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Livro Hibbeler - 7ª ed Resistencia Materiais (Livro)

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114 RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS

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*4.8 Deformação axial inelástica

Até aqui, consideramos somente carregamentos

que provocam o comportamento elástico do material

do elemento. Entretanto, às vezes, acontece de um

elemento ser projetado de modo que o carregamento

provoca o escoamento do material e, com isso, sua deformação

permanente. Esses elementos costumam ser

feitos de um metal de alta ductilidade, como aço recozido

de baixo teor de carbono, cujo diagrama tensão­

-deformação é semelhante ao da Figura 3.6 e pode ser

modelado como mostra a Figura 4.28b. Um material

que exiba esse comportamento é denominado elástico

peifeitamente plástico ou elastoplástico.

Para ilustrar fisicamente como tal material se comporta,

considere a barra na Figura 4.28a, que está sujeita

à carga axial P. Se a carga provocar o desenvolvimento

de uma tensão elástica u = u1 na barra, então, aplicando

a Equação 4.6, o equilíbrio exige P = 1 u1dA = u1A.

Além disso, a tensão u1 provoca uma deformação E1

na barra, como indica o diagrama tensão-deformação

(Figura 4.28b ). Se, agora, P for aumentada para P , de

p

tal modo que provoque escoamento do material, isto é,

u = u então, novamente, P = 1 u dA = u A. A carga

e p

e e

P é denominada carga plástica, uma vez que representa

p

a carga máxima que pode ser suportada por um material

elastoplástico. Para o caso em questão, as deformações

não são definidas de maneira única. Ao contrário, no

instante em que u e é atingida, em primeiro lugar, a barra

é submetida à deformação por escoamento Ee (Figura

4.28b) e, em seguida, a barra continuará a escoar (ou

alongar-se) de modo que serão geradas as deformações

(a)

.

(J

Figura 4.28

(b)

E2, E3 etc. Visto que nosso "modelo" do material exibe

comportamento de material perfeitamente plástico

esse alongamento continuará indefinidamente, mesm

sem nenhum aumento na carga. Contudo, na verdade

após um pouco de escoamento, o material começará

endurecer por deformação, de modo que a resistência

extra que ele obtenha impedirá qualquer deformação

adicional. O resultado é que qualquer projeto baseado

nesse comportamento será seguro, pois o endurecimento

por deformação proporciona ao material um potencial

para suportar uma carga adicional, se necessário.

Agora, considere o caso de uma barra que tenha um

furo, como mostra a Figura 4.29a. À medida que o valor

de P aumenta, ocorre uma concentração de tensão no

material próximo ao furo, ao longo da seção a-a. Nesse

ponto, a tensão alcançará um valor máximo u máx = u 1 e

sofrerá uma deformação elástica correspondente E1 (Figura

4.29b ). As tensões e deformações correspondentes

em outros pontos ao longo da seção transversal serão

menores, como indica a distribuição de tensão mostra·

da na Figura 4.29c. Como esperado, o equilíbrio exige

P = 1 udA. Em outras palavras, P é geometricamente

equivalente ao "volume" contido no interior da distribuição

de tensão. Se, agora, aumentarmos a carga para

o material começará a es­

P', de modo que u máx = u e

'

coar para fora do furo, até que a condição de equilíbrio

P' = 1 uAdA seja satisfeita (Figura 4.29d). Como a figura

mostra, isso produz uma distribuição de tensão cujo

"volume" é geometricamente maior que o mostrado na

Figura 4.29c. Um aumento adicional na carga provocará,

a certa altura, o escoamento de toda a seção transversal,

até que nenhuma carga maior possa ser sustentada pela

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Figura 4.29

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