BARRETOS EM 3ª PESSOA
Essa é uma obra sobre a cidade. Sobre o seu passado. Aqui, a cidade, Barretos, substantivo próprio, ganha novas roupagens, inclusive na gramática. Ela passa a ser o assunto em comum e a referência em quem todos os autores se debruçam; a 3ª pessoa – “ela”. Independente da natureza dos textos e da origem dos autores, a ideia é que os leitores, especialmente os barretenses, tenham a chance de visualizar a paisagem da cidade nos tempos idos, em diferentes décadas.
Essa é uma obra sobre a cidade. Sobre o seu passado. Aqui, a cidade, Barretos, substantivo próprio, ganha novas roupagens, inclusive na gramática. Ela passa a ser o assunto em comum e a referência em quem todos os autores se debruçam; a 3ª pessoa – “ela”.
Independente da natureza dos textos e da origem dos autores, a ideia é que os leitores, especialmente os barretenses, tenham a chance de visualizar a paisagem da cidade nos tempos idos, em diferentes décadas.
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APARECIDA ROSA MORO CARNEIRO 53
E hoje? Que pena! Onde está a nossa bandinha com sua música saudosa
no coreto?
Já não vemos muitas crianças correndo pela pracinha; elas estão conectadas
em outros jogos. O chafariz não funciona. Entendo, economia de
água, com isso eu concordo...
Subo a “16” e olho a barraca do seo Getúlio... mas ele já não está mais
lá. Aquele senhor simpático e atencioso se foi. Os anos de trabalho noturno
pesaram sobre o corpo que se tornou frágil, mas tudo valeu a pena. A
lembrança daquele carismático senhor e de seus famosos lanches ficou na
memória de muitos. Ele cumpriu sua missão.
As crianças de ontem cresceram. São homens, mulheres, mães e pais
trabalhadores e responsáveis. Todos passam pela Pracinha da Primavera e ninguém
se esquece dos folguedos da infância. Distrações que ajudaram a formar
pessoas fortes e humanas.
Tudo aquilo ficou na memória de uma infância bem vivida: brincadeiras,
chafariz e muito cachorro-quente.
Aparecida Rosa Moro Carneiro é escritora, pedagoga e
administradora de empresa. Cofundadora da
SR Embalagens Plásticas, em 1979, onde trabalha até hoje.
É autora dos livros “A Altura do céu” e
“No caminho... histórias para contar”, e vários contos.
É titular da cadeira 9 da Academia Barretense de Cultura