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Livro Hibbeler - 7ª ed Resistencia Materiais (Livro)

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MÉTODOS DE ENERGIA 545

Esse método de aplicação do princípio do trabalho

virtual costuma ser denominado método das forças

virtuais, visto que se aplica uma força virtual, resultando

no cálculo de um deslocamento real externo. Nesse

caso, a equação do trabalho virtual representa uma declaração

de requisitos de compatibilidade para o corpo.

Embora não seja importante aqui, entenda que também

podemos aplicar o princípio do trabalho virtual

como um método de deslocamentos virtuais. Nesse caso,

deslocamentos virtuais são impostos ao corpo quando

ele é submetido a cargas reais. Esse método pode ser

usado para determinar a força de reação externa sobre

o corpo ou uma carga interna desconhecida dentro do

corpo. Quando usada dessa maneira, a equação do trabalho

virtual é uma declaração de requisitos de equilíbrio

para o corpo.*

Trabalho virtual interno. Os termos do lado direito

das equações 14.36 e 14.37 representam o trabalho

virtual interno desenvolvido no corpo. Os deslocamentos

reais internos dL nesses termos podem ser

produzidos de vários modos diferentes. Por exemplo,

esses deslocamentos podem resultar dos erros de fabricação

na geometria, da temperatura, ou o que é mais

comum, da tensão. Em particular, nenhuma restrição

foi aplicada à intensidade da carga externa, portanto

a tensão pode ser grande o suficiente para provocar o

escoamento ou até mesmo o endurecimento por deformação

( encruamento) do material.

Se considerarmos que o comportamento do material

é linear elástico e que a tensão não ultrapassa

o limite de proporcionalidade, podemos formular as

expressões para o trabalho virtual interno provocado

por tensão usando as equações de energia de deformação

elástica desenvolvidas na Seção 14.2. Elas estão

Deformação Energia de

causada por deformação

Carga axial N

Nz

lL

2EA dx

o

Cisalhamento V

0 2GA

Momento fletor M

lL Mz

o

Momento de torsão T

f,V dx

lL 2

r

2El dx

•0 2GJ

y z dx

Trabalho

virtual interno

lL dx

o

jLJ, v V dx

0 GA

lL mM dx

0 EI .

lL tT dx

0 GI

Veja Engineering mechanics: statics, lla edição, R. C. Hibbeler,

Prentice Hall, Inc.,2007.

relacionadas na coluna do centro da Tabela 14.1. Lembre-se

de que cada uma dessas expressões considera

que a tensão resultante N, V, M ou T foi aplicada gradualmente

de zero até seu valor total. Como resultado,

o trabalho realizado pela tensão resultante é mostrado

nessas expressões como metade do produto entre

a tensão resultante e seu deslocamento. No caso do

método da força virtual, entretanto, a carga virtual

'total' é aplicada antes de as cargas reais provocarem

deslocamentos e, portanto, o trabalho das cargas virtuais

internas consiste simplesmente no produto entre

a carga virtual interna e seu deslocamento real. Designando

essas cargas virtuais internas (u) pelos símbolos

correspondentes em letras minúsculas n, v, me t, o trabalho

virtual decorrente da carga axial, cisalhamento,

momento fletor e momento de torção é apresentado

na coluna do lado direito da Tabela 14.1. Portanto,

usando esses resultados, a equação do trabalho virtual

para um corpo submetido a uma carga geral pode ser

escrita como

1. Ll =

J nN dx. + J mM d

AE .

E! X

(14.38)

Nas seções seguintes aplicaremos a equação acima

a problemas que envolvem deflexões de treliças, vigas

e elementos mecânicos. Incluiremos também uma discussão

sobre como tratar os efeitos de erros de fabricação

e mudanças de temperaturas. Para aplicação, é

importante usar um conjunto consistente de unidades

para todos os termos. Por exemplo, se as cargas reais

forem expressas em quilonewtons e as dimensões do

corpo em metros, uma força virtual de 1 kN ou um

momento virtual de 1 kN-m deve ser aplicado ao corpo.

Desse modo, um deslocamento calculado Ll será

expresso em metros, e uma inclinação, calculada em

radianos.

*1 6 M

a pi

das

a

.

IÇaS

Nesta seção, aplicaremos o método das forças virtuais

para determinar o deslocamento de uma articulação

de treliça. Para ilustrar os princípios, determinaremos

o deslocamento vertical da articulação A da

treliça mostrada na Figura 14.30b. Esse deslocamento

é provocado pelas 'cargas reais' P1 e P2; como essas

cargas provocam apenas força axial nos elementos

estruturais, basta considerar o trabalho virtual interno

devido à carga axial (Tabela 14.1). Para obter esse

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