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Edição 3º trimestre

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O nível térreo é marcado por revestimentos simples<br />

e autênticos que buscam reforçar a conexão do edifício à<br />

linguagem industrial do bairro, além de imprimir aos ambientes<br />

uma atmosfera urbana. Seus espaços integrados e permeáveis<br />

oferecem estações de trabalho compartilhadas, ao lado de<br />

áreas multiuso e de um café, propondo a fusão dos limites<br />

entre trabalho e socialização. O projeto de iluminação desses<br />

espaços priorizou soluções integradas à arquitetura, tornando<br />

os acabamentos e a arquitetura os verdadeiros protagonistas.<br />

Dessa forma, o revestimento em ripas de madeira Blackbutt<br />

– uma espécie típica de eucalipto australiana –, em diferentes<br />

tonalidades, que recobre praticamente todas as superfícies<br />

verticais desse pavimento foi iluminado de maneira rasante, por<br />

meio de perfis lineares de LED integrados a sancas – em áreas<br />

dotadas de forro de gesso – ou instalados em perfis metálicos<br />

pintados de preto, fixados diretamente na madeira, à mesma<br />

altura do forro. Essa solução permite à iluminação acompanhar e<br />

destacar as curvas bastante presentes no projeto de arquitetura.<br />

Na área da recepção, o mesmo material da fachada reveste<br />

a parte superior do átrio, cuja iluminação uplight rasante é<br />

complementada por iluminação linear difusa, embutida no forro<br />

do pavimento superior, que acompanha as curvaturas do vidro.<br />

A maioria das superfícies verticais do pavimento térreo<br />

é revestida de madeira e conta com iluminação rasante.<br />

Para esses detalhes foi escolhida a temperatura de cor<br />

2.700 K, a fim de ressaltar o contraste entre o vidro “frio”<br />

e a madeira “quente”.<br />

As lâminas verticais de vidro que compõem a fachada<br />

foram iluminadas individualmente, de baixo para cima, por<br />

meio de projetores lineares integrados aos próprios montantes<br />

que as estruturam. Alguns desses vidros são transparentes,<br />

enquanto outros são texturizados, amplificando a reflexão<br />

da luz e conferindo ritmo à fachada. Tirando partido da sua<br />

permeabilidade visual, essa solução se estende para o interior<br />

do edifício, como se convidasse o mundo exterior a entrar.<br />

Dessa forma, a recepção, com pé-direito duplo, é iluminada pela<br />

luz que reflete das lâminas de vidro, recobrindo toda a superfície<br />

vertical curva da parte superior.<br />

Foram realizados inúmeros testes com as lâminas de vidro,<br />

para determinar a melhor combinação entre suas distintas<br />

texturas e o posicionamento das luminárias, além do facho e<br />

da temperatura de cor da luz, como conta a lighting designer<br />

brasileira Ana Spina, diretora de grandes projetos do FPOV.<br />

Dessa forma, chegaram à especificação final das luminárias<br />

com facho concentrado e temperatura de cor em 3.000 K,<br />

promovendo a maior integração do edifício à paisagem do<br />

entorno.<br />

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