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CRIATIVIDADE SUSTENTÁVEL<br />
Texto: Débora Torii (colaboraram Fernanda Carvalho e Paula Carnelós) | Fotos: Leonardo Finotti<br />
As áreas da recepção e lounge são iluminadas por projetores, fixados em estrutura<br />
metálica. As lâmpadas utilizadas foram PAR30 LED 25˚ e AR111 LED 15˚.<br />
Para alcançar a distribuição e a difusão da luz desejadas foram usados filtros<br />
“Hampshire Frost”; “Full C. T. Orange”; “Quarter White Diffusion”; e “Brushed Silk”.<br />
Ao fundo, a vitrine existente foi reformada para receber um fundo claro, que rebate<br />
a luz emitida por fitas de LED 2.700 K posicionadas em cantoneiras curvas sob a face<br />
frontal de cada prateleira.<br />
Mais do que cosméticos, a multinacional brasileira Natura<br />
se dedica a causas e compromissos em defesa do meio<br />
ambiente, tendo toda a sua estrutura baseada em práticas<br />
e valores sustentáveis. Foi natural, portanto, o desejo de<br />
revitalizar sua sede em Cajamar, São Paulo, após quase 20<br />
anos de sua inauguração. Com projeto original do arquiteto<br />
Roberto Loeb, o complexo de 12 edifícios ocupa uma área de<br />
cerca de 120.000 metros quadrados, que abrigam, desde 2001,<br />
a fábrica e os escritórios da Natura, além de restaurantes e<br />
outras áreas destinadas ao convívio social de funcionários e<br />
visitantes. A arquitetura marcante, de caráter industrial, dialoga<br />
intensamente com a paisagem do entorno, sendo a natureza<br />
bastante presente na maioria dos espaços construídos.<br />
A revitalização fez parte das comemorações dos 50 anos da<br />
Natura e, de acordo com Emerson Rapacci, gerente de patrimônio<br />
da empresa, buscou resgatar e reforçar o significado dos conceitos<br />
que embasaram o projeto original: a transparência, a integração<br />
com a natureza, a colaboração e a paixão por seus produtos.<br />
Realizado pela equipe do escritório paulistano LoebCapote<br />
Arquitetura e Urbanismo, o projeto de reforma do parque<br />
industrial teve como premissa a readequação das áreas sociais<br />
e circulações às novas demandas e aos novos usos que surgiram<br />
ao longo dos anos. A modernização de equipamentos, de<br />
procedimentos e de normativas nas áreas de laboratórios da<br />
fábrica demandou ainda a atualização tecnológica e espacial<br />
desses ambientes.<br />
Responsável pelo novo projeto de iluminação dessas áreas,<br />
o lighting designer Guinter Parschalk, titular do studioix, conta<br />
que foi um desafio desenvolver um projeto agradável, funcional<br />
e eficiente, tendo como limitação a necessidade de reaproveitar,<br />
na maioria dos espaços, os pontos de elétrica existentes, em<br />
decorrência da estrutura de concreto aparente.<br />
Paralelamente à reforma, um novo conceito para as lojas<br />
Natura foi desenvolvido pelo escritório Metro Arquitetos –<br />
confira nas páginas 66 – 71 desta edição da <strong>L+D</strong> – que inspirou<br />
a marca ao desejo de integrar, na recepção da sede em Cajamar,<br />
esse mesmo conceito. Assim como nas lojas, o projeto de<br />
Iluminação desse ambiente ficou a cargo da dupla Paula Carnelós<br />
e Fernanda Carvalho, que mantiveram a sinergia de projeto com<br />
os arquitetos, criando uma ambientação de contrastes e brilhos,<br />
com zonas de luz e de sombra e destaques para os produtos e<br />
para a logomarca da Natura.<br />
PARQUE INDUSTRIAL<br />
O conceito do projeto de iluminação da revitalização do<br />
Parque Industrial, idealizado pelo studioix, partiu da adoção<br />
de uma linguagem industrial e flexível que dialogasse com os<br />
materiais e as formas geometrizadas da arquitetura, ao mesmo<br />
tempo que proporcionasse maior eficiência energética com<br />
relação à iluminação existente. Havia também a intenção de<br />
proporcionar uma ambiência noturna equivalente à diurna,<br />
levando em conta a forte presença da iluminação natural<br />
nos espaços durante o dia. Guinter conta que foi necessário<br />
buscar soluções diferentes e criativas para obter o resultado<br />
mais “harmônico e uniforme possível, tentando estabelecer<br />
uma identidade, e não simplesmente fazer uma colagem<br />
de soluções”.<br />
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