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BARRETOS EM 3ª PESSOA

Essa é uma obra sobre a cidade. Sobre o seu passado. Aqui, a cidade, Barretos, substantivo próprio, ganha novas roupagens, inclusive na gramática. Ela passa a ser o assunto em comum e a referência em quem todos os autores se debruçam; a 3ª pessoa – “ela”. Independente da natureza dos textos e da origem dos autores, a ideia é que os leitores, especialmente os barretenses, tenham a chance de visualizar a paisagem da cidade nos tempos idos, em diferentes décadas.

Essa é uma obra sobre a cidade. Sobre o seu passado. Aqui, a cidade, Barretos, substantivo próprio, ganha novas roupagens, inclusive na gramática. Ela passa a ser o assunto em comum e a referência em quem todos os autores se debruçam; a 3ª pessoa – “ela”.

Independente da natureza dos textos e da origem dos autores, a ideia é que os leitores, especialmente os barretenses, tenham a chance de visualizar a paisagem da cidade nos tempos idos, em diferentes décadas.

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ELISETE GREVE TEDESCO 79

O RECINTO E AS FESTAS DO PEÃO DE BOIADEIRO

No ano de 1947, o prefeito Mário Vieira Marcondes reuniu lideranças

na “União dos Empregados no Comércio de Barretos”, conclamando-as a contribuírem

na realização de evento em prol da “Bandeira Paulista de Combate à Tuberculose” e ao

Peão de Boiadeiro. Foi realizada então, com grande sucesso, a Primeira Festa do

Peão de Boiadeiro, que contou com diversas atividades em clubes sociais, logradouros

públicos e no Recinto “Paulo de Lima Corrêa”. Além de corridas de motos e

bicicletas, foram realizados rodeios com cavalos, bois bravos, burros xucros,

torneios de laços, gincanas, Pega do Porco Ensebado, Pau-de-sebo, desafios entre

violeiros, dentre outras atividades.

Nos dias 19 e 26 de setembro de 1948, a Festa do Peão de Boiadeiro foi realizada

novamente no Recinto.

A partir de 1958, a “Queima do Alho” começou a ser realizada no Recinto.

Na década de 60, Orestes de Ávila, um dos primeiros locutores da Festa

do Peão, criou o slogan “O Chão é o Limite”, usando-o quando os peões, literalmente,

caíam do cavalo. Frases como “Mais elegância, pois o Chão é o Limite”, “Elegância

quer dizer Rapidez” também surgiram no cenário da Festa. Em 1966, Antonio de

Souza, o “Zé do Prato” introduziu a célebre frase: “Seguuuuuuuura Peão”.

Diversos nomes do cenário artístico brasileiro apresentaram-se no “Palco

Iluminado do Rodeio”, bem como grupos folclóricos brasileiros e da América Latina,

merecendo destaque: Grupo de Danças Folclóricas de Sussy Claude (Paraguai); Grupo

Folclórico Sarangi (Uruguai); Santhiago Ayala (Argentina); “El Chucaro”, com Norma Viola e Amália

Garcia (Argentina); Grupo Folclórico Alichil (Chile); Grupo Folclórico da Universidade de Cochabamba

(Bolívia); Javier de Léon e Mariachis Zanabria (México).

Na década de 70, “Zé Ribeiro” passou a narrar os rodeios ao lado de Orestes

de Ávila, introduzindo músicas e frases de efeito durante as apresentações.

No ano de 1972, participando da abertura, Emílio Garrastazu Médici

foi o primeiro presidente a prestigiar a Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos. No

mesmo ano, a empresa Heublein, fabricante do whisky Drury’s, foi a primeira

empresa a utilizar “merchandising” no evento.

No ano de 1973, os peões que se sagraram campeões passaram a receber

um carro “Fusca 1300”, patrocinado pela Volkswagen do Brasil.

Em 1978, foi introduzida na festa a montaria em touro.

No ano de 1980, o barretense Alceu Garcia foi considerado o “Melhor

Berranteiro do Brasil”, e em homenagem ao Jubileu de Prata da Festa do Peão,

executou o Hino Nacional Brasileiro.

Em 1981, com considerável comitiva, foi a vez do Presidente João Baptista

de Figueiredo participar da Festa.

No ano de 1986, a Festa recebeu o Presidente José Sarney.

Inúmeros foram os governadores, ministros, deputados, senadores e

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