16.09.2020 Views

Livro Hibbeler - 7ª ed Resistencia Materiais (Livro)

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

494 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS

Deve-se observar também que as curvas em cinza

na Figura 13.16 aplicam-se somente a material de

comportamento linear elástico. Será esse o caso, se a

coluna for comprida e esbelta. Contudo, se considerarmos

uma coluna robusta curta ou de comprimento

intermediário, então a carga aplicada, à medida que

aumenta, a certa altura poderá provocar o escoamento

do material e a coluna começará a comportar-se de

maneira inelástica. Isso ocorre no ponto A da curva em

preto na Figura 13.16. Ainda que a carga continue a

aumentar, a curva nunca atingirá a carga crítica; em

vez disso, a carga atingirá um valor máximo em B. Depois

desse ponto, ocorrerá uma redução repentina na

capacidade de carga à medida que a coluna continuar

a sofrer deflexões cada vez maiores.

Por fim, as curvas em cinza na Figura 13.16 também

ilustram que ocorre uma relação não linear entre

a carga P e a deflexão v. O resultado é que o princípio

da superposição não pode ser usado para determinar

a deflexão total de uma coluna provocada pela aplicação

de cargas sucessivas. Em vez disso, primeiro temos

de somar as cargas e só então determinar a deflexão

correspondente à carga resultante. Em termos físicos,

a razão por que as cargas e as deflexões sucessivas não

podem ser sobrepostas é que o momento interno da

coluna depende da carga P, bem como da deflexão v,

isto é, M = -P(e + v) (Equação 13.13). Em outras

palavras, qualquer deflexão provocada por uma componente

de carga aumenta o momento. Esse comportamento

é diferente da flexão de uma viga, na qual a

deflexão verdadeira provocada por uma carga não aumenta

o momento interno.

A fórmula da secante. A tensão máxima na

coluna pode ser determinada se entendermos que ela

é provocada pela carga axial e também pelo momento

(Figura 13.17a). O momento máximo ocorre no ponto

médio da coluna e, pelas equações 13.13 e 13.16, seu

valor é

M = IP(e + Vmáx)l M = Pe sec( ff )

(13.18)

Como mostra a Figura 13.17b, a tensão máxima na

coluna é de compressão e seu valor é

,

=

O' max

p + sec( Pec /F )

L A I \j Jjj 2

Visto que o raio de giração é definido como r 2 = I/A,

a equação acima pode ser escrita em uma forma denominada

.fórmula da secante:

L

p

tl

p

O' ,

max

(a)

Nessa expressão

p

p

M

Figura 13.17

Tensão

axial

Tensão de

flexão

11

fij9

O"máx

Tensão

resultante

(b)

= p [1 + ec sec( _f_ lP) J

A r2 2r \j JiA (13.19)

O'

= tensão elástica máxima na coluna, que ocorre

no interior do lado côncavo no ponto mé­

máx

dio da coluna. Essa tensão é de compressão

P = carga vertical aplicada à coluna. P < P,, a

menos que e = O, então P = P,, (Equação

13.5)

e = excentricidade da carga P, medida do eixo

neutro da área da seção transversal da coluna

até a linha de ação de P

c = distância do eixo neutro até a fibra externa

da coluna onde ocorre a tensão de compressão

máxima O' .

max

A área da seção transversal da coluna

L = comprimento não apoiado da coluna no

plano de flexão. Para outros apoios, exceto

pinos, o comprimento efetivo Le deve ser

usado. Vej a Figura 13.12

E módulo de elasticidade para o material

r = raio de giração, r = \1171I, onde I é calculado

em torno do eixo neutro ou de flexão

Assim como a Equação 13.16, a Equação 13.19 indica

que há uma relação não linear entre a carga e a

tensão. Por consequência, o princípio da superposição

não é aplicável e, portanto, as cargas têm de ser somadas

antes de determinar a tensão. Além do mais, em

razão dessa relação não linear, qualquer fator de segurança

usado para a finalidade de projeto aplica-se à

carga, e não à tensão.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!