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Livro Hibbeler - 7ª ed Resistencia Materiais (Livro)

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58 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS

Extensômetro de resistência elétrica

Figura 3.3

na variação da resistência elétrica em um arame muito

fino ou lâmina delgada de metal sob deformação. Em

essência, o extensómetro é colado ao corpo de prova

em uma direção específica. Se o adesivo for muito forte

em comparação com o extensómetro, este passará,

então, a ser parte integrante do corpo de prova. Assim,

quando o corpo de prova for solicitado na direção do

extensómetro, o arame e o corpo de prova sofrerão a

mesma deformação. Pela medição da resistência elétrica

do arame, o extensómetro pode ser calibrado para

ler valores de deformação normal diretamente.

3.2 O diagrama tensãodeformação

Pelos dados obtidos em um ensaio de tração ou

compressão, é possível calcular vários valores da tensão

e da deformação correspondentes no corpo de

prova e, então, construir um gráfico com esses resultados.

A curva resultante é denominada diagrama tensão-deformação

e, normalmente, ela pode ser descrita

de duas maneiras.

Diagrama tensão-deformação convencional.

Utilizando os dados registrados, podemos determinar

a tensão nominal, ou tensão de engenharia, dividindo

a carga aplicada P pela área original da seção transversal

do corpo de prova, A 0 • Esse cálculo considera que

a tensão é constante na seção transversal e em toda a

região entre os pontos de calibragem. Temos

(3.1)

Da mesma maneira, a deformação nominal, ou deformação

de engenharia, é determinada diretamente

pela leitura da deformação no extensómetro, ou dividindo

a variação, 8, no comprimento de referência do

corpo de prova pelo comprimento de referência original

do corpo de prova, L0• Aqui, consideramos que

a deformação é constante em toda a região entre os

pontos de calibragem. Assim,

(3.2)

Se os valores correspondentes de a e E forem marcados

em um gráfico no qual a ordenada é a tensão e

a abscissa é a deformação, a curva resultante é denominada

diagrama tensão-deformação convencional.

Esse diagrama é muito importante na engenharia porque

proporciona os meios para se obterem dados sobre

a resistência à tração (ou compressão) de um material

sem considerar o tamanho ou a forma física do

material, isto é, sua geometria. Entretanto, tenha sempre

em mente que dois diagramas tensão-deformação

para um determinado material nunca serão exatamente

iguais, já que os resultados dependem de variáveis

como a composição e as imperfeições microscópicas

do material, seu modo de fabricação e a taxa de carga

e temperatura utilizadas durante o teste.

Agora, discutiremos as características da curva tensão-deformação

convencional referente ao aço, um

material comumente utilizado para fabricação de elementos

estruturais e mecânicos. A Figura 3.4 mostra

o diagrama tensão-deformação característico para um

corpo de prova de aço obtido pelo método descrito.

Por essa curva, podemos identificar quatro modos diferentes

de comportamento do material, dependendo

do grau de deformação nele induzido.

elástico.

Ocorre o comportamento

elástico do material quando as deformações no corpo

de prova estão dentro da primeira região mostrada

na Figura 3.4. Podemos ver que a curva é na verdade

uma linha reta em grande parte dessa região, de mod;

que a tensão é proporcional à deformação. Em outras

palavras, o material é linearmente elástico. O limite

superior da tensão para essa relação linear é denominado

limite de proporcionalidade, a 1 • Se a tensão ultrapassar

ligeiramente o limite de prporcionalidade,

o material ainda pode responder de maneira elástica;

todavia, a reta tende a encurvar-se e achatar-se como

' .

cr

tensão de ruptura real

cr[ ---------------------------- ·

tamento

elástico

Diagramas de tensão-deformação convecional e real para um

material dúctil (aço)(não está em escala)

Figura 3.4

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