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BARRETOS EM 3ª PESSOA

Essa é uma obra sobre a cidade. Sobre o seu passado. Aqui, a cidade, Barretos, substantivo próprio, ganha novas roupagens, inclusive na gramática. Ela passa a ser o assunto em comum e a referência em quem todos os autores se debruçam; a 3ª pessoa – “ela”. Independente da natureza dos textos e da origem dos autores, a ideia é que os leitores, especialmente os barretenses, tenham a chance de visualizar a paisagem da cidade nos tempos idos, em diferentes décadas.

Essa é uma obra sobre a cidade. Sobre o seu passado. Aqui, a cidade, Barretos, substantivo próprio, ganha novas roupagens, inclusive na gramática. Ela passa a ser o assunto em comum e a referência em quem todos os autores se debruçam; a 3ª pessoa – “ela”.

Independente da natureza dos textos e da origem dos autores, a ideia é que os leitores, especialmente os barretenses, tenham a chance de visualizar a paisagem da cidade nos tempos idos, em diferentes décadas.

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JOSÉ ILDON GONÇALVES DA CRUZ 97

tis”, dedicado ao seu docente. Depois, o poema foi emoldurado e colocado na

parede de sua antiga sala de aula:

Era esta sala. Oh! Se me lembro, o vulto,

escorreito do velho professor,

a dizer-nos palavras sobre o culto

ao Saber, ao Brasil e ao Amor.

Era esta sala. E, ao visitá-la, exulto,

lembrando-me do mestre protetor.

Como é triste saber que, hoje sepulto,

o passado é Saudade, é tédio, é dor.

Era esta sala. Confidências fiz

sobre os cadernos debruçado, triste,

sonhando, no futuro, ser feliz

Era esta sala, o mesmo quadro, enfim

de toda esta Saudade, ainda existe

o garoto escolar dentro de mim.

Nidoval era amigo do jornalista e radialista barretense José Vicente

Dias Leme. Depois dessa homenagem, ele escreveu uma carta de agradecimento

e pediu que seu amigo agradecesse aos amigos barretenses pelo evento,

principalmente ao amigo Ruy Menezes (hoje, patrono do nosso museu):

há ainda um nó em minha garganta, marcando carinhosamente os instantes belíssimos

que me foram proporcionados na sala de aula onde, um dia, tive o prazer e a felicidade

de conseguir ser alguém na vida. Não poderia, de forma alguma, deixar de levar

até você, o meu mais sincero agradecimento pela promoção. O sucesso dela nasceu de

sua iniciativa. Valeu a pena a minha estada aí no velho Grupo Escolar. Transmita a

todos os que lá estiveram, a minha gratidão.

Nidoval amava a escola. Tinha um respeito pelos professores, pela professora

dona Tita e alunos. Tudo que se referia à escola e à educação era determinante

para a sua vida. As seguintes personalidades foram seus colegas

de classe, entre 1933 e 1936: Abel Elias, Abílio Anthero Machado, Aguinaldo

Pires, Álvaro Bearzoti, Amilcar Vicentini, Antônio Anania, Archimedes Gai,

Ariones Pereira, Arlindo de Souza, Armando Correa, Assis Francisco, Atayde

do Nascimento (filho de Dorothóvio do Nascimento, único professor de Nidoval

Reis), Atílio Caramori, Ayr de Moraes, Bolivar Fernandes, Brasilino

de Carvalho, Circe Alfredo Bonatelli, Demetrio Antônio, Dirceu Ferreira de

Faria, Dreyfus Bucci, Edmundo Vicentini, Emílio Castelar Norona, Heli Gue-

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