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Livro Hibbeler - 7ª ed Resistencia Materiais (Livro)

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402 RESISTNCIA DOS MATERIAIS

jeto para flexão requer a determinação do módulo de

resistência à flexão da viga, que é a relação entre I e c,

isto é, S = 1/c. Pela fórmula da flexão, cr= Me/I, temos

Mrnáx

Sreq = - cr adrn

(11.1)

Nessa expressão,M é determinado pelo diagrama de

momento da viga, e a tensão de flexão admissível, cradm'

é especificada em um código ou manual de projeto. Em

muitos casos, o peso desconhecido da viga será pequeno

e poderá ser desprezado em comparação com as cargas

que a viga deve suportar. Todavia, se o momento adicional

provocado pelo peso tiver de ser incluído no projeto,

o s escolhido terá de ser ligeiramente maior que sre q '

Uma vez conhecido S req , se a forma da seção trans-

versai da viga for simples, como um quadrado, um círculo

ou um retângulo cujas proporções largura/altura

sejam conhecidas, suas dimensões poderão ser determinadas

diretamente por sre ' visto que, por definição,

S = 1/c. Contudo, se a seção q

transversal for compta

por vários elementos, como uma seção de abas

largas, poderá ser determinado um número infinito de

dimensões para a alma e para as abas que satisfaçam

o valor de S . Entretanto, na prática, os engenheiros

escolhem ur{; determinada viga que cumpra o requisito

S > S em um manual que relacione as formas

padronizacÍis oferecidas por fabricantes. Muitas vezes,

há várias vigas com o mesmo módulo de resistência à

flexão que podem ser selecionadas nessas tabelas. Se

não houver restrições para as deflexões, normalmente

se escolherá a viga que tenha a menor área de seção

transversal, já que a quantidade de material utilizado

em sua fabricação é menor e, portanto, ela será mais

leve e mais econômica do que as outras.

A discussão acima considera que a tensão de flexão

admissível do material é a mesma sob tração e sob compressão.

Se for esse o caso, a viga que tenha seção transversal

simétrica em relação ao eixo neutro deverá ser escolhida.

Contudo, se as tensões de flexão admissíveis sob

tração e sob compressão não forem as mesmas, a escolha

de uma seção transversal assimétrica poderá ser mais

eficiente. Nessas circunstâncias, o projeto da viga deverá

levar em conta a resistência ao maior momento positivo,

bem como ao maior momento negativo no vão.

Uma vez selecionada a viga, podemos usar a fórmula

do cisalhamento Tadm VQ!It para confirmar se a

tensão de cisalhamento admissível não foi ultrapassada.

Muitas vezes esse requisito não será um problema.

Todavia, se a viga for 'curta' e suportar grandes cargas

concentradas, a limitação à tensão de cisalhamento poderá

ditar o tamanho dela. Essa limitação é particularmente

importante no projeto de vigas de madeira, porque

a madeira tende a rachar ao longo de suas fibras

devido ao cisalhamento (veja a Figura 7.6).

Vigas fabricadas. Uma vez que as vigas são ge.

ralmente feitas de aço ou madeira, agora discutiremos

algumas das propriedades tabeladas de vigas feitas

desses materiais.

aço. A maioria das vigas de aço fabricadas

é produzida por laminação a quente de um lingote

até se obter a forma desejada. As propriedades dessas

formas, denominadas perfis laminados, são tabeladas

no manual do American Institute of Steel Construction

(AISC). Uma lista representativa de vigas de abas

largas retiradas desse manual é dada no Apêndice B.

Como observado nesse apêndice, os perfis de abas

largas são projetados segundo sua altura e peso por

unidade de comprimento; por exemplo, W460 X 68 indica

uma seção transversal de abas largas (W) com 460

mm de altura e 0,68 kN/m de peso (Figura 11.2). Para

qualquer seção dada, são informados o peso por comprimento,

as dimensões, a área da seção transversal, o

momento de inércia e o módulo de resistência à flexão.

Está incluído também o raio de giração r, que é uma

propriedade geométrica relacionada com a resistência

da seção à flambagem. Isso será discutido no Capítulo

13. O Apêndice B e o Manual do AISC (AISC Manual)

também apresentam listas de dados de outros elementos

estruturais como vigas em U e cantoneiras.

Se,eo,es de A maioria das vigas feitas de madeira

tem seção transversal retangular porque são fáceis

de fabricar e manusear. Manuais como os da National

Forest Products Association apresentam listas de dimensões

de madeiras frequentemente utilizadas no projeto

de vigas. Muitas vezes são informadas as dimensões

nominais e também as reais. A madeira bruta é identificada

por suas dimensões nominais, como 50 X 100

(50 mm por 100 mm); todavia, suas dimensões 'acabada ·

são menores (37,5 mm por 87,5 mm). A redução das cltmensões

deve-se à exigência de obter superfícies lisas da

madeira bruta serrada. É óbvio que as dimensões reais

devem ser usadas no cálculo de vigas de madeira.

Uma seção composta é constrn!d.a

com duas ou mais peças unidas para formar uma UIIca

unidade estrutural. Como indicado pela Equaçao

11.1, a capacidade da viga de resistir a um ṃ m nt

varia diretamente com seu módulo de res1stencta '

15,4 mm

T 9,14mm

459mm

l

W460 X 68

/--- 154 mm --1

Figura 11.2

c

c

I

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