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Ações de Integração APS-VS para o enfrentamento da Covid-19 nos territórios do DF e entorno
Ações de Integração APS-VS para o enfrentamento da Covid-19 nos territórios do DF e entorno
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Ações de Integração APS-VS para o enfrentamento da Covid-19 nos territórios do DF e entorno
Ações de Integração
APS-VS para o
enfrentamento da
Covid-19 nos territórios
do DF e entorno
Responsável:
Grupo de Articulação APS-
Vigilância no enfrentamento
da COVID-19 nos territórios do
DF
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Em janeiro de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o surto
de uma nova doença causada por coronavírus na província de Hubei, na China, era uma
emergência de saúde pública de preocupação internacional. A OMS afirmou que havia um
alto risco de a Covid-19 se espalhar para outros países ao redor do mundo. Em 30 de janeiro,
havia 7.818 casos confirmados no mundo, sendo 7.736 na China.
O primeiro caso registrado Brasil ocorreu no final de fevereiro e, passados seis meses, o
país já registrava 2.751.665 pessoas contaminadas e 94.702 óbitos. No Distrito Federal (DF), em
2 de setembro, havia 163.498 casos confirmados e 2.573 óbitos. A média móvel diária (em 1/9¹)
de mortes por Covid-19 no DF oscila em torno de 32,71 óbitos, mantendo-se dentro do chamado
platô, o ponto máximo (pico) da pandemia no DF, com uma taxa de incidência/100mil hab. De
5.422,3 conforme a SES/DF.
O monitoramento dos casos e contatos torna-se de grande importância na atual
circunstância, quando o governo do DF inicia a flexibilização das estratégias de afastamento
social, aumentando a circulação de pessoas e, consequentemente, possibilitando maior nível
de contato interpessoal e circulação do vírus (R no DF esteve em torno de 1,3 ² ).
Hoje também já surgem casos de pacientes recuperados da Covid-19 que passam a
necessitar de cuidados em consequência da doença. Assim, começa-se a observar o surgimento
de uma nova demanda de atendimento nos serviços de Atenção Primária em Saúde (APS),
como a chegada de pacientes com sequelas pulmonares, cardíacas ou renais decorrentes da
Covid-19. São indivíduos que necessitam de atendimento contínuo na rede pública de saúde e
irão precisar de acompanhamento longitudinal pelas equipes das UBS e ESF.
Os promissores resultados das pesquisas com vacinas geram esperança de dias
melhores, mas as incertezas são grandes e não se deve inebriar com as nuvens dos desejos e
deixar a prevenção de lado. Articular as ações de vigilância em saúde com as dos cuidados da
assistência primária em saúde torna-se mais do que necessário neste momento de profunda
crise sanitária global. Não se sabe muito sobre o que virá pela frente, mas é possível imaginar
cenários que nos orientem hoje para evitarmos o pior amanhã.
No DF, o 117º boletim informativo apontava que 60,7% dos óbitos tinham problemas
cardiovasculares, 36,7% distúrbios metabólicos, 12,2% obesidade e 11,1% imunodepressão.
Mais de 30% tinham 70 anos ou mais. Foram pessoas que necessitaram de cuidados de alta
complexidade e algumas não chegaram a recebê-lo. No DF, segundo dados do Portal InfoSaúde
(04/04/20), a taxa de ocupação de UTIs é de 97,45% na saúde suplementar e acima de 76,22%
na rede pública.
1 Casos Registrados no DF - atualizado em 01/09/2020, às 18h07 - http://www.coronavirus.df.gov.br/
2 http://www.codeplan.df.gov.br/wp-content/uploads/2020/06/Boletim_Codeplan_n10_23.06.20.pdf
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A gestão adequada dos leitos é fundamental, uma vez que o paciente com Covid-19 é um
paciente de longa permanência na UTI. Na média, o tempo de permanência de um paciente na
UTI em hospital público gira em torno de 6 (seis) dias. No caso de paciente grave com Covid-19,
ele poderá permanecer de 14 a 21 dias 3 . No DF, 85,00% dos pacientes com Covid-19 (atualizado
em 02/09/2020 14:26) ficam até 15 dias no leito de UTI que tem uma taxa de ocupação total dos
leitos de 69,38%.
Este documento é um orientador para que a cooperação interinstitucional possa
ocorrer de maneira a dar resultados concretos no enfrentamento da pandemia. Unir a geração
de conhecimento com a sua aplicação é uma tarefa que requer significativos cuidados,
principalmente, no que diz respeito às diferentes missões e à autonomia organizacional.
Nesta hora de necessária união, devemos envidar esforços para superar as idiossincrasias
e romper as barreiras de ego para somar saberes e apoiar o Sistema Único de Saúde (SUS) a
cumprir sua missão.
Este documento é uma tentativa de sistematizar em eixos estratégicos ações que podem
contribuir para fortalecer a capacidade do SUS local de enfrentar e conter a Covid-19 nos diferentes
territórios, considerando suas dinâmicas próprias e as possibilidades de cada instituição.
3 http://info.saude.df.gov.br/area-tecnica/covid-leitos-publicos-covid-19/
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Eixos
Estratégicos
e Ações
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APROXIMAÇÃO DOS
TERRITÓRIOS
a. Disponibilização e atualização de informações nos canais
temáticos da PICAPS no Microsoft Teams;
b. Identificação de problemas dos territórios;
c. Comunicação comunitária sobre estratégias de prevenção à
Covid-19: a importância do uso de máscaras, distanciamento
social, higiene pessoal e coletiva, estratégias de proteção dentro
de casa (considerando aglomerados);
d. Curso de Agentes Comunitários no contexto da pandemia (o 1º
está sendo realizado no Sol Nascente);
e. Desenvolvimento de estratégias de vigilância popular em saúde
na APS da SES/DF;
f. Metodologia participativa de cartografia territorial de pontos de
interesse à gestão do cuidado das equipes de APS da SES/DF;
g. Mobilização, ativação e apoio às redes sociotécnicas para atuar no
contexto da pandemia;
h. Mobilização das lideranças comunitárias e apoio à formação dos
comitês para cada território no Teams;
i. Oficina de comunicadores populares e com as Rádios
Comunitárias do DF sobre a importância da comunicação
comunitária, materiais de telenovelas sobre a Covid-19 e da
campanha Se Liga no Corona.
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ARTICULAÇÃO
DAS ÁREAS
a. Capacitar pessoal da assistência (APS) e da gestão da saúde
para atuar em um sistema de saúde digitalizado no contexto da
Covid-19;
b. Curso de aperfeiçoamento INTELIGÊNCIA COOPERATIVA E
TERRITORIAL NO ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA E SUAS
CONSEQUÊNCIAS;
c. Curso de aperfeiçoamento SAÚDE DIGITAL NO
ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA E SUAS CONSEQUÊNCIAS;
d. Desenvolvimento metodológico e tecnológico voltado ao
fortalecimento da APS;
e. Diálogo com os(as) residentes e profissionais da rede de APS da
SES/DF;
f. Georreferenciamento de serviços de interesse da APS e das
áreas de abrangências das unidades e equipes de Saúde da
Família da APS da SES/DF;
g. Desenvolvimento de instrumento de monitoramento local da
Covid-19 por parte das equipes de APS da SES/DF;
h. Empenho de suporte técnico-cientifico à SES/DF para a
transformação digital em saúde;
i. Financiamento de PD&I para a implementação de soluções
tecnológicas de saúde digital;
j. Incorporação de soluções em saúde digital nos serviços
de saúde, possibilitando maior precisão na contenção das
consequências da pandemia;
k. Seleção de tecnologias digitais para os territórios de saúde –
sensores;
l. Suporte acadêmico aos Programas de Residência em Gestão de
Políticas Públicas para a Saúde e em Atenção Básica;
m. Suporte remoto a profissionais de saúde, principalmente
residentes, da rede de APS da SES/DF;
n. Vigilância popular de base territorial com estratégias de
monitoramento, como o uso da cartografia participativa.
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INTELIGÊNCIA
COOPERATIVA
TERRITORIAL
a. Alunos residentes da Fiocruz Brasília e UnB para ampliar as capacidades;
b. Apoio ao uso da ferramenta Go.Data;
c. Desenvolvimento de painel para a gestão administrativa e o cuidado das
unidades básicas de saúde do DF;
d. Montagem de uma base de dados dos territórios;
e. Painéis locais das regiões de saúde;
f. Piloto de painéis informativos na Região Norte do DF;
g. Rotina de análise de dados;
h. Desenvolvimento e incorporação de tecnologias digitais para o
diagnóstico, o tratamento da infecção causada pela Covid-19 e a
prevenção com maior precisão das ações de contenção do surto nos
territórios;
i. Sistematização e produção de conhecimento sobre APS e Covid-19.
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OUTROS FATORES IMPORTANTES
PARA ACOMPANHAR E INTERVIR COM
PRECISÃO NA SAÚDE PÚBLICA DO DF
Acesso às unidades de saúde;
Adoção de medidas preventivas;
Agentes comunitários de saúde;
Aglomeração de pessoas;
Ambiente de trabalho;
Aparelhamento do sistema de saúde;
Aparelho de ventilação pulmonar;
Aparelho que mede a temperatura corporal;
Assistência de média complexidade;
Atividades de lazer e comemorações;
Busca ativa de pessoas doentes;
Câmeras térmicas de infravermelho;
Capacidade de atendimento da atenção básica;
Capacidade dos Laboratórios de Referência;
Comércio local;
Comorbidades;
Complicações bacterianas;
Comunidades vulneráveis no DF;
Dengue;
Disponibilidade de profissionais de saúde;
Distanciamento social;
Equipamentos de proteção individual;
Estocagem individual de material de prevenção;
Estresse sobre o sistema de saúde;
Exame por PCR em tempo real;
Exames de imagem;
Exposição dos profissionais de saúde;
Gestação;
Inalação contínua de oxigênio;
Informações de prontuários;
Interação entre hospitais;
Lacen;
Leitos disponíveis;
Mobilização de pessoas;
População de idosos;
Populações vulneráveis;
Processos de trabalho;
Pronto-atendimento;
Protocolo de atendimento;
Protocolos de segurança;
Rastreamento precoce de casos potencialmente graves;
Respiradores em hospitais e outras unidades;
Riscos de infecção;
Telemedicina;
Tempo de internação;
Tratamento em casa, com isolamento;
Triagem e acompanhamento residencial;
Unidades de Terapia Intensiva (UTIs);
Visitas domiciliares de enfermagem.
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