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Stefano Ferrando, Studio Vetroblu/Courtesy of Ministero dei Beni e delle Attività Culturali e del Turismo – Dir. Reg. Musei Sardegna<br />
¿QUÉ PASA?<br />
PINACOTECA NAZIONALE DI CAGLIARI<br />
A nova iluminação para os retábulos e outras obras de arte<br />
exibidos na Pinacoteca Nazionale di Cagliari, na Sardenha, Itália,<br />
exigiu vários meses de estudo do arquiteto e lighting designer<br />
italiano Michele Schintu, do Studio Essequadro.<br />
O projeto teve como objetivo melhorar a percepção das<br />
obras de arte datadas entre os séculos XIV e XV, por meio<br />
de iluminação uniforme e ambiente visual mais adequado à<br />
coleção. Anteriormente, a iluminação dos retábulos apresentava<br />
uma série de pontos críticos, como o uso indiscriminado de<br />
temperaturas de cor frias e com baixo índice de reprodução de<br />
cor, iluminâncias acima da norma europeia (no máximo, 150 lux)<br />
e altos índices de contraste promovidos tanto por projetores<br />
muito próximo às obras quanto pelo contraste de cores entre<br />
as obras de arte em si e a cor do fundo da galeria, pintada de<br />
cinza-claro.<br />
Em razão da altura limitada do pé-direito, decidiu-se<br />
iluminar os retábulos de baixo para cima, com luminárias fixadas<br />
em trilhos escondidos atrás de um guarda-corpo. Todas as<br />
luminárias são controladas individualmente por protocolo<br />
DALI e comunicadas ao sistema de automação por Bluetooth,<br />
evitando-se cabeamento. A cor de fundo das paredes também<br />
foi alterada para uma tonalidade verde-escura, derivada de um<br />
minucioso estudo para determinar a cor mais dominante nas<br />
obras de arte expostas.<br />
O altar de Sant’Eligio (1505-1549), a peça de maior<br />
dimensão da coleção (4,47 × 3,33 metros), foi iluminado por<br />
luminárias com óptica tipo wallwasher, fixadas na parte superior<br />
do display, além de luminárias situadas atrás do guarda-corpo.<br />
A exposição das ruínas da Muralha Espanhola (século XVI)<br />
na Pinacoteca também recebeu nova iluminação. Ao contrário<br />
dos retábulos, nesse caso os contrastes de luz e sombra são<br />
bem-vindos, para revelar a volumetria e as texturas das pedras<br />
da muralha, iluminadas por equipamentos com temperatura de<br />
cor em 3.000 K, os quais ficam escondidos dos visitantes. (O.M.)<br />
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