceiros foram, em 2015, a Academia Barretense de Cultura (ABC) e a Casa Transitória «André Luiz», beneficiária da venda da 1ª edição das Antologias Solidárias, em 2016. As «Antologias» seguintes foram lançadas em Ribeirão Preto, junto à UGT (Memorial da Classe Operária) e em Barretos, junto ao Fundo Social de Solidariedade, além de mais uma obra em parceria com a ABC. Agora é hora das mulheres assumirem, mais uma vez, o protagonismo e, através das letras, deixarem sua mensagem de empoderamento e luta.
A «ELAS nas Letras» nasce da iniciativa da Pastoral da Mulher Marginalizada de realizar uma incursão na Literatura, para além de sua militância em prol das mulheres em situação de violência, abandono e prostituição.
O modelo da coletânea segue o projeto «Antologias Solidárias», comandado pela escritora
Sada Ali, cujos primeiros parceiros foram, em 2015,
a Academia Barretense de Cultura (ABC) e a Casa Transitória «André Luiz»,
beneficiária da venda
da 1ª edição das Antologias Solidárias, em 2016.
As «Antologias» seguintes foram lançadas em Ribeirão Preto, junto à UGT (Memorial da Classe Operária) e em Barretos, junto ao Fundo Social de Solidariedade, além de mais uma obra em parceria com a ABC.
Agora é hora das mulheres assumirem, mais uma vez, o protagonismo e, através das letras, deixarem sua mensagem de empoderamento e luta.
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Mariana Ducatti
“Dizem que a mulher é o sexo frágil, mas que mentira absurda. 1 ”.
S
abe-se que a mulher ocupa inúmeros papéis sociais e que
cada uma é do jeito que é devido sua história de vida e
personalidade. Como cada mulher é única, a tarefa de defini-la
torna-se difícil. A mulher pode ser estudante, mãe, apaixonada,
cozinheira, firme, dona de casa, professora, empresária, sonhadora
e muitas vezes, tudo isto junto. Apesar de não ser fácil definir aquela
que ocupa muitos lugares na sociedade e representa a maior parte
do povo brasileiro, tentarei, ao mesclar música e ciência, refletir
sobre o ser mulher.
Ser mulher não é ser “XX”; não é carregar dois cromossomos
iguais que são os responsáveis pela formação de órgãos sexuais que
diferenciam biologicamente homens de mulheres e proporciona a
possibilidade de reprodução. Ser mulher não é ser como aquelas
mulheres de Atenas que “vivem pros seus maridos (...) que geram pros seus
maridos os novos filhos (...) que “não tem gosto ou vontade, nem defeito
ou qualidade²”. Ser mulher é ter “dom... magia... força... raça.... gana
sempre”.
E realmente é preciso muito gana para ser mulher, pois, segundo
informações e estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), as mulheres em 2016 realizaram mais atividades
domésticas e cuidaram mais de seus familiares do que os homens
(mesmo sendo estas atividades de homens e mulheres!). Apesar da
mulher não ser (e não dever ser!) como a mulher de Atenas, ela
ainda dedica 73% mais horas do que os homens ao cuidado com as
demandas familiares.
Martins, por exemplo, realizou uma revisão da literatura a
fim de identificar o perfil de cuidadores de idosos com Doença
de Alzheimer e constatou que a maioria dos cuidadores são os