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BARRETOS EM 3ª PESSOA

Essa é uma obra sobre a cidade. Sobre o seu passado. Aqui, a cidade, Barretos, substantivo próprio, ganha novas roupagens, inclusive na gramática. Ela passa a ser o assunto em comum e a referência em quem todos os autores se debruçam; a 3ª pessoa – “ela”. Independente da natureza dos textos e da origem dos autores, a ideia é que os leitores, especialmente os barretenses, tenham a chance de visualizar a paisagem da cidade nos tempos idos, em diferentes décadas.

Essa é uma obra sobre a cidade. Sobre o seu passado. Aqui, a cidade, Barretos, substantivo próprio, ganha novas roupagens, inclusive na gramática. Ela passa a ser o assunto em comum e a referência em quem todos os autores se debruçam; a 3ª pessoa – “ela”.

Independente da natureza dos textos e da origem dos autores, a ideia é que os leitores, especialmente os barretenses, tenham a chance de visualizar a paisagem da cidade nos tempos idos, em diferentes décadas.

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Ser criança em Barretos

nos anos 80:

memórias dos tempos de moleque

N

Aurimar de Freitas Figueiredo

as primeiras lições ensinadas pelos professores de História, estuda-

-se que “História é a ciência que estuda as sociedades humanas através do tempo”, que o principal

objetivo do estudo desta ciência é “estudar o passado para entender o presente e ter

elementos para construir um futuro melhor” e, ainda, que a preservação da memória é

muito importante para o estudo do passado e para que as futuras gerações

valorizem o processo histórico que as fizeram chegar onde estão.

Resgatar um pouquinho do que foi a infância e a adolescência na Barretos

dos anos 80 e 90 a partir das memórias do autor – Sim! Esse que escreve

o presente texto! –, é uma maneira de valorizar e eternizar o cotidiano e as

pessoas – gente simples, que fez e faz a História do Chão Preto no dia a dia.

Se a História estuda o homem em sociedade através do tempo, então

somos produtos – principalmente – das pessoas com as quais se convive. Até

os anos 90, convivia-se com muita proximidade. Naqueles tempos não havia

encontros virtuais: o tempo passava mais devagar, então se aproveitava

mais as pessoas dos círculos sociais mais próximos – a família, a escola, o

clube, a igreja – e elas, certamente, deixaram marcas em todos os outros com

quem conviveram.

Somos produtos uns dos outros, e ter consciência dessa responsabilidade

histórica é extremamente importante para construirmos um mundo mais

justo, livre e feliz.

Era 1984, primeiro dia de aula do Prezinho da EEPG Cel Almeida Pinto.

Acordava-se às 6h30 para chegar na escola às 7h30. Os alunos chegavam

e formavam fila; quem vinha conferir a ordem eram a diretora dona Sinila

Canoas e a professora tia Ilva Daushas. Ao soar o sinal, as crianças andavam

ordenadamente para a sala. Havia ordem, mas o sentimento é o de que

“estávamos ficando grandes, pois já íamos à escola”.

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