16.09.2020 Views

Livro Hibbeler - 7ª ed Resistencia Materiais (Livro)

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Projeto de vi as e e1x s

5 DO CAPÍTULO

Neste capítulo, discutiremos como projetar uma viga de modo que ela possa resistir a cargas de flexão e cisa­

Especificamente, desenvolveremos métodos usados para projetar vigas prismáticas e determinar a

fo rma de vigas totalmente solicitadas. No final do capítulo, consideraremos o projeto de eixos com base na

resistência a momentos fletores e de torção.

Base para o projeto

de vigas

Vigas são elementos estruturais projetados para

suportar cargas aplicadas perpendicularmente a seus

eixos longitudinais. Por causa dessas cargas, elas desenvolvem

uma força de cisalhamento interna e um momento

fletor que, em geral, variam de ponto a ponto ao

longo do eixo da viga. Algumas delas também podem

estar sujeitas a uma força axial interna; todavia, os efeitos

dessa força costumam ser desprezados no projeto

visto que, em geral, a tensão axial é muito menor do

que as tensões desenvolvidas por cisalhamento e flexão.

Quando escolhemos uma viga para resistir a ambas

as tensões de cisalhamento e flexão, diz-se que ela

é projetada com base na resistência. O projeto de uma

viga de acordo com esse conceito exige a utilização das

fórmulas de cisalhamento e flexão desenvolvidas nos

capítulos 6 e 7. Entretanto, a aplicação dessas fórmulas

limita-se a vigas feitas de material homogéneo que

apresente comportamento linear elástico.

A análise de tensão de uma viga geralmente despreza

os efeitos provocados por cargas distribuídas externas

e forças concentradas aplicadas à viga. Como mostra a

Figura 11.1, essas cargas ctiarão tensões adicionais na

viga diretamente sob a carga. Nota-se especificamente

que, além da tensão de flexão (J'x e da tensão de cisalhamento

rx y que discutimos anteriormente, também será

desenvolvida uma tensão de compressão (J' . Y

Todavia,

por meio de métodos de análise avançados, como os da

teoria da elasticidade, podemos mostrar que a tensão

(]' diminui rapidamente por toda a altura (ou profun-

Y

didade) da viga e, na maioria das relações vão/altura

usadas na prática da engenharia, o valor máximo de

(J'

Y

em geral representa apenas uma pequena porcentagem

em comparação com a tensão de flexão (J'x' isto é,

(]'

» (]' . Além disso, a aplicação direta de cargas concentrdai

é geralmente evitada no projeto de vigas. Em

vez disso, utilizam-se chapas de assento para distribuir

essas cargas com maior uniformidade pela superfície

da viga.

Embora as vigas sejam projetadas sobretudo para

resistência, elas também têm de ser escoradas de maneira

adequada ao longo de seus lados para que não

sofram flambagem ou tornem-se repentinamente instáveis.

Além disso, em alguns casos as vigas têm de ser

projetadas para resistir a uma quantidade limitada de

deflexão, como ocorre quando suportam tetos de material

frágil como gesso. Métodos para determinar a

deflexão de vigas serão discutidos no Capítulo 12, e as

limitações impostas à flambagem das vigas costumam

ser discutidas em códigos e manuais de projeto estrutural

ou mecânico.

11.2 Projeto de viga prismática

Figura 11.1

Para projetar uma viga com base na resistência, exige-se

que as tensões de flexão e de cisalhamento verdadeiras

na viga não ultrapassem aquelas admissíveis

para o material, definidas por códigos e manuais de

projeto estrutural ou mecânico. Se o vão livre da viga

for relativamente longo, de modo que os momentos

internos tornam-se grandes, o engenheiro considerará,

em primeiro lugar, um projeto baseado na flexão e então

verificará a resistência ao cisalhamento. Um pro-

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!