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Revista Boas Práticas - Rally Cocamar de Produtividade 2019/2020

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BOAS Práticas

Revista do Rally Cocamar de Produtividade n Quinta edição n Safra 2019/2020

Cocamar, Rally e Parceiros:

informação e valorização

do trabalho do produtor

REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2020

1


Cooperado e Cooperativa

crescem juntos.

O Rally de Produtividade Cocamar

percorreu onze mil quilômetros de estrada

e visitou noventa e cinco cooperados em

mais de cinquenta municípios do Paraná,

Mato Grosso do Sul e São Paulo.

www.cocamar.com.br


REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2020

3


Só quem coloca lá em cima

o cuidado com as raízes há 10 anos

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Sumário

Conteúdo

Palavra do presidente 7

Temporada 2019/2020 – Onze mil quilômetros percorridos 12 a 21

Como os participantes avaliam o Rally 22 a 27

Construindo fertilidade para ganhar produtividade 30 e 31

Sistemas Integrados 32 a 37

Diversificação – apostando na segurança 38 a 40

Acreditar e colher resultados 41

Cooperativismo 42

Gestão feminina 43 a 46

Pecuária 47

Parceria/inovação 50 e 51

Irrigação – com umidade é outra históra 52

Propriedades visitadas 54

O vídeo oficial do Rally 55

Parceiros e patrocinadores

Institucional Cocamar 2 e 3

Basf 4 e 5

Sicredi União PR/SP 8 e 9

Zacarias Chevrolet 10 e 11

Elanco 14

Suplemento Mineral Altofós 15

Spraytec 28 e 29

Lubrificantes Texaco 48

Sancor Seguros 49

Cocamar TRR 53

Lídia Regina Massi Serio,

cooperada em Ivinhema (MS):

gestão empreendedora com foco

na alta produtividade

Detalhe do inovador programa de reforma de áreas destinadas a canaviais, no interior de São

Paulo, com rotação de soja cultivada por produtores da Cocamar


PALAVRA DO PRESIDENTE

Um projeto

de sucesso

o rally é uma iniciativa de características inovadoras

Nos últimos anos, a sociedade brasileira vem entendendo

melhor a importância do agronegócio, tanto no que se

refere à produção de alimentos para o país e o mundo,

quanto por gerar desenvolvimento nas regiões, divisas para a

balança comercial e fortalecer a economia.

Na Cocamar, em paralelo aos nossos inúmeros trabalhos

técnicos que visam a assegurar um crescimento sustentável aos

produtores cooperados, temos procurado fomentar essa necessária

comunicação com os diferentes públicos. Signatária do Pacto

Global da ONU, a Cocamar integra a maior rede de sustentabilidade

do mundo, promovendo o desenvolvimento em toda as regiões

onde atua.

Uma das ferramentas utilizadas com indiscutível sucesso tem

sido o Rally Cocamar de Produtividade, projeto de características

inovadoras que consegue aliar o interesse da cooperativa em

difundir, por meio de uma linguagem simples e objetiva, novas

práticas e tecnologias sustentáveis, bem como temas como gestão profissional e a inserção

da mulher e dos jovens na atividade. Para completar, o Rally faz isso, ainda, promovendo o

relacionamento com os produtores e valorizando as suas iniciativas.

A realização se completa conferindo visibilidade permanente ao trabalho dos produtores

junto a sociedade paranaense, por meio de parceria com toda a mídia regional, além de

evidenciar a imagem da Cocamar em todo o estado.

Agradecemos o envolvimento das empresas patrocinadoras, sem as quais um projeto

tão importante – que se propõe a estar nas propriedades rurais ao lado dos produtores –

dificilmente seria possível.

Parabéns a todos!

Divanir Higino

Presidente da Cocamar


DESTAQUE

Relação de amizade e confiança

une Sicredi e produtores

em diferentes regiões

Rally vê o quanto eles admiram e se sentem acolhidos pela cooperativa de crédito

Uma das picapes do Rally foi destaque no estande da

Sicredi União PR/SP durante o Safratec 2020, em janeiro,

na foto que reuniu dirigentes da cooperativa de crédito, da

Cocamar e produtores de Cafeara

Durante a 5ª edição do Rally Cocamar de Produtividade,

da qual a Sicredi União PR/SP foi uma das principais patrocinadoras,

grande parte dos produtores rurais visitados

nas regiões noroeste e norte do Paraná era associada da cooperativa

de crédito.

Em Floresta, próximo a Maringá, a equipe esteve na propriedade

de Ricardo Dolfini, que estava em companhia do filho Humberto.

Na época (mês de setembro/2019), eles estavam ainda em preparativos

para o plantio de soja. Da visita participou também o

gerente da agência local, Eroncley Mário Domingues, e o diálogo

com os anfitriões foi acontecendo em clima de descontração.

Ao ser indagado sobre há quanto tempo participa da cooperativa

de crédito, Ricardo disse que “desde o início em Floresta,

onde fui um dos primeiros a me associar”. E se recordou que,

antigamente, a agência ficava no interior da unidade da Cocamar.

Disse também de sua tranquilidade e da total confiança em trabalhar

com o Sicredi, que o atende em todas as suas demandas.

Por fim, surpreendeu ao recordar-se que conhece Eroncley desde

quando este era ainda um menininho.

Assim, a visita acabou deixando um pouco de lado o caráter técnico

para revelar a proximidade e os fortes vínculos sentimentais

que existem entre o Sicredi e um produtor tradicional e reconhecido

em seu município. Uma relação de amizade e confiança que se

observa com inúmeros outros produtores em todas as regiões onde

a cooperativa está presente.

No mês de outubro/2019, em visita à Cafeara, que fica na

8 REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2020


Dirigentes da cooperativa recepcionam produtores no estande

transição entre o noroeste e o norte do estado, o produtor Marcos

Salviano, ao lado do pai João e do irmão Maurício, relatou os benefícios

que aquela cidade e região passaram a ter após a chegada de

uma agência Smart da Sicredi União PR/SP, em 2018. Instalada

em dois contêineres na praça da Igreja e totalmente sustentável, a

agência, segundo Marcos, supre todas as necessidades dos agricultores,

que assim não precisam mais se deslocar para outros municípios.

“Para nós é uma comodidade poder contar com a cooperativa

Diego Rigon Menão, gerente de Comunicação e

Marketing e Edson Rocha, superintendente, ambos

da Sicredi União PR/SP, e o presidente da Cocamar,

Divanir Higino

de crédito aqui”, disse Marcos, que com sua família desenvolve há

anos na propriedade rural o programa de integração lavoura-pecuária

(ILP). “Estamos muito bem servidos e satisfeitos com os serviços

oferecidos. Agora, com o Sicredi por perto, vamos crescer.”

O gerente da agência, Tiago Borlot Altino, disse que os produtores

já estão se antecipando e fazendo o custeio e os financiamentos

para a próxima safra de verão. “Assim que sair o Plano Safra,

estaremos repassando os recursos”, completou.

REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2020

9


10 REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2020


REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2020

11


TEMPORADA 2019/2020

Onze mil quilômetros

percorridos e 95 produtores

visitados em três estados

O Rally vai a campo para conhecer e valorizar práticas agropecuárias que fazem a diferença no

desenvolvimento sustentável e na produtividade da soja

Viagens começaram em setembro na

fase pré-plantio e se estenderam até

março com o final da colheita na maior

parte das regiões

12 REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2020


As viagens aconteceram em três estados

Na melhor temporada dentre as cinco edições do Rally

Cocamar de Produtividade, foram visitadas 95 propriedades

rurais na safra de verão 2019/20 e contatados

outros 80 produtores em eventos e unidades da cooperativa

nos 11 mil quilômetros percorridos por dezenas de

municípios dos estados do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do

Sul (veja o mapa).

O projeto de formato inovador – que tem objetivo técnico,

de comunicação e relacionamento com os produtores cooperados

- contou com a parceria da Basf, Spraytec, Sicredi União

PR/SP e Zacarias Chevrolet (patrocinadores masters), Sancor

Seguros, Texaco Lubrificantes, Cocamar TRR, Elanco e Altofós

Suplementos Minerais Cocamar (institucionais) e com o apoio

da Unicampo, Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb) e Aprosoja/PR.

As viagens começaram em setembro/2019, ainda na fase

pré-plantio da soja em algumas regiões, e foram até o término

da colheita, em meados de março. Quando o Rally havia completado

praticamente 100% da sua programação, começaram

as medidas restritivas em função da pandemia do novo coronavírus.

Não fosse por isso, o roteiro certamente seria estendido

até o final daquele mês, tamanha a satisfação dos profissionais

em visitar os produtores e também a boa receptividade destes

em relação ao projeto.

Em grande parte das viagens a equipe do programa RIC Rural,

exibido nas manhãs de domingo em todo o Paraná pela rede de

emissoras da RIC TV, reforçou a caravana do Rally. Sempre com

intensa repercussão junto ao público, as reportagens foram distribuídas,

também, por meio do aplicativo de mensagens, para

milhares de cooperados, departamento técnico e colaboradores

da cooperativa, empresas parceiras, pesquisadores de diversas

instituições brasileiras e formadores de opinião nas regiões visitadas.

Com o advento da pandemia, as reportagens foram reprisadas

na TV, mantendo ou até, pontualmente, ultrapassando

o nível da audiência anterior. Em média, segundo dados da RIC,

cerca de 1,2 milhão de pessoas/mês sintonizam o programa.

REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2020

13


14 REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2020


REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2020

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PRODUTIVIDADE

Altas médias

Tecnologias adequadas e muita dedicação para superar os desafios

Quando a colheita é boa, a máquina

enche rápido e os caminhões

não têm parada. Pois foi isto

que o Rally Cocamar de Produtividade viu

em várias regiões durante a safra de soja

2019/20.

O município de Apucarana, por exemplo,

onde nos últimos anos os produtores

se destacaram pela alta produtividade,

protagonizou mais uma temporada para

ninguém botar defeito. Pilotando sua confortável

colheitadeira, o produtor Evaldo

Carlos Bovo parecia passear sobre a lavoura,

atento ao monitor que exibia instantaneamente

os números da operação, quase

nunca inferiores a 100 sacas por hectare.

A soja não cresceu tanto, mas estava tão

repleta de vagens que em dez ou quinze

minutos era preciso dar um tempo para

descarregar.

MÚSICA

“Acho que vamos fechar com mais de 80

sacas de média”, calculou Bovo durante a

visita do Rally, lembrando que um dos primeiros

talhões colhidos rendeu 92,5 sacas

por hectare. Isto é música aos ouvidos de

qualquer produtor. Bovo e quatro irmãos

são sócios em 919,6 hectares no município

e imediações.

Orientados pelo engenheiro agrônomo

Danilo Lomba, os Bovo trabalham com profissionalismo,

tecnologias atualizadas e não

têm conhecido frustração, mantendo um

histórico de alta performance. Mesmo na

safra anterior (2018/19), em que a região

foi atingida por estiagem, eles colheram 71

sacas por hectare, bem acima das 50 sacas

de média registradas no município. E, no ciclo

2017/18, a marca havia sido de 76,8

sacas por hectare.

O produtor Evaldo Bovo no comando de sua colhedeira: “Temos que estar ligados”

16 REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2020


Lavoura não cresceu

tanto, mas ficou repleta

de vagens

Bevelloni: arrendamento possibilitou dobrar a área cultivada

EXPANSÃO

Dos quase 1,8 mil hectares cultivados pelos irmãos

Edvaldo e Edgar Bavelloni em municípios do norte e

noroeste do Paraná, só 360 são próprios. Tradicionais

arrendatários, eles veem nesse formato de parceria um caminho

para crescer e não costumam desperdiçar oportunidades.

Em contínua expansão, na safra 2019/20 os dois conseguiram

dobrar as áreas que cultivam após arrendar 907 hectares

em Diamante do Norte, a 180 quilômetros de Maringá, cidade

onde residem. Foi nessa região de solos arenosos do extremo

noroeste que Bavelloni recebeu a equipe do Rally.

“A soja ainda é uma novidade aqui”, começou dizendo, salientando

o predomínio da pecuária tradicional. As terras que arrendaram

são de uma fazenda cujos proprietários decidiram buscar

parceiros especializados na produção de grãos para fazer a reforma

de pastos. Além de corrigir o solo, o desembolso incluiu

aplicações de fosfato, adubos orgânico e químico e cobertura de

cloreto de potássio. As quantidades foram indicadas em análise,

com acompanhamento técnico, durante toda a safra, do engenheiro

agrônomo Wendel Justino Rodrigues, da Cocamar/Maringá.

Eles também tiveram que instalar uma nova base de maquinários

e, para não correr riscos desnecessários, só trabalham

com todas as suas atividades devidamente seguradas. De toda

forma, os solos (com teores de argila que variam de 10 a 29%)

têm potencial, segundo Edvaldo, para responder ao investimento,

chegando a uma média de 61 a 66 sacas por hectare.

REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2020

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Leonardi, de 70 anos:

“É preciso fazer tudo

com amor”

Sem medo de desafios

Morador no distrito de São Martinho, em Rolândia (PR), o produtor Vanderlei Leonardi tem conseguido uma média de produtividade

de soja, nos últimos anos, sempre acima de 68 sacas por hectare, uma quantidade de encher os olhos de qualquer

agricultor.

Em seu trabalho, Leonardi, de 70 anos, conta com a parceria do filho Damilo nas operações rotineiras da roça e também o apoio eventual

de outro filho, Rodrigo.

MEIO CAMINHO ANDADO

“É preciso fazer tudo com amor”, diz o produtor, intrigando quem esperava por uma resposta mais técnica. Ele explica, com sua singeleza:

“Sempre falo para o meu filho que precisa ter amor no que se faz. Se tiver amor, é meio caminho andado.” “O seu Vanderlei é um dos

nossos melhores cooperados, sem dúvida”, comenta o agrônomo Renan Zanzarini, que lhe presta atendimento.

18 REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2020


Volpato está à frente de 18 propriedades em vários municípios

Tamborlim: experiência em lidar com qualquer tipo de solo

PROSPERIDADE

Nascidos e criados em pequenas propriedades nos municípios de

Ourizona e Atalaia, no noroeste paranaense, onde antigamente

suas famílias lidavam com café e cultivos de subsistência, os produtores

José Rogério Volpato, 41 anos, e Paulo Vinícius Tamborlin,

35, têm trilhado na vida caminhos semelhantes.

Hoje prósperos produtores de grãos, eles são donos de terras,

cultivam também em propriedades arrendadas e são receptivos

a propostas de parcerias. Em suma: agricultores adeptos a novas

tecnologias e obstinados por crescer.

Historicamente, suas médias de produtividade de soja estão

num patamar bem superior ao da realidade regional, o que

resulta da preocupação deles em incorporar conhecimentos,

tecnologias e práticas modernas para explorar todo o potencial

produtivo das lavouras.

Segundo Volpato, “um produtor de cultiva na areia precisa

ter a consciência de que, para produzir bem, não pode vacilar

e nem improvisar”. As práticas conservacionistas são tão importantes,

dada a fragilidade do solo, quanto saber escolher

as variedades, os produtos adequados e os tratos culturais

que devem ser realizados na hora certa, somando à recomendação

técnica especializada a própria experiência acumulada

ao longo de anos. Com estrutura de maquinários, ele produz

em 18 propriedades localizadas na sua região, que totalizam

726 hectares.

RAPIDEZ

Engenheiro agrônomo com pós-graduação em agronegócio,

Tamborlim cultiva 16 propriedades entre terras próprias, arrendadas

e fruto de parcerias, que somam 520,3 hectares. A exemplo

do colega, ele não descuida de participar de dias de campo,

palestras técnicas e eventos relacionados à difusão de tecnologias.

“É preciso estar atento a tudo”, assevera, lembrando que a

tecnologia avança rapidamente.

REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2019

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Em constante expansão

Crescer na atividade rural, hoje em dia, é tarefa das mais desafiadoras

que alguns produtores estão sabendo enfrentar

com coragem, ousadia, segurança e profissionalismo. Em

Sabáudia, a 63km de Maringá, no norte do estado, os irmãos Lucas

e Tiago, da família Borrasca e Casalotti, também encontraram

no arrendamento de terras um caminho aberto para empreender.

Desde o início, há sete anos, eles contam com o apoio do pai,

Agnaldo, motivados pela vontade de conquistar o seu espaço,

uma vez que a família sobrevivia de uma pequena propriedade

de 14,5 hectares onde ainda hoje produz grãos e cria 22 mil

cabeças de frango em dois barracões. E foi assim, partindo praticamente

do nada, que já chegaram a 266 hectares e continuam

aumentando as áreas.

Obstinado, Lucas sempre teve consciência de que para ter boa

produtividade é indispensável investir na correção do solo, mediante

análise, em adubação de qualidade e outros cuidados, seguindo

orientação técnica - no caso, do engenheiro agrônomo Jacson

Bennemann, da unidade local da Cocamar.

BRAQUIÁRIA

Uma das recomendações de Bennemann foi de que os irmãos

investissem no cultivo de braquiária no inverno, em consórcio

com o milho, para reforçar a reestruturação física e biológica do

solo e, entre vários outros benefícios, cobrir a superfície de palha

para o plantio direto e, dessa forma, inibir o surgimento de ervas

de difícil controle. No ciclo de verão 2019/20, a braquiária

abrangeu 60% das áreas, mas no próximo período (2020/21),

a previsão é chegar aos 100%.

Os irmãos buscam

oportunidades para crescer

20 REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2020


Recco: produção tem

mantido estabilidade

nos últimos anos, com

tendência a crescer

Tsuruda: se antes

a média na soja era

de 49,5 sacas por

hectare, agora são

quase 62

Mentalidade

empresarial

Planejar a atividade é indispensável para o sucesso do agricultor

e, nesse quesito, o cooperado Paulo Henrique Recco, 41 anos, de

Apucarana (PR), sempre deu prioridade ao investimento no manejo

do solo.

Há pelo menos 20 anos, trabalhando com mentalidade empresarial,

Recco não descuida da construção da fertilidade, fazendo a

correção e a reposição de nutrientes conforme indicação da análise.

“Para ter uma lavoura de alta produtividade é preciso saber

tudo o que vai ser feito com pelo menos seis meses de antecedência”,

afirma o produtor, que é assistido pelo engenheiro agrônomo

Danilo Lomba.

Nos 338,8 hectares do Sítio Santa Terezinha, que fica no distrito

de Correia de Freitas, os resultados dessa preocupação com o solo

podem ser observados pela boa qualidade da lavoura, cultivada sobre

a palha do trigo. O produtor sabe que uma palha bem formada

retém umidade e, entre outros benefícios, assegura um ambiente

favorável ao desenvolvimento da cultura.

Ele colheu nessa área uma média de 74,3/hectare. De acordo

com o produtor, com um solo bem nutrido e estruturado, as

médias praticamente se mantêm mesmo em anos considerados

difíceis, de estiagem.

Potencial

produtivo

Fazer tudo o que é preciso para alcançar altas médias de

produtividade. É com essa determinação que o produtor

Júnior Hideo Tsuruda, de Ibiporã, região de Londrina

(PR), conduz sua atividade. Aos 34 anos, engenheiro

agrônomo, ele tem procurado explorar o potencial produtivo

das lavouras de soja e milho a partir de cuidados

com o solo e uma adubação especial, segundo análises

criteriosas.

Com aveia, o produtor faz a rotação de culturas no inverno,

o que, entre outros benefícios, ajuda a reduzir os

níveis de compactação do solo e cobrir a superfície de palha

para o plantio direto. A braquiária ainda não ganhou

impulso nessa região. A correção periódica com calcário

é outra estratégia indispensável. Desde quando assumiu

a gestão da propriedade, há dez anos, Júnior conta que

o solo tem recebido atenção especial. “Sem proteger o

solo e entender suas necessidades, nada vai adiantar”,

observa.

REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2020

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CINCO ANOS DE RALLY

Hora de avaliar

O Rally Cocamar é uma iniciativa espetacular, pois vem contribuindo, nesses

últimos anos, de maneira especial na divulgação das melhores técnicas de

desenvolvimento da agricultura regional.

A oportunidade de visitar as propriedades de cooperados que estão

adotando sofisticados sistemas de manejo de solo e também utilizando

insumos de alta qualidade com foco no aumento da produtividade e

renda, faz com que a divulgação dessas práticas seja facilitada. O resultado

das visitas vai sendo compartilhado imediatamente através dos meios

de comunicação, e isso acaba influenciando de maneira positiva os

demais cooperados e incentivando-os a refletir sobre a maneira que estão

conduzindo suas propriedades.

Outro efeito muito positivo é a “competição” saudável entre os produtores

que buscam superar os seus colegas com maiores produtividades.

Cremos que a soma dos conhecimentos obtidos através do Concurso

de Produtividade, que é acompanhado de maneira muito próxima pelo

Rally, cria um ambiente de estímulo ao aumento da produtividade e ao

compartilhamento das informações do que vem dando certo e daquilo que

não produziu os resultados desejados.

A missão da Cocamar é contribuir para que o cooperado ganhe mais

dinheiro em sua atividade e nós temos a absoluta certeza que isso não se dá

discutindo cinquenta centavos ou um real a mais no preço de sua produção

ou o desconto de um ou dois por cento na compra de seus insumos, mas

fundamentalmente na adoção de tecnologia que permita ao produtor

aumentar dez ou vinte por cento a sua produtividade.

Temos em nossa região uma elevada dispersão de produtividade. Em um

mesmo município, em condições climáticas parecidas, há produtores que

colhem 50 sacas de soja por hectare e outros que conseguem 70 ou até mais

de 80 sacas por hectare. Enquanto persistirem essas diferenças, o trabalho

da equipe técnica continua essencial e também o apoio do Rally na difusão

das melhores iniciativas para superar tamanhos contrastes.

Uma iniciativa importante

José Cícero Aderaldo

Vice-presidente de Negócios da Cocamar

Eu acho que o Rally é uma iniciativa fantástica. Permite

não só à cooperativa, mas a todos que estão inseridos no

agronegócio, nos mais diferentes segmentos da cadeia

produtiva da soja, ter um maior conhecimento da real

situação da produção nas regiões. E com isso propor

tecnologias, avanços, melhorias, buscando sempre melhor

sustentabilidade e economicidade do sistema, rentabilidade

e preservação dos recursos ambientais. Então, está de

parabéns a Cocamar por essa iniciativa, que é extremamente

importante.

JOSÉ RENATO BOUÇAS FARIAS

Chefe da Embrapa Soja

22 REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2020


Visibilidade ao trabalho da cooperativa,

”do técnico e do produtor

É com grande satisfação que nós, da Basf, já por duas safras, estamos

participando como patrocinadores do Rally. É um projeto que deu certo, um

canal de comunicação direta, que busca no campo as informações e valoriza

o que o produtor está fazendo, a história de sucesso dele. E mostra como a

Cocamar está participando nisso, qual o diferencial técnico empregado. Em

resumo, o Rally dá visibilidade ao que o técnico de uma unidade da cooperativa

faz, do diferencial, para agregar valor na história do produtor. E isto está muito

alinhado ao propósito da Basf, que é estabelecer um elo com a Cocamar e o

produtor para construirmos juntos um legado de sucesso nessa jornada que é a

produção de alimento para o mundo.

Rafael Franciscatti

Representante Técnico de Vendas Basf

”Tudo o que o produtor precisa

Em nome da Spraytec, o que nos chama a atenção ao participar do Rally desde o

começo, é o fato de o projeto mostrar tudo o que o produtor precisa para ter bons

resultados. É uma ferramenta para difusão de informação e, ao mesmo tempo,

de avaliação de quem está utilizando as tecnologias. Não basta apenas plantar, é

necessário fazer manutenções no decorrer da cultura. Na minha concepção, o Rally

consegue levar isso, apresentar o que está dando certo naquele produtor, servindo

de referência para os demais. Acho inclusive que o Rally, pela sua importância,

deve crescer e ir para outras regiões do estado e do país, pois difunde informação,

tecnologias e resultados, que é o que o agro precisa.

Luiz Gustavo Lapi

Gerente de Negócios Sul Brasil Spraytec

”Formato inovador

Gostei muito do formato inovador do Rally, pois aproxima nossa

cooperativa do agricultor.

David Conchon

Superintendente de Negócios

Sicredi União PR/SP

REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2020

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”Honrados de associar ao Rally a nossa marca

A importância da nossa marca junto ao Rally Cocamar é enorme. Nós estamos desde

a primeira edição com o projeto, que é divulgado dentro de toda a rede de contato da

Cocamar, visitando propriedades, fazendo comunicação, trazendo a realidade do produtor

rural para o mercado, demonstrando casos de sucesso, enfim. É muito importante associar

a ele a nossa marca. A Sancor mostra que está apoiando o Rally e num eventual problema

climático nós estaremos apoiando o produtor dentro desse grande parceiro que é a Cocamar.

João Szimanski

Executivo de contas Sancor Seguros

”Uma ferramenta importante para a agricultura da região

O Rally de Produtividade se transformou em uma ferramenta de grande importância para a

agricultura da nossa região. A cada ano que passa vem se inovando e divulgando o que está

dando certo no campo, em termos de boas práticas. Isso traz novas expectativas para o agro.

E nós do Sicredi, como apoiadores do projeto, estamos muito contentes com o resultado que

foi entregue, pois contribui diretamente com um dos princípios do cooperativismo, que é

levar educação, formação e informação para as comunidades. Parabéns a todos!

Vítor Pasquini

Gerente de Negócios Agro

Sicredi União PR/SP

”Inspiração aos engenheiros agrônomos

Quando o Rally vai às propriedades rurais buscando modelos de boas práticas

de agricultura, de respeito ao solo, ao ambiente, tem servido de inspiração não

somente a outros produtores, mas também a nós engenheiros agrônomos,

diante da maior produtividade, da riqueza obtida, e do quanto isso beneficia os

municípios, as famílias, a região. A Cocamar está de parabéns por desenvolver

essa realização e para a Unicampo é uma satisfação participar. É também o nosso

propósito. Quando a gente se forma em agronomia, quer fazer justamente isso que

o Rally tem mostrado durante todos esses anos.

Luciano Ferreira Lopes

Presidente da Unicampo

24 REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2020


”Ajudando a Cocamar a levar informação e tecnologias

A gente observa o quanto o Rally vem ganhando força nos últimos anos e temos a destacar a

qualidade do material. São informações muito relevantes para difundir as boas práticas que

estão acontecendo no campo. É um papel fundamental da Cocamar repassar tecnologias e

orientar o cooperado no seu uso correto para aumentar a produtividade e a rentabilidade. O Rally

vem acompanhando o crescimento da Cocamar e ajudando a mostrar as tecnologias que são

apresentadas na prática e rendendo muitos frutos. O interessante é que o Rally mostra de tudo

o que acontece em tecnologias, como máquinas, manejo de solo e integração lavoura-pecuáriafloresta

(ILPF), disseminando informação e conhecimento aplicado na prática.

Leandro Cezar Teixeira

Superintendente de Relação com o Cooperado/Cocamar

”Estamos juntos!

A participação do Sicredi no Rally reforça o nosso posicionamento junto ao agro. Estamos juntos!

Diego Menão

Gerente de Comunicação e Marketing Sicredi União PR/SP

Humanizando as informações

O Rally consegue humanizar as informações, de acordo com a seguinte lógica: o departamento

técnico da Cocamar fomenta diversas tecnologias em várias regiões, com aptidões diferentes, e

através do Rally a gente consegue entender como essas tecnologias vão se encaixando em cada

região. Por isso eu digo que o Rally humaniza a informação: passamos a conhecer personagens

que estão consolidando o que preconizamos. E saber, com exemplos práticos, de como isso está

ajudando a melhorar a vida dessas pessoas, que passam a ter mais produtividade e rentabilidade.

Os produtores visitados pelo Rally se tornam referências para os outros.

Renato Watanabe

Gerente executivo técnico/Cocamar

Uma honra participar do projeto

Somos uma empresa multinacional, focada em saúde e produção animal. Fomos convidados

pela Cocamar para ser a primeira empresa voltada à pecuária a participar do Rally Cocamar de

Produtividade. Foi uma honra fazer parte deste projeto que tem a finalidade de realizar a troca

de experiências entre os produtores por meio de reportagens e eventos, em que mostra as mais

avançadas tecnologias aplicadas na produção, proposta que coincide com a da Elanco.

Willian Fukumoto de Vasconcelos

coordenador de contas especiais da Elanco Saúde Animal

REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2020

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”Uma parceira absoluta do Rally

Sou gerente de vendas diretas da Zacarias Veículos e falando sobre a importância de relacionar a

marca da concessionária ao Rally, desde que a ideia de realizá-lo foi aventada, ainda nos bastidores,

os primeiros bate-papos, fiquei encantado com o objetivo de valorizar as boas práticas, de saber

porque um produtor consegue ser muito mais produtivo do que o outro. Por isso a Zacarias decidiu

apoiar a primeira edição e está até hoje, tornando-se uma parceira absoluta. Como a Zacarias é

tradicional em picape, sabemos este é um dos principais itens de desejo do produtor. Então, a

gente tem a oportunidade de levar até ele uma S-10 para que a conheça melhor. E para as pessoas

que moram na cidade, o Rally é a oportunidade de ver o trabalho realizado no campo. Por isso, faz

total sentido vincular a nossa marca à credibilidade que tem o Rally, a Cocamar e os parceiros que

também apoiam o projeto. Aliás, o nível de parceria que o Rally tem é muito saudável, sinérgico e

todos, com certeza, ganham muito com isso.

Alex Antônio da Silva

Gerente de vendas diretas da Zacarias Veículos

Ajudando o conhecimento a chegar aos produtores

Acompanhando o Rally Cocamar desde seu início, posso garantir que o projeto é um elo

importante na difusão de tecnologia. A Cocamar sempre esteve na vanguarda da inovação e

na busca por novas técnicas agrícolas. Como exemplo temos a Integração Lavoura-Pecuária-

Floresta (ILPF), o Consórcio Milho com Braquiária e o Projeto de Manejo do Solo. Porém, todo este

conhecimento precisa chegar até os produtores. É aí que o sinergismo entre o Departamento

Técnico e o Rally se completam para fechar este ciclo. Particularmente, considero o Rally um braço

do Departamento Técnico, com papel fundamental em levar conhecimento, inovação e técnicas

de manejo aos produtores, sempre visando o aumento de produtividade e da rentabilidade.

Rafael Herrig Furlanetto

Gerente Técnico da Cocamar

Fortalece a imagem dos parceiros

O Rally é um projeto que faz a interface com o produtor cooperado, ao visitá-lo em sua

propriedade para apresentar os diferenciais que ele utiliza em seu trabalho e que podem servir

de referência aos demais. E, além disso, promove as marcas parceiras, fortalecendo a imagem

dessas empresas junto ao quadro de cooperados. Um projeto de sucesso, do qual a Cocamar

TRR tem a satisfação de participar pelo segundo ano consecutivo”

Cleverton Ruffo

gerente comercial de Combustíveis da Cocamar

26 REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2020


”Somando para que tecnologias se transformem em resultados

A Cocamar é reconhecida por trazer informações e inovações tecnológicas ao produtor e região. O

Rally veio somar para que isto se transforme em resultados e que seja levado também para outras

regiões, fazendo com que mais pessoas aproveitem essas boas práticas. Com isso, possibilita traçar

o caminho para alcançarmos novos patamares de produtividade.

Emerson Nunes

Gerente Técnico da Cocamar

Contato direto

A participação da Texaco no Rally é uma grande oportunidade de estarmos em contato

direto com o agricultor e conhecer suas necessidades, além de identificar e esclarecer pontos

referentes a uma correta e eficaz manutenção nos seus equipamentos.

José Antonio Borges SANTOS

Representante

Texaco

Um trabalho de relevância

O Rally leva diretamente ao produtor informação, tecnologias e novidades do que está

acontecendo no agro, direto ao produtor. Um trabalho de grande relevância. Para a

Aprosoja, estar associada ao Rally é um orgulho. Parabéns aos seus organizadores.

Márcio Luiz Bonesi

Diretor da Aprosoja/PR

Ações como o Rally motivam o produtor

Como colaborador da pecuária, sei do potencial que o país tem em produção de proteína

bovina. Temos o maior rebanho comercial do mundo e um grande potencial produtivo.

Tornar esse processo eficiente depende de muita tecnologia e transferência dela. São ações

como a do Rally, mostrando casos de sucesso e histórias de desafios superados, que motivam

o produtor rural a evoluir em sua missão.

Pedro Leonardo Sávio

gerente comercial de Pecuária da Cocamar

REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2020

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28 REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2020


REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2020

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SOLOS

Cooperados constroem fertilidade

para ganhar produtividade

Semião e Souza

investem para

alcançar uma

média de 82,6

sacas/hectare

Eles investem na base do seu negócio para colher os melhores resultados

Desde 2018 os produtores Francisco Semião e José Francisco

Alves Souza, de Arapongas, participam de um projeto de

construção de fertilidade do solo orientado pelo especialista

Luiz Tadeu Jordão. Segundo Jordão, esse é um trabalho amplo e de

longo prazo, que vai abranger diversos pontos voltados àquele objetivo.

O projeto inclui desde o levantamento do perfil do solo, ao manejo,

nutrição e fisiologia das plantas, genética, plantabilidade e proteção de

cultivos, com a geração de análises agroclimáticas e agroeconômicas.

Com a duração de três anos, a área em Arapongas e outras têm

acompanhamento permanente e são utilizadas como unidades demonstrativas

para disseminação das tecnologias aos produtores.

Jordão relata que na safra 2018/19 foi realizado um trabalho de

base (solo) e, no período 2019/20, o foco é manejo fisiológico e,

no último, na temporada 2020/21, a minimização de estresse e

ajuste do ambiente de produção.

Os produtores dizem que objetivo deles é criar condições para

chegar a uma produtividade de 200 sacas por alqueire [82,6 sacas/hectare].

Nos últimos anos a média deles tem ficado em 140

sacas (57,8 sacas/hectare).

AVEIA

Semião conta que eles cultivam capim braquiária no inverno, para

fazer a forragem do solo, mas em 2019, por causa do clima seco,

a braquiária não se desenvolveu. Para reforçar a cobertura do solo,

foi semeada aveia, que apresentou bom desenvolvimento e já foi

dessecada para o início do plantio.

30 REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2020


“Não tem outro jeito de melhorar o solo se não for com braquiária”, afirma Pedroni, de Cianorte

MINIMIZAR IMPACTO DO CLIMA

É possível sim, com a adoção de tecnologias e práticas sustentáveis,

minimizar os efeitos das oscilações do clima nas

lavouras de soja.

Em Cianorte, a 85km de Maringá, o produtor Luiz Henrique Pedroni

investe há cinco anos no cultivo de capim braquiária, durante

o outono/inverno, como estratégia para a reestruturação física e

biológica do solo.

Segundo Pedroni, análises periódicas dos aspectos físico e químico

do solo já apontam, entre outras melhorias, para um aumento

do percentual de matéria orgânica de 1,7% para 2,3% e equilíbrio

nutricional que se reflete no pH. Ao mesmo tempo, com seu enraizamento,

a braquiária age na descompactação. “Se houver uma

estiagem, as raízes vão mais fundo, pelo menos 50cm, em busca

de umidade”, comenta Pedroni, que tem a companhia do filho Luiz

Gustavo, engenheiro agrônomo formado em 2017.

O produtor lembra que os solos de Cianorte apresentam uma

grande variação de manchas e, em sua propriedade, o teor de argila

chega, em alguns pontos, a 20%. Na safra 2019/20, ele alcançou

médias ao redor de 74,3/hectare. “Podemos pensar em ter mais

estabilidade da produção”, afirma, salientando que na sua região a

maior parte das lavouras de soja é semeada sobre palhada de milho,

que se decompõe rapidamente com o calor. Outro problema é

a presença de alumínio no solo, que dificulta o enraizamento.

A braquiária foi semeada em janeiro e roçada no mês de abril, quando

sementeou. Pedroni diz que “Não tem outro jeito de melhorar o

solo se não for com braquiária”, enfatizando: “estamos procurando a

melhor maneira de produzir soja, pois esse é o nosso negócio”.

REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2020

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INTEGRAÇÃO

A soja nunca vai dar prejuízo

em projetos integrados

Sistemas ganham impulso na região noroeste paranaense, ampliando a renda dos produtores

Animais são abatidos ainda muito jovens e a carne segue para uma cooperativa especializada em carnes nobres de Londrina

Com propriedades em Cruzeiro do Sul, Paranacity e Inajá, no

noroeste paranaense, Aparecido Pechoto é um produtor

empolgado e promissor.

No total dos seus 871 hectares, 86% são cultivados com cana-

-de-açúcar, mas o entusiasmo desse dentista aposentado de Maringá

com a atividade rural não se deve aos canaviais e, sim, aos

121 hectares que destina à agropecuária na Fazenda Santo Antônio,

em Cruzeiro do Sul. São dois os motivos.

O primeiro é que seu investimento na qualidade do rebanho a

partir do cruzamento industrial de gado nelore e angus está dando

certo: de 20 em 20 dias, Pechoto embarca 23 novilhas superprecoces

de 20 meses, em média, para uma cooperativa especializa-

Dentista aposentado, Pechoto

produz novilhos superprecoces e

se diz “encantado” com a soja

da em carnes nobres de Londrina, cada uma delas pesando 15,5

arrobas e com pelo menos 53% de aproveitamento de carcaça. A

carne é tão diferenciada que o produtor recebe um adicional de 10

a 12% sobre o preço normal da arroba.

COMIDA NO INVERNO

O segundo motivo é que, orientado pela Cocamar, ele começou

em 2018 a fazer integração lavoura-pecuária (ILP) em 15 dos 35

alqueires de pastos, promovendo a reforma dos mesmos com soja.

Se por um lado, por causa da seca, a produção de soja no primeiro

ano não vingou, e no segundo também não foi boa, de outro os

benefícios dessa reforma para a pecuária foram além do esperado:

32 REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2020


Leonardi e o filho Eduardo, em Cruzeiro do Sul: eles começaram com 26 hectares,

há três anos, e já ampliaram para 62 a área em que o sistema de ILP é conduzido

Segundo Martins e Pereira, não existe mais espaço para a pecuária tradicional:

eles já trabalham há três anos com integração , em Douradina

no inverno há pastagem de sobra na área de ILP. Com isso, durante

100 dias na época mais crítica da estação, foram alojadas nada

menos que 3,3 cabeças em média por hectare, que ainda engordaram

630 gramas por animal/dia. Esses números ficaram acima dos

obtidos no restante da fazenda, onde o rebanho apenas manteve o

peso, mas são muito superiores quando comparados aos da região:

por falta de pasto nos meses frios, o gado perde peso e a lotação

não vai além de 2 cabeças por alqueire. Pechoto é assistido pelo

engenheiro agrônomo Jorge Vechi, da Cocamar/Paranacity.

AUMENTAR O GADO

Outros produtores bastante animados com a integração lavoura-

-pecuária (ILP) na região de Paranacity são o aposentado João

Ângelo Leonardi e seu filho Eduardo, engenheiro agrônomo. A propriedade

deles, de 290 hectares, também fica na vizinha Cruzeiro

do Sul, onde há 62,9 hectares de área integrada com pecuária,

mais que o dobro em comparação há três anos, quando o sistema

foi iniciado com 11.

“Diante da maior disponibilidade de pastos, nosso objetivo é

aumentar o número de cabeças”, afirma João Leonardi, Segundo

ele, além do melhor resultado financeiro, a ILP diversifica os negócios,

traz mais segurança e valoriza a propriedade. “Com pastos de

qualidade e comida à vontade, não tivemos problemas no inverno,

época que antigamente era motivo de grande preocupação em razão,

justamente da falta de pastagem”, comenta.

QUEBRA DE PARADIGMAS

Pastos arrasados pelo inverno e a persistente estiagem. Na região

de Douradina e em todo o noroeste do Paraná, de solos arenosos,

a pecuária sofreu com as condições climáticas adversas, trazendo

prejuízos aos produtores. Entretanto, lá mesmo em Douradina –

que fica a 58km de Umuarama -, a propriedade conduzida pelo

médico-veterinário Nicholas Martins, 35 anos, e o engenheiro

agrônomo Diego Pereira, 26, até parece um oásis.

No inverno, enquanto os pastos degradados do entorno já estavam

secos e, de tão ralos, se podia ver a terra, restringindo a

alimentação dos rebanhos, Nicholas e Diego conseguiam engordar

seus animais e estavam empolgados com os resultados.

É uma quebra de paradigmas em relação à realidade de grande

parte dos pecuaristas tradicionais. Os dois sócios implantaram há

três anos a integração lavoura-pecuária (ILP). Começaram com

24,2 hectares, aumentaram a área para 89,5 e planejam incorporar

ao sistema mais 96,8 hectares no ciclo 2020/21.

MASSA VERDE

Eles cultivam soja no verão, seguida do plantio de capim braquiária

após a colheita da oleaginosa. A braquiária, espécie de fácil adaptação

ao clima e solo regionais, é que garante pasto em quantidade

e qualidade para o gado por pelo menos 100 dias – justamente na

época mais crítica do inverno. Nicholas registrou em fotos: era tanta

massa verde que chegou a encobrir as laterais de sua caminhonete.

REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2020

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Pacífico: “Eu tenho mais gado

em menos área e pasto à

vontade numa época em que

poucos têm”

Integração é o caminho

Em Nova Londrina, a 140km de Maringá, o cooperado Antonio Carmo Pacífico é um exemplo do que a Cocamar, interessada no

desenvolvimento regional, pretende para aquela região de solos arenosos, onde a pecuária extensiva e as culturas de cana de

mandioca são dominantes na paisagem.

Pacífico, de 61 anos, extrai sua renda de uma atividade que vem chamando a atenção por ali: o sistema de integração em que o cultivo

da soja reforma os pastos. Ele possui 363 hectares no total de três propriedades e conta que por gostar da pecuária – e ver futuro nela – é

que resistiu firme ao assédio da usina e dos mandioqueiros, interessados em arrendar suas terras.

VALEU A PENA

Há alguns anos, ele deu início à integração e, no seu entender, os resultados têm sido animadores. Graças à revitalização dos pastos, onde

o capim braquiária se desenvolve bem após um ciclo de dois anos de solo cultivado com soja, ele já conseguiu aumentar a ocupação que

era de 1,5 cabeças por hectare para a média de 2,8.

“Hoje eu tenho mais gado em menos área”, comenta o produtor, satisfeito, explicando que no inverno, por causa da braquiária, ele possui

pasto de qualidade que possibilita ao rebanho ganhar peso ao longo de pelo menos quatro meses, enquanto na região, nesse mesmo

período, o comum é as pastagens minguarem e o gado passar fome. “Eu tenho pasto à vontade numa época que poucos têm”, observa.

34 REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2020


A produção de soja, nos últimos anos, tem ficado entre 53,7 e 57,8 sacas/hectare: a cultura remunera os proprietários, acelera o fluxo de caixa e revitaliza o

solo para a entrada da pastagem. Na foto, André Vilhegas

Tecnologia e

boas práticas

Foi o tempo em que se achava que as terras arenosas de Presidente Castelo

Branco, a 40km de Maringá, não serviam para as culturas mecanizadas

de grãos. Mas a tecnologia, aliada às boas práticas, está aí para

mostrar que o arenito pode, sim, abrigar projetos agrícolas e pecuários altamente

produtivos – e, se forem integrados, melhor ainda.

É o que se vê na Fazenda Santa Isabel, bem na divisa de Presidente Castelo

Branco com São Jorge do Ivaí, onde o solo apresenta baixo teor de argila.

Em 242 hectares, dos quais 30 de pastagens fixas e 193 destinados ao

plantio de grãos, a propriedade pertencente à família Garcia demonstra que

não há impeditivos para um salto de produtividade na agropecuária. Para João

Garcia e o filho André Carlos Garcia Vilhegas, tem sido um aprendizado.

Com planejamento, eles instalaram as bases de uma moderna programação

que contempla agricultura e pecuária focada na engorda. O primeiro passo foi

a implantação de 16 piquetes com área média de 7 mil m2 cada, mantidos

com capim ponta-roxa, para abrigar os animais, em sistema de rodízio, entre os

meses de setembro e maio.

Como o inverno continuava sendo limitante para a pecuária, pois nessa época

os pastos tradicionais perdem volume, os Garcia incrementaram o projeto

com a integração lavoura-pecuária. Dessa forma, a partir do cultivo de capim

braquiária no outono (logo após a colheita da soja), eles passaram a ter pasto

em quantidade e de qualidade entre maio e agosto, a época mais crítica do frio.

REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2020

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A soja avança em Santo Anastácio

Quem dizia que nos solos arenosos do Pontal do Paranapanema não havia

lugar para a soja, precisa ver o que está acontecendo por lá. Mesmo

nas regiões mais desafiadoras, o grão parece ter chegado para ficar. No

município de Santo Anastácio, a 30km de Presidente Prudente, o produtor Marcos

Antônio de Almeida mantém a cultura em integração com a pecuária.

Marquinhos – como é conhecido – cultiva 701 hectares com lavouras e um

de seus talhões apresentou média de produtividade de 74 sacas por hectare.

Para quem prefere falar em alqueire, medida mais comum no interior paulista

e que equivale a 2,42 hectares, isto corresponde a 180 sacas, quantidade só

esperada nas mais cobiçadas terras do Paraná.

“Tem que investir no solo, fazer correção e adubar conforme recomendação

técnica”, diz o produtor. Claro, fazer a sua parte e contar com uma ajuda de São

Pedro. Nos 701 hectares mantidos com lavouras o produtor possui 121 e o restante

das terras é arrendada, o que eleva o custo de produção. Diversificado, além

de soja e milho, produz batata-doce e sementes de braquiária, contando para isso

com estrutura própria de maquinários. Na pecuária, Marquinhos faz cria, recria

e engorda em 726 hectares de pastagens, onde aloja cerca de 1,5 mil cabeças.

Integração pecuária-floresta

Almeida mantém 701 hectares com lavouras no areião

do Pontal do Paranapanema

Aprodução de cana-de-açúcar é, por tradição, a base

da Fazenda Candiolinda, em Porecatu, norte do Paraná.

De seus 911 hectares, quase a metade é ocupada

por essa cultura.

Pertencente a quatro mulheres – Maria Virgínia e suas filhas

Ana Thereza, Ana Beatriz e Ana Cândida – a tradicional propriedade

não apenas é parte da memória da região como se propõe a

escrever uma nova história.

Com visão empreendedora, há seis anos elas inovaram ao implantar

a integração pecuária-floresta (IPF) com o cultivo de

eucaliptos em 47 hectares de pastagens. No total, a pecuária

soma 100 hectares e o foco é a produção de bezerros a partir

do cruzamento industrial de nelore com angus.

A cana também impera em outra propriedade da família, a Fazenda

Retiro, de 540 hectares, onde a soja começou há cinco

anos a fazer parte da receita, cultivada nesta safra em 133 hectares

de plantio direto sobre palhada de capim braquiária.

A gestão, no dia a dia, está à cargo de Ana Thereza, engenheira

agrônoma, e Ana Beatriz, médica-veterinária. Coube à

outra irmã, Ana Cândida – que trabalha em indústria química

– a tarefa de modernizar a estrutura administrativa e financeira,

implantando controles mais modernos.

DIFERENCIAL

A integração pecuária-floresta (IPF) é um diferencial e também

um cartão de visitas da Fazenda Candiolinda na região. Segundo

Ana Thereza, o sistema silvipastoril tem ajudado a aplacar

os efeitos dos veranicos, com o seu sombreamento, mantendo

o solo mais fresco e úmido, além de as árvores conterem os

ventos fortes, que também secam o solo. “Nós tratamos pastagem

como agricultura”, pontua Ana Beatriz, explicando que os

pastos são as áreas mais férteis da fazenda.

As irmãs Ana

Thereza e

Ana Beatriz

comandam a

propriedade

que possui

47 hectares

integrados

36 REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2020


Gestão moderna e

alta produtividade

Aagricultura de precisão é uma realidade na Fazenda Flor

Roxa em Jardim Olinda (PR). A propriedade que há mais

de 20 anos realiza o programa de integração lavoura-pecuária-floresta

(ILPF) - sendo uma das pioneiras desse sistema

sustentável no estado -, tem aprimorado sua gestão com investimentos

em tecnologia de ponta.

“É preciso estar sempre em evolução”, sintetiza o proprietário, o

engenheiro agrônomo César Luis Vellini, de 51 anos. Ele conduz

a fazenda de 650 alqueires em companhia do filho Vítor, de 23,

recém-formado também engenheiro agrônomo. Os dois receberam

o Rally quando a colheita chegava à reta final.

A soja ocupa cerca de 500 hectares no verão (mesma área de

milho no inverno), a pecuária outros 500 hectares e a cana-de-

-açúcar os restantes 600. A tendência é reduzir as áreas com canaviais

e ampliar as de ILPF.

MODERNIDADE

Os equipamentos utilizados são os mais modernos, a começar pela

colheitadeira John Deere recentemente adquirida na concessionária

Cocamar em Maringá, onde a família reside. A máquina fornece

mapas que indicam a variabilidade nutricional do solo, a partir dos

quais os Vellini se reúnem com o engenheiro agrônomo Jorge Vecchi,

da unidade da Cocamar à qual estão vinculados, em Paranacity,

a 30km da fazenda, para analisar e fazer o planejamento das

reposições de corretivos e fertilizantes, o que irá ocorrer de forma

precisa, apenas nos locais onde as necessidades são detectadas.

Com isso, há racionalização de insumos e recursos.

Com seu histórico de alta produtividade de soja, os Vellini

deixam claro também que a oleaginosa, se conduzida com tecnologia

adequada, pode produzir bem em qualquer tipo de solo

e clima. Em Jardim Olinda, que fica às margens do Paranapanema,

as condições podem ser consideradas hostis a essa lavoura

em razão das temperaturas causticantes no verão. Mesmo

assim, César tem sido um dos campeões de produtividade do

grão em solos arenosos, nos concursos promovidos pela Cocamar.

Neste ano, sua expectativa era fechar o ciclo com média

de pelo menos 66 sacas por hectare um volume comparável a

da terra roxa, no norte paranaense.

César e o filho

Vitor: sucessão

bem conduzida

REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2020

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DIVERSIFICAÇÃO

Apostando na segurança

Famílias relatam suas experiências de sucesso ao agregar outros negócios para

ampliar a rentabilidade

Em muitas regiões do norte do Paraná, quase não se

vê mais gente morando no campo. A praticidade

oferecida pelo meio urbano e a busca por garantir

mais renda fizeram com que famílias de pequenos agricultores

deixassem o sítio.

Mas há exceções. No distrito de Guaravera, em Londrina, o

que se observa no Sítio Olho D’Água, da família Perez, é um

êxodo rural ao contrário. Os filhos Márcio e Marcelo, que tinham

saído para trabalhar na cidade, a exemplo da filha Jeniffer,

retornaram há alguns anos para morar na propriedade com os

pais Pedro e Ruth. Juntos, eles dizem que se sentem felizes,

realizados e ninguém pensa em sair dali.

Pedro e Ruth já não conseguiam manter toda a família

no sítio de 72,6 hectares comprado em 2003, onde eles

plantam soja e milho, produzem frangos de corte e mantêm

horta orgânica e pomares. O retorno financeiro não

era suficiente para todo mundo. No entanto, os filhos que

tinham partido em busca de trabalho na cidade e formado

suas famílias por lá, entenderam que poderiam viver de uma

maneira muito melhor se voltassem para as terras da família

onde, unidos, teriam mais chances de progredir, viver e criar

os filhos com qualidade de vida.

EMPREENDEDORES

Eles trilharam o caminho certo. Apoiados pelos pais, os irmãos

Márcio e Marcelo voltaram em 2014 e como a família já possuía

maquinários, em apenas cinco anos eles mais que triplicaram

a área de soja, para 242 alqueires, arrendando terras de

vizinhos. Caprichosos e orientados pelo engenheiro agrônomo

Vinícius Arantes, da Cocamar, eles contam que investem nas

melhores tecnologias e garantem que nunca tiveram prejuízo,

mesmo diante das oscilações climáticas e dos altos custos do

arrendamento. A expectativa de Márcio era de uma safra acima

de 66 sacas de média por hectare. “Planejando e fazendo o

investimento certo, a gente consegue bons resultados”, diz o

produtor, que pretende continuar ampliando o cultivo de grãos.

O foco do produtor Márcio Perez é expandir a produção de soja

38 REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2020


Soja e abacate

Imagine uma lavoura de soja com centenas de abacateiros plantados nas curvas

de nível. É assim a propriedade da família Castro, em Assaí, a 40km de

Londrina. São cerca de 700 pés em diferentes idades, desde os mais antigos

até os que foram plantados mais recentemente.

Pioneiro no cultivo comercial da fruta no município há cerca de 25 anos, o

produtor Wilson Fernandes de Castro, 53, colhe agora – literalmente – os frutos

de sua decisão acertada. Na propriedade de 96,8 hectares, os 700 pés respondem

por 40% do faturamento e os 60% restantes ficam por conta da soja.

Com mercado garantido, o abacate é uma das frutas que mais se valorizaram

nos últimos anos, por ser versátil na gastronomia, saudável e saborosa. Diante

do rendimento alcançado por Wilson, vários outros produtores da região se animaram

a apostar na cultura. Mas não é tão simples.

“Para o pequeno produtor é um excelente negócio”, afirma Wilson, assinalando

que há vários pontos a serem observados para que o investimento dê certo.

Ele começou plantando 300 abacateiros e, motivado pelo retorno, foi ampliando

o pomar e sua meta é chegar a mil pés nos próximos anos.

Wilson lembra ainda que a cotação do quilo do abacate oscila bastante, mas

o pomar não deixa de ser rentável pois o seu custo é baixo. O abacateiro resiste

bem a secas e geadas e possibilita produção ao longo de 25 anos, quando a árvore

entra em declínio e deve ser substituída. As floradas acontecem nos meses

de setembro e outubro.

Wilson diz que a cotação do quilo do abacate oscila bastante,

mas pomar não deixar de ser rentável por causa do baixo custo

Soja e laranjas

Diversificar é assim mesmo. Em Floraí, a 50km de

Maringá, o produtor Luiz Antônio Genovês costuma

semear a soja atento à colheita da laranja.

Genovês é um produtor que adota boas práticas agrícolas,

sempre empenhado na busca por altas médias.

Seu histórico na soja, considerando um ano pelo outro,

aponta para níveis ao redor de 57,8 sacas/hectare. Nos

pomares, cerca de 3 caixas de 40,8 quilos por planta.

O produtor Luiz Genovês explica que custos da agricultura são altos e não se pode ficar na

dependência apenas de soja e milho

PIONEIRISMO

Segundo Genovês, a soja, cultura temporária e muito

sujeita às variações do clima, é para arriscar; já a laranja,

cultivo perene, proporciona mais segurança, embora

também esteja exposta aos efeitos climáticos. Ele mantém

pomares desde o começo dos anos 1990, figurando

entre os primeiros a investir na atividade. “Aprendi a gostar

da citricultura” diz o produtor, que é orientado pelo

engenheiro agrônomo Carlos Aravechia.

REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2020

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Soja e morangos

Com a experiência de já ter trabalhado em uma companhia

multinacional e uma empresa de pesquisa, o

engenheiro agrônomo Everton Hoshino, de 36 anos,

decidiu em 2011 retornar para a propriedade da família, em

Ibiporã (PR). Desde então, ele se dedica à produção de soja,

milho e outros cultivos, respondendo pela gestão dos negócios,

enquanto o pai Júlio se ocupa da parte operacional.

MORANGOS

Quem visita o sítio da família se depara com estufas onde

eles se dedicam, também, à produção de morangos, maracujá

e outras espécies de frutas, atendendo a um mercado em que

os compradores não abrem mão de produtos saudáveis e de

alta qualidade.

Hoshino: produtos

saudáveis e com

clientela certa

Soja e peixes

Diversificar os negócios sempre é bom, especialmente para reduzir

os custos das culturas principais, de soja e milho. Há alguns anos

o produtor Antonio Aparecido dos Reis, de Bela Vista do Paraíso

(PR), adicionou a piscicultura à sua atividade. Em 24 mil metros quadrados

de uma área antes inaproveitada da Fazenda Água Clara, na vizinha

Florestópolis, ele produz tilápias que são fornecidas para engorda a compradores

de várias regiões. Estão prontas quando atingem o peso entre 800g

e 1,2kg. “Esse espaço aqui, antigamente, era só brejo. Hoje é a parte mais

valorizada da propriedade” sorri Antônio, o Toniquinho Reis, como é conhecido

o médico-veterinário de família tradicional no município.

A Fazenda Água Clara está em nome de dona Anna Esteves dos Reis, viúva

de Antonio Manoel dos Reis e mãe de Toniquinho, que tem duas irmãs: Anna

Virgínia dos Reis e Rosa Fátima dos Reis Matos, cujo marido, Romildo, é parceiro

do produtor na lida.

RECEITA BOA

Com o faturamento obtido nos tanques, Toniquinho dilui o investimento na

soja, plantada em 326,7 hectares. “Mais ou menos o equivalente a 12,3 sacas

por hectare”, calcula. Em resumo: para uma estimativa de custos diretos com

a soja que correspondem a 29 sacas por hectare, a receita da piscicultura faz

com que o desembolso caia para 16,5 sacas por hectare, em média.

O produtor é assistido pelo engenheiro agrônomo Josimar Mazucato.

O produtor Toniquinho Reis: piscicultura dilui os custos da

produção de grãos

40 REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2020


Batalini: produtor de referência em Nova Andradina (MS)

Acreditar e colher resultados

No ano 2000 a família Batalini, tradicional produtora de

grãos em Marialva e outros municípios da região de Maringá,

sondava as terras ainda pouco exploradas para

agricultura no Mato Grosso do Sul. “A gente precisava expandir

e estava ficando caro comprar terra no Paraná”, conta o produtor

Roberto Batalini, 52 anos, que mantém sociedade com os irmãos

Wilson e Moacir. O objetivo era Naviraí mas foram parar em Nova

Andradina, perto da divisa entre os dois estados. “Em Naviraí o

negócio não andou e, passando por Nova Andradina, vimos que

a geada forte daquele ano não tinha feito estragos e isto nos chamou

a atenção”, lembra.

Na época, pouca gente cultivava soja ali. Eles examinaram

a textura do solo plano, se informaram sobre o regime

de chuvas e, acreditando estar diante de uma oportunidade,

decidiram investir. Se no Paraná os recursos que possuíam

só davam para adquirir no máximo 200 hectares, em Nova

Andradina eles foram suficientes para negociar 580 hectares,

área essa que se somou a outros 290 hectares adquiridos pelo

sogro de Roberto. “A proporção era de 3 por 1.”

VALEU A PENA

Os Batalini realizaram, a seguir, a limpeza das áreas, a remoção de

leiras, a destoca e a correção da acidez do solo, bem como a instalação

de uma base com todos os maquinários que precisavam. Mas

valeu a pena. Desbravaram a região confiantes de que estavam no

caminho certo e o resultado não poderia ser outro.

Com as boas colheitas que têm conseguido praticamente todos

os anos, em menos de duas décadas eles já ampliaram suas áreas

para 2,9 mil hectares, dos quais 700 arrendados, que estão sob a

responsabilidade de Roberto, enquanto os outros dois irmãos cuidam

de 1,2 mil hectares no Paraná, tudo cultivado com grãos.

Receptivo a tecnologias e seguindo todas as orientações técnicas,

Roberto é assistido pelo engenheiro agrônomo Edilson Betioli,

da unidade local da Cocamar, e fez as aplicações preventivas recomendadas

para o controle de pragas e doenças. “É um produtor de

referência na região”, resume Betioli.

REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2020

41


COOPERATIVISMO

Agora, uma região bem servida

Modelo em Cafeara chama atenção pelos benefícios que o sistema cooperativista proporciona à população

A família Salviano cultiva o solo arenoso, com bons resultados

Produtores rurais dos municípios de Cafeara, Lupionópolis e

Santo Inácio, localizados num raio de 35km na transição do

norte para o noroeste do Paraná e na divisa com o estado de

São Paulo, se sentem agora mais seguros e confiantes para investir

em seus negócios.

O sistema cooperativista de produção ganhou impulso e musculatura

com a chegada da Cocamar em 2018 a Centenário do Sul, nas

imediações. A cooperativa, que mantinha desde 2016 instalações

em Lupionópolis, num espaço alugado, adquiriu ali uma estrutura

mais ampla no ano passado.

Também para fortalecer o cooperativismo na região, a cooperativa

de crédito Sicredi União PR/SP, parceira da Cocamar, inaugurou em

2018 em Cafeara uma agência Smart, com funcionamento eletrônico

e sem dinheiro em espécie. Totalmente sustentável e inovadora,

a unidade foi adaptada em dois contêineres instalados na praça da

igreja, oferecendo toda a linha de serviços financeiros aos moradores.

Se antes a população dessas cidades se sentia esquecida e desassistida,

agora ela não tem do que se queixar. A Cocamar entrou

para valer na orientação técnica aos produtores, além de regular o

mercado com estrutura para o recebimento das safras de grãos e

fornecimento de insumos.

Por sua vez, o Sicredi popularizou rapidamente o uso de cartões

de crédito entre os associados locais e espalhou maquininhas pelo

comércio. Com isso, quem achava que não seria viável trabalhar sem

dinheiro vivo, adaptou-se logo à nova realidade.

Em Cafeara, o produtor Marcos Salviano, que cultiva 217,8 hectares

de grãos ao lado do pai João e do irmão Maurício, conta que ele e outros

colegas reivindicavam há tempos a presença da Cocamar na região. Antigamente

eram atendidos pela Cofercatu, de Porecatu, que entrou em

dificuldades e, por anos, os produtores se sentiram desamparados. Segundo

Marcos, “a Cocamar é atuante na orientação técnica, está sempre

atenta e nós nos sentimos seguros em trabalhar com ela”.

A respeito da agência do Sicredi em Cafeara, onde é associado,

Marcos Salviano explica que faz ali o custeio, financiamentos e o

seguro da lavoura. “Ficou muito melhor e mais ágil, para nós, do

que trabalhar com outros bancos, que ficam em cidades vizinhas”,

comenta o também associado Luiz Rogério Augusto, lembrando que

relutava em fazer seguro da lavoura por causa da burocracia imposta

pelas instituições. “Com o Sicredi, tudo ficou mais fácil, nos sentimos

em casa e não deixamos de fazer seguro”, finaliza.

42 REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2020


GESTÃO FEMININA

Paixão pelo agro

Histórias de mulheres que comandam propriedades servem de incentivo para muitas outras

Na Fazenda Camargo de Anchieta, em Astorga (PR), as

boas médias de produtividade podem ser atribuídas aos

cuidados com a adoção de tecnologias e novos conhecimentos,

em especial a adubação diferenciada das lavouras e também

ao capricho em relação ao complemento foliar.

A soja atinge média de 66 sacas por hectare, enquanto o milho,

no inverno, não menos de 115 sacas, período em que o cereal divide

espaço com o trigo.

Mariluce Teixeira de Anchieta, esposa de Frederico, um dos filhos

do proprietário Samuel de Anchieta, que reside em Birigui (SP), ajuda

o marido na gestão do negócio.

A produtora explicou que há cerca de 15 anos o marido, técnico

em administração, e ela, formada em administração de empresas,

aceitaram o desafio de fazer a gestão da propriedade, em processo

de sucessão familiar. O tempo fez com que Mariluce se apegasse

ao novo trabalho, mesmo desdobrando-se nos cuidados diários com

o casal de filhos e a sua casa. E, na parceria com o marido, acabou

descobrindo a paixão pela terra e a vontade de continuar evoluindo.

Há cinco anos, a fazenda recebe a orientação técnica do engenheiro

Jacson Bennemann, da Cocamar/Sabáudia.

ALTA PRODUTIVIDADE

Enquanto os produtores de laranja do noroeste do Paraná já projetavam

uma redução de 30 a 40% na produtividade da safra 2019/20,

causada pelo déficit hídrico, uma família de Presidente Castelo Branco

– município a 33km de Maringá – colhia volumes típicos de anos

de clima favorável e muito além das médias regional e nacional.

Com sua história associada ao início da implantação da citricultura

comercial na região, em 1989, os Schilive se tornaram uma referência

na atividade. Não por acaso, o dedicado produtor Izaías Schilive

(falecido em maio do ano passado) se tornou um campeão regional

em produtividade de laranja, amealhando uma coleção de troféus

que podem ser vistos em um armário de vidro no escritório da residência

onde vivia com a esposa Aparecida. Ele partiu aos 62 anos

incompletos deixando como legado aos familiares a determinação

em fazer dessa atividade um negócio bem cuidado e altamente produtivo.

Das quatro filhas (Eliata, Josiane, Lidiane e Jerusa) e um filho

(Giancarlo), este último e mais Eliata e Josiane estão diretamente

envolvidos na gestão.

A produtora Mariluce Teixeira de Anchieta mudou-se há 15 anos com o

marido para a região de Astorga, onde descobriu a alegria de trabalhar na

propriedade rural da família

REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2020

43


As irmãs Eliata

e Josiane fazem

a gestão da

propriedade

No ciclo 2018/19, em que a insuficiência de chuvas e as altas

temperaturas prejudicaram os pomares, a família registrou a colheita

de 3,8 caixas de 40,8kg, em média, por planta (155kg). Para se ter

ideia, a média regional em anos de clima favorável é de 2,3 caixas

por planta (93,8kg) e a nacional não passa de 1,8 caixa por planta

(73,4kg).

No entanto, mesmo com uma média tão alta, os irmãos consideram

que se o tempo tivesse ajudado, poderiam ter repetido a excepcional

produtividade obtida no ciclo 2017/18, que foi de 7 caixas

de 40,8 quilos por planta (285,6 quilos) da variedade valência. Da

mesma forma, se tivesse chovido bem neste ano, as laranjas teriam

ficado maiores.

Os irmãos seguem à risca o rigor em relação aos cuidados transmitidos

pelo pai e se orientam, tecnicamente, por meio da assistência

prestada pela engenheira agrônoma Amanda Caroline Zito.

Simone levanta às 5h para ajudar o pai e o irmão: se for preciso,

dirige caminhão e trator

AJUDANDO A FAMÍLIA

Em Jussara (PR), a família Vitali produz grãos em terras próprias e

arrendadas, o que é comum entre agricultores do município.

O que ainda não é comum, por lá, é ver mulheres se envolvendo

diretamente no dia a dia agricultura. Mas, em relação aos Vitali, o

produtor Antônio Aparecido, que tem ao seu lado o filho Haroldo na

gestão dos negócios, conta com a ativa participação da filha Simone

e da esposa Maria.

Simone, de 26 anos, costuma levantar às 5h e preencher o seu dia

com muitos afazeres em apoio aos familiares. Embora morando na

cidade, desde pequenos ela e o irmão foram incentivados pelos pais

a gostar da atividade rural.

“Eu e minha mãe somos secretárias assistentes”, brinca Simone, explicando

que ambas ficam nos bastidores, em especial nos períodos

de plantio e colheita, oferecendo suporte para que tudo corra bem. Se

preciso, Simone é quem sai para comprar peças, insumos, comercializar

parte da produção e se ocupar de serviços em bancos e cartórios.

Quando da pulverização na lavoura, ela se encarrega de levar água para

a máquina na roça e está disponível e apta a prestar qualquer tipo de

ajuda, inclusive a dirigir caminhão e maquinário.

44 REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2020


Elas crescem e aparecem

No município de Rancho Alegre, de colonização germânica

e que fica a 82,4km de Londrina, na divisa com o estado

de São Paulo, Mirian Cristina Neumann, de 33 anos, é

a sucessora do pai Alfons Aloysius, de 83. Casada com o médico

Aníbal Eumann Mesas, ela já faz a gestão de 41 hectares da propriedade

da família, de 170 hectares, onde cultiva soja e milho. O

pai descende de alemães que adquiriram as terras em 1943.

Formada em administração de empresas e agronegócio, a

produtora tem se estruturado para depender menos de maquinários

de terceiros. Em 2018, recorrendo a recursos do

Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura

Familiar) ela adquiriu um trator John Deere com GPS e piloto

automático e, no ano passado, uma plantadeira da mesma

marca. Com isso, poderá efetuar as operações sem atrasos, o

que antes era comum por depender da disponibilidade de máquinas.

A plantadeira conta com sistema de gerenciamento

de plantio e sensor para alertar o operador em caso de falhas.

As máquinas próprias vão possibilitar também que Mírian se aprofunde

em um trabalho mais sustentável a partir deste ano, quando

pretende implantar o consórcio formado por milho de inverno e capim

braquiária, para tornar sua atividade mais sustentável.

Míriam: decisão de adquirir maquinários, que aprendeu a manejar, para

depender menos de terceiros

Continuar os negócios

Carla: “Faço o que amo e amo o que faço”

A razão social Agropecuária Rossato & Filhas, visível nos caminhões, maquinários

e também nas camisetas utilizadas pela equipe de trabalho da empresa no

seu dia a dia, chama atenção dos desavisados. “As pessoas geralmente estranham

por se tratar apenas de filhas”, sorri a empresária rural e médica-veterinária

Carla Sanches Rossato, de Sertanópolis (PR).

Uma das três filhas do casal José Roberto e Deusa, antigos moradores daquele

município onde fizeram a vida com agropecuária, Carla é a única a se dedicar a

esse setor entre as irmãs. Desde pequena acompanhando o pai, ela conta que

tomou gosto pelo trabalho no campo e há duas décadas, após concluir os estudos,

decidiu que seu lugar era dar continuidade aos empreendimentos rurais da

família. “Faço o que amo e amo o que faço”, diz.

São cinco propriedades – três em Santa Mariana, uma em Sertaneja e outra em

Sapopema – que totalizam 1,222 hectares. O foco é o cultivo de soja no verão

e milho no inverno, mas há espaço também para a pecuária de corte. Foi em

Sertaneja, na fase final da colheita, que ela recebeu a equipe do Rally Cocamar

de Produtividade.

O marido Marco Antonio Hoffmann acabou deixando a odontologia, há alguns

anos, para ajudar a esposa. A equipe é enxuta: além dele, Carla conta com o apoio

do sobrinho Fábio Roberto e de um cunhado, Fábio Scapim, e cinco funcionários.

REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2020

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Lídia:

pioneirismo no

cultivo de soja

em Ivinhema

(MS)

Personagem do moderno agro brasileiro

ORally visitou a empresária rural Lídia Regina Massi Serio,

proprietária da Fazenda São Luiz, que fica em Ivinhema,

a 40km de Nova Andradina (MS).

Casada, três filhas, Lídia investe na produção de soja – tendo

sido uma das pioneiras nessa cultura no município - e na pecuária

de corte de alta performance – o que inclui um programa de marmoreio

da carne, com nelore. Mesmo morando em São Paulo, ela

faz uma cuidadosa gestão da propriedade, acompanhando com sua

equipe os números das atividades e investindo sempre em boas

práticas e tecnologias para melhorar ainda mais os resultados. A

primeira impressão para quem visita a fazenda de 7 mil hectares é

de limpeza e organização, com piquetes e cercas impecáveis, boas

estradas, casas bem construídas, funcionários uniformizados, tudo

sinalizado e bonito de ver.

No dia em que o Rally esteve na São Luiz, acompanhado do

gerente Everson de Souza, gerente das unidades da Cocamar

de Nova Andradina e Ivinhema, e do engenheiro agrônomo

Diego Poveda, dessa última cidade, estava acontecendo ali a

terceira edição de um dia de campo organizado em parceria

com a Fundação MS, sobre a cultura da soja, em que pesquisadores

da instituição discorreram a dezenas de participantes

sobre temas como manejo e fertilidade do solo, manejo de doenças

e competição de cultivares.

DESENVOLVER

“Queremos contribuir com o desenvolvimento econômico da região

de Ivinhema e a realização de eventos técnicos como esse são

muito importantes para a transferência de tecnologias”, afirmou

Lídia. “Aqui era só pecuária”, pontuou, lembrando que quando assumiu

o comando da propriedade, uma das culturas mais importantes

da região era a mandioca.

Trabalhando o solo e investindo em tecnologias de ponta, a proprietária

demonstra que as lavouras podem apresentar produtividades

comparáveis às do Paraná.

46 REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2020


PECUÁRIA

Um sistema de alto padrão

Em Nova Londrina, modelo avançado é destaque por seus números

Silvio Pires e o pai Antônio implantaram há 26 anos um projeto para a produção de novilhos superprecoces em uma das regiões de solo mais desafiador do estado

Com seus 290 hectares, a Fazenda Santa Luzia se destaca no

noroeste do Paraná pelo elevado padrão da sua pecuária de

corte. Localizada há poucos quilômetros do centro urbano

em Nova Londrina, a 70 quilômetros de Paranavaí, a propriedade

adquirida em 1963 pela família Pires é especializada em cria, recria e

engorda a partir de cruzamento industrial de nelore e angus.

São 217,8 hectares de pastagens bem formadas, em que os capins

(panicum, estrela e braquiária) permanecem durante todo o

ano a uma altura que corresponde ao do joelho do boi. “O boi não

pode pegar vento na canela”, sorri o proprietário Silvio Pires, que é

técnico agrícola, ao lado do pai Antonio Santos Pires.

“Estamos há 26 anos no sistema”, comenta Antonio, falando

de sua tradição na pecuária tecnificada. Pai e filho explicam

que, entre outras iniciativas, é feito manejo diferenciado, Inseminação

Artificial em Tempo Fixo (IATF), piqueteamento em

vários tamanhos nos pastos e, por fim, os animais superprecoces

são terminados em confinamento com autogrão e seguem

para o abate aos 16 meses. As fêmeas, pesando de 16 a 17 arrobas,

alcançam 54% de aproveitamento de carcaça, enquanto

os machos, com peso entre 20 e 22 arrobas, chegam a 56% de

aproveitamento. Em ambos os casos, os animais possuem de 4

a 6 milímetros de capa de gordura.

Certificados individualmente, os animais da raça angus são destinados

a abastecer a CooperAliança, uma cooperativa de Guarapuava

(PR) especializada em carnes nobres, que assegura um valor adicional

de R$ 8,00 por arroba.

O contrato firmado com a cooperativa prevê o fornecimento de

20 animais/mês que, historicamente, apresentam um peso médio

de 19 arrobas.

Por ser uma referência no assunto, há sete anos Silvio coordena

um grupo formado por 22 pecuaristas do município, fruto de uma

parceria firmada entre o Instituto Emater, o Sindicato Patronal e que

tinha também a Copagra. O objetivo é contribuir para que o setor se

desenvolva por meio de técnicas mais modernas.

REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2020

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LUBRIFICANTES

Texaco, parceira de mais

de 30 anos da Cocamar

Entre os apoiadores do Rally Cocamar

de Produtividade, a Texaco

Lubrificantes, marca líder no segmento,

mantém uma parceria de mais de

três décadas com a cooperativa que, em

abril, completou 57 anos.

Durante sete meses, de setembro de

2019 a março de 2020, a equipe do Rally

percorreu cerca de 11 mil quilômetros em

todas as regiões de atuação da Cocamar,

valorizando as boas práticas agrícolas

adotadas pelos produtores cooperados e,

ao mesmo tempo, fortalecendo entre eles

a identificação e o respeito em relação às

marcas apoiadoras.

Ao falar em Texaco Lubrificantes, se faz

referência a uma ampla linha de produtos

que compreende desde óleos para motores

a diesel, gasolina e maquinário agrícola, a

óleos específicos para diferencial, câmbio e

sistemas multifuncionais, óleos sintéticos

e semi-sintéticos destinados a motores a

gasolina, graxas para rolamentos e equipamentos

que operam sob alta temperatura.

CAMPEÃO

O carro-chefe dessa vitrine, o Ursa Premium

TDXSAE 15W40 é uma unanimidade

entre os produtores pela sua qualidade

e responde por mais de 60% dos

negócios da Texaco com a Cocamar, sendo

um produto que atende maquinários agrícolas

e automotivos em geral.

O relacionamento entre a Texaco, a

Cocamar e seus cooperados fica por conta

do consultor de negócios José Antonio

Borges dos Santos, há 30 anos desenvolvendo

esse trabalho, tempo em que construiu

um sólido conceito. Em paralelo às

José Antonio Santos, ao lado do Ursa, líder disparado em seu segmento: “Produtos Texaco

atendem as mais rigorosas exigências de qualidade dos fabricantes de motores para

máquinas agrícolas e caminhões em todo o mundo”

suas atribuições comerciais, José Antonio,

graduado em engenharia mecânica, é um

requisitado especialista em lubrificação,

responsável por ministrar treinamentos,

cursos e palestras a produtores e colaboradores

da cooperativa e ao mercado, além

de prestar assistência direta. Ele observa

que “os produtos Texaco atendem às mais

rigorosas exigências de qualidade dos fabricantes

de motores para máquinas e caminhões

em todo o mundo”.

Em 2017, fruto de uma junção entre

a norte-americana Chevron e a brasileira

Ipiranga, surgiu a Iconic (Integração do

Conjunto Ipiranga-Chevron), dona da

marca Texaco. Com a união de forças e

experiências, o novo grupo amplia ainda

mais a sua presença no próspero mercado

brasileiro, cuja economia é liderada

pelo agronegócio, oferecendo as mais

avançadas tecnologias e soluções sustentáveis

em lubrificantes.

48 REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2020


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PARCERIA/INOVAÇÃO

Projeto Meiosi

Primeiro ano do trabalho realizado entre Cocamar e Cocal atende às expectativas e tendência é ser

ampliada nos próximos anos

A soja é plantada no meio das fileiras de mudas de cana

Uma experiência de sucesso. Assim foi o primeiro ano

de uma inédita parceria firmada pela Cocamar e a usina

Cocal, de Paraguaçu Paulista (SP).

Ambas deram início na safra de soja 2019/20, encerrada

no começo de abril, a um projeto de arrendamento de 5,2 mil

hectares de áreas destinadas à reforma de canaviais pelo sistema

de meiosi, nos municípios de Narandiba e Iepê, próximos à

divisa com o Paraná.

As terras foram arrendadas pela Cocamar, que as distribuiu

entre 19 produtores selecionados em seu quadro de

cooperados, com larga experiência no assunto, no Paraná

e São Paulo. A cooperativa ficou responsável pela gestão

do projeto, mantendo um engenheiro agrônomo contratado

especialmente para prestar assistência técnica nas lavouras,

forneceu os insumos e recebeu a safra. E, por meio de

sua corretora, garantiu um seguro para 37,1 sacas/hectare

(90/alqueire), que praticamente cobriu os custos de produção.

Interessada na recuperação da fertilidade do solo,

redução de custos com herbicidas e no aumento da produtividade

dos canaviais, a Cocal cedeu as terras já adubadas

com fertilizantes químicos e orgânicos (resíduos da própria

usina). Pelo contrato, ainda, após o produtor alcançar um

determinado patamar de produtividade, a usina tem direito

a um percentual de participação.

TODOS GANHAM

O gerente de negócios da Cocamar, Marco Antonio de Paula,

explica que esse formato de arrendamento se mostra interessante

para todas as partes envolvidas e também para os municípios.

A cooperativa, por exemplo, amplia seus negócios com

insumos e o recebimento da safra por meio das unidades operacionais

e de atendimento ao cooperado instaladas em Iepê

e Cruzália, e cumpre a função social de gerar mais renda aos

produtores associados. “Muitos deles tiveram a oportunidade

de aumentar substancialmente ou até mesmo dobrar suas áreas

de cultivo de soja”, explica de Paula, salientando que o projeto

50 REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2020


O Rally esteve duas vezes em visita à região que, por ser próxima, oferece oportunidade para que produtores do Paraná ampliem suas áreas

está situado em região próxima ao Paraná. A cooperativa cuidou

também de toda a documentação e o cadastramento das

áreas e auxiliou produtores na localização de prestadores de

serviços com maquinários.

Para a usina, segundo o diretor-superintendente Paulo Adalberto

Zanetti, além dos benefícios mencionados – revitalização

do solo, aumento da produtividade dos canaviais, economia

com herbicidas e participação nos resultados com o arrendamento

– a iniciativa possibilita redução de custos com o viveiro

de mudas de cana, mantidos em linhas intercalares ao cultivo

de soja. Meiosi, resumidamente, “é plantar no meio”, explicou.

Outra vantagem é que a usina trata apenas com a cooperativa

e não com os produtores individualmente.

Aos municípios, a presença da soja traz mais dinamismo à

economia local, aumentando o movimento do comércio (restaurantes,

postos de abastecimento, hotéis, locação de casas,

prestadores de serviços e outros), além do recolhimento de tributos

aos cofres públicos.

AMPLIAR

O acordo de arrendamento está previsto, inicialmente, para

5 anos, mas tanto a Cocamar quanto a Cocal avaliam que a

abertura dessa nova fronteira agrícola para a soja não apenas

poderá ser duradoura, como ampliada. Corrobora para isso

o bom desempenho das lavouras no ciclo 2019/2020, que

apresentaram médias de produtividade dentro das expectativas

ou chegaram a superá-las em algumas regiões. E também o

fato de que a convivência lado a lado entre cana e soja, com sua

demanda de aplicações para o controle de pragas e doenças,

não gerou problemas. “Os produtores foram bem orientados e

muito cuidadosos, pois têm interesse que o projeto seja preservado”,

assinala o gerente da cooperativa.

Ele cita que um evento técnico promovido pela Cocamar e a

Cocal em Narandiba, para demonstração do projeto, despertou o

interesse de representantes de várias outras usinas de São Paulo

e Mato Grosso do Sul. “Nossa expectativa é que possamos levar

essa experiência também para outras regiões”, completa.

REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2020

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IRRIGAÇÃO

Com umidade é outra história

Para uma boa safra, está ao alcance do produtor investir em tecnologias e maquinários,

mas com relação ao clima não há o que fazer, a menos que a propriedade seja servida por

um sistema de irrigação

Pivô central implantado pelos

Lavagnoli, em Ivaté, garante a

colheita de três safras por ano

Em Florestópolis, norte do estado, enquanto a maior parte dos

agricultores ainda não conseguia plantar a safra 2019/20 e

ficava cada vez mais aflita com o passar dos dias, a família

Baíse concluiu o plantio no início de outubro. O pivô central roda em

horário noturno, assegurando a necessária umidade.

No distrito de Herculândia, em Ivaté, próximo a Umuarama, fica

a propriedade da família Lavagnoli, produtora de grãos. Arcino e o

filho Marcelo implantaram o pivô central em 2013 e o equipamento

está praticamente pago. “A gente consegue ter estabilidade da

produção e planejar a atividade”, afirmou Marcelo.

RESULTADOS

Na última safra de soja a média dos Lavagnoli foi de 135 sacas por

alqueire (55,7/hectare), enquanto em cultivos não irrigados, na região,

a estiagem prejudicou bastante a produtividade. Eles também

cultivam milho no inverno - já alcançaram a média de 300 sacas

por alqueire (123,9/hectare) -, algo impensável para a maioria das

propriedades ali, por causa, invariavelmente, do clima seco.

De quebra, os Lavagnoli ainda se dão ao luxo de colher uma terceira

safra, de feijão, cujas plantas estão carregadas de vagens - diferente

de uma área que não recebe umidade. A captação da água é

feita no Rio Ivaí, que passa nos fundos da propriedade.

O técnico Gabriel Teixeira, da Cocamar em Douradina, que presta

assistência à família, enfatiza que a irrigação é uma tecnologia a

mais no processo de gestão que tem como objetivo avançar para

uma alta produtividade nas lavouras.

52 REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2020


ÓLEO DIESEL

Cocamar TRR quer ampliar

participação de mercado

Previsão da empresa é comercializar 38 milhões de litros neste ano, contra 35 milhões do ano anterior

Detalhe de um dos caminhões da frota da Cocamar TRR, que atende a mais de 15 mil produtores em três estados

Por meio da empresa coligada Cocamar TRR, a Cocamar estima

comercializar 38 milhões de litros de óleo diesel em

2020, volume superior aos 35 milhões de litros negociados

no ano passado e que revela a sua forte expansão no segmento

de combustíveis.

Em dez anos de operação – atividade à qual ingressou para atender

a uma reivindicação dos próprios produtores cooperados que queriam

ter acesso a um produto de origem confiável - a Cocamar TRR

(Transportador-Revendedor-Retalhista) se tornou uma das maiores

do estado. Eles são abastecidos regularmente em suas propriedades

por uma frota especializada da própria empresa. Só em 2019 foram

mais de 15 mil visitas em regiões atendidas pela cooperativa no Paraná,

São Paulo e Mato Grosso do Sul.

AVANÇAR

No planejamento estratégico da Cocamar para o período 2020-

2025, o objetivo da Cocamar TRR, de acordo com o gerente comercial

de Combustíveis, Cleverton Ruffo, é ampliar cada vez mais os

números e também a sua participação de mercado entre os mais de

15 mil produtores cooperados.

“Ninguém pode correr o risco de ter que parar uma colheita por

causa de um combustível de qualidade duvidosa”, afirma o gerente.

Segundo ele, a empresa trabalha somente com companhias fornecedoras

de alta credibilidade e o seu crescimento mostra que os consumidores

estão satisfeitos.

POSTO

A operação da Cocamar na área de combustíveis passou por uma

mudança em 2019, quando fechou postos de abastecimento

de pequeno porte que possuía há alguns anos em municípios

da região de Londrina, para concentrar-se no posto que mantém

em Maringá. Localizado na PR-317, saída da cidade para

Campo Mourão, esse estabelecimento é um dos maiores e mais

movimentados da região, onde, entre outros produtos, são comercializados

mais de 17 milhões de litros de combustível por

ano (diesel, gasolina e etanol).

REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2020

53


Relatório de municípios e propriedades visitadas

1-Comunidade Guerra – Maringá – 09/09

• Laércio Oliveira Dias

• Ilma Nogarotti Sgorlon

• Florisvaldo Oliveira

• Walter Marques Luiz

• José Carlos Marques Luiz

• Antonio Souza Gomes Neto

• Waldemar Barbeiro

2-Rancho Alegre – dia 10/9

• Mírian Cristina Neumann

3-Sertaneja – dia 10/9

• Amália Ferreira Pintar

4-Floresta – dia 12/9

• Ricardo Dolfini

• Humberto Luciano Dolfini

• Flávio Kobata

5-Paranavaí – dia 13/9

• Delício Menezes (Pelé)

• Marilza Vendramin

• João Pasquali

6-Bela Vista do Paraíso – dia 17/9

• Antonio Aparecido dos Reis

• Genivaldo José Benbeno

7-Jussara – dia 18/9

• Renan Facina

• Simone Vitali

8-Nova Esperança – 23/9

• Pedro Henrique Sambini

9-Ibiporã – 24/9

• Júnior Hideo Tsuruda

• Everton Hoshino Maringá – 24/9

10-Maringá – dia 30/9

• Ivaldo de Oliveira

11-Rolândia

• Visita Projeto Cultivar Apae

12-Arapongas – dia 30/9

• Carlos Francisco Semião

• José Francisco Alves Souza

13-Cianorte – dia 01/10

• Luiz Henrique Pedroni

• Luiz Gustavo Pedroni

14-Ourizona – 02/10

• Roberto Tomokazu Ywanaga

15-São Jorge do Ivaí – 02/10

• Roni Emerson Deganutti

• João Pauro

16-Floresta – 02/10

• Luiz Alberto Palaro

17-Porecatu – 08/10

• Ana Thereza Costa Ribeiro

• Ana Beatriz Costa Ribeiro

• Henrique Lopes Moimo

18-Douradina – 09/10

• Nicholas Martins

• Diego Pereira

19-Ivaté – 09/10

• Arcino Lavagnoli

20-Presidente Castelo Branco – 14/10

• Eliata Schilive

• Josiane Schilive

21-Cafeara – 15/10

• Marcos Salviano

• Maurício Salviano

22-Lupionópolis – 15/10

• Luiz Rogério Augusto

23-Guaravera – 21-10

• Antonio Massao Nakamura

24-Doutor Camargo – 24-10

• Luiz Totti de Souza

• Deimis Christian Souto Souza

25-Cambé – 29-10

• João José Rezende Paiva

• Dagoberto Gorni

26-Floraí – 30-10

• Luiz Antônio Genovês

27-Cianorte – 30-10

• Edgar Brazoloto

28-Presidente Castelo Branco – 31-10

• André Carlos Garcia Vilhegas

29-Assaí – 8-11

• Sérgio Gomes Neves

• Alessandra Flamia

• Wilson Fernandes de Castro

• Augusto César Gasparetto –

30-Londrina – 12-11

• Participação no Agrobit Brasil

• Eucler Ferreira

31-Astorga – 13-11

• Mariluce Teixeira

32-Sabáudia – 13-11

• Lucas Borrasca Casalotti

• Tiago Borrasca Casalotti

33-Nova Londrina – 26-11

• Antonio Amaro Pacífico

• Silvio Pires

• Antonio Santos Pires

34-Maringá - 7-12

• Participação na Copa Cocamar

35-Apucarana – 10-12

• Paulo Henrique Recco

36-Tamarana (Guaravera) – 10-12

• Pedro Perez Botelho

• Márcio Ferreira Perez

37-Cruzeiro do Sul – 19-12

• Aparecido Pechoto

• Tiago Fadeli

• João Ângelo Lonardoni

• Eduardo Lonardoni

38-Presidente Castelo Branco – 08/01

• João Garcia

39-Ourizona – 13/01

• José Rogério Volpato

40-Atalaia - 13/01

• Paulo Vinícius Tamborlin

41- Floresta – 22 e 23/1

• Participação no Safratec

42 -Narandiba, Iepê e Paraguaçu Paulista - 20/1

• José Antonio Gesualdo

• Wilson Palaro

• Fabiano Rossi

• João Paulo Rossi

• Santo Rossi

• José Carlos de Almeida

43-Jaguapitã – 27/01

• Vanderlei Leonardi

44-Apucarana – 29/1

• Produtor Evaldo Bovo

45-Floresta - 4/2

• Antonio Pedrini

46-Cascavel – 5/2 –

• Visita ao Show Rural Coopavel

47-Umuarama – 10/2

• Produtor Gérson Bortoli

48-Santo Anastácio – 19/2

• Marcos Antônio de Almeida

49-Maringá – 03/03

• Edvaldo Baveloni

50-Nova Andradina – 03/03

• Roberto Batalini

51-Ivinhema – 04/03

• Edielaine Tarrafel

• Lidia Regina Serio

• Lidia Cristian Massi

52-Sertaneja – 11/03

• Carla Rossato

53-Jardim Olinda – 16/03

• César Vellini

• Vítor Vellini

Produtores contatados

• Silvio Antonio Nakamura (Santo Antônio

Paraíso-PR)

• Cláudio Feltrin (Maringá-PR)

• Adelídio (Congoinhas-PR)

• Moacir Borges (Altônia-PR)

• Roberto Cortez (Jataizinho-PR)

• José Simionato (Doutor Camargo-PR)

• Ramio Bevilaqua (São Jorge do Patrocínio)

• Edu Carlos Nogueira (Piaruã-PR)

• Antonio Florio Rinaldo (Mandaguaçu)

• Antonio Monarim (Maringá-PR)

• Ademar Arrias Reginato (Paiçandu-PR)

• Alcides Gabriel (Apucarana-PR)

• Silvio Roman Caldeira (Apucarana-PR)

• Ilson Fressoto (Jussara-PR)

• Jaime Geraldo Mantovani (Jussara-PR)

• Armando Rehmkuhl (Paranavaí-PR)

• Nélson Simões (Japurá-PR)

• Marcos Antônio Borges (Altônia-PR)

• Bernardo Lourenço (Ibiporã-PR)

• Almir da Silva (Terra Roxa-PR)

• Leonardo Y. Neto (Maringá-PR)

• Antonio Gonzales (Doutor Camargo-PR)

• José Ferreira (Assaí-PR)

• Ivair Alves Campos (Primeiro de Maio-PR)

• Antonio Marcos Martins (Sabáudia)

• Claudemir Batista (Tuneiras do Oeste-PR)

• Agnaldo Luciano Valderrama (Sabáudia-PR)

• Ivonete da Silva Câmara (Alvorada do Sul-PR)

• Edvaldo Magão Rubio (Doutor Camargo-PR)

• Anderson Rufato (Maringá-PR)

• José Ocimar Pretti (São Jorge do Ivaí-PR)

• José Buzete (Doutor Camargo-PR)

• Antonio Sérgio (Doutor Camargo-PR)

• Luiz Antonio (Doutor Camargo-PR)

• Mauro Sgarioto (Maringá-PR)

• Nélson Pereira (Maringá-PR)

• Jorge Luiz Marega (Maringá-PR)

• Alfredo Andreassi (Cianorte-PR)

• Orivaldo Perez de Maia (Cianorte-PR)

• Euclides Palaro (Cianorte-PR)

• José Antonio Peres (Cianorte-PR)

• Camitton Lemos Oliveira (Cianorte-PR)

• Valter Afonso da Fonseca (Maringá-PR)

• Valter Marques Luiz (Maringá-PR)

• Edilson Recorini (Nova Fátima-PR)

• José Antonio Borghi (Maringá-PR)

• Carlos Roberto Sestari (Iporã-PR)

• Ademar Baffa (Primeiro de Maio-PR)

• Luiz Ary Pacheco (Terra Roxa-PR)

• Cláudio Luiz Cestari (Iporã-PR)

• Airton Gusmão (Primeiro de Maio-PR)

• Vilson Toneli (Maringá-PR)

• Paulo Pereira Silva (Maringá-PR)

• José Carlos Silva (Maringá-PR)

• Antonio Fantin (Arapongas-PR)

• José Antonio da Silva (Primeiro de Maio)

• Artur Bernard (Querência do Norte-PR)

• Cleonildo Salina (Cianorte-PR)

• Laerte Ariozi (Floraí-PR)

• Ana Cristina Paiva (Cianorte-PR)

• Adélia Palaro (Cianorte-PR)

• Cleuza Muratori (Cianorte-PR)

• Rodrigo M. Galhardo (Paraíso do Norte-PR)

• José Marcos Roncada (Paiçandu-PR)

• José Takestst (Paiçandu-PR) –

• Antonio Gornioto Filho (Maringá-PR)

• Claudinei Servilheri (Doutor Camargo-PR)

• Guilheme Sibério (Cianorte-PR)

• João Carlos Rossi (Altônia-PR)

• Jaime José Matias (Congoinhas-PR)

• Ricardo Barbieri da Silva (Nova Fátima-PR)

• Valdecir Colombo (Jussara-PR)

• José Amaury Aguilera (Jussara-PR)

• Edilson Squissaro (Rolândia-PR)

• Edson Salvador (Maringá-PR)

• Eduardo Volpato (Mandaguaçu-PR)

• Atílio Volpato (Tapira-PR)

• Cleonice Cristina Santi (Ivatuba-PR)

• José Cláudio Mori (Ivatuba-PR)

• José Carlos Magalhães (Tapira-PR)

• Flávio Dirraimo (Iepê-SP)

• Ademir Pereira (Warta Londrina-PR)

• Douglas Martins (Warta Londrina-PR)

• Flávio Victor Silva (Warta Londrina-PR)

• Mauro Andrade Machado (Apucarana-PR)

• Benedito José Lavaria (Apucarana-PR)

• Antonio Martins (Warta Londrina-PR)

• Carlos Alberto Camilo (São Jorge do Ivaí-PR)

54 REVISTA DO Rally Cocamar de Produtividade 2020


BOAS Práticas

Revista do Rally Cocamar de Produtividade Quinta edição Safra 2019/2020

Cocamar, Rally e Parceiros:

informação e valorização

do trabalho do produtor

RALLY COCAMAR DE PRODUTIVIDADE

Temporada 2019/20

REVISTA BOAS PRÁTICAS

5ª edição

Editor

Rogério Recco

Editora assistente

Luíza Recco

REVISTA DO RALLY COCAMAR DE PRODUTIVIDADE 2020

1

Programação visual

Andréa Tragueta

Patrocinadores

Basf – Rafael Franciscatti

Spraytec – Luiz Gustavo Lapi

Sicredi União PR/SP – Vítor Pasquini

Zacarias Chevrolet – Alex Antônio da Silva

Texaco Lubrificantes – José Antônio Borges dos Santos

Sancor Seguros – João Luiz Szimanski

Cocamar TRR – Cleverton Antônio Ruffo

Elanco – Willian Vasconcelos

Altofós – Pedro Sávio

Apoiadores

Unicampo – Luciano Ferreira Lopes

Cesb – Luiz Antônio da Silva

Aprosoja-PR – Márcio Luiz Bonesi

Gerência técnica

Renato Watanabe – gerente executivo

Emerson Nunes – gerente

Rafael H. Furlanetto – gerente

César Gesualdo – Coordenador ILPF

Gerência Marketing e Comunicação

Cristiane Kondo

Gerente de Marketing e Comunicação

Sabrina Morello

Coordenadora de Comunicação e Eventos

Lorena Betiati

Assistente de Comunicação

Programa RIC Rural

Sérgio Mendes - Apresentador

Renato Pesarini – Câmera

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