BARRETOS EM 3ª PESSOA
Essa é uma obra sobre a cidade. Sobre o seu passado. Aqui, a cidade, Barretos, substantivo próprio, ganha novas roupagens, inclusive na gramática. Ela passa a ser o assunto em comum e a referência em quem todos os autores se debruçam; a 3ª pessoa – “ela”. Independente da natureza dos textos e da origem dos autores, a ideia é que os leitores, especialmente os barretenses, tenham a chance de visualizar a paisagem da cidade nos tempos idos, em diferentes décadas.
Essa é uma obra sobre a cidade. Sobre o seu passado. Aqui, a cidade, Barretos, substantivo próprio, ganha novas roupagens, inclusive na gramática. Ela passa a ser o assunto em comum e a referência em quem todos os autores se debruçam; a 3ª pessoa – “ela”.
Independente da natureza dos textos e da origem dos autores, a ideia é que os leitores, especialmente os barretenses, tenham a chance de visualizar a paisagem da cidade nos tempos idos, em diferentes décadas.
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
90
LUIZ CARLOS ARUTIM
posse como vereador, pela UDN, sendo reeleito em 1963.
Ainda em 1963, sua vida mudou completamente com o convite do professor
José Expedito Marques, diretor do TEB – Teatro Experimental de Barretos,
para integrar o elenco da peça “O Auto da Compadecida”, de Ariano Suassuna,
e viver o malandro “João Grilo”.
Seu desempenho foi magnífico! O TEB participou, naquele ano, de dois
festivais de teatro amador e, em ambos, Arutim foi laureado com o Prêmio
de ‘Melhor Ator’: em agosto, no VII Festival Paulista de Teatro Amador, realizado no
Teatro Leopoldo Fróes, em São Paulo, onde recebeu o Prêmio ‘Arlequim’, e em novembro,
no I Festival de Teatro Amador do Estado de São Paulo, realizado no Teatro Carlos
Gomes, na cidade de Campinas, com o Prêmio ‘Governador do Estado’ e uma
Bolsa de Estudos na EAD - Escola de Arte Dramática de São Paulo.
Em sua vida profissional, atuou no teatro, cinema e televisão. Logo
após a conclusão da EAD, engajou-se no Teatro de Arena de São Paulo, importante
grupo teatral brasileiro, tendo ocupado o cargo de diretor no período de
1969 a 1972, com o qual participou de excursões ao México, Estados Unidos,
Argentina, Peru e França.
Em 1968, durante a montagem da peça 1ª Feira Paulista de Opinião,
reunindo 6 textos de autores paulistas de vanguarda, houve alguns contratempos
com a polícia, que jogou até uma bomba no teatro.
Em entrevista ao jornal ‘O Diário’, em agosto de 1993, Arutim relatou
o fato:
“Eu, Renato Consorte, Zanone Ferrite, Aracy Balabanian, Antonio Fagundes, começávamos
a encenar em um teatro, a polícia vinha, fechava o teatro, a gente saía pela outra
porta e ia encenar em outro teatro. Mas vem desta época a minha formação (...)”
Cena de O Menino Maluquinho, de Ziraldo