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Livro Hibbeler - 7ª ed Resistencia Materiais (Livro)

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TRANSFORMAÇÃO DA DEFORMAÇÃO 391

Cisalhamento puro

u2

Figura 10.33

Uma comparação entre os dois critérios de falha

que descrevemos até aqui é mostrado na Figura 10.33.

Observe que ambas as teorias dão os mesmos resultados

quando as tensões principais são iguais, isto é,

pelas equações 10.2? e 10.?0, _

0'1 . =O" 2 = O" e ou, quando

uma das tensões pnnc1pms for Igual a zero e a outra

tiver valor ue. Por outro lado, se o material for submetido

a cisalhamento puro, r ,

então as teorias demonstram

a maior discrepância na previsão da falha. As

coordenadas da tensão desses pontos sobre as curvas

foram determinadas considerando o elemento mostrado

na Figura 10.34a. Pelo círculo de Mohr associado

para esse estado de tensão (Figura 10. 34b ), obtemos

as tensões principais 0'1 = r e 0'2 = -r. Aplicando as

equações 10.27 e 10.30, a teoria da tensão de cisalhamento

máxima e a teoria da energia de distorção máxima

produzem (]' 1 = (]' /2 e (]' 1 = (]'e V3' respectivamente

(Figura 10.33).

Ensaios de torção reais, usados para desenvolver

uma condição de cisalhamento puro em um corpo de

prova dúctil, mostraram que a teoria da energia de

distorção máxima dá resultados mais precisos para

falha por cisalhamento puro do que a teoria da tensão

de cisalhamento máxima. Na verdade, visto que

((J'/'/3)/(0"/2) = 1,15, a tensão de cisalhamento para

escoamento do material, como dada pela teoria da

energia de distorção máxima, é 15% mais precisa do

que a dada pela teoria da energia da tensão de cisalhamento

máxima.

Materiais frágeis

Teoria da tensão normal máxima.

Afirmamos anteriormente

que materiais frágeis, como ferro fundido

cinzento, tendem a falhar repentinamente por ruptura,

sem nenhum escoamento aparente. Em um ensaio

de tração, a ruptura ocorre quando a tensão normal

atinge o limite de resistência O" r (Figura 10.35a). Além

disso, em um ensaio de torção, a ruptura frágil ocorre

devido à tensão de tração máxima, desde que o plano

de ruptura para um elemento esteja a 45° em relação

à direção de cisalhamento (Figura 10.35b). Portanto,

a superfície de ruptura é helicoidal, como mostra a figura.*

Testes experimentais mostraram também que,

durante torção, a resistência do material não é muito

afetada pela presença da tensão principal de compressão

associada que está em ângulo reta em relação à

tensão de tração principal. Por consequência, a tensão

de tração necessária para romper um corpo de prova

durante um ensaio de torção é aproximadamente

a mesma necessária para romper um corpo de prova

sob tensão simples. Por causa disso, a teoria da tensão

normal máxima afirma que um material frágil falhará,

quando a tensão principal máxima O" 1 no material

atingir um valor limite igual ao limite de resistência à

tensão normal que o material pode suportar quando

submetido à tração simples.

Se o material estiver sujeito ao estado plano de tensão,

exige-se que

I0'1I = O'r

IO"zl = O"r

(10.31)

u2 = -r

l

(a)

'T

1 A

Figura 10.34

T

(r, O)

(b)

Falha de um material

frágil sob tração

(a)

Figura 10. 35

Falha de um material

frágil sob torção

Um pedaço de giz escolar quebra desse modo quando suas extremidades

são torcidas com os dedos.

(b)

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