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BARRETOS EM 3ª PESSOA

Essa é uma obra sobre a cidade. Sobre o seu passado. Aqui, a cidade, Barretos, substantivo próprio, ganha novas roupagens, inclusive na gramática. Ela passa a ser o assunto em comum e a referência em quem todos os autores se debruçam; a 3ª pessoa – “ela”. Independente da natureza dos textos e da origem dos autores, a ideia é que os leitores, especialmente os barretenses, tenham a chance de visualizar a paisagem da cidade nos tempos idos, em diferentes décadas.

Essa é uma obra sobre a cidade. Sobre o seu passado. Aqui, a cidade, Barretos, substantivo próprio, ganha novas roupagens, inclusive na gramática. Ela passa a ser o assunto em comum e a referência em quem todos os autores se debruçam; a 3ª pessoa – “ela”.

Independente da natureza dos textos e da origem dos autores, a ideia é que os leitores, especialmente os barretenses, tenham a chance de visualizar a paisagem da cidade nos tempos idos, em diferentes décadas.

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CORIOLANO JOSÉ NEVES 71

Ginásio Vocacional, criou com o professor José Expedito Marques, o TEN – Teatro Experimental

Negro, que encenou para Barretos e Capital a peça “Esqueleto Zero Hora”,

fazendo história na cultura barretense. Com músicas cantadas pelo mestre

Oscarzinho, a peça contou com a participação de um elenco totalmente de

negros. Dentre eles: Reinaldo dos Santos, Antonieta Silva, Luíza, Silva Regina,

Marlene, Antonia, todos de dentro do clube. Os ensaios desta peça foram

realizados no espaço do Sindicato Rural do Vale do Rio Grande. Ainda na sua primeira

gestão, Zé Preto mudou a sede da Estrela para a Avenida 17 entre as ruas 26 e

28 e, a partir de 1966, realizou grandes desfiles do Carvão Nacional, desta feita

comandados pela sua esposa Vitalina Silva Neves e pelo genro Waldemar Nogueira.

Waldemar, em 1966, começou a modificar o bloco, adaptando-o para

uma Escola de Samba nos moldes das grandes cidades, introduzindo toques

diferentes na Bateria e, também, o casal de Porta-Bandeira e Mestre-Sala,

postos ocupados pelos inesquecíveis Destão e Marelice. Esta, filha do lendário

negro Sibidão. Ainda no primeiro mandato de Zé Preto, a Sociedade Beneficiente e

Recreativa Estrela D’Oriente foi reconhecida como de Utilidade Pública pela Câmara

Municipal de Barretos, em Lei de 1966. Também nesta fase, José Pereira

Neves conseguiria do prefeito Christiano de Carvalho a doação de um terreno

para sua sede própria, à avenida 9 esquina com a rua 4, onde construiria,

depois, o prédio atual do clube.

Zé Preto concluiu seu primeiro mandato, passando a presidência para

João Batista de Souza, depois Reinaldo dos Santos e Benedito Souza, o Ditinho.

José Pereira Neves retornou à presidência no final 1971 e permaneceu até

1984.

Ao retornar, Zé Preto conseguiu realizar a chamada Era de Ouro desta escola

de samba, com seguidas vitórias que culminaram, em 1976, com o histórico

enredo “Zumbi – A Imagem da Liberdade”, trabalho desenvolvido por dona Vitalina,

Clélia Maria, Waldemar Nogueira, Álvaro de Oliveira, Marcelo Suzuki e Coriolano

José Neves. Neste concurso, a Estrela venceu o Jockey Clube e o Rio das Pedras

Country Club. Após essa vitória, houve uma pausa nos desfiles, pois através de

empréstimo conseguido na Nossa Caixa, com o auxílio do Governo do Estado

de São Paulo, respaldado pelo prefeito Dr. Melek Zaiden Geraige, José Pereira

Neves constrói, com sua diretoria, a tão sonhada sede própria da S.B.R.E.O.

Ainda em 1976, lança a pedra fundamental da construção. A sede é

inaugurada em 1977. Após esse feito, em 1979, a Estrela retorna à avenida

com o enredo “Nossa Estrela vem do Oriente”, onde, através de depoimentos dos

baluartes ainda vivos, conta sua própria história. Este ano marca a estreia

da lendária Porta-Bandeira Clélia Maria e do grande Mestre-Sala Euripinho.

Em 1984, José Pereira Neves deixa a presidência, falecendo no mesmo

ano. Adão Ribeiro elege-se o novo presidente do clube. A participação da

Estrela no carnaval de rua volta a ter novo ápice em 1986, com Adão Ribeiro,

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