Seguro Nova Digital - 10ª edição
Exaustivamente é repetida a frase: se puder, fique em casa. A suposição “se” serve para alguns poucos. Outros muitos correm riscos necessários. O ônibus lotado até o teto é apenas um dos problemas enfrentados pela população de baixa renda. O que dizer dos hospitais, polos de contaminação da covid-19? Seria menos pior se a única doença mundial neste momento fosse a pandemia. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, neste ano 270 mil pessoas morreram por complicações cardiovasculares. Milhares de casos de câncer são descobertos diariamente no país, isso sem contar outras complicações de saúde que todos os anos batem recorde. Hoje, o medo está em ter que ir ao hospital. O problema não está em ir, mas sim em ter que ficar. É por isso que a Atenção Primária à Saúde (APS) é considerada grande remédio para combater o já grande número de contágios. Muito antes debatida pela ANS para combater os desperdícios na saúde suplementar, a Atenção Primária à Saíde (APS) ganhou um novo propósito: de garantir um atendimento de qualidade, sem ter que ir ao hospital. Consultórios com bem menos gente e até atendimento por videochamadas são características desse meio que inibem à exposição. A 10ª edição desta revista se dedica a relatar grandes mudanças do mercado segurador para combater o coronavírus. Todos os entrevistados contribuíram para trazer a melhor informação a corretores, seguradores, resseguradores, segurados e outros milhares de profissionais que contribuem para o desenvolvimento do setor. Boa leitura!
Exaustivamente é repetida a frase: se puder, fique em casa. A suposição “se” serve para alguns poucos. Outros muitos correm riscos necessários. O ônibus lotado até o teto é apenas um dos problemas enfrentados pela população de baixa renda. O que dizer dos hospitais, polos de contaminação da covid-19? Seria menos pior se a única doença mundial neste momento fosse a pandemia.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, neste ano 270 mil pessoas morreram por complicações cardiovasculares. Milhares de casos de câncer são descobertos diariamente no país, isso sem contar outras complicações de saúde que todos os anos batem recorde. Hoje, o medo está em ter que ir ao hospital. O problema não está em ir, mas sim em ter que ficar. É por isso que a
Atenção Primária à Saúde (APS) é considerada grande remédio para combater o já grande número de contágios.
Muito antes debatida pela ANS para combater os desperdícios na saúde suplementar, a Atenção Primária à Saíde (APS) ganhou um novo propósito: de garantir um atendimento de qualidade, sem ter que ir ao hospital.
Consultórios com bem menos gente e até atendimento por videochamadas são características desse meio que inibem à exposição.
A 10ª edição desta revista se dedica a relatar grandes mudanças do mercado segurador para combater o coronavírus. Todos os entrevistados contribuíram para trazer a melhor informação a corretores, seguradores, resseguradores, segurados e outros milhares de profissionais que contribuem para o desenvolvimento do setor.
Boa leitura!
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N O V A D I G I T A L
E G U R O
S
10ª EDIÇÃO
AGO/2020
SEGURO
RURAL
ATINGE PATAMAR HISTÓRICO
Novo CEO da Berkley Brasil Seguros conta
os próximos passos da companhia
Home office aumenta exposição virtual das empresas
App da Caixa planeja vender seguros
S E R G I O V I T O R
Jornalista
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MTB 89.595
F E R N A N D A D E O .
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Relações Públicas
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B E A T R I Z C H A V E S
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SERIA MENOS PIOR SE A
ÚNICA DOENÇA MUNDIAL
FOSSE A PANDEMIA
Exaustivamente é repetida a frase: se puder, fique em
casa. A suposição “se” serve para alguns poucos. Outros
muitos correm riscos necessários. O ônibus lotado até o
teto é apenas um dos problemas enfrentados pela
população de baixa renda. O que dizer dos hospitais, polos
de contaminação da covid-19? Seria menos pior se a única
doença mundial neste momento fosse a pandemia.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, neste ano
270 mil pessoas morreram por complicações
cardiovasculares. Milhares de casos de câncer são
descobertos diariamente no país, isso sem contar outras
complicações de saúde que todos os anos batem recorde.
Hoje, o medo está em ter que ir ao hospital. O problema
não está em ir, mas sim em ter que ficar. É por isso que a
Atenção Primária à Saúde (APS) é considerada grande
remédio para combater o já grande número de contágios.
Muito antes debatida pela ANS para combater os
desperdícios na saúde suplementar, a Atenção Primária à
Saíde (APS) ganhou um novo propósito: de garantir um
atendimento de qualidade, sem ter que ir ao hospital.
Consultórios com bem menos gente e até atendimento por
videochamadas são características desse meio que inibem
à exposição.
E G U R O
S
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A 10ª edição desta revista se dedica a relatar grandes
mudanças do mercado segurador para combater o
coronavírus. Todos os entrevistados contribuíram para
trazer a melhor informação a corretores, seguradores,
resseguradores, segurados e outros milhares de
profissionais que contribuem para o desenvolvimento do
setor.
Boa leitura!
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E N T R E V I S T A
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P R E G A C A U T E L A C O M
O S E G U R O A U T O P A Y
P E R U S E
cenário
BERKLEY BRASIL SEGUROS REGISTRA CRESCI-
MENTO DE 40% NAS VENDAS DE SEGURO AMBI-
ENTAL
A Berkley Brasil Seguros,
membro de um dos maiores
grupos seguradores dos
Estados Unidos, anuncia a
emissão de mais de R$ 1
milhão em prêmio emitido neste
ano. Klaus Barretta, diretor de
Liability da Berkley Brasil
Seguros, comenta: “Somos
uma seguradora especializada
neste segmento, usamos toda
a nossa expertise nacional e regional de subscrição com mais de 21 anos de
experiência em riscos ambientais. Como sabemos, o tema sustentabilidade e
preocupação com o meio ambiente deixou de ser uma tendência há muito tempo e
tornou-se uma obrigação das empresas e dos cidadãos com a sociedade”.
VENDAS
SEGFY ESTENDE SEU
LEQUE DE SERVIÇOS E
AJUDA CORRETORES
A AMPLIAR SUAS
VENDAS
Se reinventar no mercado é uma tendência para
as empresas, mas fazer isso mantendo ao seu
lado seus clientes é a grande dificuldade neste
processo. O processo demanda mudanças e
novas estratégias de dentro para fora e é
necessário se estruturar para que essa mudança
ocorra naturalmente e sem efeitos colaterais aos
clientes.
Um grande exemplo de sucesso deste
processo, é a Segfy. A startup curitibana vem se
desgarrando da imagem de ser apenas um
software de gestão e multicálculo para se tornar
um braço direito do corretor de seguros. São
diversas estratégias internas traçadas pela
empresa, para que a mudança fosse sentida
positivamente pelos clientes.
S E G U R O N O V A D I G I T A L | 0 5
cenário
PASI REALIZA PESQUISA INÉDITA PARA AVALIAR BEM
ESTAR DE COLABORADORES EM MEIO À PANDEMIA
@SEGUROPASI
O PASI, Primeiro Seguro Popular do Brasil,
realizou entre seus colaboradores uma pesquisa
inédita para entender como eles
estavam lidando com os desdobramentos do
Home Office. As perguntas foram feitas a
funcionários de diversos setores da
companhia. O objetivo era entender como
estava o clima da equipe, se o mesmo
engajamento e energia eram mantidos após
alguns meses de trabalho remoto.
“Queríamos compreender como estava
funcionando o engajamento das lideranças
junto às suas equipes e poder ouvir a atuar
junto aos nossos colaboradores neste
momento de tantas incertezas”, explica
Fabíola Oliveira, Gerente Administrativo e
Pessoal do PASI.
ARGO SEGUROS ESTIMA
CRESCIMENTO EXPONENCIAL
EM PROTEÇÃO PARA BICICLETAS
Maior seguradora de bicicleta do
Brasil projeta crescimento de até
40% nas vendas. "Por sermos
especializados nesse segmento,
conseguimos formatar novos
produtos, como o Bike Mulher, que
foi especialmente criado para as
ciclistas, além dos acordos com os
fabricantes e lojas de bicicleta, por
exemplo", conta Vanessa Oliveira,
Head de Consumer Lines da Argo
Seguros.
S E G U R O N O V A D I G I T A L | 0 6
AXA AMPLIA ACEITAÇÃO DE RISCO DO CONDOMÍNIO
FLEX
A AXA no Brasil anuncia melhorias na
aceitação de risco do produto Condomínio
Flex. A partir de agora, os condomínios
podem contratar o Seguro enquanto ainda
não têm CNPJ. No primeiro ano de
contratação, basta que tenham ATA
registrada em cartório para poder contar
com a proteção, até que obtenham todos os
documentos.
“Foi uma construção conjunta da AXA
com os corretores. Nossos parceiros vieram
até nós indicando a necessidade de ampliar
essa aceitação, que garante uma oferta
mais competitiva para o corretor e traz mais
valor para o cliente. De fato, este é um
ótimo benefício para que os condomínios
contem com o seguro e a proteção da AXA
enquanto organizam toda a situação
documental” afirma Clóvis Silva,
superintendente de Massificados da AXA no
Brasil.
COFACE AMPLIA
PORTFÓLIO DE SERVIÇOS
A Coface, seguradora de crédito
francesa, está oferecendo novos
serviços ao mercado, por meio da
Coface Serviços. Em um momento de
turbulência econômica, no qual muitas
empresas estão receosas de fazerem
novos negócios, a Coface disponibiliza
opções que pode ajudar muito na
tomada de decisões. “Nosso propósito é
agregar valor aos nossos clientes”,
afirma a CEO da Coface no
Brasil, Marcele Lemos.
S E G U R O N O V A D I G I T A L | 0 7
cenário
TOKIO MARINE
ALCANÇA A MARCA
DE 2 MILHÕES DE
VEÍCULOS SEGU-
RADOS NO BRASIL
Graças a um amplo portfólio de
produtos e oportunidades flexíveis de
venda para uma base de mais de 30
mil Corretores, a Tokio Marine acaba
de se consolidar como a Seguradora
com a terceira maior frota protegida do
mercado, o equivalente a 2 milhões de
veículos. A Companhia passou de 1
milhão para 2 milhões de veículos
segurados em seis anos e continua
imprimindo um ótimo ritmo de
crescimento à carteira de automóveis
em 2020, mesmo com a pandemia.
“Esse número cresceu 10% em
2019 e vem mantendo o ritmo mesmo
diante da recessão que o mundo
experimenta esse ano, com 7% de au-
mento até julho. Verificamos um
aumento de 100 mil novos veículos
segurados durante a quarentena e
avaliamos que esse movimento é
resultado de uma sólida estratégia de
investimento na carteira”, afirma
Marcelo Goldman, Diretor Executivo
de Produtos Massificados da Tokio
Marine.
GBOEX ANUNCIA NOVO CALENDÁRIO DE SORTEIOS
DA PROMOÇÃO MENSALIDADE PREMIADA
A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) influenciou também no adiamento dos
sorteios das extrações da Loteria Federal. Por isso, o GBOEX – Previdência e Seguro de
Pessoas alterou o calendário da Promoção Mensalidade Premiada, que retorna com
premiações em setembro.
A edição deste ano, da promoção, iniciou-se em março, com novo formato. Todos os
meses, três associados da empresa são contemplados com um cartão-presente no valor
de R$ 1.500,00. As novas datas estão disponíveis para consulta no regulamento, no site
do GBOEX, em Portal do Associado.
A promoção é planejada exclusivamente para os clientes dos planos individuais de
pecúlio. Até 31 de dezembro, ainda é possível se inscrever.
Mais Informações: 0800.541.2483
Certificado de autorização SECAP nº 01.007338/2020.
S E G U R O N O V A D I G I T A L | 0 8
NOVO CEO DA BERKLEY BRASIL SEGUROS
PROMETE RELACIONAMENTO ESTREITO COM
OS CORRETORES
entrevista
Luciano Calheiros aposta na capacitação dos parceiros de vendas para
tornar a sociedade mais atraída pela indústria de seguros
Sergio Vitor Guerra
A Berkley Brasil Seguros, membro um dos
maiores grupos seguradores dos Estados
Unidos anunciou recentemente a chegada
de Luciano Calheiros como CEO da
operação da companhia no Brasil. O
executivo, que possui 25 anos de
experiência no mercado, definiu duas
metas iniciais: planejar o retorno gradual
dos colaboradores ao escritório e definir
estratégias para facilitar o cotidiano dos
corretores de seguros.
Em sua primeira entrevista após chegar
à companhia, o executivo também avaliou
as ações da Susep que buscam flexibilizar
o funcionalismo do mercado segurador,
tornando-o transparente e mais acessível.
SEGURO NOVA DIGITAL - NESTE
PERÍODO DE PANDEMIA, A BERKLEY
BRASIL SEGUROS SEGUIU ATENDENDO
ÀS EXPECTATIVAS DO MERCADO COM
SEUS LANÇAMENTOS DE PRODUTOS.
COMO VOCÊ PRETENDE DAR
CONTINUIDADE A ESSAS
MOVIMENTAÇÕES?
Luciano Calheiros CEO da Berkley Brasil Seguros
Luciano Calheiros – Sempre acompanhei
a Berkley. É uma seguradora que atingiu
um patamar importante no mercado
global. Por isso, pretendo permanecer,
junto com a equipe, diversificando
produtos. Daremos continuidade a
proteções que tenham aderência à nova
realidade de mundo, entendendo as
mudanças do consumidor para
disponibilizar seguros apropriados.
S E G U R O N O V A D I G I T A L | 1 0
SND – QUAIS SÃO AS PRIMEIRAS
ESTRATÉGIAS QUE SERÃO ADOTADAS
PARA ENCARAR ESTE
MOMENTO CONTURBADO?
LC – Estão definidos dois pilares estratégicos.
Atualmente, toda a equipe opera de maneira
remota e mantém bons números. Porém, o ser
humano é social por natureza, e a Berkley,
prezando por isso, seguirá recomendações do
Governo de São Paulo e do Ministério da
Saúde para voltar gradualmente e com
segurança ao escritório. O segundo pilar é
definir operações mais eficientes a fim de
oferecer soluções que facilitem o cotidiano
dos corretores de seguros e,
consequentemente, promover proteções mais
acessíveis para os clientes.
SND – EM TEMPOS DIGITAIS, QUAL É O
NÍVEL DE RELEVÂNCIA DO ATENDIMENTO
HUMANIZADO?
LC – O papel consultivo de um corretor muda
tudo. Cada vez mais esse profissional se
transforma em especialista. Isso faz toda a
diferença, pois permite o desenvolvimento de
outras carteiras com base nas necessidades
do consumidor atual.
SND – NO SEU PONTO DE VISTA, O TEMA
‘SEGUROS’ AINDA É UM TABU NO BRASIL?
“A PENETRAÇÃO DE SEGUROS
JÁ EXISTE EM ALGUNS POUCOS
SEGMENTOS, MAS AINDA
SND – A BERKLEY É UMA SEGURADORA
ESPECIALISTA E VEM AMPLIANDO SUA
ATUAÇÃO EM SEGURO DE EVENTOS.
COMO VOCÊ ENXERGA O POTENCIAL
DESSA CARTEIRA?
LC – A companhia tem um grande viés de
inovação. Com certeza, o Seguro de Eventos
tem potencial no mercado e possibilita que o
corretor aumente suas oportunidades de
venda. A Berkley tem a característica de ouvir
seus parceiros. Muitos produtos vieram da
demanda dos profissionais. Mesmo assim,
queremos continuar crescendo nos seguros
que somos especialistas: Transporte, Seguro
Garantia e Responsabilidades em geral.
SND - QUAL SERÁ O NÍVEL DE
IMPORTÂNCIA QUE A SUA GESTÃO DARÁ
PARA OS CORRETORES DE SEGUROS?
LC – Eles (corretores) são nosso principal
canal de distribuição. Desta forma,
oferecemos capacitação em meio a um
ambiente competitivo. Sempre buscamos
simplificar o trabalho dos profissionais com o
intuito de melhor prepará-lo para iniciar suas
vendas, identificando, inclusive, nichos ainda
pouco explorados.
SND – O QUE DEVE SER FEITO, ENTÃO,
PARA MUDAR ESSA CULTURA?
PRECISA AVANÇAR MUITO”.
LC – Um dos principais pontos é trazer maior
flexibilidade nas leis do mercado. Ressalto o
trabalho que a Susep vem fazendo nos
últimos anos, passando por uma
reorganização. A nova gestão, inclusive, tem o
olhar de popularizar a contratação de seguros.
Essa inovação deve passar em todos os
aspectos. O esforço para dar transparência ao
mercado é essencial para acabar com
qualquer tipo de má impressão que o
consumidor tenha com a indústria. O mercado
de seguros oferece um retorno financeiro
muito grande à sociedade.
SND - COM O CRESCIMENTO NO NÚMERO
DE PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS É
POSSÍVEL DESENVOLVER PRODUTOS
ESPECIAIS PARA ESSE PÚBLICO?
LC – Para criar proteções especificamente
para esse público é necessário que o corretor
ouça as dores dos seus clientes. A partir
disso, os produtos serão desenhados para o
perfil de cada empresa, desenvolvendo
soluções com base nas dificul-dades da
pequena e da média empresa.
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evento
RELACIONAMENTO COM CONSUMIDOR PÓS-COVID FOI
TEMA DE DEBATE NO WORKSHOP DA KUANTTA
4ª edição do Corretor do Futuro reuniu especialistas do mercado segurador
em gigante evento virtual
A Kuantta Consultoria promoveu nos dias
25 e 27 de agosto o 4º Workshop Corretor
do Futuro. O evento totalmente online
reuniu players do setor para debaterem
em torno do tema “Transformações do
Mercado de Seguros Pós Covid”. No
painel destinado ao relacionamento com o
cliente, o entrevistado Julio Pauzeiro,
Business & Adviser da Meta Brasil,
destrinchou os principais motivos para o
corretor de seguros se adaptar às novas
formas de atendimento.
O executivo, que tem 30 anos de
experiência no mercado, fez um alerta aos
corretores sobre sua participação na vida
dos segurados enquanto a apólice estiver
vigente. “O mercado segurador é
altamente relacional. Por isso, o
profissional engajado que mantém seu
relacionamento ativo com o cliente
certamente será bem-sucedido. Não dá
para abandonar sua carteira por achar
que sem o contato físico o inibirá de ter
um relacionamento próximo do
consumidor”.
Devido ao avanço do atendimento
digital, as reuniões e consultas
presenciais diminuíram significativamente
nos últimos anos. Entretanto, Pauzeiro
considera que é preciso unir a tecnologia
com a humanização de modo a entregar a
melhor experiência ao consumidor. É
necessário, então, entender como
trabalhar os dois. As seguradoras também
apresentam soluções digitais de relacionamento,
que auxiliam o cotidiano dos
parceiros de vendas. Nesse sentido, o
executivo relatou que nem todas as
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Julio Pauzeiro, Business & Adviser da Meta Brasil
companhias estão preparadas para
esse equilíbrio.
A Meta Brasil atua há 15 anos
no mercado segurador desenvolvendo
soluções de comunicação
digital para seguradoras e
corretoras. Com o avanço da covid-
19 no país, a companhia mostrouse
preparada. “Quando a pandemia
chegou, já tínhamos muitas
ferramentas na nossa operação.
Atualmente, são 42 clientes, sendo
que alguns deles vieram neste
momento tão complicado”,
destacou o executivo.
FLEXIBILIZAÇÃO DA SUSEP
Sobre as mudanças promovidas pela atual gestão da autarquia, o executivo entende que falta
ouvir mais a categoria, estabelecendo uma conexão mais próximas com os corretores de
seguros. “Qualquer relação pouco democrática é prejudicial. Faltou diálogo da Susep e o
mercado perde com essa distância”, observou o executivo. “Nesse tempo”, continua, “a
autarquia cometeu certas heresias como dizer que o consumidor paga 59% de comissão em
certos seguros”.
Pauzeiro se refere ao caso em que a autarquia federal disse, em entrevista ao Valor, que a
taxa de corretagem chega a 59% com o seguro garantia. O caso serviu de justificativa para que
a Susep implementasse a Resolução 382/20, que passou a valer a partir de 1º de junho sob
medida educativa. Um dos pontos polêmicos é expor o montante da comissão dos corretores
antes de formalizar o acordo com o segurado.
4º WORKSHOP CORRETOR DO FUTURO
O evento contou com um formato inédito, reunindo jornalistas da imprensa especializada, que
entrevistaram grandes profissionais do setor. Arley Boullosa, CEO da Kuantta Consultoria,
explicou a importância de compartilhar conhecimentos para auxiliar os corretores a caminhar
com seus negócios. “O evento não aconteceria em 2020 devido à pandemia, mas muitos
corretores e pessoas próximas insistiram para que fizéssemos online e acabei sendo
convencido a fazer, apesar de achar que o corretor está sendo bombardeado demais com lives
e está ficando repetitivo e cansativo. Por outro lado, a Kuantta tem um jeito diferente de fazer as
coisas e acredito que possa agregar, se fizermos com as pessoas certas e no modelo
adequado”.
Boullosa acredita que é muito importante o corretor ter acesso a conteúdos que sejam
relevantes e possam ajudar em um momento tão crítico. “Temos muita gente boa no mercado
que pode contribuir com suas experiências e boas práticas”.
S E G U R O N O V A D I G I T A L | 1 3
destaque
HOME OFFICE EXPÕE O
RISCO A OPERAÇÕES
Sergio Vitor Guerra
DAS EMPRESAS
Com equipamentos domésticos, colaboradores
estão expostos a ataque
hacker, e seguro cibernético torna-se
ferramenta importante nessa ocasião
A preocupação das empresas na proteção
dos dados tem aumentando perante ao
risco eminente de se tornarem vítimas de
crimes virtuais. O motivo surgiu devido à
disseminação da covid-19 no país que
resultou na necessidade do isolamento
social. Em suas residências, os colaboradores
acessam a interface das
companhias por meio de dispositivos
vulneráveis a ações dos hackers,
causando prejuízo financeiro e moral às
organizações.
O reflexo disso foi a intensificação da
procura pelo seguro cibernético durante
esta pandemia. A proteção tem como
premissa garantir a cobertura para
despesas decorrentes de violação de
privacidade e de confidencialidade. “O
home office foi uma atividade essencial
por conta do atual momento. Desse modo,
o seguro cyber é fundamental para as
corporações que contam com seus
colaboradores trabalhando de casa”,
explica Fernando Vieira, Gestor da Vieira
Corretora de Seguros.
Assim como ocorre em outros eventos
importantes para a história mundial, os
criminosos aproveitam os temas atuais
para ludibriar os usuários. A Organização
Mundial da Saúde (OMS) alertou sobre as
mensagens de e-mail suspeitas, que
tentam tirar proveito da emergência da
covid-19. Segundo pesquisa exclusiva da
Fortinet, empresa norte-americana que
desenvolve e comercializa software,
produtos e serviços de cibersegurança, o
Brasil sofreu 2,6 bilhões de tentativas de
Fernando Vieira, Gestor da Vieira
Corretora de Seguros
destaque
ataques cibernéticos de janeiro a junho
deste ano. De acordo com a companhia,
as ações se intensificaram no último
trimestre com a chamada “Força Bruta”,
que são as tentativas sistemáticas de
adivinhar uma credencial enviando
diferentes nomes de usuário e senhas
para acessar um sistema.
Vieira observa que o controle da
segurança das operações à distância é
ainda mais importante. “Todo o controle
de gestão de software se tornou essencial,
porque aumentou os riscos de ataques em
grande escala”. A Viera Corretora de
Seguros dispõe de um atendimento
especializado nesse nicho. “Estamos ao
dispor dos nossos segurados e até mesmo
das empresas que possuem interesse em
obter mais detalhes sobre a modalidade
de seguro”, destaca o executivo.
Dados recentes da CNseg mostraram
que o seguro Compreensivo Riscos
Cibernéticos registrou aumento de 148,7%
em sua arrecadação na comparação de
junho deste ano e o mesmo período de
2019. Desse modo, o resultado de 2020
para o produto é mais que o dobro
daquele observado no primeiro semestre
do ano passado.
esse novo cenário. “Muitas tiveram que se
adaptar, estabelecer diretrizes. Quando
estamos no escritório temos uma rede
segura e profissionais de segurança da
informação que oferecem todo o respaldo
necessário, o que pode não acontecer no
trabalho remoto”.
O fato de alguns profissionais
trabalharem com computadores pessoais
traz uma exposição maior e aumenta
ainda mais os riscos de ataques virtuais.
“Quando os funcionários usam o mesmo
dispositivo para trabalhar e se comunicar
com o mundo externo, há uma exposição
dos dados corporativos”, salientou o
especialista. A exposição ficou maior nos
últimos anos após milhares de as
organizações adotarem o modelo home
office integral aos seus colaboradores.
“Grande parte das empresas operam
100% remotamente. É uma realidade
atual. Os riscos cibernéticos já vinham
aumentando muito e, agora, essa
realidade só piora”, analisou.
DESPREPARO É FATAL
A AIG Seguros, pioneira nesse nicho de
proteção no Brasil, observou aumento
exponencial na procura por esse seguro
na companhia. A ENS abordou, numa
recente live conduzida pela diretora de
Ensino Técnico da Escola, Maria Helena
Monteiro, o tema com o head de Financial
Lines pela AIG, Flávio Sá. O especialista
explicou que parte das empresas não
estava totalmente preparada para encarar
Flávio Sá, da AIG
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O aprimoramento de proteções
combatentes a ataques virtuais é
responsável por livrar todos os anos
milhões de empresas da falência. Mesmo
assim, a vulnerabilidade dos sistemas
empresarias ainda preocupa. O CEO da
Pentagonal Seguros, Bernard Biolchini,
esclarece que “mesmo as empresas e as
pessoas estando sempre alerta ninguém
está livre de um ataque”.
Biolchini explica, ainda, que esse tipo
de seguro passa pelo desafio da
dificuldade de produção de uma tipologia
previsível dos riscos existentes.
“Seguradoras e clientes estão sujeitos à
criatividade dos perpetradores de
malwares, ransomwares, spywares, dentre
outras expressões que cada vez mais
comumente entram no vocabulário desse
universo”.
“NINGUÉM ESTÁ LIVRE
DE UM ATAQUE”
Bernard Biolchini, CEO da Pentagonal Seguros
CORRETOR CAPACITADO
Mesmo na pandemia, a AIG busca
capacitar os corretores de seguros por
meio dos seus treinamentos semanais na
plataforma AIG LAB. O relacionamento
com os profissionais neste momento é
importante, inclusive, para a distribuição
do seguro cibernético no país. Desde
março, foram registrados mais de 15 mil
acessos de corretores parceiros. A
tendência é capacitar mais profissionais do
que no ano passado, quando cerca de
1.500 foram impactados com os
treinamentos presenciais.
“O que estamos encontrando cada vez
mais é uma junção das habilidades das
pessoas que buscam uma qualificação
técnica também em segurança
cibernética. Então, vemos o profissional
de gerenciamento de risco buscando
entender de gerenciamento de crise”,
destacou Flávio Sá.
Esse mercado está em crescimento e
oferece oportunidades aos corretores de
seguros. Para ser competitivo é preciso
estar capacitado e dominar o assunto,
que a cada época fica mais complexo
devido à inteligência e os aparatos
técnicos dos criminosos.
S E G U R O N O V A D I G I T A L | 1 6
QUEREMOS FOMENTAR E FORTALECER O
CRESCIMENTO DE PEQUENOS E MÉDIOS
CORRETORES DE SEGUROS DE TRANSPORTE,
ATRAVÉS DE PARCERIA E ALIANÇA,
FORNECENDO FERRAMENTAS E MENTORIAS
PARA ALAVANCAR A SUA PRODUÇÃO E
AUMENTAR O SUCESSO NAS VENDAS.
A rede KONNECT é uma iniciativa da KORSA Seguros,
uma empresa especializada em seguros de
transportes, de base sólida e com 25 anos de mercado.
Buscamos parceiros com foco no crescimento
qualitativo e quantitativo, para competir em um
mercado dominado por corretoras nacionais e
internacionais de grande porte.
CADASTRE-SE!
KONNECTKARGO.COM
_____________________
21 3861-0909
SEGURO RURAL PROSPERA
EM MEIO À PANDEMIA
PERCEPÇÃO DA IMPORTÂNCIA DO SETOR E INVESTIMENTO FEDERAL
CARTEIRA SUBIR 25,2% NO PRIMEIRO SEMESTRE
FIZERAM
Sergio Vitor Guerra
S E G U R O N O V A D I G I T A L | 1 8
capa
ais um nicho do mercado de
seguros é visto carinhosamente
pelos corretores. MO agronegócio, importante pilar de
sustentação da economia brasileira, ganha
notoriedade dentro do segmento segurador.
O avanço da covid-19 no país diminuiu o
poder de compra dos trabalhadores rurais,
que precisaram manter seus equipamentos
funcionando com o intuito de cultivar e
extrair alimentos.
"A proteção aos equipamentos agrícolas
suporta muito o produtor em caso de
imprevistos em uma máquina no momento
da colheita, por exemplo. Por se tratar,
normalmente, de um item caro, porém
determinante na rapidez a na realização da
colheita, o seguro é fundamental para repor
ou, eventualmente, permitir que o segurado
tenha recursos para arrendar algum outro
para finalizar aquele trabalho. Não ter um
seguro, em um caso como esse, pode
significar um prejuízo.", destaca a diretora
executiva de Negócios Corporativos e
Saúde da Allianz Seguros, Karine Barros.
Dada a importância desse setor para o
desenvolvimento econômico, o governo
brasileiro se esforça em subsidiar as
produções agrícolas. Conforme a
Resolução nº 74, o orçamento aprovado
no Programa de Subvenção Rural (PSR)
de 2020 é de R$ 955 mi.
Mesmo com a já prevista retração no
mercado, os prêmios do Seguro Rural
cresceram 25,2% no primeiro semestre
deste ano. Joaquim Neto, presidente da
Comissão de Seguro Rural da FenSeg,
explica que o aumento da subvenção do
governo federal foi um dos responsáveis
em manter o setor funcionando
normalmente durante a pandemia.
De acordo com o especialista, o evento
climático no Rio Grande do Sul e o
aumento do valor das commodities
também fizeram a diferença na demanda
do seguro. “Ao observar as perdas dos
produtores gaúchos, os agricultores de
outras regiões tiveram maior interesse no
seguro. Além disso, o aumento do valor
das commodities, como é a soja e o milho,
Karine Barros, da Allianz
S E G U R O N O V A D I G I T A L | 1 9
capa
despertaram o interesse dos produtores em
fazer seguro das suas plantações”, analisa.
O investimento de R$ 955
mi no PSR em 2020 é o
maior da história
Joaquim Neto, da FenSeg
O PSR também incentiva o
desenvolvimento do mercado segurador no
país. O programa atrai novas empresas, o
que aumenta a concorrência e ampliando o
quadro de produtos. No início, em 2005,
quatro seguradoras atuavam no país. Já no
ano passado, 14 companhias estão
habilitadas a operar nesse segmento.
Apetite dos corretores
Karine conta que o seguro rural é um
nicho importante, mas com pouca
penetração. Os corretores de seguros,
por sua vez, se interessam pelo
segmento cada vez mais. A Allianz,
segundo a executiva, organiza
treinamentos semanalmente com os
parceiros a fim de trabalhar seus
conhecimentos sobre a proteção. “A
seguradora promove treinamentos com
os corretores em cada regional, com a
participação média de 40 profissionais”.
A companhia se destacou nesse
segmento em 2019, quando cresceu
18%, enquanto a média do mercado foi
de 15%. “Nossa estratégia é de vender
sempre pacotes completos de cobertura.
O corretor precisa se sentir confortável
em comercializar o seguro agro da
Allianz e o cliente com total respaldo.
Por isso, buscamos oferecer produtos
bastante compreensivos”, pondera
Karine.
A executiva relata, também, que a
seguradora enxerga um segmento de
grande relevância e gerador de grandes
oportunidades para os profissionais. “O
produtor deve entender que o seguro é
um investimento, junto com todos os
outros que ele faz”.
Reflexos da pandemia
Por causa do seguro rural, não é
possível dizer que o mercado segurador
foi afetado integralmente pela pandemia.
Joaquim Neto esclarece que a produção
agrícola está numa crescente, com
saldo na balança comercial devido a
suas exportações. “O agricultor tem
conseguido atender todo esse mercado,
exceto para culturas de frutas, hortaliças
e flores, que houve retração. Nesses
casos os produtores têm pouco costume
de contratar esa proteção.
S E G U R O N O V A D I G I T A L | 2 0
capa
Com o primeiro semestre animador, o
especialista projeta contínuo crescimento
até o fim do ano, levando em consideração
que o agricultor tem se empenhado a
trabalhar com tecnologia, desenvolvendo
sua produção com base nas novas
ferramentas de trabalho.
Do valor total a ser liberado, R$ 280
milhões serão destinados para a
contratação de apólices para as culturas
de inverno, como o milho segunda safra e
trigo; R$ 535 milhões para as culturas da
soja, milho primeira safra, arroz, feijão e
café; R$ 70 milhões para as frutas; R$ 10
“A continuidade do crescimento só será
possível com muito trabalho. A FenSeg
tem uma comissão técnica composta por
14 seguradoras que atuam no mercado de
seguro rural. Todas as companhias têm
participado ativamente de grupos de
trabalho a fim de dar continuidade a esse
crescimento”, finaliza Neto.
Investimento recorde
O Ministério da Agricultura publicou no dia
23 de junho o cronograma de liberação do
orçamento PSR 2020. Serão disponibilizados
R$ 955 milhões para subvencionar a
contratação pelos produtores, o que
representa mais que o dobro do valor
executado no ano passado e recorde histórico
milhões para a modalidade de pecuária;
R$ 10 milhões para a modalidade de
florestas e R$ 50 milhões para as demais
culturas.
“Com esse apoio do governo federal
será possível fomentar a contratação de
aproximadamente 220 mil apólices,
proporcionando a cobertura de 15 milhões
de hectares", ressalta o diretor do
Departamento de Gestão de Riscos da
pasta, Pedro Loyola.
Outro destaque é a destinação do
orçamento exclusivo de R$ 50 milhões
para a contratação de apólices de grãos
nos meses de setembro e outubro nas
regiões Norte e Nordeste.
S E G U R O N O V A D I G I T A L | 2 1
mobilidade
SEGURO INÉDITO NO BRASIL DEVE ATENDER
MILHARES DE PESSOAS DIARIAMENTE
Idealizador do projeto espera atender a expectativa do mercado e vislumbra uma sociedade mais
protegida
O
interesse por seguro intermitente
no Brasil pode abrir um leque de
proteções inovadoras. Esse modelo na
carteira de seguro auto é a mais
popular até o momento, ideia
comprada, inclusive, por algumas
seguradoras. A Generali, por exemplo,
deixou o Auto Tradicional para dedicar
o investimento apenas no Pay Per
Use, juntamente com a Thinkseg.
Embora as atenções já estejam
voltadas à proteção de veículos, uma
nova oportunidade surge que pode
revolucionar o setor de seguros.
Desenhado pelo professor da ENS e
membro da ANSP, Antonio Camano, o
SegMobili é um seguro de acidentes
pessoais para usuários de transportes
alternativos, individuais não poluentes,
compartilhados ou não com cobertura
por morte acidental, por invalidez total
e permanente por acidente.
O especialista explica que, assim
como o seguro auto intermitente, o
segurado paga pelo tempo que está
usando a proteção, ou seja, assim que
sair de casa ou quando estiver em um
lugar de maior movimentação. “O
objetivo é de proteger as pessoas e
não o bem material. Esse seguro
inovador é desenvolvido para quem
anda de patinete, skate, faz corridas
de rua e até passageiros de ônibus”.
"Acredito que o SegMobili irá desmitificar a
ideia de que contratar seguros é algo
burocrático e demorado. Por essa razão,
busco parceiros que acreditem no potencial
que esse projeto poderá proporcionar ao
mercado segurador. Para operacionalizar essa
ferramenta, preciso que o parceiro desenvolva
um APP que seja prático e intuitivo para que o
interessado possa contratar seguros na
modalidade "pay per use" ou "on demand",
detalha o executivo.
Essa proteção inovadora pode atender milhares
de pessoas em diferentes cidades. Em São Paulo,
por exemplo, geralmente a demanda diária no
município é de 9 milhões de usuários de transporte
público municipal. Ou seja, entendendo a
importância de ter um seguro e pagar pouco por
isso pode alavancar o desenvolvimento do mercado
no país.
Contato: antoniocamano@segmobili.com.br
WhatsApp: (11) 96073-5678
Antonio Camano, membro da ANSP
S E G U R O N O V A D I G I T A L | 2 2
ENVIE UMA MENSAGEM PARA:
FOLIVEIRA@SEGURONOVADIGITAL.COM.BR
E G U R O
S
N O V A D I G I T A L
artigo
SEGURADORAS E A
INCONSTITUCIONALIDADE DA
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIARIA
SOBRE O SALÁRIO - MATERNIDADE
Renan Pereira*
Todos os anos, milhares de mulheres
engravidam em empresas seguradoras.
Com esse foco, num tema de grande
importância, em 04 de agosto de 2020,
o Supremo Tribunal Federal declarou a
inconstitucionalidade da incidência de
contribuição previdenciária patronal
sobre o salário-maternidade. O
entendimento foi firmado pela nossa
Suprema Corte através do julgamento
do RE 576.967 (Tema 72 da
repercussão geral), assim decidindo:
“DECISÃO: O Tribunal, por
maioria, apreciando o Tema 72 da
repercussão geral, deu provimento
ao recurso extraordinário, para
declarar, incidentalmente, a
inconstitucionalidade da incidência
de contribuição previdenciária
sobre o salário maternidade,
prevista no art. 28, §2º, da Lei nº
8.212/91, e a parte final do seu §9º
, alínea a, em que se lê "salvo o
salário-maternidade", nos termos
do voto do Relator, vencidos os
Ministros Alexandre de Moraes,
Ricardo Lewandowski, Gilmar
Mendes e Dias Toffoli (Presidente),
que negavam provimento ao
recurso. Foi fixada a seguinte tese:
"É inconstitucional a incidência da
contribuição previdenciária a cargo
do empregador sobre o salário
maternidade". Plenário, Sessão
Virtual de 26.6.2020 a 4.8.2020.”
S E G U R O N O V A D I G I T A L | 2 4
Por maioria de votos e, em julgamento
realizado através de sessão virtual, a
decisão acima mencionada possui efeitos
erga omnes e servirá de base para que as
empresas busquem a recuperação e
compensação dos créditos previdenciários
que incidiram sobre a folha de pagamento
nos últimos cinco anos, de acordo com o
art. 173 do Código Tributário Nacional.
Isto porque, conforme sabidamente
mencionado pelo ministro relator Luís
Roberto Barroso, a Lei n. 8.212/91, em seu
art. 22, I, estabelece que a contribuição é
incidente sobre verbas destinadas a
remunerar o trabalho e outros ganhos
habituais, constituídos sob a forma de
utilidades e adiantamentos decorrentes de
reajuste salarial, resultante do serviço
prestado, tempo à disposição ou de
convenção ou acordo coletivo.
Por outro lado, de encontro ao disposto
pelo ilustre ministro, a Constituição da
Republica trata do tema em questão em
seu artigo 195, com a seguinte redação: “a
seguridade social será financiada por toda
a sociedade, de forma direta e indireta”,
mediante contribuições sociais
provenientes do empregador incidentes
sobre a “folha de salários e demais
rendimentos do trabalho pagos ou
creditados, a qualquer título, à pessoa
física que lhe preste serviço, mesmo sem
vínculo empregatício”.
Já no §4º do referido artigo, há a
determinação de que a criação de outras
fontes objetivando garantir a manutenção
ou expansão da seguridade social deve ser
somente por meio de lei complementar,
embora, a União estivesse criando, através
de lei ordinária, nova fonte de custeio.
Sendo certo que no período de licençamaternidade
a prestação dos serviços é
interrompida e não ocorre o recebimento
de valores a título de salário
remuneração, o benefício em questão não
pode compor a base de cálculo da
contribuição social sobre a folha de
salário, surgindo uma oportunidade de
gerar receita e caixa para o
empresariado, que deixará de contribuir
sobre verba mencionada, e ainda poderá
recuperar os créditos pagos nos últimos 5
(cinco) anos.
No que concerne à aplicação prática do
julgado, trazemos a tona a Lei
10.522/2002, que em seu artigo 19,
consigna expressamente a dispensa da
Procuradoria Geral Da Fazenda Nacional
(PGFN) em contestar, contrarrazoar ou
interpor recursos nas hipóteses em que
ação versar sobre tema decidido, em
sede de repercussão geral ou recurso
repetitivo, pelo Supremo Tribunal Federal.
Com a declaração de
inconstitucionalidade e com a dispensa de
recursos por parte da Procuradoria, as
empresas poderão reduzir a sua carga
tributária em valores expressivos, neste
cenário pandêmico que assola todo o
mundo. Sendo a compensação
administrativa dos créditos uma
alternativa totalmente viável e
segura, evitando a morosidade do
Judiciário e recuperando receita de forma
eficiente.
Renan Pereira é advogado da
BMS Projeto & Consultoria
S E G U R O N O V A D I G I T A L | 2 5
novidade
Governo estuda, ainda, ofertar microcrédito e cartões dentro do aplicativo
APP CAIXA TEM PREPARA VENDA DE SEGUROS
Sergio Vitor Guerra
Mais de 90 milhões de poupanças sociais
foram criadas para pessoas de baixa renda
receberem as parcelas do auxílio
emergencial. Para seguir seu plano de
expansão, a Caixa enxergou uma
oportunidade de ofertar a esse público
seguros, microcréditos e cartões dentro do
app Caixa Tem. O plano do banco público é
manter essas contas abertas póscoronavírus.
Segundo o presidente do banco, Pedro
Guimarães, a ferramenta é um banco digital
destinado a pessoas de baixa renda. Os
pagamentos do Bolsa Família, inclusive,
serão feitos dentro da plataforma. Entre as
novidades, o microcrédito é a mais
avançada, segundo Guimarães. “Serão
oferecidos empréstimos entre R$ 100, R$
200 e R$ 300 para os brasileiros de baixa
renda”, explica.
O banco anunciou, em 12 de março, o fim
do processo de IPO. Isso porque, à época,
a pandemia do coronavírus avançava no
mundo, causando incertezas no mercado
financeiro. "Tudo é uma questão do impacto
econômico e social da pandemia, e existe
zero chance de abrirmos capital para
vender a qualquer preço. Só faremos o
IPO quando o mercado precificar o que
achamos que vale”, disse Guimarães.
Com a prorrogação da abertura de IPO,
no entanto, os executivos da Caixa
encontraram no app ‘Caixa Tem’ uma
nova maneira de vender seguro. Desse
modo, a expectativa é que a área de
seguros da companhia levante mais de
R$ 10 bilhões com a operação.
Durante o processo, a Caixa anunciou
duas joint ventures: uma com a Tokio
Marine, que toma conta da carteira de
seguro habitacional, e a outra com a Icatu
Seguros, para vendas de serviços de
capitalização.
Guimarães não deu detalhes sobre a
oferta de seguros ou cartões. Hoje, o
Caixa Tem já oferece um cartão de débito
digital que pode ser usado em compras
online e também em compras
presenciais, aproximando o celular das
maquininhas de cartão. Ao todo, 67,5
milhões desses cartões de débito virtuais
foram emitidos na pandemia pelo Caixa
Tem.
S E G U R O N O V A D I G I T A L | 2 6
PARA VENDER
FEITO PARA
EMPRESÁRIOS QUE
SABEM QUE TEMPO É
DINHEIRO!
REGULA LIGHT
A Linha Light foi criada para
corretores que querem crescer
a sua carteira de seguros
• SUCESSO DOS
SEUS SEGURADOS
• TENHA MAIS TEMPO
• UM DEPARTAMENTO DE
SINISTROS COMPLETO A
PARTIR DE 99,99 POR MÊS
AUTO, RE E VIDA
•
* C o n f i r a e m n o s s o s i t e o s
p l a n o s R e g u l a L i g h t :
W W W . R E G U L A . C O M . B R
legislação
MODERNIZAÇÃO DO SEGURO DE RISCOS
MASSIFICADOS VEM EM BORA HORA, DIZ CNSEG
Flexibilização do segmento foi um dos temas principais da Conjuntura CNseg Nº 27
CP 16/2020, que dispõe sobre os
princípios e diretrizes gerais para
cobertura de grandes riscos mas- Asificados classificada pela CNseg "um dos
mais importantes avanços no modelo
regulatório dos seguros de danos". O tema
foi destaque da 27ª edição da Conjuntura
CNseg. De acordo com Solange Vieira,
Superintendente da Susep, nos seguros de
grandes riscos "o porte econômico e a
capacidade técnica das partes demandam
menos intervenção regulatória".
Proposta pela autarquia federal, a CP
16/2020 distingue a regulação de seguros
para Cobertura de Riscos Massificados e
para a cobertura de Grandes Riscos. De
acordo com a CNseg, a iniciativa vem em
bora hora, pois pretende simplificar os atos
infralegais, gerando maior transparência
do mercado.
Embora a proposta ganhe relevância
este ano, o seu processo teve início em
2018, ou seja, antes da atual gestão da
autarquia federal. A proposta revisa a
Circular nº 256/2004, que disciplina os
contratos de seguros de danos, mas ainda
de acordo com o plano de regulação
vigente à época. A Susep relata que o
debate volta à tona graças a um amplo
trabalho do corpo técnico da autarquia,
com participação do mercado
supervisionado a fim de entender os
principais entraves do mercado de grandes
riscos.
A FenSeg tem um papel relevante na
ascensão desse debate. O presidente da
Federação, Antonio Trindade, comemorou
os avanços realizados em torno desse
tema nos últimos meses. “A FenSeg tem
papel destacado nesse debate. Estamos
atentos e sensíveis à necessidade de
mudanças. Como representante de um
segmento em constante evolução, a
entidade busca oferecer respostas de alto
nível às demandas do mercado, em
sintonia com temas de interesse público.
S E G U R O N O V A D I G I T A L | 2 8
legislação
SUSEP APOSTA NO ILS,
MODELO QUE ESTIMULA
INVESTIMENTOS
INTERNACIONAIS
Batizada de Investimentos Ligados a Seguros, implementação da norma pode tornar o mercado
brasileiro um polo da América Latina, segundo especialista
O Insurance Linked Securities (ILS)
apresenta uma série de mudanças nas
regras de investimento internacional no
mercado segurador brasileiro. O método,
que é uma das principais apostas da Susep
para este ano, é comumente adotado em
outros países, sendo uma nova alternativa
para a transferência de riscos de seguros e
resseguros.
Com a queda na taxa de juros, essa
pode ser uma nova opção de investimento
exterior. “O ILS não foi uma invenção
brasileira. Percebe-se uma qualidade
técnica muito grande dos profissionais da
Susep em construir e adaptar essa norma
no país”, destacou João Marcelo dos
Santos, presidente da Academia Nacional
de Seguros e Previdência (ANSP). Na noite
da última quinta-feira, 6, a academia
promoveu uma live para discutir justamente
as mudanças da regra de investimentos.
Costumeiramente, a resseguradora se
capitaliza pelo acionista privado ou uma
emissão de ações. Já com o ILS, ela poderá
emitir uma dívida cujo o fluxo de caixa está
está associado a um contrato de
resseguro que fez com a seguradora. Não
havendo sinistros durante o prazo de
exposição, o investidor recebe de volta o
capital investido, mais um retorno
adicional a fim de recompensar o risco
assumido. Em contrapartida, caso ocorra o
sinistro, o investidor não recebe o retorno.
Por isso, a Susep propõe que o título seja
destinado a investidores profissionais.
“A Susep adotou todas as regras numa
norma, as quais serão seguidas pelo
ressegurador. Essas regras são para
nichos muito específicos e, por isso, é
melhor segregar, o que dá mais segurança
ao investidor”, comentou Santos.
Em entrevista ao Valor Econômico, a
Superintendente da Susep, Solange
Vieira, destacou que “o ILS irá permitir que
as seguradoras possam reduzir seus
riscos e custos de captação. Desse modo,
isso possibilita melhores preços para o
consumidor, favorecendo o
desenvolvimento do mercado brasileiro”.
S E G U R O N O V A D I G I T A L | 2 9
ovimentações
THB Brasil apresenta gerente de Specialty
A THB Brasil, empresa especializada em Gestão de Riscos,
Consultoria de Benefícios e Corretagem de Seguros e Resseguros
apresenta Edson Pierezan como novo gerente de Specialty da
companhia na região sul do Brasil. O executivo possui mais de 20
anos de experiência no atendimento e prospecção de grandes
contas no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.
O novo diretor de Tecnologia da DELPHOS
A DELPHOS vai contar com um novo talento em seu time de TI.
Contratado para ficar à frente da Diretoria de Tecnologia, que
desde 2019 era acumulada pela presidência, Nei Ogawa é a
aposta da prestadora de serviços para comandar toda a equipe
dessa área, coordenando as demandas internas e externas
relativas à operação de tecnologia voltada aos negócios da
empresa.
Reforço conhecido na Regula Sinistros
A executiva Bruna Garcia, fundadora da Megaluzz Negócios,
ingressa na Regula Sinistros como a nova diretora de Recursos
Humanos. Filha de corretores de seguros, Bruna constrói sua
carreira de maneira totalmente independente no setor há 17 anos.
Agora, na Regula Sinistros, sua expectativa é contribuir
positivamente para o crescimento do mercado de seguros
Ezze Seguros segue investindo em expansão
A EZZE Seguros, seguradora 100% nacional, segue investindo em
seu time de profissionais para crescer e conquistar o mercado. A
empresa acaba de contratar João Duarte, executivo com mais de
15 anos de experiência, 11 deles dedicados ao mercado
segurador, atuou em importantes players do mercado como:
Berkley Seguros, Tokio Marine, Invest Seguradora, Mutual
Seguros, Fairfax, entre outras.
Passagem de sucesso na Amil
Fabio Almeida se despede do cargo de diretor de Vendas e Pós-
Vendas da Amil. A posição será ocupada interinamente por
Rodrigo Rocha, atual Chief Growth Officer do UnitedHealth Group
Brasil. Na empresa há 14 anos, o executivo tem vasto
conhecimento no mercado de planos de saúde.
S E G U R O N O V A D I G I T A L | 3 0
aquisições
WIZ ADQUIRE 40% DA CORRETORA DO BMG
POR R$ 89,9 MILHÕES
A Wiz Soluções acaba de formalizar
a compra de 40% da CMG, a
corretora de seguros do BMG. Será
criada uma nova empresa que terá
exclusividade na distribuição de
seguros no balcão do banco mineiro
durante duas décadas. O acordo
representa o valor de R$ 89,8
milhões, sendo uma parcela fixa de
R$ 44,8 milhões e um variável
estimado em R$ 45 milhões.
Em entrevista ao Valor Investe, o CEO da Wiz, Heverton Peixoto, disse que o acordo
será benéfico para as duas partes. "É uma transação estratégica para nosso movimento
de diversificação e não poderíamos ter encontrado um parceiro mais ideal. O BMG é um
banco sólido, moderno, com uma cultura dinâmica e um time inovador".
HDI E ICATU LANÇAM SEGURO DE VIDA VOL-
TADO PARA PMES
A HDI Seguros e a Icatu Seguros, duas
das maiores seguradoras do Brasil,
anunciam o lançamento do HDI Vida
PME, o primeiro produto desenvolvido
em parceria pelas duas empresas. A
solução, voltada para pequenas e
médias empresas com, no mínimo, três
e, no máximo, 499 funcionários, oferece
coberturas básicas, adicionais e
assistências que, somadas, contemplam
até 14 opções de benefícios extras.
De desenho flexível, o produto permite uma combinação de coberturas e assistências
para que cada empresa tenha uma proteção ideal atendendo às suas necessidades. O
processo de contratação é ágil e simplificado, não há necessidade de fazer propostas
individuais ou Declaração Pessoal de Saúde (DPS), basta apenas preencher a proposta
de contratação. Durante a vigência da apólice, a empresa também não precisa atualizar
mensalmente a base de funcionários - uma outra facilidade deste lançamento.
S E G U R O N O V A D I G I T A L | 3 1
HDI SEGUROS É CAUTELOSA
COM SEGURO AUTO
INTERMITENTE, E GENERALI
APOSTA NO SEGMENTO
Sergio Vitor Guerra
Quinta maior seguradora de
automóvel do país
estuda modalidade, mas garante
que não está
nos planos por enquanto
O seguro auto intermitente vem acalorando
os debates desse novo mundo de proteções
para veículos. Algumas companhias já
investem no diferente modelo de seguro
auto, o pay per use, mas de maneira tímida.
A HDI
Seguros, por exemplo, ainda estuda de qual
forma deve aplicar essa modalidade, ou até
se realmente vai adicionar esse tipo de
proteção à sua carteira.
“Temos um time de matemáticos na HDI e,
até o momento, ainda não enxergamos como
esse modelo de proteção de automóvel pode
realmente
ser mais barato que o tradicional”,
explicou Murilo Riedel, presidente da
seguradora, no programa ‘Mesa Redonda do
Seguro’, promovido pelo canal do CQCS
no Youtube, no dia 30 de julho. Além disso,
o executivo vê uma grande implicação na
modalidade ‘liga e desliga’ do pay-peruse.
Isso porque,o segurado pode
esquecer de ligar sua proteção ao sair de
casa ou de desligá-lo depois que voltar.
Outra implicação constatada pelo
executivo foi o desapontamento do
segurado ao perceber que o seguro
intermitente não compensa tanto assim.
Riedel esclareceu que o seguro auto
tradicional já faz o cálculo, por perfil, de
quanto e como o segurado utiliza seu
veículo. Desse modo, as companhias
precificam o serviço de forma alinhada
com o cliente.
“Precificar o seguro pelo momento de
exposição pode deixá-lo até mais caro
que o tradicional, que já tem um cálculo
matemático muito preciso do segurado"
salientou Riedel. Por isso, ele acredita
S E G U R O N O V A D I G I T A L | 3 2
Murilo Riedel, presidente da HDI Seguros
FASE DE ESTUDOS
que o consumidor pode se frustrar ao
esperar que o seu seguro por minuto
traga economia financeira em larga
escala. “Talvez o cliente pague mais
caro e com menos conforto que uma
proteção tradicional ofereça”.
Riedel lembra, ainda, que mesmo
estando na garagem, o veículo está
exposto ao risco, seja ele de pequena
ou de grande proporção. “Não existe
período de exposição ao risco. As
pessoas devem entender que a
modelagem do seguro tradicional de
hoje já traduz o quanto seu veículo está
exposto”.
Embora considere a modalidade pouco acessível neste momento, Riedel reconhece que
a HDI estuda a possibilidade de implementar, mas com cautela. “É um produto que está
na prateleira para a gente pensar. No passado, quando o cálculo do seguro era mais
simplificado, talvez o pay per use fizesse mais sentido. Entretanto, nós temos um grande
compromisso com a simplicidade e com a transparência. Não queremos que o
consumidor tenha uma expectativa não entendida e que tenha a percepção de que foi
lesado”.
OUTRO PONTO DE VISTA
A Generali anunciou recentemente que
deixaria de comercializar o seguro auto
tradicional. Em parceria com a Thinkseg,
insurtech fundada em 2016, a seguradora
permanece apostando no segmento, mas na
modalidade pay-per-use. Com o avanço da
Covid-19 no país, ambas as empresas viram
a demanda por esse modelo de seguro
crescer.
Para o brasileiro médio a porta de entrada
do universo securitário é a necessidade de
proteger seu bem maior: o carro. Pelo
menos foi assim desde quando as
condições de compra dos veículos ficaram
mais atrativas e grande parte da população
adquiriu pela primeira vez um meio de
transporte particular.
"Percebemos que a maior demanda
está vindo de pessoas no momento da
renovação do seguro auto tradicional”,
disse o CEO do Grupo Thinkseg, André
Gregori. Para o executivo, esse modelo
está caindo no gosto do brasileiro, pois
dispõe de processos que tornam a
proteção mais barata. “O PPU cobre
acidentes, furto e roubo, de acordo com
os valores previstos na tabela Fipe”,
completou.
EXPANSÃO NO SEGMENTO
O Grupo Thinkseg concluiu aquisição de
30% da plataforma digital de seguro auto
Compare em Casa (nome em português),
que tem sua sede em Londres e atua por
S E G U R O N O V A D I G I T A L | 3 3
enquanto na Argentina, México e Brasil. A
transação marca o início da expansão
internacional do Grupo, neste primeiro
momento, pela América Latina e, em
seguida, pela Europa. Pioneira no
desenvolvimento do seguro Pay Per Use
no Brasil, a Thinkseg também foi a
primeira insurtech a fazer uma aquisição
interna no País, em meados de 2018,
quando adquiriu a plataforma
digital de seguros, chamada Bidu e uma
participação relevante no Cilia Tecnologia.
“Com mais esta aquisição, é possível
levar todos os produtos da Thinkseg,
incluindo o seguro auto Pay Per Use aos
mercados internacionais, começando por
Argentina e México. Depois, avançaremos
para Chile e outros países da América
Latina e Europa”, afirma Gregori.
Na transação, o marketplace de seguros
e produtos financeiros Bidu, que integra o
Grupo Thinkseg, cedeu sua carteira de
renovação de seguro auto à
Compareemcasa, passando a ter 40 mil
itens em sua carteira após a operação.
Atualmente, na plataforma digital
Bidu, são negociados
diferentes seguros, entre
eles: automóvel,
residencial, vida e
viagem, além de linhas
de crédito pessoal,
imobiliário e automotivo.
"Estamos ativando um escritório
da Thinkseg em
Portugal, com o sócio do grupo,
João Audi.
Ele se mudou para lá, para iniciar nossa
operação na Europa. A pandemia
aumentou a velocidade da digitalização em
todos os continentes, com muita força no
setor de seguros”, completa Gregori.
Além disso, o grupo também deixou a
carteira de residencial, segundo o CEO,
Andrea Crisanaz, por conta da estratégia
de diversificação e parcerias estabelecida
há alguns anos. “Em 2017, abrimos a
divisão de negócios de massificados,
deslanchamos parcerias com BMG,
Agibank e Pine, além de redes de varejo e
outras empresas. Com o avanço da nova
estratégia, nossa carteira de seguro auto
assumiu características de nicho. E a
residencial ainda é muito pequena”.
A Compareemcasa é uma plataforma
digital de comparação de preço e venda de
seguro de carro 100% online, com
produtos de 31 seguradoras que
respondem por 70% do mercado de
seguro auto na Argentina. É a maior
plataforma deste segmento que faz
comparação digital, com tecnologia e inteligência
artificial.
A perspectiva da plataforma é
atingir um mercado em torno de
André Gregori, da Thinkseg
em 10 mercados em
desenvolvimento no mundo
Há a estimativa de 1 carro
para cada 7 pessoas na
América Latina, em
comparação com 0,86 por
pessoa na América do Norte
ou economias desenvolvidas.
S E G U R O N O V A D I G I T A L | 3 4
QUER FICAR
POR DENTRO
DAS
NOTÍCIAS DO
MERCADO?
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