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Livro Hibbeler - 7ª ed Resistencia Materiais (Livro)

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Torção

OBJETIVOS DO CAPÍTULO

Neste capítulo, discutiremos os efeitos da aplicação de um carregamento de torção a um elemento longo

reta, como um eixo ou tubo. Inicialmente, consideraremos que o elemento tem seção transversal circular.

Mostraremos como determinar a distribuição da tensão no interior do elemento e o ângulo de torção quan-

0 material se comporta de maneira linear elástica e, ainda, quando é inelástico. Ta mbém discutiremos a

análise de eixos e tubos estaticamente indeterminados, além de tópicos especiais, entre eles elementos com

transversais não circulares. Por fim, daremos atenção especial às concentrações de tensão e à tensão

residual causada por carregamentos de torção.

5.1 Deformação por torção de

um eixo circular

Torque é um momento que tende a torcer um elemento

em torno de seu eixo longitudinal. O efeito do

torque é uma preocupação primária em projetas de eixos

ou eixos de acionamento utilizados em veículos e

estruturas diversas. Podemos ilustrar fisicamente o que

acontece quando um torque é aplicado a um eixo circular

considerando que este seja feito de um material

com alto grau de deformação, como a borracha (Figura

5.l a). Quando o torque é aplicado, os círculos e as retas

longitudinais da grade, marcados originalmente no eixo,

tendem a se distorcer segundo o padrão mostrado na

Figura 5.lb. Examinando a figura, vemos que a torção

faz que os círculos continuem como círculos e cada linha

longitudinal da grade se deforme na forma de uma héque

intercepta os círculos em ângulos iguais. Além

disso, as seções transversais nas extremidades do eixo

conl.inuam planas, e as linhas radiais nessas extremidades

continuam retas durante a deformação (Figura

5.l.b). Por essas observações, podemos considerar que,

se

.

o ângulo de rotação for pequeno, o comprimento e o

ra10 do eixo permanecerão inalterados.

Se o eixo estiver preso em uma de suas extremidades

for aplicado um torque à sua outra extremidade, o

plano sombreado na Figura 5.2 será distorcido até uma

fora oblíqua, como mostra a figura. Aqui, uma linha

tadtal localizada na seção transversal a uma distância x

da

extremidade fixa do eixo girará de um ângulo cp(x ).

? angulo o/(x), definido dessa maneira, é denominado

angulo de torção, depende da posição x e variará ao

longo do ·

eixo como mostra a figura.

Para entender como essa distorção deforma o

, Iso aremos agora um pequeno elemento lo-

material ·

. 1

cahzado a' d' t A · . A • .

.

Is anc1a radtal p (ro) da lmha central do

F ' (Figura 5.3). Devido à deformação observada na

tgura 5.2, as faces anterior e posterior do elemento

Círculos continuam

circulares

Linhas radiais

continuam retas

Antes da deformação

(a)

Depois da deformação

(b)

Figura 5.1

Linhas

longitudinais

ficam torcidas

sofrerão uma rotação - a face posterior, de c/J(x), e

a face anterior, de cfJ(x) + b.cp. O resultado é que, em

razão da diferença entre essas rotações, b.cp, o elemento

é submetido a uma deformação por cisalhamento.

Para calcular essa deformação, observe que,

antes da deformação, o ângulo entre as bordas AB e

AC é 90°; todavia, após a deformação, as bordas do

elemento se tornam AD e AC e o ângulo entre elas

é 8'. Pela definição de deformação por cisalhamento

(Equação 2.4), temos

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