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Livro Hibbeler - 7ª ed Resistencia Materiais (Livro)

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498 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS

Se a coluna tiver um índice de esbeltez menor do

que (KL!r),P, a tensão crítica na coluna deve ser maior

do que o-1P. Por exemplo, suponha que uma coluna tenha

um índice de esbeltez (KL!r)1 < (KL/r)P, com tensão

crítica correspondente o-0 > o-1P necessária para causar

instabilidade. Quando a coluna está na iminência de

sofrerflambagem, a mudança na deformação que ocorre

nela está dentro de uma pequena faixa áE, e, por

isso, o módulo de elasticidade ou a rigidez do material

pode ser considerado como o módulo tangente, E1, definido

como a inclinação do diagrama cr-E no ponto D

(Figura 13.21a). Em outras palavras, no momento da

falha, a coluna comporta-se como se fosse feita de um

material que tivesse rigidez menor que quando comporta-se

elasticamente, E1 < E.

Portanto, em geral, à medida que o índice de esbeltez

diminui, a tensão crítica de uma coluna continua

a aumentar; e, pelo diagrama o--E, o módulo tangente

para o material diminui. Usando essa ideia, podemos

modificar a equação de Euler para incluir esses casos

de fiambagem inelástica substituindo o módulo tangente

do material E1 em vez de E, de modo que

7T2Et

(J

= ----

c r

(KL/r)2

(13.20)

Esse é o módulo tangente ou equação de Engesser, proposto

por F. Engesser em 1889.A Figura 13.2lb mostra

uma representação gráfica dessa equação para colunas

intermediárias e curtas de um material definido pelo

diagrama o--E na Figura 13.21a.

Nenhuma coluna real pode ser considerada como

perfeitamente reta nem carregada ao longo de seu eixo

centroide, como fizemos aqui. Portanto, na verdade é

muito difícil desenvolver uma expressão que nos dê

uma análise completa desse fenômeno. Devemos destacar

também que outros métodos já foram considerados

para descrever a fiambagem inelástica de colunas.

Um deles foi desenvolvido pelo engenheiro aeronáutico

F. R. Shanley e denomina-se teoria de Shanley da fiambagem

inelástica. Embora descreva melhor o fenômeno do

que a teoria do módulo tangente, como explicado aqui,

testes experimentais realizados em um grande número

de colunas, cada qual com uma aproximação da coluna

ideal, mostraram que a Equação 13.20 prevê a tensão

crítica da coluna com razoável precisão. Além do mais, a

abordagem do módulo tangente para o comportamento

da coluna inelástica é relativamente fácil de aplicar.

Uma haste maciça com 30 mm de diâmetro e 600 mm de

comprimento é feita de um material que pode ser modelado

pelo diagrama tensão-deformação mostrado na Figura

13.22. Se for usada como uma coluna apoiada por pinos,

determine a carga crítica.

O"fp = 150

SOLUÇÃO

O raio de giração é

r=

f!t =

u (MPa)

0,001 0,002

Figura 13.22

e, portanto, o índice de esbeltez é

- KL 1(600 mm)

r

=

7,5 mm

=80

A aplicação da Equação 13.20 produz

1T2E ?T z E

CTcr = ----'-1- = -- = 1 542(10-3)E (1)

(KL/r)2 (80? 1 1

'

Em primeiro lugar, consideraremos que a tensão crítica é

elástica. Pela Figura 13.22,

Assim, a Equação l torna-se

E = 150 MPa = 150 GPa

0,001

u cr

= 1,542(10-3)[150(103)]MPa = 231,3 MPa

Visto que u cr > u 1

= 150 MPa, ocorre fiambagem inelástica.

P

Pelo segundo segmento de reta do diagrama u-E da Figura

13.22, temos

Et = !::w = 270 MPa - 150 MPa = 120 GPa

L1E 0,002 - 0,001

A aplicação da Equação 1 produz

u "

= 1,542(10-3)[120(103)]MPa = 185,1 MPa

Como esse valor encontra-se entre os limites de 150 MP a e

270 MP a, ele é, na verdade, a tensão crítica.

Portanto, a carga crítica na haste é

P,, = u "

A = 185,1 MPa[?T(0,015 m)2] = 131 kN Resposta

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