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RECEPÇÃO E LOUNGE
O cliente desejava uma nova ambientação para a recepção,
que estivesse totalmente integrada à nova linguagem e
conceito das lojas. Para isso, os arquitetos do Metro criaram
um lounge com mobiliários de design brasileiro, trazendo
texturas e cores para o ambiente, em harmonia com a
textura do concreto aparente. Fernanda Carvalho e Paula
Carnelós trabalharam em conjunto com os arquitetos no
desenvolvimento de um sistema que permitisse iluminação de
destaque precisa, com um projeto detalhado para cada efeito
de luz desejado. Uma estrutura foi desenhada sob medida,
composta de dois elementos metálicos: um perfil em “U”, para
encaminhamento da elétrica, e um tubo de 2 polegadas de
diâmetro para a fixação dos projetores, permitindo liberdade
nos seus posicionamentos.
Por ocasião da visita de sócios estrangeiros da Natura, a
alteração deveria acontecer em prazo muito curto, levando as
lighting designers à especificação de equipamentos alugados,
que foram substituídos por outros permanentes posteriormente.
A orientação e a focalização dos projetores seguiram
diretrizes minuciosas das lighting designers para a implantação
do conceito.
No espaço circular da recepção, a vitrine implementada no
projeto de revitalização foi remodelada pelo Metro em conjunto
com as lighting designers. O mobiliário recebeu fundo claro para
refletir a iluminação frontal embutida sob as prateleiras, que
destaca a transparência colorida dos frascos, rearranjados como
nas lojas. Projetores posicionados na estrutura circular de teto
acrescentaram uma nova camada de luz frontal, tanto para os
frascos, quanto para expositores circulares de concreto.
No centro do espaço é apresentada uma escultura da
artista plástica Denise Milan, mantendo a iluminação criada por
Guinter Parschalk em conjunto com a artista. A obra é composta
de cristais de diferentes tamanhos e tonalidades, alguns
translúcidos e outros opacos, sob os quais foram instalados
pequenos projetores. Suas luzes pulsam de maneira irregular, o
que faz parecer que os cristais emitam luz própria.
A sala de reuniões foi iluminada de maneira difusa por meio de um sistema com lona tensionada circular, com diâmetro de 5 metros,
que permite controlar a intensidade e a temperatura de cor da luz (de 2.700 K a 6.500 K), garantindo a flexibilidade necessária
para os diversos usos desse espaço. O forro se destaca das paredes por meio de uma sanca com iluminação indireta, que ressalta
o acabamento de concreto aparente em todo o perímetro da sala. Na página ao lado, na área do café, foi proposto um sistema de
projetores em trilhos eletrificados suspensos, visando atender também à função expositiva desse espaço.
Em uma das áreas de Café do bloco de escritórios foram
utilizados trilhos eletrificados suspensos sob a laje, por meio
de tirantes, formando um grid ortogonal que promove maior
flexibilidade ao espaço – tendo em vista seu uso também como
espaço expositivo – e buscando aproximar o usuário da escala
do ambiente, com quase 5 metros de pé-direito.
A nova área de lounge ocupa um ambiente antes subutilizado,
no pavimento abaixo da recepção. Ali o desafio foi prover
iluminação uniforme e funcional – visto que há mesas destinadas
a leitura e reuniões informais –, levando em conta as diferentes
alturas e a forma irregular do espaço. Os lighting designers
propuseram luminárias circulares de diferentes diâmetros com luz
difusa e distintos fluxos luminosos, de modo a obter iluminância
uniforme e assegurar que a escala das luminárias também
se mantivesse, apesar das diferentes alturas de instalação.
A iluminação dos planos de trabalho foi complementada por
pendentes e arandelas ajustáveis, com fachos definidos.
Para as áreas de laboratórios, a prioridade foi a atualização
tecnológica dos equipamentos de iluminação, respeitando
recomendações de iluminâncias e de temperaturas de cor.
Guinter comenta que buscaram também proporcionar um
toque especial quando possível – por meio de detalhes como
a iluminação linear direta e indireta aplicada à frente da caixa
dos elevadores ou o destaque dos pilares aparentes no térreo
–, como forma de “quebrar o clima hospitalar e cartesiano” que
predomina nesse tipo de ambiente.
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