16.09.2020 Views

Livro Hibbeler - 7ª ed Resistencia Materiais (Livro)

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

CARGA AXIAL 111

4.7 Concentrações de tensão

Seção 4.1,mostramos que, quando uma força axial

aplicada a um elemento, ela cria uma distribuição de

complexa dentro de uma região localizada do

de aplicação da carga. Essas distribuições de ten­

$!O tí p i c as são mostradas na Figura 4.1. As distribuições

tensão complexas não surgem somente sob um carre-

1w1u.._,,, .. v concentrado; também aparecem em seções nas

quais a área da seção transversal do elemento muda. Por

exemplo, considere a barra na Figura 4.21a, que está submetida

a uma força axial P. Aqui, podemos ver que as linhas

da grade, as quais, antes, eram horizontais e verticais,

sofrem deflexão e formam um padrão irregular em torno

do furo localizado no centro da barra. A tensão normal

máxima na barra ocorre na seção a-a que passa pela menor

área de seção transversal da mesma. Contanto que

o material se comporte de maneira linear elástica, a distribuição

de tensão que age sobre essa seção pode ser

determinada por análise matemática, usando-se a teoria

da elasticidade ou por meios experimentais, medindo a

deformação normal na seção a-a e calculando a tensão

pela lei de Hooke, cr = EE. Independentemente do método

usado, a forma geral da distribuição de tensão será

como a mostrada na Figura 4.2lb. De maneira semelhante

se a seção transversal sofrer redução com a utilização, po;

exemplo, de filetes de rebaixo, como na Figura 4.22a, então,

novamente, a tensão normal máxima na barra ocorrerá na

menor rea d: seção transversal, seção a-a, e a distribuição

de tensa o sera como a mostrada na Figura 4.22b.

Em ambos os casos, o equilíbrio da força exige que

o

valor da f rça : esultante desenvolvida pela distribuiçao

de tensao seJa igual a P. Em outras palavras,

a

a

Não distorcida

(a)

p-[ Umáx

Distribuição de tensão real

(b)

r-[ lf

Distribuição de tensão média

(c)

Figura 4.21

P = lcrdA (4.6)

Como afirmamos na Seção 1.4, essa integral é uma

representação gráfica do volume sob cada um dos diagramas

de distribuição de tensão mostrados na Figura

4.21b .

ou 4.22b. Além do mais, o equilíbrio de momento

exige que cada distribuição de tensão seja simétrica

por toda a seção transversal, de modo que p deve passar

pelo centroide de cada volume.

Entetanto, a prátca da engenharia, a distribuição

de tensao real nao precisa ser determinada. Em vez disso

basta saber qual é a tensão máxima nessas seções e então '

o element ? é projetadọ para resistir a essa tensão uand;

a carga axml P for aplicada. Em casos nos quais a área da

s ção transversal de um elemento muda, como os já discutidos,

podem-se determinar valores específicos da tensão

n rmal máxima na seção crítica por métodos experimentais

ou por técnicas matemáticas avançadas que utilizam a

teoria da elasticidade. Os resultados dessas investigações

normalmente são apresentados em gráficos com a utilização

de umfator de concentração de tensão K. Definimos

K como a razão entre a tensão máxima e a tensão média

que agem sobre a menor seção transversal· ' isto é '

K = CTmáx

CTméd

(4.7)

Contanto que K seja conhecido e a tensão normal

média tenha sido calculada por cr , = PIA onde A

med

'

_,

""

e a menor area de seção transversal (figuras 4.21c e

= K(PIA).

4.22c), então, pela Equação 4.7, a tensão máxima na

seção transversal é cr

máx

p .•._) i; I

,l

, ,

p- '--

a

l i ,

!\i

a

Não distorcida

Distorcida

(a)

[ ____;)sglfmáx

Distribuição de tensão real

(b)

p-Uméd

Distribuição de tensão média

(c)

Figura 4.22

..-...P

.p

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!