Livro Hibbeler - 7ª ed Resistencia Materiais (Livro)

luis.carlos.silva
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362 RESISTÊNCIA DOS MATERIAISz+<,dy rryIí- -- - - - - II -- - - IYxyIIIIII-'AI + -dy f 2 YxyII+ 2odx\.'_(a)+ExdxXy'yEstado plano de tensão, O'.n O'y, não causa estadoplano de deformação no plano x- y desde que Ez * O.Figura 10.210.2Equações gerais detransformação no planode deformaçãoNa análise do estado plano de deformação, é importanteestabelecer equações de transformação quepossam ser usadas para determinar as componentes x',y' da deformação normal e daquela por cisalhamentoem um ponto, desde que as componentes x, y da deformaçãosejam conhecidas. Em essência, esse é umproblema de geometria e requer relacionar as deformaçõese rotações de segmentos de reta diferenciaisque representam os lados de elementos diferenciaisparalelos a cada conjunto de eixos.Convenção de sinal. Antes de desenvolver asequações de transformação da deformação, é precisodefinir uma convenção de sinal para as deformações.Essa convenção é a mesma estabelecida na Seção 2.2 eserá definida novamente aqui para a condição de estadoplano de deformação. Com referência ao elementodiferencial mostrado na Figura 10.3a, as deformaçõesnormais Ex e E Y serão positivas, se provocarem alongamentoao longo dos eixos x e y, respectivamente, eaquelas por cisalhamento Yxy serão positivas, se o ângulointerno AOB ficar menor que 90°. Essa convençãode sinal também segue a correspondente usada parao estado plano de tensão (Figura 9.5a), isto é, u , u x Y ,T xy positivas provocarão , ,deformação,no elemento nasdireções E x, E Y, Yxy positivas, respectivamente.Aqui, o problema será determinar, em um ponto,as deformações normais e de cisalhamento Ex'' E y '' Yx' y ''medidas em relação aos eixos x' e y', se conhecermos(b)Convenção de sinal positivoFigma 10.3Ex, E>', Yxy medidas em relação aos eixos x,y. Se o ângulo.entre os eixos x e x' for 8 então, ass1m como ocorrecom o estado plano de tensão, 8 será positivo, contantoque siga a curvatura dos dedos da mão direita, isto é,sentido anti-horário, como mostra a Figura 10.3b.Deformações normal e por cisalhamento.Para desenvolver a equação de transformação da de·formação e determinar Ex'' temos de determinar o alon·gamento de um segmento de reta dx' que se encontraao longo do eixo x' e está sujeito às componentes dadeformação E x ' E Y, Yxy ' Como mostra a Fgura 10.4 ascomponentes da reta dx' ao longo dos e1xos x e y saodx = dx' cos edy = dx' sen8(10.1)Quando ocorre a deformação normal positiva e,(Figura 10.4b ), a reta dx sofre um alongamento ci:;•o que provoca um alongamento E dx cos 8 na reta l\ ·Do mesmo modo, quando ocorré x E>' (Figura 10.4c), areta dy sofre um alongamento E ,dy, o que provoca um .alongamento E ,dy sen 8 na reta>dx,. p or fim , co nstdc·r ando que dx prmaneça fixa na posição, a defonnaçaoPor cisalhamento y . , que é a mudança no ângulo ?tr·'Ydx e dy, provoca o deslocamento Ydtl'CI·. x; •dy para ata da extremidade da reta dy,F' Uflcomo mostra a tg '10.4d. Isso acarreta o alongamento y d s 8 na retHxy Yco•Adx'. Se esses tres alongamentos forem soma dos ' o a 1 on·gamento resultante de dx' seráôx' = Ex dx cos 8 + Ey dy sen8 + Yxy dy cos 8

TRANSFORMAÇÃO DA DEFORMAÇÃO 363Pela Equação 202, a deformação normal ao longoreta dx' é E x, = ox' /dx ' o Portanto, usando a EquaçãotemosE x' :: €.x cos2 e + €.y seif e + 'Yxy serre cos e (1002)A equação de transformação da deformação paradeterminar 'Yx'lpode ser desenvolvida considerando-sequantidade de rotação que cada um dos segmentos de:eta dx ' e dy' sofre quando sub etdo às compo entesda deformação Ex, EY, 'Yxy o Em pnmerro lugar, consideraremosa rotação de dx ', definida pelo ângulo em sentidoanti-horário a mostrado na Figura 10.4eo Esse ângulopode ser determinado pelo deslocamento oy' pela expressãoa = oy '/dx' o Para obter oy', considere as trêscomponentes do deslocamento seguintes que agem nadireção y': uma de Ex, que dá -Exdx sen e (Figura 10.4b );uma outra de EY, que dá €. dy Ycos e (Figura 10.4c); e aúltima de 'Yxy' que dá - yxydy sen e (Figura 10.4d)oAssim,8y' , provocada pelas três componentes da deformação, éComo mostra a Figura 10.4e, a reta dy' sofre umarotação de {3o Podemos determinar esse ângulo poruma análise semelhante ou simplesmente substituindoe por e + 90° na Equação 10o3o Usando as identidadessen(e + 90°) = cos e, cos(e + 90°) = -sen e, temos{3 = (-Ex + Ey) sen (e + 90°) cos( & + 90°)- 'Yxy sen2( e + 90°)= -(-Ex + Ey) cos e sen e - 'Yxy cos2 eVisto que a e {3 representam a rotação dos ladosdx ' e dy' de um elemento diferencial cujos lados estavamoriginalmente orientados ao longo dos eixos x'e y' e que {3 está na direção oposta de a, Figura 10.4e,então o elemento está sujeito a uma deformação porcisalhamento de'Yx'y' = a-{3 = -2(€.x - €.y) senecos ey'ôy' = -Ex dx serre + €.y dy COS e - 'Yxy dy sen ePela Equação 1001, com a = oy'!dx', temosa = (-Ex + Ey) serre cos e - 'Yxy sen2 e (1003)yx y' yEyd1 dy'cos()------------idy dx' ()dy Eydyx'dx'Idx-----------xsen(Ji Ex EyAntes da deformação Deformação normal Deformação normalIIX+ 'Yxy( cos2 e - sen2 e)(10.4)Usando as identidades trigonométricas sen 28 =2 sen (} cos e, cos2 e = (1 + cos 2e)/2 e sen2 e + cos2(} = 1, podemos rescrever as equações l0o2 e 10.4 naforma finaly'yII()- - 12_ _________ /'L-----()(a) (b) (c)y'Deformação por cisalhamento l'xy(d)Figura 10.4(e)

362 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS

z

+<,dy rr

y

I

í

- -

- - - - - I

I -- - - I

Yxy

I

I

I

I

I

I

-'

A

I + -

dy f 2 Yxy

I

I

+ 2

o

dx

\.'_

(a)

+Exdx

X

y'

y

Estado plano de tensão, O'.n O'y, não causa estado

plano de deformação no plano x- y desde que Ez * O.

Figura 10.2

10.2

Equações gerais de

transformação no plano

de deformação

Na análise do estado plano de deformação, é importante

estabelecer equações de transformação que

possam ser usadas para determinar as componentes x',

y' da deformação normal e daquela por cisalhamento

em um ponto, desde que as componentes x, y da deformação

sejam conhecidas. Em essência, esse é um

problema de geometria e requer relacionar as deformações

e rotações de segmentos de reta diferenciais

que representam os lados de elementos diferenciais

paralelos a cada conjunto de eixos.

Convenção de sinal. Antes de desenvolver as

equações de transformação da deformação, é preciso

definir uma convenção de sinal para as deformações.

Essa convenção é a mesma estabelecida na Seção 2.2 e

será definida novamente aqui para a condição de estado

plano de deformação. Com referência ao elemento

diferencial mostrado na Figura 10.3a, as deformações

normais Ex e E Y serão positivas, se provocarem alongamento

ao longo dos eixos x e y, respectivamente, e

aquelas por cisalhamento Yxy serão positivas, se o ângulo

interno AOB ficar menor que 90°. Essa convenção

de sinal também segue a correspondente usada para

o estado plano de tensão (Figura 9.5a), isto é, u , u x Y ,

T xy positivas provocarão , ,

deformação

,

no elemento nas

direções E x, E Y

, Yxy positivas, respectivamente.

Aqui, o problema será determinar, em um ponto,

as deformações normais e de cisalhamento Ex'' E y '' Yx' y ''

medidas em relação aos eixos x' e y', se conhecermos

(b)

Convenção de sinal positivo

Figma 10.3

Ex, E>', Yxy medidas em relação aos eixos x,y. Se o ângulo

.

entre os eixos x e x' for 8 então, ass1m como ocorre

com o estado plano de tensão, 8 será positivo, contanto

que siga a curvatura dos dedos da mão direita, isto é,

sentido anti-horário, como mostra a Figura 10.3b.

Deformações normal e por cisalhamento.

Para desenvolver a equação de transformação da de·

formação e determinar Ex'' temos de determinar o alon·

gamento de um segmento de reta dx' que se encontra

ao longo do eixo x' e está sujeito às componentes da

deformação E x ' E Y

, Yxy ' Como mostra a Fgura 10.4 as

componentes da reta dx' ao longo dos e1xos x e y sao

dx = dx' cos e

dy = dx' sen8

(10.1)

Quando ocorre a deformação normal positiva e,

(Figura 10.4b ), a reta dx sofre um alongamento ci:;•

o que provoca um alongamento E dx cos 8 na reta l\ ·

Do mesmo modo, quando ocorré x E>' (Figura 10.4c), a

reta dy sofre um alongamento E ,dy, o que provoca um .

alongamento E ,dy sen 8 na reta

>

dx

,. p or fim , co nstdc·

r ando que dx prmaneça fixa na posição, a defonnaçao

Por cisalhamento y . , que é a mudança no ângulo ?tr

·'Y

dx e dy, provoca o deslocamento Y

dtl'CI·

. x; •dy para a

ta da extremidade da reta dy,

F' Ufl

como mostra a tg '

10.4d. Isso acarreta o alongamento y d s 8 na retH

xy Y

co

A

dx'. Se esses tres alongamentos forem soma dos ' o a 1 on·

gamento resultante de dx' será

ôx' = Ex dx cos 8 + Ey dy sen8 + Yxy dy cos 8

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