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Livro Hibbeler - 7ª ed Resistencia Materiais (Livro)

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558 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS

*1 8 no

ln 1879, Alberto Castigliano, um engenheiro de ferrovias

italiano, publicou um livro no qual descrevia um

método para determinar o deslocamento e a inclinação

em um ponto em um corpo. Esse método, denominado

segundo teorema de Castigliano, aplica-se somente a

corpos que tenham temperatura constante e cujo material

tenha comportamento linear elástico. Se o deslocamento

em um ponto tiver de ser determinado, o teorema

afirma que o deslocamento é igual à derivada parcial

de primeira ordem da energia de deformação no corpo

em relação a uma força que age no ponto e na direção

do deslocamento. De modo semelhante, a inclinação da

tangente em um ponto em um corpo é igual à derivada

parcial de primeira ordem da energia de deformação no

corpo com relação a um momento que age no ponto e

na direção do ângulo da inclinação.

Para deduzir o segundo teorema de Castigliano, considere

um corpo de forma arbitrária, que é submetido a

uma série de n forças, Pl' P 2 , ..., P "

(Figura 14.39). Visto

que o trabalho externo realizado por essas forças equivale

à energia de deformação interna armazenada no

cmpo, podemos aplicar a conservação de energia, isto é,

U=V

1 e

Todavia, o trabalho externo é função das cargas externas,

U e = 2-f P dx (Equação 14.1 ), portanto o trabalho

interno também é função das cargas externas. Assim,

(14.44)

Agora, se qualquer uma das forças externas, digamos

P i' aumentar de uma quantidade diferencial dP , o

trabalho interno também aumentará, de modo tal que

a energia de deformação torna-se

au.

V· + dU· = V· + -

' dP

1 1 1

ap. ]

p"

\

I

_.-- Pl

(14.45)

Entretanto, esse valor não deve depender da sequência

na qual as n forças são aplicadas ao corpo. Por exemplo,

poderíamos aplicar primeiro dP i

ao corpo, então

aplicar as cargas P P P 2 , ... ,P "

. Nesse caso,dP i provocaria 0

deslocamento do corpo por uma quantidade diferencial

dfli na direção de dPr Pela Equação 14.2, (U e = +Pfl),

o incremento de energia de deformação seria +dPd6. .

Todavia, essa quantidade é uma diferencial ele segJnd

ordem e pode ser desprezada. A aplicação adicional das

cargas P 1 , P 2 , ... , P "

faz com que dP i

desloque-se de fl p de

modo que a energia de deformação torna-se

(14.46)

Aqui, como acima, V; é a energia ele deformação

interna no corpo, provocada pelas cargas P I '

P 2 , ... , P "

e

dU = dP fl. é a energia de deformação adicional prol

I I

vocacla por dP ..

I

Resumindo, a Equação 14.45 representa a energia

ele deformação no corpo determinada pela aplicação

em primeiro lugar das cargas P 1 , P 2 , ... , Pn, e a seguir

dP i ; a Equação 14.46 representa a energia de deformação

determinada aplicando-se em primeiro lugar dP.

e a seguir as cargas P 1 , P 2 , ... , P "

. Visto que essas dua

equações devem ser iguais, exige-se

fl. = aU;

I aP-

'

(14.47)

o que prova o teorema; isto é, o deslocamento fl na

direção de P i é igual à derivada parcial de primeir ordem

ela energia de deformação em relação a P .

I

Devemos observar que a Equação 14.47 é uma declaração

referente aos requisitos de compatibilidade do

corpo, visto que é uma condição relacionada com deslocamento.

Além disso, a dedução acima exige que somente

forças conservativas sejam consideradas para a análise.

Essas forças podem ser aplicadas em qualquer ordem e,

além disso, realizam trabalho que é independente do caminho

e, portanto, não criam nenhuma perda de energia.

Como o material tem comportamento linear elástico, as

forças aplicadas serão conservativas e o teorema é válido.

Devemos mencionar também que o primeiro teorema ele

Castigliano assemelha-se ao segundo; todavia, relaciona

a carga P i com a derivada parcial da energia de deformação

em relação ao deslocamento correspondente, isto é,

P = a V I afl .A prova é semelhante à dada acima. Esse te-

' l I

orema constitui outro modo de expressar os requisitos de

equilíbrio para o corpo; contudo, sua aplicação é limitada

e não o discutiremos aqui.

Figum 14.39

ap

a

li ano

Visto que um elemento de treliça está sujeito a

uma carga axial, a energia de deformação é dada pela

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