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Livro Hibbeler - 7ª ed Resistencia Materiais (Livro)

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PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS 61

Nessa expressão, A0 é a área da seção transversal

original do corpo de prova e A 1

é a área na ruptura. O

aço doce tem um valor típico de 60%.

Outros materiais, como latão, molibdênio e zinco,

também podem exibir características de tensão-deformação

dúctil semelhantes às do aço e, por isso, passam

por comportamento de tensão-deformação elástica,

escoamento a tensão constante, endurecimento por

deformação e, por fim, estricção até ruptura. Entretanto,

na maioria dos metais não ocorrerá escoamento

constante além da faixa elástica. Um metal que apresenta

tal comportamento é o alumínio. Frequentemente,

esse metal não tem um ponto de escoamento bem

definido e, por consequência, é prática padrão definir

um limite de escoamento para o alumínio por meio

de um procedimento gráfico denominado método da

rleformação residual. Em geral escolhe-se uma deformação

de 0,2% (0,002 mm/mm) e, tomando como origem

esse ponto no eixo E, traça-se uma paralela à parte

inicial em linha reta do diagrama tensão-deformação.

O ponto em que essa reta intercepta a curva determina

o limite de escoamento. Um exemplo da construção

desse gráfico para determinar o limite de escoamento

para uma liga de alumínio é mostrado na Figura 3.7.

Pelo gn1fico, o limite de escoamento é (J'te = 352 MPa.

Tenha sempre em mente que o limite de escoamento

não é uma propriedade física do material, visto que

é uma tensão que causa uma deformação específica

permanente no material. Todavia, neste livro, consideraremos

que limite de escoamento, ponto de escoamento,

limite de elasticidade e limite de proporcionalidade

coincidem, a menos que seja afirmado o contrário.

Uma exceção seria a borracha natural que, na verdade,

não tem sequer um limite de proporcionalidade, já que

a tensão c a deformação não são relacionadas linearmente

(Figura 3.8). Ao contrário, esse material, que é

conhecido como um polímero exibe comportamento

elástico não linear.

A madeira é um material que, em geral, é moderadamente

dúctil e, por isso, costuma ser projetada para

reagir somente a carregamentos elásticos. As características

de resistência da madeira variam muito de uma

espécie para outra e, para cada uma dessas espécies,

dependem do teor de umidade, da idade, do tamanho e

do arranjo dos nós na madeira já cortada. Como a madeira

é um material fibroso, suas características de tração

e compressão serão muito diferentes quando ela

for carregada paralela ou perpendicularmente a seu

grão. A madeira racha quando carregada em tração

perpendicular a seu grão e, por consequência, quase

sempre se entende que, em elementos estruturais de

madeira, as cargas de tração serão aplicadas paralelamente

ao grão.

Materiais frágeis.

Materiais que exibem pouco

ou nenhum escoamento antes da falha são denominados

materiais frágeis. O ferro fundido cinzento é um

exemplo, pois tem um diagrama tensão-deformação

sob tração, como o mostrado pela porção AB da curva

na Figura 3.9. Neste caso, a ruptura em (J' = 152

MPa ocorreu, inicialmente, uma imperfeição trinca

microscópica, então propagou-se rapidamente pelo

corpo de prova causando a ruptura completa. O resultado

desse tipo de ruptura é que a tensão de ruptura

sob tração para materiais frágeis não é bem definida,

visto que o surgimento de trincas iniciais em um corpo

de prova é bastante aleatório. Por essa razão, em vez

da tensão de ruptura propriamente dita, registra-se a

tensão de ruptura média observada em um conjunto

de ensaios de tração. A Figura 3.10a mostra um corpo de

prova que sofreu uma falha típica.

Em comparação com seu comportamento sob tração,

os materiais frágeis, como o ferro fundido cinzento,

exibem uma resistência muito mais alta à compressão

axial, como fica claro na porção AC da curva na Figura

3.9. Neste caso, quaisquer trincas ou imperfeições no

a (MPa)

400

cr (MPa)

15

lO

,+"'-,-"""--L- e (mmjmm)

O,Ol O

aet,ommçílo residual)

Limite de elleotmento para uma líga de alumfnio

5"

"-----;! 2

;----';- 4

--- 6

L..__---.8 -- --1.

10

-- E (mm/mm)

Diagrama cr-E para borracha natural

3.7

Figura 3.8

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