BARRETOS EM 3ª PESSOA
Essa é uma obra sobre a cidade. Sobre o seu passado. Aqui, a cidade, Barretos, substantivo próprio, ganha novas roupagens, inclusive na gramática. Ela passa a ser o assunto em comum e a referência em quem todos os autores se debruçam; a 3ª pessoa – “ela”. Independente da natureza dos textos e da origem dos autores, a ideia é que os leitores, especialmente os barretenses, tenham a chance de visualizar a paisagem da cidade nos tempos idos, em diferentes décadas.
Essa é uma obra sobre a cidade. Sobre o seu passado. Aqui, a cidade, Barretos, substantivo próprio, ganha novas roupagens, inclusive na gramática. Ela passa a ser o assunto em comum e a referência em quem todos os autores se debruçam; a 3ª pessoa – “ela”.
Independente da natureza dos textos e da origem dos autores, a ideia é que os leitores, especialmente os barretenses, tenham a chance de visualizar a paisagem da cidade nos tempos idos, em diferentes décadas.
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Os italianos em Barretos
Daniel Bampa Nétto
Primeira sede da Sociedade Italiana “Unione & Fraterlanza” de Barretos, fundada na cidade em 1895. Tal
edifício se localizava na esquina da avenida 27 com a rua 18 (imagem: Jornal Barretos Memórias, julho de
1988, p. 2 – Arquivo do Museu “Ruy Menezes”)
P
elos depoimentos que sempre ouvia de meus pais, tios e conhecidos
e pesquisando a respeito do motivo de milhares de italianos terem deixado
a pátria-mãe, concluí que se deveu à grande dificuldade econômica e à instabilidade
política que o Norte da Itália atravessava na segunda metade do
século 19.
Analisando o histórico da Itália na época, percebe-se que, quando terminaram
as lutas da unificação italiana com a conquista de Roma, em 1870,
por Vitor Emanuel II de Piemonte, rei da Itália, juntamente com Giuseppe Garibaldi, ao
invés de se solucionarem os problemas socioeconômicos, estes se agravaram.
A economia era dependente de poucas indústrias e de muitos latifundiários
ainda ligados a esquemas econômico-medievais e feudais e de exploração da
força operária e agrícola. A formação de uma nova Itália, como reino, não
abria perspectivas propícias à revogação dos esquemas antiquados de grandes
proprietários feudais com títulos hereditários de posse de terras.