17.08.2020 Views

BARRETOS EM 3ª PESSOA

Essa é uma obra sobre a cidade. Sobre o seu passado. Aqui, a cidade, Barretos, substantivo próprio, ganha novas roupagens, inclusive na gramática. Ela passa a ser o assunto em comum e a referência em quem todos os autores se debruçam; a 3ª pessoa – “ela”. Independente da natureza dos textos e da origem dos autores, a ideia é que os leitores, especialmente os barretenses, tenham a chance de visualizar a paisagem da cidade nos tempos idos, em diferentes décadas.

Essa é uma obra sobre a cidade. Sobre o seu passado. Aqui, a cidade, Barretos, substantivo próprio, ganha novas roupagens, inclusive na gramática. Ela passa a ser o assunto em comum e a referência em quem todos os autores se debruçam; a 3ª pessoa – “ela”.

Independente da natureza dos textos e da origem dos autores, a ideia é que os leitores, especialmente os barretenses, tenham a chance de visualizar a paisagem da cidade nos tempos idos, em diferentes décadas.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Pinceladas em recortes:

A Primeira Capela

Conceição Apparecida Ribeiro Borges

N

o arraial dos Barreto e Librinas, nos idos da segunda metade do

século XIX, quase a totalidade de moradores eram advindos de Minas Gerais.

Chegaram por volta de 1830 e construíram aqui sua morada. Tomaram

posse de uma região despovoada de terras férteis e excelentes pastagens. Os

povoados que foram se formando eram quase sempre distantes um do outro

e davam abrigo também a viajantes, mormente tropeiros com suas tropas.

A primeira capela teria sido erigida por volta de 1856, quase uma década

após ao óbito de Francisco Barreto, o velho Chico Barreto. Um templo

tosco, bem como as primeiras casinhas. Tudo parecia erguido como a título

de experiência. Como era de costume se ter uma capela na própria residência,

essa demora parece justificável.

“A primitiva egreja de Barretos erigida sob a invocação do Espírito Santo, foi edificada

por José Francisco Barreto, mais ou menos em 1856, ao pé da actual residência do

Tent. Joaquim Ângelo, defrontando com o velho cruzeiro que ainda ali subsiste para

attestar aos hodiernos a conspícua piedade dos antigos” (Jesuíno de Mello; Artigo: Tradições

de Barretos; jornal O Sertanejo n. 002 de 07.04.1900; pág. 2).

José Francisco Barreto era filho do casal Francisco Barreto e Ana Rosa.

O pé da residência do tenente Joaquim Ângelo localizava-se mais ou menos

no meio da fachada do atual prédio da Associação Rural do Vale do Rio Grande; portanto,

a área ocupada por essa primeira capela e seu entorno começariam a

partir da metade do referido prédio.

As paredes erguidas de forma rudimentar e frágil sofriam com as intempéries

e, consequentemente, iam se deteriorando com a ação do tempo.

Placidino Alexandre Ferreira, em 1926, fez o seguinte depoimento a Osório

Faleiros da Rocha:

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!