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Edição 08/20 contato: portalcdovendas@gmail.com
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Redação:
Diretor Geral:
Caio Augusto
Colaboradores:
Matuka Castro;
Caio Cassola;
Sebastião Cabral;
Kelli Garcia;
Krsna Fonseca;
Daniel Grecco;
Hugo Lapa;
Pablo Araújo;
Janine Oliveira;
Alex S. de Oliveira
Correção e textos:
Equipe Geral
Artes e Distribuição:
Caio Augusto
João Paulo
Capa:
Fontes de imagens da web e montagens feitas pela equipe
Facebook: Portal Caminhos de Ogum
Instagram: @PortalCaminhosdeOgum
Telegram: Portal Caminhos de Ogum
NOTA:
Comunicamos que, o Jornal de Umbanda Sagrada
Portal Caminhos de Ogum é um espaço livre que
autores enviam seus textos e trabalhos e é
comunicado na mídia Umbandista, cada um tem
total responsabilidade por seu texto, então o jornal
em geral só se responsabiliza pela montagem e
divulgação!!! Boa leitura.
(Algumas imagens de fonte de internet)
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A alguns dias atrás em um dos nossos programas o “Umbanda em
foco” exibido no instagram do jornal eu fiz uma referência muito
comum hoje em dia para os médiuns e para os simpatizantes de
Umbanda, que muitas das vezes usam os Orixás ou os guias por
dores ou sentimentos, então por exemplo “hoje eu não estou em paz”
então lembro de Oxalá ou “hoje é dia de Oxalá” então hoje eu vou
entrar em contato com a energia dele, tornando assim uma relação
mecânica entre médium e Orixá ou simpatizante e Orixá, às energias
de Deus estão 24 horas pulsando em nossos campos da terra, a
qualquer momento eu posso entrar em contato com essa energia
natural que denominamos Orixá, ou a qualquer momento eu consigo
entrar em contato com os guias e protetores que representam a
qualidade daquela força maior.
O sentido de escrever sobre isso é abrir um pouco nossa mente para
quando eu devo me relacionar com minhas forças, sendo que elas nos
enxergam como um ser ativo vivo e pensante que a todo minuto
muda seu padrão energético e todas forças nos auxiliam, devemos
sempre pensar que todos os nossos protetores estão pulsando por
ligações energéticas em nossa vida o dia todo, e isso sem dúvida deve
ser considerado uma conexão mais intima com essas energias, muitas
pessoas perguntam como eu devo me comunicar mais com X
entidade ou como eu sinto mais essa energia, é exatamente saindo do
mecânico e indo para uma vivencia mais intensiva pura e verdadeira,
a quantos momentos estamos de frente a praia e sentimos que nossa
energia de tão forte o campo natural se adequa
automaticamente aquele campo, que parece que
nosso corpo arrepia de sentir aquela brisa do mar
nos dominando e imanando um descarrego
natural das nossas impurezas? Isso é a energia
pura viva e Divina dos Sagrados Orixás, quando
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precisamos de seu amparo ou ajuda ou precisamos do seu abraço se
posso assim dizer, devemos nos posicionar vibratoriamente para isso,
abrir nossos chakras e nossa mente para aquela energia, vibrar a mata
quando preciso do meu caboclo, vibrar o mar quando preciso do meu
marinheiro e deixar assim que se crie uma conexão intima da pessoa
com o Orixá ou o seu guia mentor.
Devemos entender que nossos mentores não ficam 24 horas em
posicionamento de nos atender mas que seu trono divino e sua
energia sim, e que a qualquer momento que nós se ligarmos a esse
trono criamos um novo elo de energético e vibração dessa força,
devemos encarar que não é só no dia de comemoração que devemos
cultuar Orixá X, Y, ou Z e sim diariamente, nossas vidas são feitas de
minutos, horas momentos e dias, e a nossa vivencia com a religião
acompanha nossa vida, a partir do momento que eu me entendo como
um fiel eu passo a me tornar parte da religião pois ela faz morada em
mim, no meu íntimo, então eu me torno parte de um todo, parte de
uma família espiritual que me acolhe e vibra para que eu possa ter
uma vida em paz e calma na terra, e assim vamos vivendo, é uma
reflexão que deixo a todos nossos leitores, viva o que você acredita, e
faça o que você realmente prega, ninguém é perfeito nem santo 24
horas por dia mas tente chegar o mais próximo disso para que sua
evolução aconteça de um modo leve ao qual você vai acordar um dia
e tudo já estará encaixado no seu lugar, um grande abraço a todos.
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Esta é uma obra que foi trazida ao plano material pelo Senhor Mestre Mago da
Luz Preto-Velho Pai Thomé do Congo, por meio de seu médium psicógrafo,
André Cozta. São relatos de espíritos desencarnados que praticaram a religião
de Umbanda Sagrada durante suas últimas passagens pelo plano material da
vida humana. Aqui você encontrará as avaliações de suas atitudes,
especialmente dos equívocos cometidos durante suas vidas na carne e,
funda¬mentalmente, na prática religiosa. Em contrapartida, poderá obter
também experiências valiosas, afinal, por meio delas, crescemos e passamos a
trilhar os “Caminhos da Evolução”, de modo mais firme. Leia os sete relatos,
absorva os “recados” por eles transmitidos, pare e reflita. Esta é uma obra que
permite ao leitor umbandista repensar suas atitudes enquanto médium ou
praticante da Umbanda, e aos demais, o conhecimento da realidade entre os
dois mundos da existência: o material e o espiritual.
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Quando você estiver aqui, nesse lugar… esteja apenas aqui.
Quando você estiver ali, esteja apenas ali… e não mais onde estava
antes.
Quando se despedir de uma pessoa, se despeça dela… não traga ela
com você em seu pensamento.
E quando trouxer ela com você, não pense que ela poderia estar em
outro lugar… esteja na presença dela.
Quando passar por uma experiência… viva essa experiência.
Quando essa experiência passar, deixe ela passar… não carregue ela
com você.
Quando observar uma árvore… contemple apenas a árvore.
Não fique pensando no seu emprego, na saudade de alguém, na
economia do país, no cachorro que te mordeu, na pessoa que te
ofendeu, ou na reunião da igreja.
Esteja presente naquele local, observando a árvore e somente a
árvore… mais nada.
Quando você estiver triste… sinta essa tristeza, viva essa tristeza, não
lute contra ela.
Quando a tristeza passar, ela já passou… não fique trazendo ela de
volta.
O ser humano fica revivendo várias vezes uma situação… a memória
do evento retorna… e depois retorna… retorna… e retorna.
Quando terminar uma coisa… termine. Quando começar uma coisa,
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comece.
Não termine sem terminar, deixando o passado no seu presente.
Se você estiver comendo uma saborosa refeição, coma essa refeição.
Se amanhã não tiver essa refeição, deixe ela de lado. Não fique
pensando na comida. Não traga ela ao presente.
Quem fica vivendo o que já aconteceu e o que ainda pode
acontecer… esse não vive, mas morre.
Quando você encontra uma pessoa e fica com ela, fique com ela, viva
esse tempo com ela, experimente o que quiser experimentar.
Mas quando essa pessoa for embora… deixe-a ir, deixe ela livre, não
prenda ela com você.
Não queira dar vida ao que já acabou, ao que não existe mais, ao que
já teve seu tempo com você te ensinou, se tornou desnecessário e foi
embora.
Da mesma forma que você deixou vir… é preciso deixar ir.
Viva o que estiver presente… o que não está mais presente, está no
passado. O que está no passado, não tem mais vida. Se não tem mais
vida, deixe morrer.
As coisas devem fluir por você e ir embora. Se você tenta reter o que
está indo… você definha.
Como diz a máxima de sabedoria: reter é perecer.
Tudo o que tentamos encaixotar, morre… e tudo o que carregamos
conosco cria um peso em nossa vida.
Para que deixar nossa vida estagnada e pesada… se podemos torna-la
fluida e livre?
Tal como o vento quando preso numa caixa se torna ar… e deixa de
ser vento.
Esteja sempre no presente. Observe o que acontece. Sinta o agora. Só
existe vida no agora, presentemente.
O que passou, já morreu… o que está aqui, é preciso viver.
No agora existe tudo… no passado não existe nada.
A vida está aqui e agora, a morte está no passado e naquilo que não
deixamos ir…Que a todos
aguarda. (Hugo Lapa) me siga no facebook!
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Saravá à todos nos nossos leitores, que Olorum abençoe a cada dia mais a
caminhada de todos, que Odudua e Obatalá, criadores de nossa existência, nos
mantenham em equilíbrio nas leis do Universo.
Hoje venho falar sobre um assunto no qual sou muito questionado:
Quando eu morrer para onde vou? No que a Umbanda acredita?
Bom, não posso e nem nunca falarei pela Umbanda, afinal eu sou parte e
não o todo, então falarei sempre por mim, pelo o que eu acredito e pelo o que
ensino.
Essa pergunta sempre vem, devido a muitos Umbandistas terem sua
origem religiosa no Catolicismo (céu/inferno) e Espiritas (Nosso Lar/Umbral).
Para mim apenas mudaram-se os nomes, porém os conceitos continuaram os
mesmos. Você deve seguir um padrão de conduta para ir para um lugar ou outro.
Na Umbanda que eu prego e acredito, não existe um céu e inferno, um
bem e um mal, afinal definir é limitar, e quem somos nós para conhecer o todo,
sendo um pequena parte da criação. Acredito que existam sim lugares nos quais
somos encaminhados, porém devido a nossa própria consciência: “Tu deviens
responsable pour toujours de ce que tu as apprivoisé” - Antoine de Saint-
Exupéry - Le Petit Prince. Traduzido para o Português: Tu és eternamente
responsável por aquilo que cativas – Antoine de Sani-Exupéry – O pequeno
Príncipe. O que quero dizer com isso? Que a sua consciência definirá qual o
rumo da sua existência.
Por exemplo: Se o ciclo da sua vida carnal, terminasse agora, você estaria
em paz consigo? Se a resposta foi não, você precisa mudar a sua postura. Olhe
mais para si, realize o seu autoconhecimento, reflita, permita-se realizar as coisas
nas quais você sonha, beije, transe, ame, seja vivo. Que diferença faz os lugares
que existem depois da vida, se você não aproveita o agora? Pra que saber o quem
vem depois, sendo que o agora existe e você não faz nada com ele? De que
adianta Aruanda dos Pretos e Pretas se você não sabe nem a dor que eles
passaram, e em momento algum se importou para entender o processo
escravagista? Que diferença faz saber que existe o Juremá se não conhece a
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história dos nativos de nossa terra, seus Deuses, seus costumes? De que adianta
o Jacutá dos Boiadeiros se você não controla sua própria vida?
Não sei fui claro, mas a intenção aqui é mostrar pra vocês que: Pouco
importa o que vem depois se a construção não acontecer agora! Existem lugares
pós morte? Existe! Mas você não escolhe, sua vibração e consciência te levaram
até aquilo que você criou em vida!
Viva, pois o sentido da vida é sentir a vida.
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Insegurança no atendimento espiritual
É muito comum que muitos irmãos e irmãs umbandistas, assim que terminam
a fase do desenvolvimento mediúnico e são autorizados a dar atendimento
espiritual com seus guias à assistência, sintam-se inseguros e desconfortáveis
com esta nova função exercida dentro dos terreiros de Umbanda e acabam
ficando muito preocupados ou até desenvolvem um nível de ansiedade que os
desestabiliza e os reprime. Naturalmente isso ocorre, devido o fato de iniciar-se
um trabalho ativo dentro do terreiro e da religião, onde o contato com os guias
aumentará durante a incorporação e também vem à tona o peso da
responsabilidade de atender pessoas necessitadas que procuram o terreiro em
busca de auxilio e conforto. Acredito que todos os médiuns atuantes na religião
de Umbanda, desde os mais experientes até os iniciantes, tenham passado por
tal situação onde muitas vezes nos sentimos inseguros em alguma atividade ou
função, o que por si só já o desestabiliza e desperta a ansiedade, causando
fragilidade emocional em nosso mental e reprimindo nosso ser. O pensamento
constante é que ainda não se conhece o suficiente para iniciar uma nova
atividade, ou que ainda não se sente firme com o seus guias durante a
incorporação, ou mesmo que a pessoa ainda é muito confusa se consegue
mesmo atender algum consulente e se ela conseguiria mesmo ajudar, entre
outros pensamentos constantes que invadem a mente do médium que terminam
por minar a sua confiança em si e em seus guias. Trazendo um momento de
reflexão sobre o assunto, que tem por finalidade auxiliar a mente e retomar a
confiança desses irmãos e irmãs, farei alguns comentários que aprendi e me
ajudaram durante minha jornada como médium de atendimento espiritual, que
já tem 15 anos de história, também como sacerdote de Umbanda e professor de
cursos de Umbanda e Magia Divina. Em primeiro lugar, é importante entender
que é natural sentirmos medo e insegurança, pois isso é uma forma de
conseguirmos raciocinar sobre o que iremos fazer, sobre as responsabilidades e
a importância da atividade espiritual e das consultas à assistência, pois,
realmente, é um trabalho que devemos encarar com seriedade e compromisso
de fazer o bem as pessoas, assim como foi feito a nós quando entramos pela
primeira vez em um terreiro de Umbanda e fomos atendidos por um médium
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incorporado com seu guia espiritual de braços abertos. Em segundo lugar,
temos que entender que essa autorização não acontece do nada. Existe todo um
trabalho anterior a isso, que dependeu muito do esforço do médium em se
desenvolver mediunicamente e em aprimorar-se como uma ferramenta viva das
divindades de Deus, que a parir de então manifestará em seus guias com amor
e respeito. O guia chefe de um terreiro observa atentamente a evolução de cada
médium pertencente ao seu templo, acompanhando cada um desde a sua
chegada no templo e durante os seus
estudos e verificando a progressão dos médiuns. Quando o guia chefe de um
terreiro autoriza que um médium comece a atender com os seus guias é porque
ele confia no médium que se mostrou pronto a iniciar uma nova etapa de sua
jornada evolutiva, onde terá a presença de seus guias pessoais como mestres
que irão guia-lo e desenvolvê-lo mais ainda. Portanto, não é algo aleatório. É
um processo de crescimento contínuo que acelera a evolução desse médium,
pois, a partir dessa nova etapa, iniciará um processo de aprendizagem diferente,
em que seus guias tem condições de ensinar e expandir a consciência desse
médium iniciante durante as consultas, que frequentemente encontramos em
nossos irmãos da assistência os mesmos problemas e dificuldades que
passamos. Essa experiência de atender com nossos guias nos trás um novo
olhar para situações em que já vivenciamos, ou mesmo ainda iremos vivenciar,
em que o guia orientará cada consulente com uma outra perspectiva, que
também se aplica a nós. É um aprendizado constante. Incorporar nossos guias e
poder atender com eles trará a visão de um mestre, de um espirito que evoluiu
muito e se desenvolveu em vários sentidos, e que hoje tem plenas condições de
trazer bons ensinamentos e aconselhar muitos irmãos e irmãs. Trabalhar
espiritualmente com os guias é ser guiado por esses mestres astrais, ensinandonos
pelo exemplo, pela postura, pela firmeza, pelo carinho, pela delicadeza,
pela sensibilidade, pela bondade por sua compaixão em dispor-se a ajudar
qualquer pessoa, em distinção de pessoas. Assim como o guia chefe de uma
casa nos acolhe quando chegamos, ele também nos guia como um mestre
durante nosso período de desenvolvimento mediúnico, até que estejamos
prontos para uma nova etapa, onde novos desafios chegam e novos mestres se
apresentam, que são nossos guias espirituais, pois estes já estão conosco desde
o inicio de nossas vidas no plano material. Somos amparados e sustentados o
tempo todo por eles, nossos guias espirituais, que se despuseram a ligar-se a
nós e nos auxiliar em nossa jornada evolutiva no plano material. Então, irmãos
e irmãs, tenhamos confiança pois somos todos muito amparados. Lembrem-se
de todo o trajeto de vida que percorreu, todo o período de estudos e o que
aprendeu. Lembrem-se de como eram antes de chegar ao terreiro, quais eram as
suas dificuldades e veja o quanto você evoluiu até agora. É certo que ainda não
acabou e não aprendemos sopre tudo, mas é justamente nessa etapa onde
aprenderemos mais, na prática, na vivência, na atividade espiritual benéfica e
experienciando a caridade. Sempre haverá dificuldades e resistência a um novo
início, cabendo a nós persistir no crescimento e no aprimoramento íntimo. O
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proposito maior de uma pessoa desenvolver-se médium da religião de
Umbanda e começar a atender com os seus guias é o sentimento de gratidão,
porque em algum momento
do passado, essa pessoa foi
atendida e auxiliada por um
médium incorporado com o
seu guia, e esta ajuda foi tão
significativa que começou a
transforma esta pessoa de tal
forma que sua vida mudou
para melhor em todos os
sentidos. Lembrem-se que
sempre terão o apoio
daqueles que te amam. Espiritualmente, por parte dos seus guias espirituais e
dos guias chefes do terreiro, e materialmente por nosso
dirigente espiritual que confia em nós e nos ampara. Todos, sem exceção,
amam seus iniciados. Portanto, sejamos firmes mentalmente, emocionalmente,
fisicamente e espiritualmente no propósito da gratidão, que seremos amparados
e sustentados por nossos mestres da luz. Um abraço fraterno a todos.
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Médium, Maga, Sacerdotisa de Umbanda, Dirigente Espiritual do TEU Ogum Beira Mar.
Em uma noite de agosto
Certa noite, durante o período que estamos vivendo de pandemia, me senti
desdobrando e vivendo um cenário ao qual me fez refletir por muitos dias.
Parecia que eu havia vivido aquela situação na vida real, pois foi tão nítido, que
só de digitar estas palavras, neste momento, consigo sentir a forte emoção e o
coração disparando.
O lugar ao qual eu estava, era muito diferente, pois não havia um chão,
propriamente dito, onde sentimos os nossos pés firmes. Porém, existia um solo,
com energia muito diferenciada. Algumas pessoas aguardavam em filas para
entrarem numa sala, onde havia uma placa escrito: Processo de humanização.
Um rapaz me olhava, mais afastado da multidão e os seus olhos cor de mel,
firmes e fortes, chamou a minha atenção. Na verdade, o seu jeito de me olhar,
pois ele me chamou para perto, apenas com a energia que irradiava dos olhos.
Me aproximei, sem que percebesse, e já pude sentir sua energia telúrica. Sem
dizer nenhuma palavra ainda, apenas me olhando, esse rapaz, mentalmente fez
uma comunicação:
- Perceberás que estes espíritos necessitam se tornar humanizados!
Eu, como uma boa filha de Iansã, não consegui agir da mesma maneira e
respondê-lo ou questioná-lo mentalmente e logo disse, em tom alto e
demonstrando muita ansiedade:
- Eles nunca foram para a Terra?
Então, o rapaz sorriu. Deu um passo à frente, se aproximando mais de mim e
pegou em uma das minhas mãos. Senti o meu corpo inteiro arrepiar, uma
sensação de emoção, e uma energia muito semelhante a que sentimos, quando
um Preto-Velho pega em nossas mãos, nos toca.
Minha alma estava sento tocada, naquele momento e consegui sentir um cheiro
de terra molhada, um cheiro bom, ao qual não consigo descrever ao certo.
Ao tocar em minha mão, mentalmente ele foi me dizendo:
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- Verás que estes espíritos passaram por muitas realidades do nosso grandioso
Pai, arquiteto do Universo. Os poderes e qualidades do nosso Pai, foram
manifestados e internalizados em cada um deles. Você, menina dos olhos de
Iansã, consegue visualizar algo diferente?
Olhei para aquela fila, percebi algumas pessoas conversando entre si, muito
educadamente. Outros estavam sérios e pensativos, mas demonstravam
segurança ao estarem ali. Não conseguia vir nada de diferente, até olhar ao redor
daquele espaço, que foi se abrindo para mim. Uma rua, outra rua, de terra, e,
derrepente, uma encruzilhada.
Distante de todos e encostado em uma árvore, estava um jovem alto, magro,
cabelos escuros e parecia observar a todos que estavam na fila. Também notei
que ele não parecia estar me vendo, e o rapaz que segurava a minha mão e
conversa comigo mentalmente.
Então eu respondi:
- Vejo aquele jovem se apoiando naquela árvore e observando de longe, todos
os que estão na fila, para entrar na sala de humanização.
Para minha surpresa o rapaz soltou minha mão e me disse, em voz firme e ao
mesmo tempo, suave:
- Eu sou um filho do Pai da Evolução! Estou aqui para te orientar o quanto é
importante, vocês da Terra, neste momento, a observação. Aquele jovem ao qual
você descreve, é um filho do Pai da Evolução, também. Alguém que é um grande
conhecedor de alguns Mistérios, mas regrediu consciencialmente. Porém, jamais
irá perder sua essência telúrica, e como o grandioso Pai Maior, dá oportunidades
de crescimento e evolução a todos, ele está tendo a chance de aprender a
observar, a sentir, a parar para analisar, pois a ansiedade e o ego já lhe fizeram
perder sua última existência na Terra.
Começamos a caminhar juntos, por ruas que iam se abrindo conforme
pisávamos. Aos poucos, fomos nos distanciando daquela fila de pessoas,
espíritos, que se preparavam para passar pela sala de processo de humanização
para reencarnar, no mundo pós pandemia.
Tive coragem e perguntei o seu nome. Ele respondeu com um outro sorriso, mas
não me disse como se chamava. Rapidamente me disse pelo campo mental que
eu terei a oportunidade de lhe conhecer melhor, para poder falar dele para os
humanos que estão encarnados na Terra, neste momento.
As ruas começaram a ficar mais largas e a paisagem não era muito alegre, mas
nem triste. Ruas de asfalto se misturavam com ruas de terra, ao mesmo tempo.
Árvores com poucas folhas, preenchiam os espaços laterais e o céu, aquele céu,
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era muito diferente do céu que conhecemos aqui. Então, o filho da Evolução com
olhar encantador, voltou a me dizer:
- Aquele jovem que você notou, precisará passar por mais uma experiência na
Terra, para sua transmutação, mas não tão cedo. Ele está incumbido de aprender
a observar as pessoas que irão, antes dele, a estudar a história das vidas que todas
elas já tiveram, em outras realidades e, algumas delas, em existências anteriores
na Terra.
Ele precisará aprender a degustar este processo de preparo do seu próprio eu, se
desprendendo do imediatismo, ao qual ele ainda se pega, por vezes. Necessitará
absorver algumas energias, e compreender a importância do silêncio sadio, aos
quais vocês da Terra, não estão sabendo lidar.
Então, fiquei pensando o quanto eu tenho o pensamento acelerado, o quanto eu
gosto da praticidade e o quanto eu preciso mudar, enquanto ouvia suas
palavras.
Num tom de despedida, me disse:
- Volta e fala com todos sobre a importância da observação, do silenciar a mente,
para Terra poder receber a cura!
Senti o meu coração disparando e voltei para o meu quarto, com forte
taquicardia. A sensação que tive, nesta noite, não era ruim, nem sei dizer se foi
boa. Mas, um grande aprendizado, uma oportunidade de uma análise sobre mim
mesma, e cumprir com o que me foi solicitado: falar para as pessoas da Terra,
que vivem neste atual momento, a importância do silenciar a mente, para que a
cura possa chegar para todos nós!
Saravá nosso amado Pai Obaluayê! Salve todos os filhos da Evolução!
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Colabore com nosso jornal, mande textos para
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Cosme e Damião, Erê, Ibeji ou
crianças?
Vamos a algumas explicações, porém cultuem e tenham fé naquilo
que faz bem para vocês ok!
Para quem vem de uma Umbanda mais católica hoje comemora-se
Cosme e Damião correto? Eles são os patronos ou protetores dos
médicos, então são gêmeos, com nome de origem de Acta e Pássio e
não tem um irmão chamado Doum. Doum é uma lenda colocada para
um suposto irmão deles que morreu criança e seria o protetor as
crianças até 7 anos, minha dúvida é: será que Doum não poderia
proteger mais ninguém depois de 7 anos? Cosme e Damião não
teriam habilidades para proteger crianças até 7 anos? Então porque os
cultuamos como protetores das crianças?
Ibejada, é um termo muito comum, porém não faz sentido se você for
procurar saber mais informações sobre eles. Ibeji são gêmeos
africanos, apenas um casal de gêmeos Kehinde e taiwo, portanto
Ibejada não deveria ser usado, porque não estamos nos referindo a
vários gêmeos africanos, já que existe somente um casal.
Crispim e Crispiniano são patronos dos sapateiros, então complica
um pouco a cabeça, porque qual ligação de sapateiros com crianças?
Erê é algo infantil, ligado a criança mesmo, porém é uma
manifestação que acontece nos Candomblés, é ele quem se comunica
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e ensina os Orixás a fazerem tudo enquanto os filhos estão nos
preceitos de feitura de santo. Quando o Orixá nasce ele não sabe
nada, então é Erê quem fica orientando.
Por último temos as crianças que incorporam nos terreiros, são
crianças mesmo, mistério infantil, comem doces, brincam e se
divertem muito com essa festa(gira). Com sua pureza e doçura eles
nos orientam e sermos mais “ crianças “ e a não nos esquecermos que
seriedade não pode ser tudo na vida.
Saravá e ótimo dia das crianças, dos Erês, de Cosme e Damião, ou de
quem você preferir! Que sua escolha o ampare hoje e sempre!
Saravá.
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SERÁ QUE EVOLUÍMOS DENTRO DO
SAGRADO?
Paramos aqui e observamos quando uma religião para de evoluir por questões
ímpares e racionais.
Onde o homem permanece insistindo em passar na frente das Leis da Criação.
Com sua ganância, arrogância e prepotência.
A disputa de quem sabe mais, de quem ensina mais, de quem tem mais fiéis em
seus templo, terreiros e igrejas! Não foi assim que aprendemos sobre as coisas
de Deus, sobre o Sagrado...
Não sabemos absolutamente nada sobre os mistérios da mãe natureza, sobre de
fato os mistérios de Deus. O que o infinito guarda, e esconde do homem... a
capacidade de pensar de raciocinar e evoluir com a espiritualidade.
Mas creio que a Lei Maior e a Justiça Divina, estão atentos com tudo que está
sendo plantado e regado dentro da humanidade e com as coisas do Sagrado.
Agora sentimos a fraqueza dos homens diante uma PANDEMIA... agora
ninguém sabe mais, não ensina melhor e nem consegue juntar suas ovelhas
para pastorar.
Nesse momento de crise existencial da humanidade, o homem não aprendeu
absolutamente nada sobre evolução. E continua não sabendo dividir, adicionar
ou subtrair as coisas do emocional e do racional!
Dentro da minha Religião e no que eu acredito, tenho certeza de que Deus e os
Sagrados Orixás estão chorando pela humanidade...
Axé
Motumbá
Amém
Namastê
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A diferença dos ritos ao longo das eras
Não é que as divindades se tornaram menos exigentes com o passar das eras,
afinal o rito é para o ser humano e se não aceitávamos ou exigimos ainda certas
ritualísticas é porque o corpo mediúnico de vocês precisam.
Quando se fala de Egunita, na África, que só aceitava oferendas das suas filhas
virgens e de meninas até 11 anos, é porque só o campo mediúnico
extremamente puro, sem interferências da energia masculina, é que conseguia
entrar em ressonância com a energia dessa mãe tão Natural.
Os corpos mediúnicos de vocês estão se encaminhando para o que existia em
Atlântida, onde o espiritual se fundia com o material através dos corpos
mediúnicos, não havendo dúvidas sobre a existência de Deus.
Há quem já esteja nessa vibração, outros estão tão fechados que só a partir das
ritualísticas antigas poderiam se conectar às divindades. Agora para você,
umbandista, 24h de preceito para uma gira, com banhos nem sempre feitos,
velas nem sempre acesas ou feito com desleixo, e assim, com toda essa falta de
responsabilidade, ainda conseguem ressoar e trabalhar incorporados ou dar um
passe de emergência.
A ritualística ainda é necessária. Para vocês. Para proteção. Tenham respeito a
ela não só pela divindade em questão, mas pelo seu próprio desenvolvimento e
evolução pessoal.
Hoje um homem pode oferendar Obá, Oroina e outras divindades puramente
femininas, se ele tiver o campo mediúnico aberto para isso e, diante do rito,
pode vibrar e incorporar tais energias.
Um dia voltaremos ao mesmo nível de Atlântida e mesmo assim os ritos serão
necessários, em respeito ao sagrado, ao campo mediúnico de cada e o respeito
a vida.
(Cabocla do Fogo)
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