16.09.2020 Views

Livro Hibbeler - 7ª ed Resistencia Materiais (Livro)

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

CiSALHAMENTO TRANSVERSAL 285

7.5

Wo

2m ---*--2m--

Pt·oblema 7.55

75 mm

/

Fluxo de cisalhamento em

elementos de paredes finas

Na seção anterior, desenvolvemos a equação do

fluxo de cisalhamento, q = VQ!I, e mostramos como

ela pode ser usada para determinar o fluxo de cisalhamento

que age ao longo de qualquer plano longitudinal

de um elemento. Nesta seção, mostraremos como

aplicar essa equação para determinar a distribuição do

fluxo de cisalhamento pela área da seção transversal

de um elemento. Aqui, consideraremos que o elemento

tem paredes finas, isto é, a espessura da parede é

pequena em comparação com a altura ou largura do

elemento. Como mostraremos na próxima seção, essa

análise tem importantes aplicações no projeto estrutural

e mecânico.

Antes de determinar a distribuição do fluxo de cisalhamento

em uma seção transversal, em primeiro

lugar mostraremos como o fluxo de cisalhamento está

relacionado com a tensão de cisalhamento. Para tal,

considere o segmento dx de uma viga com abas largas

na Figura 7.19a. Um diagrama de corpo livre de uma

porção da aba é mostrado na Figura 7.19b. A força dF

é desenvolvida ao longo da seção longitudinal sombreada

de modo a equilibrar as forças normais F e F + dF

criadas pelos momentos Me M + dM, respectivamente.

Visto que o segmento tem comprimento dx, então

0 fluxo de cisalhamento ou força por comprimento ao

longo da seção é q = dF!dx. Como a parede da aba é

fi!w , a variação da tensão de cisalhamento r não vana

muito ao longo da espessura t da seção; portanto,

consideraremos que ela é constante. Por consequência,

dF ==- r dA = r(t dx) = q dx, ou

q = rt (7.7)

Esse mesmo resultado também pode ser determinado

comparando a equação do fluxo de cisalhamento,

q = VQ/I, com a fórmula do cisalhamento, r = VQ!It.

Como a tensão de cisalhamento, o fluxo de cisalhamento

age em ambos os planos, longitudinal e transversal.

Por exemplo, se o elemento de canto no ponto

B na Figura7.19b for removido (Figura 7.19c), o fluxo

de cisalhamento age como mostrado na face lateral do

elemento. Embora a componente vertical transversal

do fluxo de cisalhamento exista, nós a desprezaremos

porque, como mostra a Figura 7.19d, essa componente,

assim como ocorre na tensão de cisalhamento, é aproximadamente

zero em toda a espessura do elemento.

Isso porque consideramos que as paredes são finas e

as superfícies superior e inferior do elemento estão livres

de tensão. Resumindo, somente será considerada

a componente do fluxo de cisalhamento que age paralelamente

às paredes do elemento.

Por uma análise semelhante, isolar o segmento do

lado esquerdo na aba superior (Figura 7.19e) definirá

a direção correta do fluxo de cisalhamento no elemento

de canto C do segmento (Figura 7.19f). Mostre, por

esse método, que o fluxo de cisalhamento nos pontos

correspondentes B' e C' na aba inferior é dirigido

como mostra a Figura 7.19g.

Esse exemplo ilustra como a direção do fluxo de

cisalhamento pode ser definida em qualquer ponto da

seção transversal de uma viga. Agora, usando a fórmula

do fluxo de cisalhamento, q = VQ/I, mostraremos

como determinar a distribuição do fluxo de cisalhamento

por toda a seção transversal. É de esperar que

essa fórmula dê resultados razoáveis para o fluxo de

cisalhamento já que, como afirmamos na Seção 7.3, a

precisão dessa equação melhora para elementos que

têm seções transversais retangulares finas. Contudo,

para qualquer aplicação, a força de cisalhamento V

deve agir ao longo de um eixo de simetria ou eixo principal

de inércia do centroide da seção transversal.

Começaremos determinando a distribuição do fluxo

de císalhamento ao longo da aba superior direita da

viga T na Figura 7.20a. Para tal, considere o fluxo de cisalhamento

q que age no elemento cinza-escuro localizado

a uma distância arbitrária x da linha central da

seção transversal (Figura 7.20b). Esse fluxo é determinado

pela Equação 7.6 com Q = y'A' = [d/2](b/2

Assim,

x)t.

= VQ = V[d/2]((b/2) - x)t = Vt d (!!__ _ \I (7.S)

q I I 2I 2

Por inspeção, essa distribuição é linear e varia de

q = O em X = b/2 a ( q má)aba = Vt db/4I em X = O. (A limitação

de x = O é possível aqui, visto que consideramos

que o elemento tem "paredes finas" e, portanto, a

x ;

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!