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Livro Hibbeler - 7ª ed Resistencia Materiais (Livro)

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288 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS

ao longo de segmentos (alma) inclinados ou paralelos em

relação a V. O segundo é que q sempre age paralelamente

às paredes do elemento, visto que a seção na qual q é calculado

é tomada perpendicularmente às paredes. E o terceiro

é que o sentido da direção de q é tal que o cisalhamento

parece "fluir" pela seção transversal, para dentro

na aba superior da viga, "combinando-se" e, então, "fluindo"

para baixo pela alma, uma vez que deve contribuir

para a força de cisalhamento V, e, então, separando-se

e "fluindo" para fora na aba inferior. Se conseguirmos

"visualizar" esse "fluxo", teremos um meio fácil para definir

não somente a direção de q, mas também a direção

correspondente de r. Outros exemplos da direção que q

toma ao longo de segmentos de elementos de paredes

finas são mostrados na Figura 7.21. Em todos os casos, a

simetria prevalece em torno de um eixo colinear com V;

o resultado é que q "flui" em uma direção tal que dará as

componentes necessárias da força vertical equivalentes

a V e ainda satisfará os requisitos do equilíbrio da força

horizontal para a seção transversal.

I

I

!v

I

I

,

I

Figura 7.21

-t=-ill

I

Fluxo de cisalhamento q

.. Se um elemento for composto por segmentos com paredes fli:tas, só o fluxo de Cisalha1Uentoparalelo às paredes

elemento é importante.

• O fluxo de cisalhamento varia linearmente ao longo de segmentos perpendiculares à direção do cisalhamento V.

• O fluxo de cisalhamento varia parabolicamente ao longo de seg1nentos inclinados ou parti! elos em relação à

do cisalhamento V.

• Na seção transversal, o cisalhamento "flui'' ao longo dos segmentos de modo que contribui para o cisalhamento

ainda, satisfaz o equilíbrio de força horizontal e vertical.

A viga-caixão de paredes finas na Figura 7.22a está sujeita

a um cisalhamento de 10 kN. Determine a variação do

fluxo de cisalhamento em toda a seção transversal.

SOLUÇÃO

Por simetria, o eixo neutro passa pelo centro da seção transversal.

O momento de inércia é

I=-(6 1 mm)(8 mm)3 - -(4 1

12 12 mm)(6 mm)3 = 184 mm4

Só o fluxo de cisalhamento nos pontos B, C e D deve ser

determinado. Para o ponto B, a área A' O (Figura 7.22b ),

visto que podemos considerar que ela está localizada inteiramente

no ponto B. Como alternativa, A' também podere­

=

presentar toda a área da seção transversal, caso em que Q n =

y'A' =O, uma vez que y' =O. Como Qn =O, então

qB = 0

Para o ponto C, a área A' é a sombreada escura na Figura

7.22c. Aqui, usamos as dimensões médias, visto que o ponto

C está na linha central de cada segmento. Temos

Qc = y'A' = (3,5 cm)(5 cm)(1 cm) = 17,5 cm3

Assim,

= 0,951 kN/cm = 95,1 N/mm

O fluxo de cisalhamento em D é calculado pelos três retângulos

sombreados, mostrados na Figura 7.22d. Temos

Qn = 2:y'A' = 2[2 cm](1 cm)(4 cm)

- [3,5 cm]( 4 cm)(1 cm) = 30 cm3

Portanto,

I 184 cm4 '

qD = VQ D

= 10 N(30 cm 3 /2) = 163 kN/cm = 163 N/Jlll

Com esses resultados e a simetria da seção transversal.

011

a distribuição do fluxo de cisalhamento é representada

Figura 7.22e. Como esperado, a distribuição é linear ao log

dos segmentos horizontais (perpendiculares a V) e paraboh·

ca ao longo dos segmentos verticais (paralelos a V).

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