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Livro Hibbeler - 7ª ed Resistencia Materiais (Livro)

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128 RESISTtNCIA DOS MATERIAIS

Figma 5.6

T

Falha de um eixo de madeira por torção.

Figura 5.8

T

(5.8)

Observe que J é uma propriedade geométrica da

área circular e é sempre positivo. As unidades de medida

comuns para J são mm4 ou pol4•

Já demonstramos que a tensão de cisalhamento varia

linearmente ao longo de cada linha radial da seção

transversal do eixo. Todavia, se isolarmos um elemento

de volume do material na seção transversal, então,

devido à propriedade complementar do cisalhamento,

tensões de cisalhamento iguais também devem agir

sobre quatro de suas faces adjacentes, como mostra a

Figura 5.7a. Por consequência, o forque interno T não

somente desenvolve uma distribuição linear da tensão

de cisalhamento ao longo de cada linha radial no plano

da área de seção transversal, como também uma

distribuição de tensão de cisalhamento associada é desenvolvida

ao longo de um plano axial (Figura 5.7b).

(a)

Tensão de cisalhamento varia linearmente ao

longo de cada linha radial da seção transversal.

(b)

Figura 5.7

É interessante observar que, em razão dessa distribuição

axial da tensão de cisalhamento, eixos feitos de madeira

tendem a rachar ao longo do plano axial quando

sujeitos a um torque excessivo (Figura 5.8). Isso acontece

porque a madeira é um material anisotrópico. Aresistência

ao cisalhamento desse material, paralela a seus

grãos ou fibras, direcionada ao longo da linha central do

eixo, é muito menor do que a resistência perpendicular

às fibras, direcionada no plano da seção transversal.

Eixo tubular.

Se um eixo tiver uma seção transversal

tubular, com raio interno c; e raio externo C0, então,

pela Equação 5.8, podemos determinar seu momento polar

de inércia subtraindo J para um eixo de raio c; daquele

determinado para um eixo de raio C0• O resultado é

J = 7T (c 4 - c 1 1 )

2 o

(5.9)

Como ocorre no eixo maciço, a tensão de cisalhamento

distribuída pela área da seção transversal do tubo varia

linearmente ao longo de qualquer linha radial (Figura

5.9a). Além do mais, a tensão de cisalhamento varia ao

longo de um plano axial dessa mesma maneira (Figura

5.9b ). A Figura 5.9a mostra exemplos da tensão de cisalhamento

agindo sobre elementos de volume típicos.

Tensão de torção máxima absoluta. Em

qualquer seção transversal do eixo, a tensão máxima

de cisalhamento ocorre na superfície externa. Contu·

do, se o eixo for submetido a uma série de torques ex·

ternos, ou se o raio (momento polar de inércia) mudar,

a tensão de torção máxima no interior do eixo poderá

ser diferente de uma seção para outra. Se quisermos

determinar a tensão de torção máxima absoluta, tor·

na-se, então, importante determinar a localização na

qual a razão Tc/J é máxima. A esse respeito, pode ser

útil mostrar a variação do torque interno T em cada

seção ao longo da linha central do eixo por meio de

um diagrama de forque. Especificamente, esse diagra·

ma é uma representação gráfica do torque interno T

em relação à sua posição x ao longo do comprimento

do eixo. Como convenção de sinal, T será positivo se,

pela regra da mão direita, o polegar se dirigir para fora

do eixo quando os dedos se curvarem na direção da

torção causada pelo torque (Figura 5.5). Uma vez de·

terminado o torque interno em todo o eixo, podemos

identificar a razão máxima Tc/J.

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