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Livro Hibbeler - 7ª ed Resistencia Materiais (Livro)

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FLEXÃO 247

Ou, pela Equação 6.29,

3 ( ·4· y2)

M=-M 1-_:

2 e 3 h2 (6.30)

A inspeção da Figura 6.54e revela que M produz

duas zonas de escoamento plástico e um núcleo elástico

no elemento. A fronteira entre elas está localizada a

distância ±y c do eixo neutro. À medida que o valor de

M aumenta,ye aproxima-se de zero. Isso converteria o

material em inteiramente plástico e, então, a distribuição

de tensão seria semelhante à mostrada na Figura

6.54f. Pela Equação 6.30 com y c = O ou determinando

os momentos dos "blocos" de tensão em torno do eixo

neutro, podemos expressar esse valor-limite como

1

M =

p -bh2 (J

4

Pela Equação 6.29, temos

e

(6.31)

(6.32)

Esse momento é denominado momento plástico.

Seu valor é exclusivo somente para a seção retangular

mostrada na Figura 6.54f, visto que a análise depende

da geometria da seção transversal.

Às vezes, as vigas usadas na construção de edifícios

são projetadas para resistir a momento plástico. Quando

isso ocorre, os códigos e manuais de engenharia

normalmente apresentam uma propriedade de projeto

para uma viga denominado fator de forma. O fator de

forma é definido com a razão

(6.33)

Esse valor especifica a capacidade de momento

adicional que uma viga pode suportar além de seu momento

elástico máximo. Por exemplo, pela Equação

6.32, uma viga com seção transversal retangular tem

um fator de forma k = 1,5. Portanto, podemos concluir

que essa seção suportará 50% mais momento fietor do

que seu momento elástico máximo quando ela se tornar

totalmente plástica.

Momento resistente. Considere, agora, o caso

mais geral de uma viga com seção transversal simétrica

somente em relação ao eixo vertical, enquanto o momento

é aplicado em torno do eixo horizontal (Figura

6.55a). Consideraremos que o material exibe encrua-

mento e que seus diagramas tensão-deformação para

tração e compressão são diferentes (Figura 6.55b).

Se o momento M produzir o escoamento da viga,

será difícil determinar a localização do eixo neutro e

a deformação máxima produzida na viga. Isso porque

a seção transversal é assimétrica em torno do eixo horizontal

e o comportamento tensão-deformação do

material é assimétrico sob tração e sob compressão.

Para resolver esse problema, há um procedimento de

tentativa e erro com as seguintes etapas:

1. Para um dado momento M, assuma uma localização

para o eixo neutro e a inclinação

da distribuição de deformação "linear", Figura

6.55c.

2. Estabeleça, por meios gráficos, a distribuição

de tensão na seção transversal do elemento

usando a curva (]"-E para marcar os valores da

tensão correspondentes aos valores da deformação.

Então, a distribuição de tensão resultante

(Figura 6.55d) terá a mesma forma da

curva (]"-E.

3. Determine os volumes envolvidos pelos "blocos"

de tensão de tração e compressão. (Como

aproximação, isso pode exigir a divisão de cada

bloco em regiões compostas.) A Equação 6.27

requer que os volumes desses blocos sejam

iguais, visto que representam a força de tração

resultante Te a força de compressão resultante

C na seção (Figura 6.55e). Se essas forças não

forem iguais, deve ser feito um ajuste na localização

do eixo neutro (ponto de deformação

nula), e o processo é repetido até a Equação

6.27 (T = C) ser satisfeita.

4. Assim que T = C, os momentos produzidos por

T e C podem ser calculados em torno do eixo

neutro. Aqui, os braços de momento para T e

C são medidos do eixo neutro até os centroides

dos volumes definidos pelas distribuições

de tensão (Figura 6.55e). A Equação 6.28 requer

M = Ty ' + Cy". Se essa equação não for

satisfeita, a inclinação da distribuição da deformação

deve ser ajustada e os cálculos para Te

C e para momento devem ser repetidos até se

obter uma boa concordância.

É óbvio que esse processo de cálculo é muito tedioso

e, felizmente, não ocorre com muita frequência na

prática da engenharia. A maioria das vigas são simétricas

em torno de dois eixos e construídas com materiais

que, presume-se, têm diagramas tensão-deformação

tanto para compressão quanto para tração semelhantes.

Sempre que isso ocorre, o eixo neutro passará pelo

centroide da seção transversal e, por isso, o processo

de relacionar a distribuição de tensão com o momento

resultante é simplificado.

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