Montalegre - Boletim Municipal | Agosto 2020
Boletim Municipal de Montalegre, Agosto 2020
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BOLETIM MUNICIPAL 33
TURISMO
Tabernas do Alto Tâmega
Lançada oficialmente a nova identidade
Integrada no programa da 29.ª Feira do Fumeiro de Montalegre,
foi lançada oficialmente no dia 25 de janeiro, a
nova identidade das Tabernas do Alto Tâmega. A apadrinhar
a sessão esteve a Secretária de Estado da Valorização
do Interior, Isabel Ferreira. De referir que a Rede de
Tabernas do Alto Tâmega foi criada pela Associação da
Região do Alto Tâmega (ADRAT), em 2004, com o intuito
de preservar e conservar os hábitos e cultura transmontanos,
com a implementação de um novo conceito de
restauração assente em preceitos familiares e tradicionais,
onde, mediante reserva, o público em geral podia
degustar produtos e pratos regionais em cozinhas locais
que eram, por si só, sinónimo máximo da cultura popular
regional. Inicialmente a rede era composta por 12, pretendendo
ser estendida até 20 tabernas.
PROMOÇÃO ALÉM FRONTEIRAS
Em 2018, a Associação da Rede, concorreu ao programa
Valorizar - Linha de apoio à Valorização Turística do Interior,
do Turismo de Portugal, para desenvolver e consolidar
a Rede de Tabernas nos seus municípios - Boticas,
Chaves, Montalegre, Ribeira de Pena, Valpaços e Vila
Pouca de Aguiar - e promovê-la aquém e além fronteiras,
assumindo-se como um produto gastronómico de referência
e com grande potencial de ser alargado ao restante
território nacional.
ECONOMIA CIRCULAR
As Tabernas do Alto Tâmega são a personificação da sustentabilidade.
A chamada economia circular tem aqui a
sua expressão máxima, uma vez que tudo o que é consumido
é produzido localmente, pelos próprios taberneiros,
ou na região, com exceção para o arroz e o bacalhau. A
receção é feita nas próprias casas onde os anfitriões taberneiros
assumem o papel de produtores e cozinheiros.
Acendem o lume e preparam tudo para uma refeição farta,
mas enraizada na sazonalidade e no receituário local.
Cada casa tem o seu tempero, a sua forma de receber. Ir
a uma taberna não esgota a experiência. Apenas aguça a
vontade de regressar.
A Secretária de Estado da Valorização do Interior, Isabel
Ferreira, anunciou que «temos um investimento de
140 milhões de euros para financiar o Interior. Estamos
a preparar um conjunto de avisos para financiar inovação,
competitividade, recursos humanos altamente qualificados
e pequeno investimento, no sentido de termos
uma dotação específica para os territórios do Interior e,
também, critérios adaptados à realidade. Também é muito
importante olhar para o pequeno comércio que dinamiza
a economia local. É uma prioridade para nós. Preparamos
ainda medidas para as Instituições Particulares de Solidariedade
Social. São apoios a que queremos dar seguimento
em favereiro de 2021. A rede de Tabernas do Alto
Tâmega é uma ideia inovadora. Pegaram num conceito
tradicional que estava abandonado. A Comunidade Intermunicipal
do Alto Tâmega é um exemplo. Tem um trabalho
e uma estratégia muito definidos para o território.
Esta iniciativa tem muito potencial. Aproveita recursos
endógenos de alto valor acrescentado como o fumeiro.
Era muito interessante internacionalizar esta marca. Pode
constituir um percurso turístico muito atrativo».
O presidente Orlando Alves considera que «é uma ideia
revitalizadora do território. Estamos a envolver as pessoas
e a trabalhar aquilo que a produção local consegue,
transformando as coisas, dando-lhes o palato que a exigência
do consumidor impõe. Esta rede de tabernas é dinamizadora
da economia local. É potenciadora do setor
da gastronomia e da restauração e, naturalmente, condimento
para a promoção do território e para a sobrevivência
de todos o que optamos por aqui nos radicarmos».
Para o coordenador da Coordenador da Rede de Tabernas
do Alto Tâmega, Albano Álvares, «a rede de tabernas
já existe desde 2004. Agora pegamos naquelas que ainda
funcionavam, mas que estavam a perder alguma dinâmica.
Queremos revitalizá-las através de uma candidatura ao
programa Compete 2020. Pretendemos divulgar a gastronomia,
a paisagem e os produtos locais. Queremos que as
pessoas visitem os concelhos do Alto Tâmega e que possam
usufruir de uma gastronomia genuína e tradicional».
O secretário-geral da ADRAT, António M. Machado, faz o
ponto de situação: «em 2004, a ADRAT foi a grande dinamizadora
deste projeto. É bom ver que, passado este tempo,
este projeto tem pernas para andar, tem autonomia e
capacidade para andar. Isto é um bom exemplo daquilo
que se pode fazer. É um bom exemplo daquilo que podemos
fazer e que se traduz no sucesso».