BARRETOS EM 3ª PESSOA
Essa é uma obra sobre a cidade. Sobre o seu passado. Aqui, a cidade, Barretos, substantivo próprio, ganha novas roupagens, inclusive na gramática. Ela passa a ser o assunto em comum e a referência em quem todos os autores se debruçam; a 3ª pessoa – “ela”. Independente da natureza dos textos e da origem dos autores, a ideia é que os leitores, especialmente os barretenses, tenham a chance de visualizar a paisagem da cidade nos tempos idos, em diferentes décadas.
Essa é uma obra sobre a cidade. Sobre o seu passado. Aqui, a cidade, Barretos, substantivo próprio, ganha novas roupagens, inclusive na gramática. Ela passa a ser o assunto em comum e a referência em quem todos os autores se debruçam; a 3ª pessoa – “ela”.
Independente da natureza dos textos e da origem dos autores, a ideia é que os leitores, especialmente os barretenses, tenham a chance de visualizar a paisagem da cidade nos tempos idos, em diferentes décadas.
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Nidoval Reis e a destruição do
1° Grupo Escolar de Barretos
H
José Ildon Gonçalves da Cruz
á quase cem anos, no dia 21 de dezembro de 1922, nascia, no Distrito
de Laranjeiras, no município de Barretos, Nidoval Thomé Reis, o futuro Nidoval
Reis. Era o primeiro filho da professora Risoleta da Silva Reis e do professor
e farmacêutico José da Silva Reis, também conhecido por Juca Reis.
A professora Risoleta casou-se, em primeiras núpcias, com João Carlos
de Almeida Pinto Junior, filho do Coronel João Carlos de Almeida Pinto e de
dona Maria Amélia de Oliveira Pinto, em 1912. Depois, casou-se com José
da Silva Reis, em 1919, ano da pandemia de gripe espanhola que matou o
presidente da república eleito, Rodrigues Alves. O irmão de Nidoval Reis, Nivaldo
da Silva Reis, faleceu no ano de 1924. Em 1925, nasceu o seu segundo
irmão, recebendo o nome de Nivaldo da Silva Reis, em homenagem ao irmão
falecido. A irmã caçula se chamava Valdoni Aparecida dos Reis.
A família Reis gostava tanto do nome do primeiro filho, Nidoval, que,
para nomear os demais filhos, organizou as mesmas letras do seu nome,
com uma beleza poética e sonora. Do nome de Nidoval nasceram os nomes
Nivaldo e Valdoni. Aos 15 de fevereiro de 1985, o poeta se despediu de cada
um, ao falecer em Bauru; solicitou que suas cinzas fossem semeadas na Praça
Primavera, hoje, Praça Poeta Nidoval Reis.
Escreveu os seguintes livros: Sob a sombra da desgraça (1951), Um
Pouco Além do Mundo (1955), Quinze poemas e um soneto para minha mãe
(1965), Chuva miúda (1968), Calendário de trovas (1981), Onze de Antigamente
(Sonetos) (1982), Calendário de poemas (1982) e Calendário de
sonetos (1985), além de deixar um livro inédito, Estrada tuberculosa.
Ele sempre foi poeta — e jornalista na imprensa paulista e carioca, radialista,
apresentador da “Hora da Seresta”, da TV Bauru, além de ser Diretor
de Relações Públicas da mesma. Escrevia seus poemas nas paredes dos bares,
na areia, em cadernos e folhas soltas; em muros, em lugares onde comia