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Livro Hibbeler - 7ª ed Resistencia Materiais (Livro)

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PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS 59

mostra a figura. Isso continua até a tensão atingir o

limite de elasticidade. Ao atingir esse ponto, se a carga

for removida, o corpo de prova ainda voltará à sua

forma original. No entanto, no caso do aço, o limite de

elasticidade raramente é determinado, visto que está

muito próximo do limite de proporcionalidade, portanto

é muito difícil detectá-lo.

Um pequeno aumento na tensão

acima do limite de elasticidade resultará no colapso

do material e fará com que ele se deforme permanentemente.

Esse comportamento é denominado escoamento

e é indicado pela segunda região da curva.

A tensão que causa escoamento é denominada tensão

de escoamento ou ponto de escoamento, cr , e a

deformação que ocorre é denominada deformção

plástica. Embora a Figura 3.4 não mostre, o ponto de

escoamento para aços com baixo teor de carbono ou

laminados a quente é frequentemente distinguido por

dois valores. O ponto de escoamento superior ocorre

antes e é seguido por uma redução repentina na capacidade

ele suportar carga até um ponto de escoamento

inferior. Entretanto, uma vez alcançado o ponto

de escoamento, o corpo de prova continuará a alongar-se

(deformar-se) sem qualquer aumento na carga,

como mostra a Figura 3.4. Observe que a figura não

está em escala; se estivesse, as deformações induzidas

pelo escoamento seriam 10 a 40 vezes maiores do que

as procluziclas até o limite ele elasticidade. Quando o

material está nesse estado, costuma ser denominado

perfeitamente plástico.

por

Quando o escoan:cnlo

tiver terminado, pode-se aplicar uma carga adi­

Clonai ao corpo de prova, o que resulta em uma curva

que cresce continuamente, mas torna-se mais achatada

até atingir uma tensão máxima denominada limite de

resistência, cr,. O crescimento da curva dessa manei­

·a é : nominado endurecimento por deformação e é

tdcnttflcado na terceira região da Figura 3.4. Durante

todo o en saie> nq1anto o corpo se alonga, sua seção

transversal chmmut. Essa redução na área é razoavelmente

unifo rme por todo o comprimento de referência

do corpo de n ; va, até mesmo a deformação que

ao lumte de resistência.

No limite de resistência , a área da seção

transversal cmneça a diminuir em uma região localizatÜl

do corpo de

.

" em vez de em todo o seu comprifenorncno

causado por planos deslizannu

interior do

e as deformações

causadas por tensão de cisalha-

Como

tende a for-

nessa

cada

trans­

ou

'

que (í corpo de prova se

Visto que a área da

está

continuamente,

Estricção

(a)

Falha de um

material dúctil

(b)

Figura 3.5

a área menor só pode suportar uma carga sempre decrescente.

Por consequência, o diagrama tensão-deformação

tende a curvar-se para baixo até o corpo de

prova quebrar, quando atinge a tensão de ruptura, a

(Figura 3.5b ). Essa região da curva provocada pela ;

tricção é indicada na quarta região da Figura 3.4.

Diagrama tensão-deformação real. Em

vez de sempre usar a área da seção transversal e o comprimento

originais do corpo de prova para calcular a

tensão e a deformação (de engenharia), poderíamos

utilizar a área da seção transversal e o comprimento

reais do corpo de prova no instante em que a carga é

medida. Os valores da tensão e da deformação calculados

por essas medições são denominados tensão real

e deformação real, e a representação gráfica de seus

valores é denominada diagrama tensão-deformação

real. O gráfico desse diagrama tem a forma mostrada

pela curva superior na Figura 3.4. Observe que os

diagramas cr-E convencional e real são praticamente

coincidentes quando a deformação é pequena. As diferenças

entre os diagramas começam a aparecer na

faixa do endurecimento por deformação, quando a

amplitude da deformação se torna mais significativa.

Em particular,há uma grande divergência na região de

estricção. Nessa região, o diagrama cr-E convencional

mostra que, na verdade, o corpo de prova suporta uma

carga decrescente, já que A0 é constante quando calcul

mos a tensão de engenharia, cr = P/A0• Contudo, pelo

dtagra n :a ::-E

e l, a área real A no interior da região

.

de estncçao dtmmm sempre até a ruptura a port

t d d

n o, na ver a e, o material suporta tensão crescente,

vtsto que a = PIA .

.

Embora os diagramas tensão-deformação convencional

e real .

sejam diferentes, a maioria dos projetas

de eng nhan fica dentro da faixa elástica, pois, em gera

, a dtstorçao do material não é severa dentro dessa

fmxa. Contanto que o material seJ· a "rígido" 'O

. . .

'

rup'

, c mo a

0:10na dos metms, a deformação até o limite de elasttctdade

permanecerá pequena, e o erro associado à

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